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PLANTAS MEDICINAIS QUE ATUAM NO SISTEMA DIGESTIVO DISPEPSIA A dispepsia refere-se á uma síndrome caracterizada por náuseas, pressão epigástrica, inchaço, flatulência e dores abdominais espasmódicas. Suas causas são: deficiência na secreção do suco gástrico, produção biliar deficiente, enchimento e esvaziamento da vesícula biliar ou mesmo do suco pancreático. PLANTAS AMARGAS Algumas plantas caracteristicamente amargas, como losna, genciana, cardo-santo e a brasileira falso-boldo, são utilizados como amargo estimulantes da digestão. Atividade farmacológica é bem determinada; Faz diminuir o volume e a acidez gástrica; Tem comprovada atividade anti-úlcera, sendo útil no controle da gastrite, dispepsia, azia, má digestão e ressaca. DISPEPSIA Plantas para uso Hepático Essas plantas denominadas colagogas, atuam no trato biliar estimulando a produção da bílis e colecinética promovendo o esvaziamento da vesícula biliar. Drogas vegetais mais eficazes: Alcachofra (Cynara scolimus); Boldo(Peumus boldus); Curcuma (Curcuma longa). DISPEPSIA Parte Usada: Folhas Composição Química: • cinarina e o ácido clorogênico conferem uma atividade colerética, colagoga (aumento da secreção biliar ↑150%), hepatoprotetora. • cinaropicrina, principio amargo-salino, possui uma ação aperitiva e empéptica (estimulante), a inulina e os ácidos tem um efeito diurético que contribuem também os flavonóides e os sais. • ácido clorogênico que tem uma habilidade em alterar alguns aspectos do metabolismo da glicose. Cynara scolymus Alcachofra • Seu uso é internacionalmente aprovado para uso como medicação para o fígado e vesícula e dispepsia; antiflatulento, diurético. • Possui substancias com efeito benéfico nas doenças das vias biliares e hepáticas; • Efeito hepatoprotetor, ação colerética e colagoga, inibição do colesterol. Auxiliar na prevenção da aterosclerose. Coadjuvante no tratamento de dislipidemia mista leve a moderada Indicações Cynara scolymus Alcachofra Cynara scolimus • Não foram relatados na literatura cientifica a ocorrência de possíveis efeitos colaterais. Em casos raros podem ocorrer queixas gastrintestinais, incluindo diarréia, acompanhada de cólicas abdominais, dores no abdômen superior, nausea e azia. Efeitos Colaterais Cynara scolimus Contra-Indicações • A Alcachofra e contra-indicado em indivíduos hipersensíveis a qualquer espécie da família Compositae; • Não deve ser utilizada em indivíduos portadores de litíase biliar(calculos biliares) e obstrução das vias biliares , colicistite séptica (inflamação da vesícula), cólicas intestinais. •Gravidez, mães em fase de amamentação - devido a presenças de substancias amargas que podem alterar o sabor e a consistência do leite materno (promoção da coagulação do leite). Cynara scolimus • Posologia : Extrato seco (folhas): De 200 a 600mg, 2 ou 3 vezes ao dia. Uso mais comum: 2 cápsulas, V.O. três vezes ao dia. Cada cápsula com 300mg. Dose diária: 1-2 g de extrato seco aquoso. • Partes utilizadas: Folhas • Forma de utilização: Infusão - 1g (1 col chá) em 150mL (xíc de chá) • Via: Oral • Posologia: 1 xic chá de 2 a 3 x ao dia, antes das refeições Posologia e Prescrição Formulario Fitoterapico e Memento Fitoterápico Cynara scolimus • Tempo de utilização Se os sintomas persistirem por mais de 2 semanas durante o uso do fitoterápico, um médico deve ser consultado. • Interações medicamentosas Redução da eficácia de medicamentos que interferem na coagulação sanguínea, como ácido acetilsalicílico e anticoagulantes cumarínicos (ex. varfarina). Potenciais interações: pode diminuir as concentrações sanguíneas de fármacos de medicamentos metabolizados pelas CYP3A4, CYP2B6 e CYP2D6, uma vez que a C. scolymus é indutora dessas enzimas. Posologia e Prescrição Memento Fitoterápico Formulario Fitoterapico e Memento Fitoterápico • Parte utilizada: Folhas; • Composição Química: Óleo volátil e alcalóide boldina • Indicações: Distúrbios da digestão (colagogo e colerético); • Tempo de utilização O uso desse fitoterápico não deve ultrapassar quatro semanas consecutivas. Peumus boldus Boldo do Chile • Formas farmacêuticas Infuso. Cápsulas ou comprimidos contendo extrato seco. • Vias de administração e posologia - (Dose e intervalo) Oral. Uso adulto e infantil acima de 12 anos. Infuso obtido com 1 a 2g da droga em 150 mL de água. Tomar 150 mL do infuso, 10 a 15 minutos após o preparo, duas vezes ao dia. Extrato seco, 50-100mg/dose, 2-3 vezes/dia mg/dose, duas a três vezes ao dia.(9) Peumus boldus • Interações medicamentosas Não foram encontrados dados descritos na literatura • Contraindicações Menores de 6 anos se pacientes com histórico de hipersensibilidade e alergia a qualquer um dos componentes do fitoterápico. Contraindicado nos casos de obstrução das vias biliares, cálculos biliares, infecções ou câncer de ducto biliar e câncer de pâncreas, devido aos efeitos colagogo e colerético. Peumus boldus • Contraindicações Pacientes com quadro de afecções severas no fígado, como hepatite viral, cirrose e hepatite tóxica. Evitar o uso prolongado e na gravidez (alcaloide esparteína - atividade ocitóxica (estimulante do útero). Mulheres em período de lactância não deverão fazer uso desse fitoterápico, devido à presença de alcaloides e risco de neurotoxicidade. Peumus boldus • Efeitos adversos Nas doses recomendadas não são conhecidos efeitos adversos ao fitoterápico. Doses acima das recomendadas causam irritação nas vias urinárias, vômitos e diarreia. • Superdosagem Poderão provocar distúrbios urinários, vômitos e diarreia. Em caso de superdosagem, suspender o uso e procurar orientação médica de imediato. Peumus boldus • Nomenclatura popular: Curcuma, Zedoaria, Acafrão • Partes utilizadas: Rizomas • Indicações: Distúrbios digestivos • Contra indicações e restrições de uso: Não deve ser utilizado por indivíduos portadores de obstrução dos dutos biliares, e em caso de ulcera gastroduodenal. Em caso de cálculos biliares, usar somente sob avaliação medica • Informações adicionais: Não usar com anticoagulantes. Curcuma longa Formulario Fitoterapico Formulario Fitoterapico INCHAÇO E FLATULÊNCIA As principais causas são doenças inflamatórias gastrointestinais e disfunções biliares/pancreáticas. Que provocam a produção excessiva de gás. Eles afetam o humor, o apetite e o sono. Além de causarem dores intestinais. INCHAÇO E FLATULÊNCIA Plantas Medicinais Carminativas -Algumas plantas promovem a eliminação de gases digestivos por flatos e eructação. -Alguns óleos essenciais tem ações antiespasmódicas e podem relaxar o esfíncter esofagal, equalizando as pressões intraluminais entre o estômago e o esôfago. - Outras tem capacidade de aumentar o tônus muscular e estimular a motilidade do intestino INCHAÇO E FLATULÊNCIA As Plantas medicinais carminativas são úteis para expelir gases e aliviar dores abdominais. Plantas mais usadas: erva doce, anis, hortelã, camomila, melissa. • Nomenclatura popular: Erva doce; Anis • Parte Usada: Frutos(semente) • Composição Química: óleo volátil e óleo fixo (trans anetol). • Indicação: Perturbações digestivas,cólicas gastrointestinais, expectorante suave em crianças; Pimpinella anisum Formulário Fitoterápico Nomenclatura popular: Funcho Parte Usada:Frutos (sementes) Composição Química: Óleo volátil e óleo graxo (trans anetol e funchona) Mecanismo de ação: óleos voláteis e em menor quantidade os flavonóides cumprem sua ação espasmolítitica sobre musculatura lisa gastrintestinal e de vias biliares. Os óleos são também anti-sépticos. Indicação: Carminativo, expectorante suave em crianças. Foeniculum vulgare Formulário Fitoterápico Lippia alba • Nomenclatura popular: Erva cidreira, Falsa erva cidreira • Partes utilizadas: Partes aéreas • Indicações: Quadros leves de agitação, ansiedade, insônia. Cólicas abdominais, distúrbios estomacais, gases, como digestivo, e expectorante • Forma de utilização: Infusão - 1 a 3 g (1 a 3 col chá) em 150 mL (xic chá) • Posologia: 1 xic chá de 3 a 4 x ao dia • Precauções e efeitos adversos: Uso cuidadoso em indivíduos com pressão baixa. • Informações adicionais: Doses acima da recomenda podem causar irritação gástrica, bradicardia (diminuição da freqüência cardíaca) e hipotensão (queda da pressão). Formulário Fitoterápico Cymbopogon citratus Capim santo • Nome popular: Capim santo, Capim limão, Capim cidró, Capim cidreira, Cidreira • Partes utilizadas: Folhas • Forma de utilização: Infusão:1-3g (1 a 3 colheres de chá) em 150mL (xícara de chá) • Posologia: 1 xícara de chá de 2 a 3 x ao dia • Indicações: Cólicas intestinais e como sedativo leve • Precauções: Deve-se evitar o uso concomitante com medicamentos sedativos (calmantes). Formulário Fitoterápico Cinnamomum zeylanicum • Nomenclatura popular: Canela, Canela do Ceitao e Canela da China • Partes utilizadas: Casca • Indicações: Falta de apetite, perturbações digestivas com cólicas leves, gases. • Precauções e efeitos adversos: Podem ocorrer reações alérgicas de pele e mucosas Formulário Fitoterápico Zingiber officinale • Nome popular: Gengibre • Partes utilizadas: Rizoma • Indicações: Enjôo e náuseas e vômitos da gravidez , de movimento e pós operatório. Antidispéptico • Principais classes químicas Óleo essencial (zingibereno, β-bisabolol, β-sesquifelandreno), shogaol, e gingerol; zingeronas e diterpenoides de núcleo labdano. Zingiber officinale • Contraindicações Pessoas com cálculos biliares, irritação gástrica e hipertensão arterial. Não é indicado para crianças. Informações adicionais : Evitar o uso em menores de 6 anos e gestantes não devem exceder a dose recomendada. • Interações medicamentosas O gengibre pode afetar o tempo de sangramento (induzir a hemorragias) e parâmetros imunológicos, devido a sua capacidade de inibir a tromboxano-sintetase e por atuar como agonista da prostaciclina. Zingiber officinale • Interações medicamentosas No entanto, um estudo randomizado, duplo-cego sobre os efeitos de gengibre seco (2 g/dia, oralmente durante 14 dias) na função plaquetária não mostrou diferenças nos tempos de sangramento em pacientes que receberam gengibre ou placebo. • Tempo de utilização Pacientes que usaram gengibre por um período de 3 meses a 2,5 anos não apresentaram efeitos adversos. Zingiber officinale • Formas farmacêuticas Cápsulas ou comprimidos contendo extrato seco,droga vegetal(rizomas), extrato fluido, e tintura.Gengibre em pó deve ser armazenado em recipientes hermeticamente fechados (não de plástico), ao abrigo da umidade e da luz, em local seco e fresco. Vias de administração e posologia - (Dose e intervalo) Oral. Infuso: acima de 12 anos: de 0,5 a 1 g em 150 mL de água, 5 minutos após o preparo, tomar de duas a quatro vezes ao dia.(2) Zingiber officinale Vias de administração e posologia - (Dose e intervalo) Tintura: tomar 2,5 mL da tintura diluída em 75 mL de água, uma a três vezes ao dia ou 1,5 a 3,0 mL diariamente. Em casos de cinetose em adultos e crianças com mais de 6 anos: 0,5 g, 2 a 4 vezes ao dia. Dispepsia: 2 a 4 g da droga vegetal ou extrato seco. • Superdosagem Altas doses (12-14 g) de gengibre podem aumentar os efeitos hipotrombinêmicos da terapia anticoagulante. GASTRITE E ÚLCERAS • São inflamações da mucosa gástrica, que variam de formas relativamente leves de gastrites até úlcera péptica. •Inibição das prostaglandinas aliviando os efeitos inflamatórios. • Algumas plantas medicinais com propriedades antiinflamatórias e cicatrizantes podem ser também utilizadas no tratamento. • Parte usada: Flores • Composição Química: Terpenóides no seu óleo essencial, especialmente bisabolol e camazuleno ambos com ação antiinflamatória confirmada (Isaak 1980). Os flavonóides (2,4%) principalmente a apigenina pela sua atividade antipasmódica. Cumarina (umbeliferona). • Indicações terapêuticas Antiespasmódico, ansiolítico e sedativo leve. Antiinflamatório em afecções da cavidade oral. Matricaria chamomilla Camomila • Contraindicações A gestantes devido à atividade emenagoga (aumenta fluxo menstrual) e relaxante da musculatura lisa. Pacientes com hipersensibilidade ou alergia a plantas da família Asteraceae. • Precauções de uso Não há informações sobre precauções gerais e relacionadas a possíveis efeitos teratogênicos, na amamentação ou uso pediátrico. Relatos sobre segurança e eficácia durante a gestação não estão disponíveis. Matricaria chamomilla Camomila • Efeitos adversos A presença de lactonas sesquiterpênicas nas flores de camomila poderá desencadear reações alérgicas em indivíduos sensíveis, e tem sido descrita dermatite de contato para algumas preparações contento camomila. Poucos casos de alergia foram atribuídos especificamente a camomila. Um caso de reação anafilática por ingestão de flores de camomila foi registrado. Matricaria chamomilla Camomila • Interações medicamentosas Uso interno: Foram descritas interações com varfarina (aumenta o risco de sangramento), estatinas e contraceptivos orais. • Formas farmacêuticas Infuso. Cápsula ou comprimido contendo extrato seco (padronizado em 1,2% de apigenina). Extrato fluido (1:1): em solução hidroetanólica a 45%. Matricaria chamomilla Camomila • Vias de administração e posologia - Dose e intervalo Oral. Administrar 150 mL do infuso, 3-4 vezes entre as refeições (acima de 12 anos). Administrar 1-4 mL do extrato fluido para adultos(3 X/dia) ou 0,6-2 mL em dose única (crianças maiores que 3 anos). Não utilizar em crianças menores de 3 anos. Bochechos e/ou gargarejos: administrar o infuso, 3 vezes ao dia. Uso externo - Tópica. Compressas: utilizar a infusão preparada com 30- 100 g de droga vegetal em 1000 mL de água. Infuso: 6-9 g em 150 mL ou 30-100 g em 1000mL. Matricaria chamomilla Camomila • Tempo de utilização Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada sobre o tempo máximo de utilização. O tempo de uso depende da indicação terapêutica e da evolução do quadro acompanhada pelo profissional prescritor. • Superdosagem Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada sobre problemas decorrentes de superdosagem. Em caso de ingestão de quantidades acima das recomendadas o paciente deve ser observado. Matricaria chamomilla Camomila Formulario Fitoterapico e Memento Fitoterápico Maytenus ilicifolia Espinheira santa • Parte Usada: Folhas • Composição Química: Alcalóides, Flavonóides, triterpenoides e esteróis. • Indicações: Distúrbios da digestão, dispepsia, azia e gastrite. Antiácido e protetor da mucosa gástrica. • Contraindicações Não deve ser usado durantea gravidez, lactação (Há indícios que o uso causa redução do leite materno) e em crianças menores de seis anos. Maytenus ilicifolia Espinheira santa • Formas farmacêuticas Cápsulas ou comprimidos contendo extrato seco. Infuso: 3 g de folhas secas em 150 mL de água • Vias de administração e posologia-dose e intervalo Oral.Uso adulto e infantil acima de 12 anos. Extrato seco: tomar 860 mg de duas a três vezes ao dia. Infuso: 3 g para 150 mL. Tomar 150 mL do infuso,logo após o preparo, três a quatro vezes ao dia. Maytenus ilicifolia Espinheira santa • Tempo de utilização Não foram encontrados dados descritos na literatura. O tempo de uso depende da indicação terapêutica e da evolução do quadro acompanhada pelo profissional prescritor. Estudo clínico avaliado propõe a utilização por 28 dias. • Superdosagem Não há relatos de intoxicações por superdosagem. Plantas ricas em fenóis totais, como a M. ilicifolia, quando usadas em doses excessivas, podem causar irritação da mucosa gástrica e intestinal, gerando vômitos, cólicas intestinais e diarreia. Maytenus ilicifolia Espinheira santa • Interações medicamentosas Nenhum estudo foi desenvolvido avaliando a interação de extratos de M. ilicifolia com medicamentos. A legislação brasileira não recomenda a administração concomitante de M. ilicifolia com bebidas alcoólicas e outros medicamentos. Compostos polifenólicos podem ser precursores de quinonas ou de intermediários quinonametídeos que são inativadores das CYP. Da mesma forma, a pristimerina, um triterpenoide quinonametídeo também pode agir como inibidor da CYP alterando o efeito de diversos medicamentos. Maytenus ilicifolia Espinheira santa • Interações medicamentosas Testes in vivo mostraram que quercetina, kaempferol e outros compostos fenólicos podem modular a atividade da PgP (Fosfoglicolato fosfatase), alterando o metabolismo de outros medicamentos. Assim, plantas medicinais que os contenham devem ser evitadas por usuários de polifarmácia. Pode ocorrer interação com esteróides anabolizantes, metotrexato, amiodarona e cetoconazol, por possível dano hepático, e com imunossupressores por apresentar efeitos antagonistas. • Efeitos adversos: náuseas, sonolências, boca seca, gosto estranho na boca, poliúria e tremor nas mãos •As atividades antiúlceras e antisecretoras ácida gástrica pode ser explicada pela presença de princípios ativos inibidores da bomba de prótons. • Estudos pré-clinico e em humanos a planta tem ação comparada a da droga sintética ranitidina, agindo inclusive sobre a bactéria H. Pylori. • O teste feito com duplo cego utilizando endoscopia para avaliar a cicatrização das ulcerações gástricas confirmam o valor dessa droga vegetal. Maytenus ilicifolia • Cuidado na compra visto que a droga de alto valor comercial é constantemente falsificada. Sorocea spp. – látex na planta fresca indica a falsificação. OBSERVAÇÕES • Nomenclatura popular: Alcaçuz • Indicações: Demonstrou propriedades anti-ulcerosas como também hepato-protetoras. Soma-se a isso a atividade anti-radicais livres dos compostos saponínicos presentes nestes extratos. A dose média diária de alcaçuz é de 5-15 g da droga vegetal (equivalente a 200-800 mg de glicirrizina). Não exceder o tratamento de 4-6 semanas. Devido a ação mineralocorticóide pode levar a retenção de Na e água, elevação da pressão sanguínea, perda de K e edema. Em forma de extrato seco (1:10) è recomendada à razão de 0,5 - 1g/dia. A decocção da raiz é preparada a 4-5% (40 - 50g/litro, fervendo 3-5 minutos e tomando 2 xícaras ao dia). Glycyrrhiza glabra • A atividade anti-ulcerogênica da raiz de alcaçuz foi demonstrada através de diversos ensaios. O liquiritosídeo demonstrou possuir efeito antiespasmódico e carminativo. Glycyrrhiza glabra Pimenta (Capsicum annum): Os frutos deste gênero, que tem variedades conhecidas como pimenta, pimentão, pápicra, pimenta doce, etc, também foi reconhecido por seus efeitos antiulcerogênicos. Principal princípio ativo - a capsaicina – protege o estômago dos danos provocados por álcool ou aspirina na mucosa, e isso ocorre através do aumento na produção de muco. Capsicum annum Capsicum annum • Em estudos clínicos controlados e comprovados por endoscopia, a administração oral de 20g de pimenta com 200 ml de água reduziu significativamente, em poucos dias, o aparecimento de lesões na mucosa gástrica. • Não obstante, em casos de uso prolongado ou com altas doses foi possível observar um aumento lento e paulatino da secreção ácida no estômago, com lesão progressiva das células epiteliais. Capsicum annum • Dose: O pó encapsulado de pimenta é dosificado à razão de 45 mg diários (15 mg cada cápsula) em casos de gastrite ou úlceras. A oleorresina por via oral à razão de 1,2-1,8mg/dia. • Suas interações possíveis são: drogas IMAO, vitamina A ou anti- hipertensivos (pelo incremento da secreção catecolaminérgica). DIARRÉIA AGUDA É a passagem freqüente (mais de 3 vezes ao dia) de fezes líquidas ou semilíquidas. Tem início abrupto, geralmente dura apenas 3-4 dias, freqüentemente tem uma causa infecciosa. Os fitomedicamentos têm um papel significativo, tanto como medicamentos caseiros tradicionais quanto como preparações galênicas. Goiabeira – Psidium sp., Aroeira – Schinus sp., Cajueiro – Anacardium sp. e Barbatimão – Abarema sp. O efeito dessas plantas está relacionado com o poder adstringente dos taninos bem como o poder anti-séptico. Essa adstringência dos taninos facilita a formação de complexos com as proteínas diminuindo sua permeabilidade, originando uma proteção insolúvel sobre a mucosa intestinal o que resulta na ação antidiarréica. PLANTAS MEDICINAIS QUE CONTÉM TANINOS Psidium guajava • Nome popular: Goiabeira • Partes utilizadas: Broto • Forma de utilização: Infusão: 2g (col. Sobremesa) em 150 mL (xic. chá) • Via: Oral/Tópica • Posologia: Utilizar 3 a 4 xícaras de chá ao dia • Indicações: Diarréias e antisséptico (pele e mucosas lesadas) Punica granatum L. Romã Indicações: • Antidiarréico • Antibacteriano • Antiviral • Antihelmíntico • Faringites, Amigdalites • Diarréias • Tintura - 5ml em meio copo de água para gargarejos. Hamamelis virginiana • Posologia: Uso oral - 1 xic chá 2 a 3x ao dia; Uso tópico – Aplicar compressas na região afetada 2 a 3x ao dia • Indicações: Diarréia; Inflamações da pele e mucosas; Hemorróidas • Precauções e efeitos adversos: Por via oral, eventualmente pode ocorrer irritação gástrica e vômitos • Informações adicionais na embalagem: Não usar continuamente por mais de 4 semanas. • Nomenclatura popular: Hamamelis • Partes utilizadas: Folhas (infusão), casca (decocção) • Formas de utilização: Uso oral: 2-3g (2-3 col chá) em 150mL (xíc chá); Uso tópico: 3-6g (1-2 col sopa) em 150mL (xic chá) CONSTIPAÇÃO INTESTINAL •A constipação caracteriza-se pela diminuição significativa da freqüência dos movimentos intestinais e sua capacidade de realização. •Os sintomas são: esforço excessivo ao defecar que pode levar a lesões no reto, dores intestinais e desenvolvimento de hemorróidas e aumento da incidência de câncer de cólon e reto. •Podem ser causas de constipação: - Maus hábitos alimentares. - Ação de drogas como: anti-ácidos e anti-colinérgicos. - Estilo de vida sedentário - Fatores psicológicos CONSTIPAÇÃO INTESTINAL • Sene – Senna sp., Cascara sagrada, Babosa – Aloe sp. • Drogas vegetais ricas em antraquinonas são utilizadas na fitoterapia paraprisão de ventre e atualmente muito comuns em fórmulas para emagrecimento. • Estas drogas tem os inconvenientes de causar cólicas e deve ser evitado o uso prolongado pois causam irritação no colon intestinal. Rhamnus purshiana • Nome popular: Cáscara Sagrada • Partes utilizadas: Casca • Forma de utilização: Decocção 0,5g em 150mLde água • Posologia: Uma xícara de chá antes de dormir • Indicações: Constipação intestinal eventual • Contra indicações e restrições de uso: não deve ser utilizado por indivíduos com obstrução intestinal, apendicite ou dor intestinal • Informações adicionais: Não fazer uso crônico. Pose causar diarréia e perda de eletrólitos. Rhamnus purshiana Constituintes químicos: Contém compostos antraquinônicos na ordem de 6-9%. Entre os C-heterosídeos destacam os glicosídeos de aloína (conhecidos como cascarosídeos A e B) e os glicosídeos da crisaloína (cascarosídeos C e D). Entre as antraquinonas livres figuram o crisofano, emodol e emodino- antrona. Rhamnus purshiana O longo armazenamento prévio é recomendado por ser a casca fresca muito rica em ramnotoxina, uma substância de forte efeito emetizante e que desaparece durante o envelhecimento. Em geral se administra na forma de gotas ou comprimidos. A tintura (1:10) se administra à razão de 40 gotas 1-2 vezes ao dia. O extrato seco (5:1) à razão de 80-100 mg diários. Também 20-30 mg se padronizado como cascarosídeo A. O pó encapsulado 500 mg diárias. Senna alexandrina • Nome popular: Sene • Partes utilizadas: Fruto • Forma de utilização: decocção 0,5g em 150 mL de água • Posologia: 1 xícara de chá antes de dormir • Indicações: Constipação intestinal eventual • Contra indicações e restrições de uso: Não deve ser utilizados em indivíduos portadores de obstrução intestinal e inflamação intestinal aguda, apendicite, constipação crônica e em menores de 10 anos. Não deve ser utilizado por mulheres grávidas • Informações adicionais : Não fazer uso crônico, (1 semana- diarréia e perda de eletrólitos) Senna alexandrina Composição química: Seu conteúdo em antraquinonas é de 2-5%, destacando-se os senosídeos A e B (majoritários) e C e D (minoritários). Também apresenta antraquinonas livres. Mecanismo de ação: 1. Estimulação das contrações peristálticas 2. Influência na secreção de fluidos e eletrólitos no colon. Senna alexandrina • Interações medicamentosas O aumento do peristaltismo intestinal, em virtude da utilização de S. alexandrina, pode reduzir a absorção de fármacos administrados oralmente como por exemplo, os estrógenos assim como os anticoncepcionais orais. O uso simultâneo com outros medicamentos ou drogas vegetais que induzem à hipocalemia ( K) como diuréticos tiazidas, adrenocorticosteroides ou raiz de alcaçuz, pode exacerbar o desequilíbrio eletrolítico, resultando em disfunções cardíacas e neuromusculares O suco amargo presente na película das folhas contém derivados hidroxiantracênicos (mais de 30%): aloínas A e B, barbaloínas, emodina (glicosídeos) e antraquinonas livres (aloe-emodina). Como laxante se usa em pó (comprimidos ou cápsula) na razão de 0,1- 0,3 g diárias, e como purgante na dose de 0,3-0,5 g diárias. Administrado à noite evidencia seu efeito na manhã seguinte. Aloe spp Da parte carnosa das folhas se obtém um gel muito rico em mucilagens e polissacarídeos, dentre os quais destacamos o acemanan, de comprovada atividade anti-HIV in vitro. Este gel é muito usado em dermatologia e cosmetologia. Aloe spp Nomenclatura popular: Ruibarbo Parte Usada: Raiz e rizoma Composição Química: Emprega-se o rizoma, que contém 2-5% de antraquinonas. Apresenta taninos, pectinas e minerais. Mecanismo: Caracteriza-se por apresentar um efeito ambivalente: em doses baixas provoca obstipação, pelo predomínio de taninos, sendo portanto útil em diarréias. Já em altas doses predominam as antraquinonas, gerando assim o efeito laxante aqui considerado. Rheum palmatum Entre as formas galênicas destacam-se a infusão (5-10 g/l), administrando-se uma xícara antes de deitar; o pó (2-3 g/diárias), a tintura (1:5 em álcool a 96º) à razão de 5-15 ml/diários e extrato fluido destaninizado (0,2-0,5 g/dose). Todas estas como doses laxantes, devendo-se administrar aproximadamente a metade delas para se obter um efeito tônico eupéptico(estimulante) ou adstringente. Rheum palmatum
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