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C A P IT U LO 9
^ 3 ) i / n h c à / v - o : o o u i v o w m a m Á &
Dinheiro é uma coisa maravilhosa; mas é possível pagar 
um preço muito alto por ele.
Anônimo
Qfh grupo de homens havia terminado seu treino e es­
tava conversando no vestiário quando um celular interrompeu 
a conversa. Um dos caras pegou o aparelho e checou o identifi­
cador de chamadas. A mensagem pré-programada “Sua esposa” 
apareceu. Olhando em volta do vestiário, ele abriu o aparelho
e disse: “Alô”.
A voz da mulher do outro lado da chamada estava entu­
siasmada. Ela não perdeu tempo com cortesias. “Querido”, ela 
disse, “você sabe que temos procurado por carros?”.
Com uma hesitação cética, ele respondeu devagar: 
“Aham”.
“Bem, acho que encontrei um perfeito. E um pouco mais 
do que queríamos gastar, mas você vai amá-lo!” Suas palavras 
estavam em êxtase, pontuadas por respirações rápidas enquanto 
ela continuava: “E uma pequena Mercedes vermelha conversí­
vel. O adesivo com o preço é 53.000,00 dólares, mas acho que 
eles podem fazer melhor do que isso, você não acha?”.
Ele parou por um momento. “Para mim, parece um preço 
justo. Eu iria em frente e daria a eles o que estão pedindo. Ape­
nas quero fazer você feliz”.
Ele pôde perceber que ela estava radiante quando respon­
deu: “Vou comprá-lo agora mesmo”.
“Isso mesmo. Tenha um ótimo dia!” Ele fechou o telefone 
e olhou em volta do vestiário. Com um sorriso malicioso ele 
gritou: “Ei, alguém sabe de quem é este telefone?”.
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0 que toda noiva precisa saber
Quando é o seu dinheiro, não é tão engraçado
Aprendi uma boa regra geral: quando conversas sobre dinheiro 
vêm com muita facilidade em meu casamento, quero ter certeza 
de que estou realmente falando com o meu marido! Na vida 
real, lidar com dinheiro pode apresentar uns dos maiores desa­
fios que seu casamento irá enfrentar.
De acordo com pesquisas, quase 70% das mulheres ca­
sadas listam o dinheiro como o fator número um em estresse 
em suas famílias.30 E a organização Gallup documentou que 
a pressão financeira é, sem esforços, o maior problema que as 
famílias enfrentam. No entanto, isso não é particularmente 
surpreendente. O que é surpreendente é que não há sequer um 
segundo lugar próximo. Enquanto a maioria das entrevistadas 
concordou que o estresse financeiro era o maior desafio, a res­
posta em segundo lugar (preocupações e cuidados com a saúde) 
recebeu apenas seis por cento dos votos.
À luz da pressão das finanças sobre o casamento normal, 
é surpreendente como tantos casais não estão preparados para 
os desafios que certamente enfrentarão. Na verdade, somen­
te cerca de 1 em 10 casais com os quais trabalhamos sequer 
já tinha começado um orçamento. Antes de dizer “aceito”, a 
maioria deles trata os avisos sobre os futuros desafios financei­
ros da mesma forma que tratam as instruções de segurança de 
uma aeromoça.
Eu pergunto-me: “E se todos os passageiros do avião sou­
bessem que existe uma chance maior do que 50% de realmente 
usarem os dispositivos de flutuação abaixo deles ou as máscaras 
de oxigênio perfeitamente escondidas acima deles?”. Não sei 
você, mas eu ouviria com muito atenção às instruções antes do 
voo.
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Dinheiro: o outro amante
O princípio da mente única
Existem vários tipos de razões por que casais evitam a prepa­
ração financeira. O idealista diz: “Problemas com dinheiro se 
resolverão sozinhos se nos amarmos o bastante”. O cônjuge 
passivo-agressivo diz: “Quando se trata de dinheiro, apenas dou 
um sorriso e aceno e compro tudo o que quiser”. O especialista 
que evita diz: “O dinheiro sempre nos faz brigar, por isso, sim­
plesmente não falamos mais sobre isso”.
Com m uita frequência, casais que não conversam sobre 
finanças escorregam em impasses silenciosos que mantêm to­
dos infelizes. Poucos problemas podem corroer o tecido de um 
casamento como um marido e uma esposa que têm diferentes 
expectativas não ditas sobre finanças. Portanto, do que você 
precisa são de alguns passos para ajudar você e seu marido a 
estruturarem suas finanças de uma forma que manterá vocês 
dois do mesmo lado da mesa.
Nosso dinheiro
Comece concordando que, depois do casamento, toda a 
sua renda entrará em um único pote chamado “nosso dinheiro”. 
Mover 100% da sua renda para uma única pilha previne nume­
rosos conflitos desnecessários e potencialmente explosivos:
tír Você evita discussões sobre quem é responsável por pa­
gar quais contas.
>íf' Vocês não mais têm fundos e contas “dele e dela”, que 
podem facilmente levar a padrões de acusações e de 
culpas.
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O que toda noiva precisa saber
Isso coloca vocês juntos no mesmo lado da mesa 
enquanto criativamente resolvem os muitos desafios fi­
nanceiros do seu casamento.
O ego de vocês será menos ameaçado quando um dos 
dois receber mais dinheiro do que o outro.
O prêmio do seguro do casamento
Até aqui, tudo muito bem. Mas o que acontece quando 
um de vocês pega algum do “nosso dinheiro” e gasta em algo 
que o outro julga tolice? Você pode estar convencida de que um 
liquidificador novo de 350,00 reais é uma necessidade enorme; 
seu marido, no entanto, pode estar igualmente convencido de 
que pagar 500,00 reais em um conjunto novo de tacos de golfe 
é uma prioridade muito maior. Por mais louco que isso pareça, 
problemas com consequências semelhantes revelaram a con­
fiança de muitos casamentos.
Para evitar este tipo de situação, desenvolvemos um segre­
do que gostamos de chamar de Seguro Prem ium do Casamento 
(ou SPC). Fde funciona assim: no início de cada mês, uma das 
primeiras contas que você paga com o “nosso dinheiro” é seu 
SPC. Não existem comissões, nem agências; na verdade, você 
paga o dinheiro para vocês mesmos, dando a cada um de vocês 
poder absoluto sobre um pouco do dinheiro a cada mês.
O SPC não precisa ser o mesmo para cada um de vo­
cês. Por exemplo, vocês podem concordar que um receberá 
100,00 reais e o outro, 50,00 reais por mês. Você pode pegar 
seu dinheiro e colocá-lo em um fundo mútuo ou guardá-lo 
e comprar o liquidificador; seu marido pode guardar o dele para 
comprar seu novo taco de golfe da Nike. A única regra é que 
nenhum de vocês pode criticar os gastos SPC do outro.
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Dinheiro: o outro amante
Com este arranjo, cada um de vocês começa a tomar al­
gumas decisões unilaterais sem criar um conflito. E chamamos 
isso de seguro do casamento, porque protege vocês de conflitos 
potencialmente destrutivos acerca de dinheiro — além de ser 
muito mais barato do que aconselhamento matrimonial ou di­
vórcio.
O plano de gastos
Uma vez que você permitiu o SPC para criar espaço su­
ficiente para suas peculiaridades financeiras, você está pronta 
para desenvolver seu plano de gastos. Gosto mais do termo p la ­
no d e gastos — com o que você p o d e gastar — do que orçam ento 
— com o que você não pode gastar.
O segredo não pode ser reduzido para fazer mais dinheiro. 
A indústria de seguros afirma que grandes somas de dinhei­
ro pagas aos beneficiários geralmente acabam em seis meses. O 
mesmo é verdadeiro para ganhadores de loteria.
Temos observado casais que enriqueceram, e quase todos 
moldaram seus planos de gastos tendo em vista as mesmas duas 
prioridades: doar e guardar. Casais que concordam nessas 
duas prioridades geralmente acham que o processo de deter­
minar o restante do seu plano de gastos fica muito mais fácil. 
Embora suas circunstâncias possam exigir porcentagens dife­
rentes, a estratégia mais simples é resumida nesta fórmula:
Doe 10%.
^ Poupe 10% para um futuro distante (aposentadoria e 
gastos com a faculdade dos filhos).
Guarde 10% para um futuro mais próximo (comprar 
carros ou móveis ou fazer reformas na casa).
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O que toda noiva precisa saber
®° Separe 70% para o “nosso dinheiro” — incluindo o Se­
guro Premium do Casamento, com os quaisas contas 
serão pagas.
Ilustramos o total do processo da seguinte forma:
Quando você construir seu plano de gastos, comece lis­
tando, mês por mês, todas as suas fontes de renda, incluindo 
tanto o seu salário como o do seu marido, além de presentes e 
rendimentos dos seus investimentos. Então, faça uma lista de 
todos os gastos dos quais você consegue lembrar-se e separe- 
-os em categorias: doação, poupança, SPCs, moradia (aluguel 
ou financiamento), serviços públicos, despesas com o carro, 
roupas, compras de mercado, viagens, telefone, contribuições, 
assinatura revistas, despesas próprias (cortes de cabelo, escovas), 
seguro, decoração da casa, presentes, e despesas diversas.
A partir deste ponto, vocês dois moveram-se para o mes­
mo lado da mesa na determinação de quanto separar para cada 
categoria de gastos.
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Dinheiro: o outro amante
Atitudes financeiras que assassinam casamentos
O dinheiro por si só nunca causa conflito em um casamento. O 
que causa as brigas por causa dele sáo as atitudes não ditas que 
você e seu noivo trazem para o casamento. Como esposa, exis­
tem dois tipos de pensamento que a magoarão o tempo todo:
"Dinheiro faz parte do departamento do meu marido"
Albert e Jennifer estavam financeiramente confortáveis 
quando se casaram. Ambos tinham empregos de destaque 
que geravam rendas generosas. Na verdade, Jennifer era tão 
bem-sucedida que ela tinha mais de 100.000,00 dólares na 
poupança quando se casou. Depois do casamento, Albert cui­
dou de tudo relacionado às finanças: o seguro, os investimentos, 
o pagamento das contas. Ele tomou quase todas as decisões fi­
nanceiras, e ela experimentou um grande conforto por não ter 
mais de preocupar-se com isso.
Quando o primeiro filho deles nasceu, Jennifer quis pa­
rar de trabalhar. Albert concordou que eles poderiam balancear 
isso financeiramente, e continuaram em seu estilo de vida fami­
liar. Então Albert perdeu seu emprego. Apesar disso, ele garantiu 
a Jennifer que eles ficariam bem. Sem fazer perguntas, ela 
manteve seus gastos normais.
Albert conseguia encontrar alguns trabalhos de consul­
toria de curto prazo, mas quando entrou em seu terceiro ano 
desempregado, os problemas surgiram. Ele passou a fazer res­
trições aos gastos de Jennifer, que começou a fazer perguntas. 
O que ela descobriu a deixou chocada e assustada: ao longo dos 
dois últimos anos, eles tinham gastado todas as suas economias. 
E atualmente, já estavam vivendo de empréstimos.
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O que toda noiva precisa saber
Ela pensava que estava sendo uma boa esposa, apoiando 
seu marido e não fazendo perguntas. Albert tentou proteger 
Jennifer, mantendo as más notícias à distância com a esperan­
ça de uma reviravolta. Ambos estavam tentando fazer a coisa 
certa: mostrar amor um pelo outro. Mas esse arranjo fez com 
que Albert carregasse um pesado fardo que nunca deveria ter 
sido sustentado sozinho e deixou sua esposa com o sentimento 
devastador de traição.
Casais que esperam que haja um problema para falar so­
bre finanças inclinam-se para um conflito do qual podem não 
se recuperar nunca mais. Por mais que você ache que isso é uma 
formar de evitar desconforto no início do seu casamento, nunca 
é sábio abdicar das responsabilidades pelas decisões sobre o que 
fazer com o “nosso dinheiro”.
"É mais fácil pedir perdão do que permissão"
Bobbie tem uma amiga que vive com o lema de compras 
“Nunca deixe um rastro de papel”. Sempre que possível, Jeri 
evita usar cheques ou cartões de crédito para que seu marido 
não saiba onde ela está gastando o dinheiro dela.
A maluquice é que Jeri realmente tem muito pouco a es­
conder. Ela não está traficando drogas, nem apostando em jogos 
de azar. Ela está apenas comprando algumas coisas extras para 
si, para a casa, e até mesmo algumas surpresas para o marido. 
Ela ama a liberdade de poder comprar essas coisas sem “pedir 
permissão”. Sua pequena empresa de consultoria fornece o “seu 
próprio dinheiro” suficiente para fazer isso sem ser detectada.
Jeri tem uma necessidade legítima de ter liberdade para 
tomar algumas decisões financeiras irrestritas sozinha. Ela quer
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Dinheiro: o outro amante
ser tratada como uma adulta. Mas a verdade nua e crua é que 
ela não confia o suficiente em seu marido para vir abertamente 
à mesa e contar-lhe o que está fazendo. E sua abordagem “peça 
perdão em vez de permissão” prepara o terreno para segredos, 
desconfiança e ocultações — um padrão que facilmente encon­
trar seu caminho para outras áreas do relacionamento deles.
Palavras de mulheres sábias
Fiz uma pesquisa informal com mulheres casadas a respeito do 
tema dinheiro. Perguntei-lhes: “Se você pudesse dizer apenas 
uma coisa para recém-casadas sobre como construir o tipo cer­
to de padrão para lidar com dinheiro, o que seria?”. Considere 
estas dicas como sábios conselhos das mais experientes:
"Não é não romântico ou não espiritual prestar atenção ao dinheiro"
Você não precisa ler muito o Novo Testamento para des­
cobrir que Deus importa-se profundamente com suas atitudes 
relacionadas ao dinheiro. No Novo Testamento, há cinco vezes 
mais referências ao dinheiro do que à oração. Você pode adicio­
nar cada referência bíblica relacionada a céu ou inferno, e ainda 
vai acabar com menos material do que o que se refere a dinhei­
ro. E você pode ficar surpresa em saber que, das 38 parábolas de 
Jesus, 16 referem-se a dinheiro de alguma maneira.
Você pode achar que passar uma noite romântica juntos 
ou compartilhar uma conversa profunda sobre coisas espiritu­
ais levará vocês a uma intimidade satisfatória. Mas negligenciar 
conversas com seu marido sobre dinheiro geralmente colo­
ca um obstáculo a essa intim idade. Quanto mais cedo e mais
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O que toda noiva precisa saber
claros forem seus diálogos sobre dinheiro, mais livre você estará 
para buscar as coisas que importam mais.
"Não há nada de que você precise tanto agora para endividar-se por 
isso"
Por meio de estimativas recentes, a família típica na 
América tem 23.000,00 dólares em dívida não hipotecária. Se 
supormos uma taxa de juro moderada de dez por cento para 
essa dívida, o casal médio está pagando cerca de 2.300,00 dóla­
res por ano apenas em juro. Se um jovem casal escolhesse evitar 
a dívida não hipotecária e colocar os 2.300,00 dólares por ano 
na poupança, eles poderíam ter, após 20 anos de casados, um 
fundo na vizinhança de 100.000,00 dólares, dependendo da 
taxa de juro. Sem gastar um centavo a mais do que o casal mé­
dio já gasta apenas em juros, você e seu marido poderíam ter as 
muitas opções que esse tipo de dinheiro traz.
Muitos casais abrem mão do seu futuro para comprar al­
gumas coisas a mais que eles simplesmente têm de ter agora. A 
tensão que uma alta carga de dívida coloca em um casamento 
pode ser imensa. Por isso, particularmente nesse primeiro ano, 
é muito importante viver livre de dívidas não hipotecárias.
Asim e Collen aplicam o que chamam de seu “princípio 
afaste-se”. Eles concordam em ir para casa e deixar qualquer 
item acima de 200,00 dólares na loja por 24 horas. Se no dia 
anterior um deles “simplesmente amou o item”, no dia seguin­
te, ele pode não ser mais tão atraente. Com a paixão removida, 
o casal pode decidir se o item é uma “necessidade” ou uma 
“vontade”.
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Dinheiro: o outro amante
"Se você quer viver de uma só renda algum dia, viva de uma só 
renda hoje"
A nna e Andrew casaram-se com 20 e poucos anos de 
idade, sabendo que um dia iriam querer começar uma família. 
Logo no início do relacionamento, eles decidiram que Anna 
não trabalharia fora quando os filhos chegassem. Como um ca­
sal com duas carreiras, eles viveram no nível que podiam dar-se 
ao luxo de viver. Antes de a criança chegar, eles acostumaram-se 
a novos carros, a uma casa com uma grande hipoteca, a geral­
mente comer fora, e aférias anuais caríssimas.
No entanto, no meio do quarto ano de casamento, Anna 
engravidou, e eles entenderam a difícil viagem que estavam 
iniciando. Quando eles olharam para como o plano de gastos 
deles seria, baseado apenas em um salário, ficaram chocados 
com o quanto custaria ter um bebê e ser uma dona de casa. 
Confrontados pela decisão de dim inuir bastante o padrão de 
vida que tinham ou abandonar a decisão de Anna ficar em casa 
com o bebê, eles fizeram uma escolha difícil e severamente mu­
daram seu estilo de vida. E colocar uma placa de venda em seu 
quintal foi uma dolorosa lembrança do mau planejamento deles.
Teria sido muito mais fácil se o casal tivesse aprendido a 
viver de uma só renda durante os primeiros anos de casados. 
Eles teriam o equivalente a três anos de salário de Anna na pou­
pança — uma almofada que poderia ter aum entado o padrão de 
vida deles quando o bebê chegou.
Então, onde começamos?
Encontramo-nos com Mike e Lynn várias vezes antes do 
casamento deles. Além das regularmente agendadas sessões
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O que toda noiva precisa saber
pré-matrimoniais, eles pediram ajuda especial para superar seu 
frustrante padrão de tensão no que diz respeito a questões refe­
rentes a dinheiro. Eles eram sábios o suficiente para ver que esse 
padrão os prepararia para uma vida de frustrações. Assim, antes 
mesmo do casamento, esses dois resolveram construir um dife­
rente conjunto de padrões. Eles sabiam que o relacionamento 
com o qual sonhavam nunca seria possível se não pudessem 
conversar sobre dinheiro sem ficarem ressentidos.
Uma das coisas que amamos ao trabalhar com esse casal 
foi a sua disposição de continuar tentando até que uma estraté­
gia que funcionasse fosse encontrada. Em primeiro lugar, Mike 
e Lynn fizeram as coisas que você já leu neste capítulo, como 
criar um orçamento e estabelecer um SPC mensal. Eles até fi­
zeram uma aula sobre planejamento financeiro. Eles também 
tentaram algumas idéias extravagantes — a sua própria dança 
do dinheiro patenteada, que concordaram fazer toda vez em 
que sentissem a tensão invadindo suas conversas comuns sobre 
dinheiro; e a canção especial — cheia de movimentos, que eles 
nunca conseguiam cantar por inteiro sem rir. E por um tempo, 
eles concordaram em usar narizes de palhaço toda vez em que 
falassem sobre o assunto. (Não estou brincando.)
Agora, com dez anos de casados, eles diriam a você que 
nenhuma estratégia financeira “funcionou”. O que funcionou 
foi o compromisso inflexível deles de trabalharem em um pla­
no juntos e a vontade em comum e absoluta de livrar-se dos 
corrosivos padrões de oposição que elevaram o dinheiro acima 
do seu casamento.
Então, onde vocês começam? Que tal, durante este ano, 
decidir estabelecer um padrão que permitirá a vocês dois 
conversarem e negociarem sobre dinheiro sem a tensão e a 
seriedade autodestrutiva que tão frequentemente acompanha as
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Dinheiro: o outro amante
conversas financeiras dos casais? Comecem concordando que 
ficarão no mesmo time, sentados no mesmo lado da mesa, e 
tornem sua prioridade não apenas resolver um problema par­
ticular sobre dinheiro, mas também fazer isso de tal forma que 
ele nunca criará uma barreira entre você e seu marido.
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