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1 Fundação Centro de Ciên ias e Edu ação Superior a Distân ia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Edu ação Superior a Distân ia do Estado do Rio de Janeiro Equações Diferen iais - Exer í ios Programados 04 - Soluções Exer í io 1 Faça a Atividade 8.1 da Aula 8. Solução: ERRATA: Caros alunos, Peço a �neza de fazer uma pequena alteração na de�nição (8.1): Onde se lê: ∀ (x, y) ∈ U, ∀ t ∈ R tal que (tx, ty) ∈ U G(tx, ty) = tkG(x, y). leia-se ∀ (x, y) ∈ U , ∀ t ∈ R+ tal que (tx , ty) ∈ U G(tx , ty) = tkG(x , y). a) • f(x, y) = x4 + 3x2y2 + y4 ; • U = R2; • {t ∈ R+ | (tx, ty) ∈ U} = R+. Além disso, ∀(x, y) ∈ U, ∀t ∈ R+, f(tx, ty) = t4x4 + 3t2x2 + t4y4 = t4(x4 + 3x2y2 + y4) = t4 f(x, y). Portanto f é uma função homogênea de grau quatro em R2. b) • f(x, y) = 3 √ x3 + y3 ; • U = R2; • {t ∈ R+ | (tx, ty) ∈ U} = R+. Além disso, ∀(x, y) ∈ U, ∀t ∈ R+, (tx, ty) ∈ U , e f(tx, ty) = 3 √ t3x3 + t3y3 = 3 √ t3(x3 + y)3 = t 3 √ x3 + y3 = t1 f(x, y). Portanto f é uma função homogênea de grau um em R2. ) Consór io CEDERJ - Fundação CECIERJ 2012/2 2 • f(x, y) = sen ( xy x2 − y2 ) ; • U = {(x, y) ∈ R2;x 6= ±y}; • {t ∈ R+ | (tx, ty) ∈ U} = R+. Além disso, ∀(x, y) ∈ U, ∀t ∈ R+ (tx, ty) ∈ U , e f(tx, ty) = sen ( tx ty t2x2 − t2y2 ) = sen ( t2xy t2(x2 − y2) ) = sen ( xy x2 − y2 ) = t0 f(x, y). Portanto f é uma função homogênea de grau zero em U . d) • f(x, y) = y − x cos2 ( x y ) ; • U = {(x, y) ∈ R2 | y 6= 0}; • {t ∈ R+ | (tx, ty) ∈ U} = R+. Além disso, ∀(x, y) ∈ U, ∀t ∈ R+ (tx, ty) ∈ U , e f(tx, ty) = ty − tx cos2 ( tx ty ) = t [ y − xcos2 ( x y )] = t1 f(x, y). Portanto f é uma função homogênea de grau um em U . Exer í io 2 Resolva o exer í io 8.1, da Aula 8: Caros alunos, deixamos a seu argo a veri� ação de que os oe� ientes das equações deste exer í io são funções homogêneas de mesmo grau ( om graus de homogeneidade podendo variar de equação para equação). OBSERVE QUE, independentemente do grau de homogeneidade dos oe� ientes, a mudança de variáveis é sempre a mesma. Consór io CEDERJ - Fundação CECIERJ 2012/2 3 Enun iado: Determine soluções gerais de : a) (x2 − y2)− 2xy y′ = 0 b) (x2 + y2)− xy y′ = 0 ) (x− y) dx − (x+ y) dy = 0 d) x dy − y dx = √ x2 + y2 dx e) dy dx = e(y/x) + y x f) [ x sen (y x ) + x+ y ] − x dy dx = 0 Soluções: a) Os oe� ientes são funções homogêneas de grau dois. De�nimos a variável v pela fórmula y = v x de modo que y′ = v + xv′. Substituimos na equação, obtemos (x2 − v2x2)− 2vx2 (v + xv′) = 0, isto é, x2 − 3v2x2 − 2vx3 v′ = 0; ou ainda x2 (1 − 3v2 − 2vxv′) = 0. Assim, x2 = 0 ou 1− 3v2 − 2vxv′ = 0. A equação algébri a x2 = 0 equivale a x = 0, uja representação grá� a é o eixo verti al, que não é grá� o de uma função; e portanto não orresponde a nenhuma solução da equação diferen ial. Devemos supor x 6= 0, o que signi� a que restringimos os domínios dos oe� i- entes da equação a R 2 − {(x, y) | x = 0}. Simpli� ando, obtemos a equação separável 1− 3v2 − 2vxv′ = 0. Consór io CEDERJ - Fundação CECIERJ 2012/2 4 Temos 1− 3v2 − 2vxv′ = 0 ⇐⇒ 1− 3v2 = 2xvv′ ⇐⇒ 2v dv 1− 3v2 = dx x ⇐⇒ −1 3 ln|1− 3v2| = ln|x|+ k = ln c |x| om k = ln c Então |1− 3v2|−1/3 = c |x|, ou, substituindo de volta v por y/x e �englobando� as ombinações de sinais no parâmetro 1 c x = ( 1− 3y 2 x2 )−1/3 ou ainda x2 − 3y2 = c x−1. Dizemos que x2−3y2 = c x−1 é a expressão que de�ne impli itamente as soluções y(x) da equação (x2 − y2)− 2xy y′ = 0. b) Os oe� ientes são funções homogêneas de grau dois. De�nimos a variável v pela fórmula y = v x de modo que y′ = v + xv′. Substituimos na equação, (x2 + v2x2)− vx2 (v + xv′) = 0, isto é, x2 + v2x2 − v2x2 − 2vx3 v′ = 0; ou ainda x2 (1 − vxv′) = 0. Assim, x2 = 0 ou 1 = vxv′. Pelas mesmas razões expostas no no item (a), vamos supor x 6= 0 obtendo a equação separável v dv = dx x . Integrando, temos a fórmula v2 2 = ln c |x|. 1 o que orresponde a restrições nos domínios de variação de x e y Consór io CEDERJ - Fundação CECIERJ 2012/2 5 Novamente �englobando� as ombinações de sinais no parâmetro, e substituindo v por y/x, obtem-se c x = ey 2/2x2 para a expressão que de�ne impli itamente as soluções y(x) da equação (x2 + y2)− xy y′ = 0. ) Primeiramente, es revemos a equação na forma (x− y)− (x+ y) y′ = 0. Seus oe� ientes são funções homogêneas de grau um. Seja v uma nova variável dependente, de�nida pela fórmula y = v x; de modo que y′ = v + xv′. Substituimos na equação, obtemos (x− vx)− (x+ vx)(v + x v′) = 0, isto é, x [(1 − v)− (1 + v)(v + x v′)] = 0. Portanto x = 0 ou (1− v)− (1 + v)(v + x v′) = 0. Des artamos a hipótese x = 0, e � amos om a equação separada (veri�que) (1 + v) dv 1− 2v − v2 = dx x , uja solução é de�nida por |1− 2v − v2|−1/2 = c |x|. Novamente �englobando� as ombinações de sinais no parâmetro, obtem-se, substituindo v por y/x, e simpli� ando, a expressão que de�ne impli itamente as soluções y(x) da equação (x − y) dx− (x+ y) dy = 0: x2 − 2xy − y2 = c. d) Temos: x dy − y dx = √ x2 + y2 dx ⇐⇒ x dy − (y + √ x2 + y2) dx = 0 ⇐⇒ (y + √ x2 + y2)− x y′ = 0, que é uma equação ujos oe� ientes são funções homogêneas de grau um. Seja v de�nida por y = v x. Temos y′ = v + xv′. Consór io CEDERJ - Fundação CECIERJ 2012/2 6 Substituimos na equação, obtemos vx+ √ x2 + x2v2)− x (v + x v′) = 0, Supondo agora x > 0, temos x [v + √ 1 + v2 − (v + x v′)] = 0. A seguir, simpli� amos a equação para v + √ 1 + v2 = (v + x v′), ou ainda (veri�que!) dv√ 1 + v2 = dx x . Substituindo v = tg t, dv = sec2 t e 1 + v2 = sec2 t, � amos om a equação sec t dt = dx x . Daí, integrando, ln (sec t+ tg t) = ln x+ k = ln x+ ln c = ln cx. Agora, já que v = tg t então t = arctg v e sec t = √ 1 + tg2 t = √ 1 + tg2 (arctg v) = √ 1 + v2. Assim ln (sec t+ tg t) = ln cx ⇐⇒ ln ( √ 1 + v2 + tg arctg v) = ln cx; i.é, ln ( √ 1 + v2 + v) = ln cx;√ 1 + v2 + v = c x. substituindo v por y/x: √ x2 + y2 x + y x = c x. Portanto a expressão que de�ne impli itamente as soluções y(x) da equação x dy − y dx = √ x2 + y2 dx é √ x2 + y2 + y = c x2. e) A forma da equação já supõe que ela está de�nida em uma região que não ontem o eixo das ordenadas (x = 0) Seja v de�nida por v = yx . Certamente Consór io CEDERJ - Fundação CECIERJ 2012/2 7 y = v x e y′ = v + xv′. Substituimos na equação, obtemos v + x v′ = ev + v. Simpli� ando, temos x v′ = ev, ou e−v dv = dx x ; ujas soluções são dadas por −e−v = ln x+ k = ln x− ln c. (Qualquer parâmetro real k também pode ser onsiderado omo o simétri o do logaritmo de um outro parâmetro c.) Assim e−v = ln c − ln x = ln ( cx) . substituindo v por y/x: e − y x = ln ( c x ) . Isto é, − y x = ln [ ln ( c x )] ou ainda y = −x ln [ ln ( c x )] , que é a expressão que de�ne expli itamente as soluções y(x) de dy dx = e(y/x) + y x f)Como no item (e), forma da equação já supõe que ela está de�nida em uma região que não ontem o eixo das ordenadas (x = 0). Primeiramente, dividimos toda a equação por x: [ sen (y x ) + 1 + y x ] − dy dx = 0 Seja v de�nida por v = yx . Certamente y = v x e y ′ = v + xv′. Substituimos na equação, obtemos sen v + 1 = v = v + x v′. Simpli� ando, temos a equação separável x v′ = sen v + 1, Consór io CEDERJ - Fundação CECIERJ 2012/2 8 ou, na forma separada ( 1sen v + 1 ) dv = dx x . Então ∫ dv sen v + 1 = ln x+ k = ln cx (k = ln c). Tem-se: ∫ dv sen v + 1 = ∫ 1 1 + sen v · 1− sen v 1− sen v dv = ∫ 1− sen v 1− sen2 v dv = ∫ 1− sen v cos2 v dv = ∫ 1 cos2v dv + ∫ cos−2 v(−sen v) dv = ∫ sec2 v dv − 1 cos v = tg v − sec v. Temos portanto a solução na variável v: tg v − sec v = ln cx. substituindo v por y/x: tg (y x ) − sec (y x ) = ln cx; que é a expressão que de�ne impli itamente as soluções y(x) de[ x sen (y x ) + x+ y ] − x dy dx = 0. Exer í io 3 Resolva o exer í io 8.2 da Aula 8. Enun iado:Resolva as equações diferen iais abaixo: 1) dy dx = 2x− 3y − 1 3x+ y − 2 2) (x + 2y − 4)− (2x+ y − 5)y′ = 0 3) dy dx = 2x− y + 1 6x− 3y − 1 4) dy dx = x+ 2y + 1 2x+ 4y + 3 Consór io CEDERJ - Fundação CECIERJ 2012/2 9 Caros alunos, examinem uidadosamente o material da Aula 8, das páginas 83 a 85, in luindo o Exemplo 8.3. Em ada item, identi�que os oe� ientes a1, b1, · · · c2 do quo iente no lado direito da equação, e transforme-a numa equação de oe� ientes homogêneos (que depois pre isa ser transformada numa equação separável),se (i) det ( a1 b1 a2 b2 ) 6= 0; ou obtenha diretamente uma equação separável, se (ii) det ( a1 b1 a2 b2 ) = 0. Depois, não esqueça de al ular as soluções. Aqui vão as Respostas: 1) 2x2 − 6xy − y2 − 2x+ 4y + c = 0 2)(x− y − 1)3 = c(x + y − 3) 3)5x− 15y + 4ln(10x− 5y − 3) = c 4)ln(4x+ 8y + 5) + 8y − 4x = c . OBSERVAÇ�O: Em todos os itens, a função F que apare e na teoria da Aula 8, é a função identidade. Ou seja, as equações tem a forma dy dx = a1x+ b1y + c1 a2x+ b2y + c2 Exer í io 4 Sabemos que a equação geral polinomial do segundo grau em duas variáveis x e y: Ax2 +B y2 + C xy +Dx+ E y + F = 0, (1) representa uma urva �ni a em �posição geral� (i.é, ujos eixos de simetria não são obrigatoriamente paralelos aos eixos oordenados ortogonais artesia- nos usais OX e Oy; e ujo entro (e/ou vérti e) não é ne essariamente a origem das oordenadas). Sabemos também que se P = (x0, y0) é um ponto da �ni a (1) tal que, numa vizinhança de P , podemos exprimir a oordenada y omo função da oordenada x, então a função y = y(x) é derivável. Consór io CEDERJ - Fundação CECIERJ 2012/2 10 Usando derivação implí ita, al ule uma equação diferen ial de primeira ordem, uja solução é exatamente o grá� o da função y = y(x) na vizinhança de (x0, y0). OBS: Ler e interpretar o problema é meio aminho andado para se hegar à sua solução. Leia e releia a questão (que talvez não esteja enun iada da forma mais lara possível), dis uta om seus olegas, onsulte o(s) tutor(es), a internet, seu professor. Solução: Derivando impli itamente a equação (1), temos 2Ax+ 2B y y′ + C (y + x y′) +D + E y′ = 0. ou seja, 2Ax+ C y +D + y′ (2B y + C x+ E) = 0. E então y′ = −2Ax− C y −D 2B y + C x+ E (2) A equação diferen ial (2) é exatamente a equação diferen ial pedida. Observe que ela é da f orma dy dx = a1x+ b1y + c1 a2x+ b2y + c2 , o que é um elemento de reforço para o estudo deste tipo de equação diferen ial. Na próxima aula, vamos explorar um pou o mais essas importantes equações. Consór io CEDERJ - Fundação CECIERJ 2012/2
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