Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Confederação Nacional do Comércio, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., vem por seu advogado, regularmente inscrito na OAB sob o nº..., com escritório na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., para fins do art. 77, V e 105, parágrafo 2º do Código de Processo Civil (CPC), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no Art. 102, I, “a” e “p”, da Constituição Federal e Art. 1º e 10 da Lei 9.868/1999, propor Ação Direta de Inconstitucionalidade com pedido cautelar, em face de ato normativo Estadual, editado pelo Governador do Estado KWY, pelas razões de fato e de direito que passa a expor. 
I – DA COMPETÊNCIA 
É de competência originária do Supremo Tribunal Federal, processar e julgar a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade, tendo em vista se tratar de um ato normativo Estadual, que viola expressamente a Constituição Federal, conforme Art. 102, I, “a”.
II – DO CABIMENTO
É cabível Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual que conflite a Constituição Federal, conforme previsto no Art. 102, I, “a” da CRFB/88. 
No presente caso, o governador do Estado KWY, editou um ato normativo que viola expressamente os artigos 5º, XXII; art. 22, I; art. 170, Caput e art. 170, II, todos da Constituição Federal. Desta forma é cabível a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade.
III – DA LEGITIMIDADE 
 Conforme previsão no Art. 103, IX da Constituição Federal e Art. 2º, IX da lei 9.868/1999, a confederação sindical ou entidade de classe nacional, possuem legitimidade ativa especial para proporem Ação Direta de Inconstitucionalidade. No presente caso por ser tratar de ação proposta pela Confederação Nacional do Comércio, entidade de classe de âmbito nacional, fica demostrado a legitimidade ativa especial, conforme determina os dispositivos legais supramencionados.
Já a legitimidade passiva se dá em face do governador do Estado KWY por ter editado uma norma em dissonância com a Constituição Federal.
IV – DOS FATOS
O Estado KWY, editou a norma X, que proibia os proprietários de estacionamentos privados, de explorarem sua atividade econômica, devido aos estacionamentos estarem vinculados aos shoppings centers, hortifrúti etc.
Ademais tal ato normativo ao qual se imputa a inconstitucionalidade, prevê o pagamento de multa, inclusive gradativas, pelos proprietários no caso de descumprimento.
V– DA PERTINÊNCIA TEMÁTICA
É sabido que se faz necessária no caso em tela a comprovação da pertinência temática como requisito para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade. No entanto, não resta dúvida de que a confederação nacional de comércio possui claro interesse na presente ação, haja vista a atividade ser extremamente afetada pela norma que deu finalidade à propositura da presente ação.
VI – DO MÉRITO
DA INCONSTITUCIONALIDADE DA NORMA Nos termos do art. 22, I, da CRFB/88, confirma-se a competência privativa por parte da União para legislar sobre direito civil, comercial, penal processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Diante de tal assertiva, configura-se a inconstitucionalidade formal da norma objeto da presente ação, haja vista não haver competência do Estado para legislar sobre matéria afeta à União de forma privativa. 
Não se pode olvidar que a norma que deu finalidade à ação fere o fundamento da livre iniciativa constante do art. 1º, IV, da CRFB/88. Além da garantia ao direito de propriedade previsto no art. 5º, XXII, da Carta Magna. 
Verifica-se, ainda, o total desacordo com o que preconizam os princípios gerais da atividade econômica, da propriedade privada e da livre concorrência, dispostos no art. 170, caput, I e IV, da CRFB/88. Ante o exposto, fica fundamentada a violação dos ditames constitucionais, caracterizando-se tanto na Inconstitucionalidade formal quanto na inconstitucionalidade material da norma ora impugnada.
VII – DA MEDIDA CAUTELAR
DA MEDIDA CAUTELAR É cediça, no caso em tela, a possibilidade de Medida Cautelar nos termos do art. 102, I, p , da Carta Magna, corroborada pelos arts. 10 e 12 da Lei n. 9.868/99, por serem identificáveis os requisitos do fumus boni juris e do periculum in mora. O requisito do fumus boni juris fica patente na violação do texto constitucional, quanto a livre iniciativa, propriedade privada e livre concorrência. Além de ferir a competência da União no que diz respeito ao art. 22, I, da CRFB/88. E, quanto ao periculum in mora, poderemos verificar o cumprimento de tal requisito na possibilidade identificada de dano irreparável ao reclamante, em face da relevância da matéria e segurança jurídica, evitando , desta forma, danos e prejuízos advindos da norma ora vigente, de acordo com o art. 12 da Lei n. 9.868/99.
VIII – DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer:
A concessão da medida cautelar para suspender a norma impugnada até a sentença definitiva com fulcro nos arts. 10 a 12 da Lei n. 9.868/99.
A notificação da autoridade coatora, na pessoa do Governador do Estado KWY, para prestar informações no prazo legal, com fundamento no art. 6º da Lei n. 9.868/99. 
c) A intimação do Procurador-Geral da República para que se manifeste no prazo de quinze dias, conforme o art. 8º da Lei n. 9.868/99.
d) A intimação do Advogado- Geral da União para prestar informações no prazo de quinze dias, em conformidade com art. 8º da Lei n. 9.868/99.
Procedência do pedido, com a ratificação da cautelar, para que seja declarada a inconstitucionalidade com efeitos erga omnes e ex tunc.
Nestes Termos
Pede Deferimento,
Local e data
Advogado
OAB