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“RESUMÃO” MODELAGEM MATEMÁTICA Texto 1: Modelagem Matemática e Etnomatemática - Bassanezi: * Conceito de Modelagem Matemática: é a arte de transformar problemas da realidade em problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real. * Etapas da Modelagem Matemática: (1) Experimentação: processo de caráter laboratorial em que se levantam os dados referentes ao experimento. (2) Abstração: deve conduzir à formulação de Modelos Matemáticos. É quando ocorre – seleção de variáveis, problematização ou formulação de problemas, formulação de hipóteses e simplificação. (3) Resolução: substituição da linguagem natural das hipóteses pela linguagem matemática. (4) Validação: aceitação/refutação do modelo proposto, testagem do modelo a partir dos dados empíricos. (5) Modificação: ocorre quando as previsões são distantes da realidade, por algum motivo ou deficiência das etapas anteriores. * Modelagem eficiente: permite fazer previsões, tomar decisões, explicar, entender, enfim, participar do mundo real com capacidade de influenciar em suas mudanças. * Obtenção do modelo: não deve ser uma etapa prioritária, porque mais importante do que os modelos obtidos, são o processo, a crítica e a inserção no meio sócio cultural. * Argumentos para a inserção da MM no sistema educacional: (1) Argumento formativo: aplicações matemáticas/performance da MM/resolução de problemas como processos para desenvolver a capacidade geral e atitude dos estudantes. (2) Argumento de competência crítica: competentes para ver e formar juízos próprios, reconhecer e entender exemplos representativos de aplicações de conceitos matemáticos. (3) Argumento de utilidade: a instrução matemática pode preparar o estudante para utilizar a matemática como ferramenta para resolver os problemas em diferentes situações e áreas. (4) Argumento intrínseco: inclusão de MM/resolução de problemas/aplicações fornecem ao estudante um rico arsenal para entender/interpretar a própria matemática em todas as suas facetas. (5) Argumento de aprendizagem: os processos aplicativos facilitam ao estudante compreender melhor os argumentos matemáticos, guardar os conceitos e os resultados, e valorizar a própria matemática. (6) Argumento da alternativa epistemológica: a MM também se encaixa do programa etnomatemática, como uma metodologia mais adequada às diversas realidades socioculturais. - Burak: * Conceito de MM: é um conjunto de procedimentos cujo objetivo é construir um paralelo para tentar explicar matematicamente os fenômenos do qual o homem vive o seu cotidiano. * Na concepção da MM são necessários: (a) Interesse do grupo; (b) A obtenção de informações e dados do ambiente, de onde se origina o interesse do grupo (investigação etnográfica). * Etapas da MM: (1) Escolha do tema: etapa em que o professor apresenta aos alunos alguns temas que possam gerar interesse ou deixa que sejam escolhidos/sugeridos pelos alunos. O professor assume uma postura de mediador/facilitador da aprendizagem. (2) Pesquisa exploratória: os alunos procuram materiais e subsídios teóricos que contenham informações/noções prévias sobre o que se quer desenvolver/pesquisar. (3) Levantamento dos problemas: os alunos conjecturam sobre tudo que pode ter relação com a matemática, elaborando/indagando sobre situações simples/complexas para que vislumbrem a possibilidade de aplicar/aprender conteúdos matemáticos. (4) Resolução dos problemas/desenvolvimento do conteúdo matemático no contexto do problema: abertura para a busca de respostas aos problemas levantados, com o auxílio do conteúdo matemático. Caminho inverso do usual – os problemas determinam os conteúdos. (5) Análise crítica das soluções: criticidade em relação a viabilidade das resoluções apresentadas. - Biembengut: * Conceito de MM: processo que envolve a obtenção de um modelo. * Modelos: aproxima a MM das ideias de Isaac Newton. * Perspectiva Motivacional: o importante é não perder a motivação; o professor deve estar seguro para a realização da proposta. * Etapas da MM: (1) Interação: reconhecimento da situação-problema e familiarização com o assunto a ser modelado (pesquisa). (2) Matematização: formulação (hipótese) e resolução do problema em termos matemáticos. (3) Modelo Matemático: interpretação e validação do modelo (uso). * MM x Educação Matemática: trata-se de um caminho para despertar no aluno o interesse por tópicos matemáticos. * Modelação Matemática: método que difere da MM no ensino, pois, se utiliza de um único tema para extrair o conteúdo programático. Possui as seguintes etapas: (1) Justificação do processo: o professor apresenta modelos e mostra a importância do seu uso em diversas áreas. (2) Escolha do tema: é livre para os alunos. (3) Desenvolvimento do processo: desenvolvimento do conteúdo programático a partir do tema. (4) Avaliação: retorno às atividades desenvolvidas e aos modelos criados. - Barbosa: * Conceito de MM: trata-se de uma oportunidade de os alunos indagarem situações por intermédio da matemática, sem procedimentos fixados previamente. * Ambiente de aprendizagem: é concebido como um “convite” aos alunos, o que pode ocasionar que eles se envolvam ou não nas atividades. * Indagação: pauta a MM e não se constitui em uma simples explicitação do problema, mas, uma atitude que acompanha todo o processo de resolução. A indagação conduz a investigação. * Investigação: é a busca, seleção, organização e manipulação de informações. * Modelagem sócio-crítica: as atividades buscam abranger o conhecimento de matemática, de modelagem e reflexivo. * Semi-realidade: são construídas, por isso não se tratam de uma realidade em si porque é artificial. * Realidade: é o contexto onde as pessoas estão inseridas, sem intervenções artificiais. - Caldeira: * Conceito de MM: advinda de projetos, sem a preocupação de reproduzir os conteúdos apresentados no currículo, mas, sem perder os conceitos universais da Matemática. * Trabalho em grupo: grupos de trabalho se fazem necessários para uma dinâmica mais participativa, integrativa e criativa. * MM x criticidade: instrumento de criticidade, oportuniza a importância da Matemática na vida das pessoas. * Sistema de aprendizagem: oportunidade de oferecer as devidas condições aos professores e alunos, para que se questionem e entendam a educação. É a não aceitação do currículo escolar (estagnado). * Vida cotidiana x conhecimento matemático: interação do cotidiano dos alunos com o conhecimento matemático, nova postura de trabalho em sala de aula, nova concepção sobre o conhecimento matemático. * Desfragmentação x contextualização: conhecimentos interconectados e contínuos, currículo composto de ação e reflexão. * MM x pesquisa: os alunos tornam-se pesquisadores matemáticos. Texto 2: MM – pontos que justificam... - Origens: há cerca de 20 anos a MM é pensada enquanto prática educativa no contexto da Educação Matemática. - Etapas (Burak): (1) Escolha do tema: etapa em que o professor apresenta aos alunos alguns temas que possam gerar interesse ou deixa que sejam escolhidos/sugeridos pelos alunos. O professor assume uma postura de mediador/facilitador da aprendizagem. (2) Pesquisa exploratória: os alunos procuram materiais e subsídios teóricos que contenham informações/noções prévias sobre o que se quer desenvolver/pesquisar. (3) Levantamento dos problemas: os alunos conjecturam sobre tudo que pode ter relação com a matemática, elaborando/indagando sobre situações simples/complexas para que vislumbrem a possibilidade de aplicar/aprender conteúdos matemáticos. (4) Resolução dos problemas/desenvolvimento do conteúdo matemático no contexto do problema: abertura para a busca de respostas aos problemas levantados, com o auxílio do conteúdo matemático. Caminho inverso do usual – os problemasdeterminam os conteúdos. (5) Análise crítica das soluções: criticidade em relação a viabilidade das resoluções apresentadas. - Na concepção da MM são necessários: (a) Interesse do grupo; (b) A obtenção de informações e dados do ambiente, de onde se origina o interesse do grupo (investigação etnográfica). - Pressupostos construtivistas, interacionistas e de aprendizagem significativa: aluno e professor são considerados sujeitos ativos do processo de ensino e aprendizagem. Valoriza-se o que o aluno já sabe, e traz em sua bagagem de conhecimento, o meio social em que convivem o professor e o aluno, com suas diferenças culturais e outras. A MM é uma facilitadora da construção do conhecimento e de conceitos matemáticos. - Desenvolvimento dos conteúdos: os conceitos surgem na medida em que se faz necessária à sua explicitação, seu auxílio na resolução de situações-problema. - Contextualizar em MM: * É unir a parte ao todo e o todo à parte, não somando partes para compor o todo, antes é uma interdependência das partes com o todo e vice-versa. * Permite que não se perca o fio condutor ao se resolver um problema de matemática; * O educando está mais apto a resolver um problema adequadamente e também a utilizá-lo em novas situações de sua vida; * Não é apenas aquele que o indivíduo ou grupo está inserido, mas também, é o mundo em que ele vive e convive, influencia e é influenciado. - Interdisciplinaridade: palavra-chave para a organização escolar, pretende-se uma intercomunicação efetiva entre as disciplinas, através da fixação de um objeto comum, diante do qual, os objetos particulares de cada uma delas constituem subobjetos. - Socialização: faz com que eles participem da vida social, relacionem-se com os seus pares, e adquiram formas de interações com outros. - Ruptura com o currículo linear: rompe com esse tipo de concepção do conhecimento, pois, a linearidade não “dá conta” da complexidade do currículo e nem da construção do conhecimento, que por sua vez, acontece em relações múltiplas (e desordens). A MM representa essa ruptura – não são os conteúdos que determinam os problemas (ou situações), mas os problemas (ou situações) que determinam os conteúdos. Texto 3: um estudo sobre o uso da MM como... - Pesquisas x aprendizagem de Matemática: aumentaram nas últimas décadas. As investigações têm se desenvolvido sob a luz de diferentes tendências. O desenvolvimento de ações que visam uma prática escolar em que a Matemática esteja associada mais efetivamente à realidade dos alunos, tem sido uma alternativa de mudança apontada. -Conhecimento matemático brasileiro (estatísticas): (77%) dos brasileiros jovens e adultos não são capazes de resolver problemas matemáticos que exijam mais de um passo para a sua resolução; e também, não conseguem ler mapas, gráficos ou tabelas. (2%) da população brasileira é totalmente analfabeta em Matemática, o que significa que não domina habilidades simples como: ler preços, identificar números de telefone, contar dinheiro ou mesmo consultar um calendário. (46%) dos brasileiros, embora consiga ler números, comparar preços e até dar o troco, não consegue resolver pequenas situações onde se tenha que fazer cálculos simples. * A pesquisa visava diagnosticar o nível de capacidade das pessoas para utilizar a Matemática no dia a dia; * Foi realizada com duas mil pessoas residentes em áreas rurais e urbanas; * Representa a continuidade de um trabalho iniciado em 2002; * Ainda não houve progresso desde esse período. - Ciclo de aquisição do conhecimento: é deflagrado a partir de fatos da realidade. A construção do conhecimento matemático pode ser mais eficiente se emergir de fenômenos que têm origem na realidade. - Vantagens da MM: * Pode ser um caminho para despertar maior interesse, ampliar o conhecimento do aluno e auxiliar na estruturação de sua maneira de pensar e agir. * A recriação de modelos pelo sujeito, que pode utilizar outros modelos já incorporados à sua realidade. - Uma alternativa para o currículo: a MM pode ser vista como alternativa para inserir aplicações da Matemática no currículo escolar, sem, no entanto, alterar as formalidades inerentes ao ensino. - Perspectivas reflexivas: desenvolvimento do conhecimento reflexivo, visando à formação de um cidadão crítico, também se insere entre os objetivos a serem atingidos quando se faz uso da MM. - Aspectos sociais da MM: * Interação social que é relevante à construção do conhecimento; * Trabalho em grupo; * Objetivo e solução final em comum; * Diferentes estratégias para a solução de um problema; * Contribuição para a aprendizagem dos conceitos envolvidos. - Papel formador da Matemática na sociedade: o desenvolvimento tecnológico faz com que muitas decisões institucionais (de natureza econômica, social ou política) afetem a vida de muitas pessoas, e tudo isso está apoiado em ferramentas conceituais oriundas da Matemática. - Conhecimento reflexivo: o conhecimento reflexivo se refere à competência de refletir sobre o uso da Matemática e avaliá-lo. - Matemática x realidade: a interação entre a vida real e a matemática devem levar a uma reflexão, conscientizando-se do lugar e do papel da Matemática na sociedade. - MM em cursos regulares: necessidade de procurar um equilíbrio harmonioso entre teoria e prática, mostrando o valor intrínseco da Matemática, assim como a sua plasticidade e beleza, enquanto ferramenta para o entendimento de outras áreas do conhecimento. - Transição entre linguagens diferentes: (1ª) Linguagem natural → Linguagem sistemática (quando uma situação da realidade é transformada em informação); (2ª) Linguagem sistemática → Linguagem matemática (quando as informações são transformadas por meio de hipóteses simplificadoras da realidade – modelo matemático). - Educação Matemática x MM: assume perspectivas distintas daquelas que tratam essencialmente da solução de problemas por meio da Matemática. - Matemática escolar x MM: a MM é uma alternativa para o ensino/aprendizagem da Matemática escolar, que pode proporcionar aos alunos oportunidades de identificar e estudar situações-problema de sua realidade, despertando maior interesse e desenvolvendo um conhecimento mais crítico e reflexivo em relação aos conteúdos de Matemática. - Maior desafio dos matemáticos e dos educadores matemáticos: fazer uma matemática integrada ao pensamento e ao mundo moderno. Texto 4: MM na sala de aula - MM na Educação Matemática: aplicação da Matemática em outras áreas do conhecimento. - Razões para a inclusão da MM ao currículo: * Motivação; * Facilitação da aprendizagem; * Preparação para utilizar a Matemática em diferentes áreas; * Desenvolvimento de habilidades gerais de exploração e compreensão do papel sociocultural da Matemática. - Ideologia da certeza: as aplicações matemáticas que consistem em um consenso sobre a sua veracidade e confiabilidade. - Conhecimento reflexivo: dimensão devotada a discutir a natureza das aplicações, os critérios utilizados e o significado social. - Atividade escolar de MM: * Oferece condições em que os alunos são convidados a atuar; * Ato de criar perguntas e/ou problemas; * São colocadas algumas condições que propiciam determinadas ações e discussões singulares em relação a outros ambientes de aprendizagem; * Busca, seleção, organização e manipulação de informações e reflexão sobre elas. - Modelagem: ambiente de aprendizagem onde os alunos são convidados a problematizar e investigar, por meio da Matemática, situações com referência na realidade. - Como incorporar a MM ao currículo? Incorporar a MM na escola deve significar também o movimento do currículo da Matemática, para um paradigma de investigação. Deve haver consonância entre MM e as outras áreas escolares. Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) → Normas de procedimento- Currículo: conjunto de valores que proporcionam a produção e a socialização de significados no espaço social e que contribuem, intensamente, para a construção de identidades sociais e culturais dos estudantes. - Organização do tempo curricular na educação básica: deve ser construído em função das peculiaridades de seu meio e das características próprias de seus estudantes, não se restringindo às aulas das várias disciplinas. - Concepção/organização do espaço curricular/físico: se imbricam e se alargam, por incluir no desenvolvimento curricular ambientes físicos, didático-pedagógicos e equipamentos que não se reduzem às salas de aula, incluindo outros espaços da escola e de outras instituições escolares, bem como os socioculturais e esportivo-recreativos do entorno, da cidade e mesmo da região. - Escola plural e heterogênea: a escola precisa acolher diferentes saberes, diferentes manifestações culturais e diferentes óticas, empenhar-se para se constituir, ao mesmo tempo, em um espaço de heterogeneidade e pluralidade, situada na diversidade em movimento, no processo tornado possível por meio de relações intersubjetivas, fundamentada no princípio emancipador. - Organização do currículo: * Perpassam todos os aspectos da organização escolar, desde o planejamento do trabalho pedagógico, a gestão administrativo-acadêmica, até a organização do tempo e do espaço físico e a seleção, disposição e utilização dos equipamentos e mobiliário da instituição, ou seja, todo o conjunto das atividades que se realizam no espaço escolar, em seus diferentes âmbitos; * As abordagens multidisciplinar, pluridisciplinar e interdisciplinar fundamentam-se nas mesmas bases, que são as disciplinas, ou seja, o recorte do conhecimento. - Multidisciplinaridade: expressa frações do conhecimento e o hierarquiza. - Pluridisciplinaridade: estuda um objeto de uma disciplina pelo ângulo de várias outras, ao mesmo tempo. - Transdisciplinaridade: refere-se ao conhecimento, próprio da disciplina, mas está além dela. - Interdisciplinaridade: pressupõe a transferência de métodos de uma disciplina para a outra. - Transversalidade: é entendida como uma forma de organizar o trabalho didático-pedagógico em que temas e eixos temáticos são integrados às disciplinas, às áreas ditas convencionais, de forma a estarem presente em todas elas. - Gestão do conhecimento sob a perspectiva transversal: exige da comunidade educativa clareza quanto aos princípios e às finalidades da educação, além do conhecimento da realidade contextual, em que as escolas, representadas por todos os seus sujeitos e a sociedade, se acham inseridas. - Seleção dos temas transversais: a comunidade escolar tem autonomia nessa seleção, e também, na delimitação dos espaços curriculares a eles destinados, bem como a forma de tratamento que será conferido à transversalidade. É fundamental que as ações sejam previstas no PPP (Projeto Político Pedagógico). - Matriz curricular: * Constitui-se no espaço em que se delimita o conhecimento, e representa, além da alternativa operacional (que subsidia a gestão de determinado currículo escolar), subsídio para a gestão escolar (organização do tempo/espaço curricular; distribuição/controle de carga horária docente); * Deve ser organizada por “eixos temáticos” (perspectiva interdisciplinar), definidos pela unidade escolar ou pelo sistema educativo; * Deve ser entendida como algo que funciona assegurando movimento, dinamismo, vida curricular e educacional na sua multidimensionalidade, de tal modo que os diferentes campos do conhecimento possam se coadunar (se unir); * Com a implantação/implementação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), a expressão “matriz” foi adotada formalmente pelos diferentes sistemas educativos. - Matriz curricular x grade curricular: a concepção de matriz como lugar onde é concebido, gerado ou criado, ou como aquilo que é fonte ou origem, não se admite equivalência de sentido, menos ainda como desenho simbólico ou instrumental da matriz curricular com o mesmo formato e emprego atribuído historicamente à grade curricular. - Eixos temáticos: programa de estudo que aglutina investigações e pesquisas sob diferentes enfoques. * Organiza a estrutura do trabalho pedagógico, limita a dispersão temática e fornece o cenário no qual são construídos os objetos de estudo; Transversalidade Interdisciplinaridade Diferem-se, mas, complementam-se; ambas rejeitam a concepção de conhecimento que toma a realidade como algo estável, pronto e acabado. Refere-se à dimensão didático-pedagógica. Abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento. * Permite a concretização da proposta de trabalho pedagógico centrada na visão interdisciplinar; * Propicia o trabalho em equipe, supera o isolamento das pessoas e de conteúdos fixos; * Professores e estudantes têm liberdade na escolha de temas e assuntos, contextualizando-os com outros. - Rede de aprendizagem: conjunto de ações didático-pedagógicas, cujo foco incide sobre a aprendizagem, subsidiada pela consciência de que o processo de comunicação entre os estudantes e professores é efetivado por meio de práticas e recursos tradicionais e por práticas de aprendizagem desenvolvidas em ambiente virtual. * Constituem-se em ferramenta didático-pedagógica relevante também nos programas de formação inicial e continuada de profissionais da educação. * Elementos constitutivos da gestão e das práticas docentes: → Infraestrutura favorável; → Prática por projetos; → Respeito ao tempo escolar; → Avaliação planejada; → Perfil do professor; → Perfil/papel da direção escolar; → Formação do corpo docente; → Valorização da leitura; → Atenção individual ao estudante; → Atividades complementares e parcerias; → Interação com as famílias/comunidade; → Valorização docente (instituição do plano de carreira, cargos e salários). * Êxitos e desafios das redes na busca da qualidade da educação: →Êxitos: intercâmbio de informações; agilidade dos fluxos; recursos que alimentam relações e aprendizagens coletivas. →Desafios: obstáculos para a gestão participativa; qualificação dos funcionários; integração entre instituições escolares de diferentes sistemas educativos; inclusão de estudantes com deficiência. - Vantagens das redes de aprendizagem: * Multiplicação de aulas de transmissão em tempo real, por meio de tele aulas, com elevado grau de qualidade; * Aulas simultâneas para várias salas; * Aulas gravadas e acessadas a qualquer tempo, e de qualquer lugar, por meio da internet ou da TV digital; * Oferta de esclarecimentos de dúvidas em determinados pontos do processo didático-pedagógico. Texto 6: PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) → Modelos - Matemática: vista como uma disciplina centrada em si mesma, limitando-se à exploração de conteúdos meramente acadêmicos, de forma isolada, sem qualquer conexão entre seus próprios campos ou com outras áreas do conhecimento. - Projetos: podem reverter essa característica controversa da Matemática, pois, proporcionam contextos que geram a necessidade/possibilidade de organizar conteúdos de forma a lhes conferir significado. - Matemática e os temas transversais: * Ética: a formação de indivíduos éticos pode ser estimulada nas aulas de Matemática ao se direcionar o trabalho para o desenvolvimento de atitudes no aluno. * Orientação sexual: acomodar num mesmo patamar, os papéis desempenhados por homens e mulheres, na construção da sociedade contemporânea, ainda que se encontre barreiras ancoradas em experiências bastante diferenciadas. * Meio ambiente: a compreensão das questões ambientais pressupõe um trabalho interdisciplinar, em que a Matemática está inserida. Desde a quantificação de aspectos envolvidos em problemas ambientais, até a compreensão dos fenômenos que ocorrem no ambiente, haverá ferramentasessenciais em conceitos e procedimentos matemáticos. * Saúde: as informações sobre saúde, muitas vezes apresentadas em dados estatísticos, permitem o estabelecimento de comparações/previsões, que contribuem para o autoconhecimento, possibilitam o autocuidado e ajudam a compreender aspectos sociais relacionados à problemas de saúde. * Pluralidade cultural: a construção e a utilização do conhecimento matemático, não são feitos apenas por matemáticos, cientistas ou engenheiros, mas, de formas diferenciadas, por todos os grupos socioculturais, que desenvolvem e utilizam habilidades para contar, localizar, medir, desenhar, representar, jogar e explicar, em função de suas necessidades e interesses. * Outros temas: além dos temas apresentados, cada escola pode desenvolver projetos, envolvendo outras questões consideradas de relevância para a comunidade. - Caminhos para a Matemática na sala de aula: * Resolução de problemas: consiste em ensinar um conceito, procedimento ou técnica e depois apresentar um problema para avaliar se os alunos são capazes de empregar o que lhes foi ensinado. * Histórica da Matemática: conceitos abordados em conexão com sua história, constituem-se veículos de informação cultural, sociológica e antropológica de grande valor informativo; nesse sentido configura-se como um instrumento de resgate da própria identidade cultural. * Tecnologias da Informação: o uso de calculadoras, computadores, softwares educacionais, etc., podem oportunizar novas formas de comunicar e conhecer. Portanto, são ferramentas de apoio que podem muito contribuir com os ambientes educacionais. * Jogos: atividade natural no desenvolvimento dos processos psicológicos básicos; supõe “fazer sem obrigação externa e imposta”, embora demande exigências, normas e controle. No jogo, mediante a articulação entre o conhecimento e o imaginado, desenvolve-se o autoconhecimento – até onde se pode chegar – e o conhecimento dos outros – o que se pode esperar e em que circunstâncias. Texto 7: Modelagem na Matemática – compreensões... - Origens: o surgimento da Educação Matemática como um campo do conhecimento no Brasil, no início dos anos 80, fez brotar do cenário educacional tendências para o ensino da Matemática, que trouxeram uma nova dinâmica para a difusão dessa importante área do saber no contexto escolar. - Pesquisas: observa-se nos últimos anos o aumento de pesquisas que destacam o papel que a MM em Educação Matemática pode desempenhar nesse processo. - Viés educativo: alguns pesquisadores acreditam que a MM se constitui em um exemplo bem claro da interdisciplinaridade no contexto escolar. - Interdependência dos fenômenos da realidade: quebra da linearidade no ensino, com o não privilégio da abstração do saber, mas, com um ensino contextualizado e concreto. - Multidisciplinas: o contexto educacional brasileiro foi fortemente influenciado por um apanhado de conteúdos transmitidos como verdades absolutas, afastados das experiências dos alunos e das realidades sociais. - PCNs: experiências em algumas salas de aulas têm permitido aos alunos vivenciarem novas formas de relação com o saber, em que as fronteiras entre as disciplinas têm se tornado menos nítidas. - Interdisciplinaridade: articulação entre as diferentes áreas do conhecimento. - Transdisciplinaridade: é o saber além das fronteiras disciplinares; aprofundamento em relação ao processo de construção do conhecimento. - MM interdisciplinar: uma estratégia pedagógica, onde os alunos, a partir de um tema ou problema qualquer de interesse deles, utilizam conteúdos matemáticos para investigá-lo ou resolvê-lo, tendo o professor como um orientador durante todo o processo. - MM transdisciplinar: um conjunto de procedimentos cujo objetivo é construir um paralelo para tentar explicar, matematicamente, os fenômenos presentes no cotidiano do ser humano, ajudando-o a fazer predições e a tomar decisões. - MM inter/transdisciplinar: a matemática por si só não dá conta de responder as demandas ser reconhecer que as contribuições de outras áreas são imprescindíveis. - Atividades de MM inter/transdisciplinares oferecem: * Poder de decisão do aluno ao escolher o tema; * Relação tema escolhido x realidade x conteúdo matemático x conteúdo de outras disciplinas; * Valorização/validação de modelos matemáticos reconhecidamente interdisciplinares.
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