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PROCESSAMENTO DE GELADOS COMESTÍVEIS Karoline Abrantes Mylena Costa UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS GELADOS COMESTÍVEIS “São produtos alimentícios obtidos a partir de uma emulsão de gorduras e proteínas, com ou sem a adição de outros ingredientes e substâncias, ou de uma mistura de água, açúcares e outros ingredientes e substâncias que tenham sido submetidas ao congelamento, em condições que garantam a conservação do produto no estado congelado ou parcialmente congelado, durante o armazenamento, o transporte, a comercialização e a entrega ao consumo.” (RDC nº 267) (ANVISA, 2003) Podem ser classificados como: sorvete de massa ou creme; picolés; produtos especiais gelados. GELADOS COMESTÍVEIS (OLIVEIRA, 2011) Sistema coloidal; Ingredientes básicos: leite, açúcar, gordura, água, aromatizantes, estabilizantes e emulsificantes; Rico em proteínas, gorduras, vitaminas A, B1, B2, B6, C, D, K, cálcio e fósforo. SORVETE (SEBRAE; OLIVEIRA, 2011) Sorbet: à base de água com polpa ou suco de frutas; Sherbet: à base de leite, possuem teor reduzido de proteínas e gorduras; Sorvete tradicional: à base de leite e outros ingredientes que possuem teor de gordura ideal para um sorvete cremoso e equilibrado (6-10%); (SEBRAE) SORVETE Sorvete premium: à base de leite e outros ingredientes que possuem teores de gordura entre 10 e 16%, conferindo maior cremosidade; Sorvete superpremium: à base de leite e outros ingredientes que possuem teor de gordura superiores à 16%, conferindo maior cremosidade e menor aeração. (SEBRAE) SORVETE Preparo da Calda Pasteurização Homogeneiza ção Maturação Saborização Congelamento SORVETE (SEBRAE) Preparação da calda: mistura inicial dos ingredientes. Coloca-se o leite na pasteurizadora; Adição do açúcar e do leite em pó ao leite não aquecido; Adição da gordura, do emulsificante e da glucose quando o leite atinge 45°C. Pasteurização: diminuição da carga microbiana do produto. Contínua: rápido aquecimento à 80°C por 25 segundos e resfriamento posterior. Descontínua: aquecimento entre 69°C e 71°C por 30 minutos e resfriamento posterior. SORVETE (SEBRAE) Homogeneização: reduz e uniformiza as partículas de gordura, conferindo textura mais suave, mais corpo, maior capacidade de batimento e diminuição da velocidade de derretimento do sorvete. Passagem da calda por pequenos oríficios à 50°C e resfriamento posterior. Maturação: hidratação dos componentes secos da calda; confere textura mais macia e mais corpo, melhorando também o overrun (incorporação de ar à calda). mantêm-se a calda à 4°C ou menos por 4 a 12 horas, ou no máximo 24 horas, em agitação lenta e constante. Saborização: a calda é adicionada de pó saborizante, adquirindo cor, sabor e aroma. SORVETE (SEBRAE) Congelamento 1. Congelamento na máquina produtora: congelamento rápido; nessa etapa ocorre o overrun e, ao seu fim, mais de metade da água encontra-se congelada; 2. Congelamento e endurecimento nos freezers de armazenamento; (SEBRAE) SORVETE Acondicionamento embalagem deve estar gelada antes do envase; Após envase, deve ser colocado imediatamente em freezer (-25°C a -28°C): congelamento rápido, impede formação de cristais de gelo grandes. Armazenamento: temperatura igual ou inferior à -18°C. SORVETE (SEBRAE) PICOLÉS São porções individuais de gelados comestíveis de várias composições , geralmente suportadas por uma haste; São obtidos por resfriamento até congelamento da mistura homogênea ou não, de ingredientes alimentares, com ou sem batimento. (BRASIL, 1999) PICOLÉS Podem ser feitos com calda à base de leite ou à base de água; Para os que são feitos à base de leite, utiliza-se a mesma calda preparada para sorvetes (pasteurizada): Adiciona-se o pó saborizante e agita-se até total incorporação dos ingredientes. Os feitos à base de água, podem ser simples ou enriquecidos; (SEBRAE) Pesar os ingredientes secos e misturá- los; Colocar a parte líquida no agitador, adicionar aos poucos os ingredientes secos. Bater por 3 minutos Despejar a calda nas formas em quantidades iguais Tampar Colocar para gelar Colocar o palito Desenformar Fluxograma de Produção PICOLÉS (SEBRAE) PICOLÉS (SEBRAE) A temperatura média de fabricação de picolés é de -20ºC a -30ºC. Após o congelamento, as formas devem ser retiradas da máquina e mergulhadas em água morna, para que os picolés possam ser desenformados. PICOLÉS (SEBRAE) SORVETE SOFT Também chamado de sorvete expresso, são aqueles servidos diretamente da máquina de congelamento; O resultado é um sorvete mais mole do que o tradicional. (SEBRAE) É servido a temperaturas mais altas (entre -4ºC e -6ºC) do que o sorvete de massa, que é servido a temperaturas bem mais baixas (entre -12ºC e -15ºC). SORVETE SOFT (SEBRAE) A calda para a produção desse tipo de sorvete possui a formulação diferente do sorvete de massa, tanto na composição quanto na estabilidade e aeração. SORVETE SOFT COMPOSIÇÃO Gordura 5 a 10% SNGL 11% Açúcar 14% Gema de ovo 1,4% de sólidos Estabilizantes 0,4% Emulsificantes - Total de sólidos 32 a 37% (SEBRAE) O açaizeiro é uma palmeira abundante no estuário do rio Amazonas, e suas maiores reservas naturais são encontradas no Pará; A polpa processada dos frutos é comercializada nas mais diferentes formas, desde “in natura” (muito consumida no Pará e na região Amazônica), à congelada, adoçada, pasteurizada, na fabricação de bebidas energéticas, geléias, sorvetes e picolés nas demais regiões; O Pará vislumbra-se como o maior produtor e consumidor do açaí. AÇAÍ (COHEN, 2006; DE OLIVEIRA, 2007) O padrão de consumo varia de região para região: Na região Norte é componente importante da refeição principal e bebido puro ou misturado com farinha de mandioca; Em outras regiões é consumido, com maior frequência, misturado com xarope de guaraná e outras frutas como banana, morango, laranja etc. AÇAÍ (DE OLIVEIRA, 2000) Processo para obter a polpa AÇAÍ Colheita Transporte Despolpamento Tratamento térmico (DE OLIVEIRA, 2007) Tratamento Térmico Branqueamento consiste em mergulhar o produto em água aquecida (80-100 °C) ou insuflar vapor sobre o mesmo, por um tempo predefinido, e imediatamente resfriá-lo em água corrente. Auxilia na preservação dos pigmentos que se encontram nas principais camadas celulares dos mesmos. Pasteurização tratamento térmico suave, com temperaturas iguais ou inferiores à 100°C. Tem o objetivo de prolongar a vida útil dos alimentos. Conserva os alimentos por inativação enzimática e destruição dos microrganismos termosensíveis. AÇAÍ (DE OLIVEIRA, 2007) O açaí possui elevado teor de antocianinas, compostos que pertencem à família dos flavonóides e que que dão a cor característica do fruto; Contém elevado teor de fibras alimentares; É um alimento altamente calórico devido ao seu alto percentual de lipídeos, que é o principal componente do açaí em termos quantitativos. AÇAÍ (CORRÊA, 2010; DE OLIVEIRA, 2007) EMBALAGEM Devem evitar a desidratação do produto; Materiais mais usados: potes termoformados de polietileno de baixa densidade (PEBD) – individuais; potes de polietileno (OS – isopor) ou de depolipropileno (PP) – embalagens de 2L. (SEBRAE) OBRIGADA! REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução 267, de 25 de setembro de 2003. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Industrializadores de Gelados Comestíveis e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Industrializadores de Gelados Comestíveis. Diário Oficial da União, Brasília, n. 187, 26 set. 2003. 2. ESTUMANO, Joisiane e Fátima Pereira; DE MELO, Keyla Cristina Nascimento. Cartilha de Boas Práticas de Fabricação da Indústria de Gelados Comestíveis. Disponível em: <https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/18e69ee9eca639b33372ee fdf6ecfb4e/$File/7574.pdf>. Acesso em: 31 nov. 2018. 3. OLIVEIRA, M. C. Gelados Comestíveis. Frutal: Universidade Estadual de Minas Gerais, 2011. 64 slides: color. 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 379, DE 26 DE ABRIL DE 1999. Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Gelados Comestíveis, Preparados, Pós para o Preparo e Bases para Gelados Comestíveis. 5. COHEN, K. de O.; DA ROCHA, R. F. A. Elaboração de mousse de açaí. Embrapa Amazônia Oriental- Circular Técnica (INFOTECA-E), 2006. 6. DE OLIVEIRA, Maria do Socorro Padilha; DE FARIAS NETO, João Tomé; DA SILVA PENA, Rosinelson. Açaí: técnicas de cultivo e processamento. CEP, v. 60, p. 002, 2007. 7. DE OLIVEIRA, M. do SP; DE CARVALHO, José Edmar Urano; DO NASCIMENTO, Walnice Maria Oliveira. Açaí (Euterpe oleracea Mart.). Funep, 2000. 8. CORRÊA, Cristina Bani et al. Obtenção de suco misto de açaí a partir da fração retida no processo de microfiltração. Embrapa Agroindústria de Alimentos-Artigo em periódico indexado (ALICE), 2010.
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