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CURSO DE PSICOLOGIA
ERISLENE RAYANNE MOREIRA CRUZ
TEORIAS E SISTEMAS COMPORTAMENTALISTAS
Atividade de correção da avaliação parcial.
QUIXADÁ
2017
Questão 01 – Asserção II. A visão de mundo da Análise do Comportamento é caracterizada pela metáfora raiz entre eventos naturais e objetos mecânicos, segundo a qual os fenômenos naturais, assim como as máquinas, podem ser explicados em termos das relações mecânicas entre seus componentes fundamentais. 
A base filosófica da Análise do Comportamento, o Behaviorismo Radical formulado por B. F. Skinner, contraria veementemente a explicação em termos de relações mecânicas. A asserção acima, na verdade, descreve a proposta mecanicista. A proposta do mecanicismo de causalidade mecânica para os eventos da natureza é rejeitada por Skinner e substituída pela ideia de relações funcionais dentro do paradigma operante (Sd – R – Sc). Nesse paradigma o comportamento é compreendido numa relação organismo-ambiente, de forma que existe uma interação direta e recíproca entre ambos, pois o organismo emite respostas que mudam o ambiente e o ambiente (mudado) seleciona as respostas do organismo. Por isso, o comportamento do organismo não possui caráter automático e completamente determinado. O determinismo absoluto presente nas relações mecânicas não é admissível para a Análise do Comportamento, visto que não é plausível ao organismo a ideia de máquina que produz ações automáticas totalmente previsíveis, o que existe é a probabilidade de recorrência da resposta anteriormente selecionada pelas suas consequências em uma influência contínua entre organismo e ambiente, portanto, fala-se de um determinismo probabilístico.
Questão 02 – Alternativa A. O modelo de causalidade presente no Behaviorismo Radical de Skinner é mecanicista, no sentido de explicar o comportamento com base em causas anteriores imediatas e necessárias. 
O modelo de causalidade de seleção por consequências contempla três níveis de seleção do comportamento: filogenético, ontogenético e cultural. O filogenético trata das contingências de sobrevivência das espécies. O ontogenético diz respeito à história de reforçamento individual. O último, cultural, corresponde às contingências sociais. São os três níveis que conjuntamente determinam o comportamento. Não há sobreposição entre um nível e outro, os três são complementares e devem ser considerados em conjunto para explicar e interpretar o comportamento. A proposta mecanicista não é sustentada no Behaviorismo Radical, alhures evidenciou-se que Skinner postulou o comportamento em uma relação funcional organismo-ambiente e não admitiu ao comportamento operante a ideia mecânica de um estímulo necessariamente provocar a emissão de uma resposta e consequência específicas ou ter de ocorrer estritamente antes da resposta. A relação é determinada pelo aumento da probabilidade de recorrência da resposta, esta que pode ser selecionada em um grande espaço de tempo anterior à emissão. 
Alternativa B. O modelo de seleção por consequências de Skinner estabelece paralelos entre a evolução das espécies, a evolução dos comportamentos e a evolução da cognição. 
A cognição é discutida pela Análise do Comportamento em termos de processos comportamentais, os processos psicológicos básicos (pensamento, percepção, memória, aprendizagem, atenção, dentre outros). Logo, entende-se que a cognição, entendida como esse conjunto de processos, já está presente dentro dos níveis de seleção, e não é propriamente um desses níveis. 
Alternativa C. O comportamento verbal tem papel especial no desenvolvimento do ambiente social e contribui de maneira decisiva para o estabelecimento do nível filogenético de variação e seleção do comportamento. 
O comportamento verbal contribui para o estabelecimento do nível cultural de variação e seleção do comportamento. Isso porque a comunidade humana, que é a comunidade verbal, ajuda na construção do mundo privado do indivíduo e também a como o indivíduo deve relatar o que pensa ou sente. É o comportamento verbal que tanto auxilia a interação social quanto é fruto dela, pois é aprendido, mantido e modificado nas contingências sociais. 
Alternativa E. O modelo de seleção por consequências de Skinner se baseia em um recorte de análise internalista para a explicação do comportamento humano. 
O modelo causal de seleção por consequências, assim como todos os pressupostos do Behaviorismo Radical, defende a não utilização de explicação internalista para o comportamento. Essa explicação é circular, implica em uma descrição redundante do fenômeno, desvia o olhar do cientista das variáveis realmente úteis e dá a entender a existência de um agente interno no indivíduo e que é responsável por suas ações. A menção a esses eventos internos não destitui a relação do comportamento com o ambiente e acaba por não ajudar na construção de uma explicação científica, logo, essas hipóteses são desnecessárias por não ajudarem no controle do comportamento já que não é possível manipular diretamente os estados internos e eles não ocorrem independentemente das variáveis ambientais.
Questão 04 – Alternativa B. A Análise do Comportamento ignora o estudo da subjetividade humana, pois essa abordagem tem como objeto de estudo os comportamentos públicos. 
O objeto de estudo da Análise do Comportamento é o comportamento em todas as suas emissões públicas ou privadas, porque Skinner defende a concepção de todo e qualquer comportamento ocorrer em dimensão física e poder ser considerado um dado científico para a ciência do comportamento. Por isso, fala-se em comportamentos públicos (observáveis para duas ou mais pessoas) e comportamentos privados (apenas o indivíduo particularmente tem acesso direto), assim o Behaviorismo Radical abarca toda a variabilidade comportamental.
Alternativa C. A Análise do Comportamento restringe a subjetividade ao estudo dos comportamentos que podem ser diretamente mensurados. 
A subjetividade é abordada no Behaviorismo Radical valendo-se do estudo dos eventos privados, embora, por questão de acessibilidade, não possam ser diretamente mensurados. 
Alternativa D. O conceito de eventos privados tem sido utilizado em referência a eventos internos ao organismo, mas é inútil para a compreensão de fenômenos da ordem da subjetividade, tais como pensamentos, sentimentos e emoções.
Skinner trabalhou com a ideia de que todo indivíduo encerra dentro de si mesmo um universo particular. Esse universo possui privacidade, que considera a acessibilidade dos eventos que lá ocorrem, isto é, somente o próprio indivíduo terá acesso a esses eventos e somente ele será afetado. São esses os eventos denominados como privados e que se configuram como emoções, sentimentos, pensamentos, percepções ou estados. Portanto, o universo íntimo, particular, é também um ambiente para comportamentos/eventos privados que se constituem como a subjetividade.
Alternativa E. A Análise do Comportamento se interessa pelo estudo da subjetividade, mas destaca que os comportamentos de ordem da subjetividade têm natureza e funcionamento diferente dos demais comportamentos. 
Os comportamentos privados obedecem às mesmas leis dos comportamentos públicos, ou seja, são todos de natureza física e ocorrem em relações funcionais entre organismo e ambiente, diferindo apenas na acessibilidade, posto que os comportamentos privados são acessíveis a apenas os próprios indivíduos que os emitem. 
Questão 05 – Afirmativa IV. A avaliação funcional do comportamento procura identificar que pensamentos são responsáveis por causar os comportamentos analisados. 
A avaliação funcional ou análise funcional do comportamento consiste na identificação de variáveis das quais o comportamento é função, considerando os aspectos do ambiente e a função que o comportamento tem nesse ambiente. Dado que os pensamentos configuram-se como eventos privados, a acessibilidade é restrita ao indivíduo, portanto não podem ser diretamente mensurados, embora o indivíduo possa relataro que pensa. Ainda assim, atribuir aos pensamentos a responsabilidade pela emissão de comportamentos públicos ou privados, não é aceitável para o analista do comportamento, seria uma explicação internalista, uma vez que o pensamento em si já é um comportamento. 
Questão 06 – Alternativa A. A fala da mãe de Mafalda “Toma, Mafalda, leia O Pequeno Polegar que é muito melhor para sua idade” pode ser considerada um regra cuja topografia envolve a descrição completa de uma contingência. 
As regras são estímulos discriminativos que descrevem uma contingência, e que, necessariamente, envolvem o comportamento verbal do falante (aquele que emite a regra). Nesse sentido, a fala da mãe da Mafalda pode ser considerada uma regra, no entanto, não descreve por completo uma contingência, para isso teria de especificar o comportamento e a consequência, uma descrição “se...então”. 
Alternativa B. O trecho lido por Mafalda “(...) o ogro matou suas próprias filhas” pode ser considerado um operante verbal do tipo mando.
O operante verbal da fala de Mafalda é o textual, dado que o estímulo antecedente é verbal (texto) que controla a resposta verbal vocal do leitor (falante). Para ser um mando teria de ser uma resposta controlada por antecedentes não verbais motivacionais a partir de estados de privação ou de estimulação aversiva.
Alternativa C. O pensamento de Mafalda “Sempre pensei que para qualquer idade um beijo é muito melhor que um crime” não pode ser considerado um comportamento verbal. 
O pensamento de Mafalda certamente pode ser considerado um comportamento verbal, de forma que ela o relata na condição em que falante e ouvinte é ela mesma. 
Alternativa D. A fala de Mafalda “No escuro, pensando serem o Pequeno Polegar e seus irmãos, o ogro matou suas próprias filhas” consiste em um operante verbal tipo ecóico.
A fala, como já explicado, configura-se um operante verbal do tipo textual. O operante verbal ecóico acontece a partir de um estímulo antecedente verbal vocal (sonoro) que sempre propicia a emissão de uma resposta verbal vocal que reproduz o estímulo sonoro antecedente.

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