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A EVOLUÇÃO DO PREVENCIONISMO
Foi esse avanço tecnológico que permitiu a organização das primeiras fábricas modernas, a extinção das fábricas artesanais e o fim da escravatura, significando uma revolução econômica, social e moral.
Porém, foi com o surgimento das primeiras indústrias que os acidentes de trabalho e as doenças profissionais se alastraram, tomando proporções alarmantes. Os acidentes de trabalho e as doenças eram, em grande parte, provocados por substâncias e ambientes inadequados, dadas as condições subumanas em que as atividades fabris se desenvolviam, e grande era o número de doentes e mutilados.
MELHORIA DA MÃO DE OBRA
Apesar de apresentar algumas melhoras com o surgimento dos trabalhadores especializados e mais treinados para manusear equipamentos complexos, que necessitavam de cuidados especiais para garantir maior proteção e melhor qualidade, essa situação ainda perdurou até a 1ª Guerra Mundial.
Até esta data apenas algumas tentativas isoladas para controlar os acidentes e doenças ocupacionais haviam sido feitas. A partir de sua real constatação surgem as primeiras tentativas científicas de proteção ao trabalhador, com esforços voltados ao estudo das doenças, das condições ambientais, do layout de máquinas, equipamentos e instalações, bem como das proteções necessárias para evitar a ocorrência de acidentes e incapacidades.
TRANSFORMAÇÃO DA HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
Durante a Segunda Grande Guerra, o movimento prevencionista realmente toma forma, pois foi quando pôde-se perceber que a capacidade industrial dos países em luta seria o ponto crucial para determinar o vencedor, capacidade esta mais facilmente adquirida com um maior número de trabalhadores em produção ativa.
1921 - A Cipa surgiu através de uma recomendação do OIT.
A partir daí, a higiene e segurança do trabalho transformou-se, definitivamente, numa função importante nos processos produtivos e enquanto nos países desenvolvidos esse conceito já é popularizado, os países em desenvolvimento lutam para implantá-lo.
1930 – INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL DEU PASSOS IMPORTANTES
Nos países da América Latina, a exemplo da Revolução Industrial, a preocupação com os acidentes do trabalho e doenças ocupacionais também ocorreu mais tardiamente, sendo que no Brasil os primeiros passos surgem no início da década de 1930 sem grandes resultados, tendo sido inclusive apontado na década de 1970 como o campeão em acidentes do trabalho. Apesar disto, pode-se dizer que atualmente nós, latino-americanos, evoluímos muito nesse campo.
1943 – CLT: CAPÍTULO SOBRE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
A definição no Brasil de higiene: ramo da medicina que visa à prevenção da doença (Novo Aurélio – Dicionário da língua portuguesa). Em outras partes do mundo, esta ciência é chamada de higiene industrial e possui diversas definições, conheça algumas:
"A Higiene industrial visa antecipar e reconhecer situações potencialmente perigosas e aplicar medidas de controle de engenharia antes que agressões sérias à saúde do trabalhador sejam observadas". (PATTY, Frank, 1948)
"É a ciência e arte devotada ao reconhecimento, avaliação e controle dos fatores ambientais e estresses originados do ou no local de trabalho, que podem causar doenças, comprometimento da saúde e bem-estar ou significante desconforto e ineficiência entre os membros de uma comunidade" (ACGIH).
BOOM INDUSTRIAL
Da década de 50 para diante, iniciou-se no Brasil o chamado boom industrial com o aumento descontrolado de nosso parque industrial e trouxe com isso uma série de senões, com os quais não estávamos preparados para receber ou conviver:
O aumento da industrialização nacional acabou por gerar:
• Mão de obra desqualificada;
• Inexistência de uma cultura prevencionista;
• Expectativa do lucro imediato relegando a segurança do trabalho a um plano secundário;
• Precariedade quanto as inspeções e fiscalizações das condições de trabalho, orientação e acompanhamento do trabalhador.
• 4.000 pessoas mortas/ano
• 16.000 a 20.000 incapacitados/ano.
• Gastos do INSS com benefícios acidentários – mais de R$ 1,1 bilhão/ano.
Atividade proposta
O avanço tecnológico global, que permitiu a organização das primeiras fábricas modernas, a extinção das fábricas artesanais e o fim da escravatura, significando uma revolução econômica, social e moral, teve como consequência também o surgimento nas primeiras indústrias, de fatos que se alastraram, tomando proporções alarmantes e inesperadas, sendo esta a maior herança desta época. Em nossa realidade atual, como são chamados esses fatos que se perpetuam até aos dias de hoje?
R: Os acidentes de trabalho e as doenças profissionais, provocados por máquinas, substâncias e ambientes inadequados, dadas as condições sub-humanas em que as atividades fabris se desenvolvem.
HIGIENE OCUPACIONAL
Higiene ocupacional é a ciência e arte do reconhecimento, da avaliação e de controle dos fatores ou agentes ambientais presentes nos locais de trabalho, que podem causar moléstias, prejuízos à saúde e desconforto acentuado aos trabalhadores ou até à comunidade local.
Além disso, há também a higiene industrial, que visa antecipar e reconhecer situações potencialmente perigosas e aplicar medidas de controle de engenharia antes que agressões sérias à saúde do trabalhador sejam observadas.	
COMPOSIÇÃO DA HIGIENE DO TRABALHO
Como visto, tratamos a consequência (doença) e não a causa, que é a exposição aos agentes (local).
Portanto, temos que cuidar do ambiente: realizar o reconhecimento dos agentes prejudiciais presentes, fazer uma avaliação em relação à saúde e adotar as chamadas medidas de controle.
VISÃO DA HIGIENE DO TRABALHO
Observe, no fluxograma, como se dá a visão da higiene do trabalho.
AGENTES AMBIENTAIS
Preparamos uma lista com alguns agentes ambientais que contribuem negativamente para a higiene ocupacional. Observe:
• Agentes físicos: ruído, vibração, temperaturas extremas, pressões anormais, radiações ionizantes e radiações não ionizantes.
• Agentes químicos: gases, vapores e dispersoides (poeiras, fumos, névoas, neblinas).
• Agentes biológicos: vírus, bactérias, fungos, parasitas e algas.
PROCEDIMENTOS
Para detectar problemas que comprometam a higiene ocupacional, observe os três procedimentos listados.
RECONHECIMENTO: Essa primeira etapa da higiene ocupacional é muito importante, pois, caso um agente tóxico não seja reconhecido, este não será avaliado nem controlado, podendo gerar moléstia grave. Nesta fase, ao descobrir que as concentrações ou exposições estão muito acima dos limites de exposição, inicia-se imediatamente a etapa de controle. Após estabelecidas as medidas, pode-se avaliar se elas estão sendo eficazes para adequar o ambiente de trabalho.
AVALIAÇÃO: É uma etapa muito importante, pois refere-se à prevenção das doenças do trabalho e profissionais decorrentes de um ambiente saudável. Se a avaliação ambiental for mal feita, o homem pode adoecer e, só assim, o agente causador da doença ou moléstia seria descoberto. Além de uma boa avaliação quantitativa, podemos fazer a avaliação qualitativa através do mapa de riscos, onde o trabalhador participa apontando os agentes presentes.
MEDIDAS DE CONTROLE: Após as duas primeiras, podemos realizar o controle dos agentes, usando medidas de engenharia e protegendo o ambiente laboral. As medidas devem ser adotadas priorizando a sua eficiência, isto é, tratando a geração (fonte); depois, a propagação (percurso); e, finalmente, o trabalhador (recepção).
MAPA DE RISCOS
O mapa de riscos surgiu na Itália, no final da década de 60. No início da década de 70, o movimento sindical desenvolveu um modelo próprio de atuação na investigação e controle das condições de trabalho pelos próprios trabalhadores.
O conhecido "modelo operário italiano" consiste em valorizar o saber operário (não delegando tais funções aos técnicos), possibilitando, dessa forma, a participação dos trabalhadores nas ações de planejamento e controle da saúde nos locais detrabalho.
O mapa de risco se disseminou por todo o mundo, chegando ao Brasil na década de 80. Existem duas versões de sua divulgação: a primeira atribui às áreas acadêmica e sindical, através de David Capistrano e outros estudiosos e o DIESAT (Departamento Intersindical de Estudos de Saúde e Ambiente de Trabalho); a segunda atribui à Fundacentro (Fundação Jorge Duplat Figueiredo de Segurança e Medicina no Trabalho). Hoje, o método é utilizado pelo INST (Instituto Nacional de Saúde do Trabalhador da CUT).
Observe como se caracteriza o mapa de risco, qual seu objetivo e premissas:
É uma representação gráfica de um conjunto de fatores (agentes) presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores.
Tais fatores se originam nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações e suprimentos) e da forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo, método e turnos de trabalho, treinamento).
O mapa de riscos tem como objetivo reunir as informações necessárias para:
Estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde do trabalho na empresa;
Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores;
Estimular sua participação nas atividades de prevenção.
Premissas:
• Formação de grupos homogêneos;
• Experiência ou subjetividade operária;
• Validação consensual e a não delegação.
Esses objetivos possibilitam a participação dos trabalhadores nas ações de planejamento e controle da saúde nos locais de trabalho, não delegando tais funções aos técnicos e valorizando a experiência e o conhecimento operário existente.
OBRIGATORIEDADE DO MAPA DE RISCO
A realização de mapeamento de riscos se tornou obrigatória para todas as empresas do país que tenham CIPA, através da portaria nº 5, de 17/08/92, do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador do Ministério do Trabalho.
Artigo 1º - cabe à CIPA a construção dos mapas de riscos dos locais de trabalho. A CIPA deverá ouvir os trabalhadores de todos os setores da empresa e poderá contar com a colaboração do SESMT da empresa, caso exista.
CONSTRUÇÃO DO MAPA DE RISCO
Para que seja construído o mapa de riscos, uma inspeção de segurança deve ser feita pela CIPA para levantamento dos dados necessários. A busca da localização, identificação e avaliação da gravidade dos riscos deve passar pela consulta e diálogo com as pessoas que trabalham com produtos químicos, máquinas, ferramentas, sistemas, organizações, etc. Além disso, antes de iniciar a construção do mapa de riscos, também se atente às seguintes observações:
Nos mapas, os riscos são simbolizados por círculos (pequenos, médios ou grandes), que serão especificados por meio de uma legenda;
Quando, num mesmo local, houver incidência de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes pintadas com cor correspondente ao risco;
Dentro do círculo, deverá ser anotado o número de trabalhadores expostos ao risco e o nome deste;
ETAPAS DE ELABORAÇÃO
Para elaborar um mapa de risco, é preciso:
Conhecer o processo de trabalho do local analisado;
Conhecer os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada;
Possuir informações sobre os instrumentos e materiais de trabalho;
Avaliar as atividades exercidas;
Analisar o ambiente;
Identificar os riscos existentes no local analisado conforme a classificação da tabela;
Identificar as medidas preventivas existentes e suas eficácias;
Criar medidas de proteção coletiva;
Realizar medidas de organização do trabalho;
Tornar viáveis medidas de proteção individual;
Criar medidas de higiene e conforto: banheiros, lavatórios, vestiários, armários, bebedouros, refeitórios, áreas de lazer, etc.
LIMITAÇÕES DA APLICABILIDADE
As limitações na aplicabilidade do mapa de risco podem ser quanto à portaria ou categorização; acompanhe:
LIMITAÇÕES QUANTO A PORTARIA:
• Suposto “saber técnico” em detrimento e em crítica ao chamado “saber operário”, “conhecimento subjetivo” e “avaliação qualitativa” das condições de trabalho. (Zocchio, 1993);
• Críticas aos trabalhadores por ficarem “achando isso ou aquilo” quando creditam toda a sua análise à sensibilidade dos aparelhos de medição e submetem todos os resultados aos números estabelecidos como “Limites de Tolerância (LT)”, sem se darem conta ou omitindo que estes também são estabelecidos, segundo critérios políticos determinados pela força da indústria, particularmente nos Estados Unidos da América, local de onde são importados os LT. (Diesat, 1989; Arcuri & Cardoso, 1991).
LIMITAÇÕES QUANTO A CATEGORIZAÇÃO: 
• Categorização dos riscos (original):
1º – Compreende os fatores presentes também no ambiente em que vive o homem fora do trabalho, tais como luz, temperatura, ventilação e umidade.
2º – Engloba os fatores característicos do ambiente de trabalho: poeiras, gases, vapores e fumaças.
3º – Compreende os fatores que exigem trabalho físico e que, consequentemente, provocam fadiga física e mental.
4º – Compreende as condições de trabalho que geram estresse e, também, a organização de trabalho.
Atividade proposta
Ao realizarmos uma análise de riscos em um ambiente de trabalho, denominamos como grupo homogêneo a menor unidade social de trabalho existente em um setor ou área. Isso nos leva a avaliar os riscos do ambiente de que maneira?
R: Quando em análise, é assim considerado o grupo em estudo que se encontra imediatamente em frente ao agente nocivo.
OBJETIVOS DA HIGIENE DO TRABALHO
A higiene do trabalho tem caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisória ou definitivamente do trabalho. Os principais objetivos são:
Eliminação das causas das doenças profissionais;
Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos;
Prevenção de agravamento de doenças e de lesões;
Manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio de controle do ambiente de trabalho.
O QUE ENVOLVE A HIGIENE DO TRABALHO?
São quatro os pontos que envolvem a higiene do trabalho. Observe:
Ambiente físico de trabalho: a iluminação, ventilação, temperatura e ruídos;
Ambiente psicológico: os relacionamentos humanos agradáveis, tipos de atividade agradável e motivadora, estilo de gerência democrático e participativo e eliminação de possíveis fontes de estresse;
Aplicação de princípios de ergonomia: máquinas e equipamentos adequados às características humanas, mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas e ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano;
Saúde ocupacional: ausência de doenças por meio da assistência médica preventiva.
HISTÓRICO DA HIGIENE OCUPACIONAL
Observe os principais eventos históricos ligados à criação da higiene ocupacional.
1914: Criação no USA, do NIOSH - National Institute of Occupacional Safety and Health, órgão de pesquisas em Saúde e Segurança do Trabalho, equivalente ao Fundacentro, no Brasil.
1921: Tendo-se em vista os altos índices de eventos registrados na época, levou a OIT a debater sobre as ocorrências, e surgiu a ideia de criar os Comitês de Segurança nas empresas com pelo menos 25 empregados sendo recomendada ao mundo em 1923.
1938: Criada a ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Hygienists, associação dos Higienistas do Governo Americano, que criaram os Limites de Exposição Ocupacional para os Agentes Físicos, Químicos e Biológicos e o Índice Biológico de Exposição (IBE).
1939: Criação da AIHA - American Ind. Hygienists Association.
1966: Foi criada no Brasil a Fundacentro - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, como compromisso da ação da OIT no Brasil. Iniciou suas atividades em 1969.
1978: Criada a Portaria nº 3.214 (08.06.78) com as 28 Normas Regulamentadoras que tratam de Saúde e Segurança do Trabalho.
1992: Oficializado o uso do Mapa deRiscos, documento que permite ao trabalhador poder reconhecer e avaliar os riscos as quais se encontra exposto no ambiente de trabalho.
1994: Criada a ABHO - Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais. Mudança na NR 9, criando o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, programa de higiene ocupacional gerando o conceito prevencionista do Nível de Ação (metade do limite de exposição).
RELAÇÃO ENTRE HIGIENE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO
A saúde e a segurança dos trabalhadores constituem o principal objetivo para a preservação da força de trabalho. Genericamente, a higiene e a segurança do trabalho constituem duas atividades correlacionadas, no sentido de assegurar que condições pessoais e materiais de trabalho permaneçam dentro do nível adequado de saúde dos empregados.
O que é, então, segurança do trabalho?
É o conjunto de normas/medidas (socioadministrativas, educacionais, técnicas, médicas) adotadas pelo SESMT (Serviço de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), e usadas para prevenção ou minimização de acidentes, tratando-se as condições inseguras do ambiente, seja pela instrução ou pelo convencimento das pessoas para a implementação de práticas preventivas.
RISCOS E INVESTIMENTO
Os riscos mecânicos ou de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do ambiente físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a integridade física do trabalhador.
Por que se deve investir em saúde e segurança do trabalho?
Realmente, todo trabalho deve ser executado mesmo que possam ocorrer acidentes. Se acontecer, jamais a sua realização pode ser considerada satisfatória. A dor e a infelicidade de quem se acidenta somam-se a fatores danosos ao trabalho, tanto sob o aspecto técnico/material. Isso nem sempre é percebido por quem não analisa os acidentes do trabalho em toda a extensão e profundidade.
O QUE PODE PROMOVER OS ACIDENTES DE TRABALHO?
São dois os fatores que podem promover acidentes de trabalho. Observe:
CONDIÇÕES INSEGURAS: Equipamentos sem proteção, procedimentos arriscados em máquinas ou equipamentos, armazenamento inseguro, iluminação deficiente, ventilação imprópria, temperatura elevada ou baixa no local e condições físicas ou mecânicas inseguras que constituem zonas de perigo.
ATOS INSEGUROS: Carregar materiais pesados de maneira inadequada, trabalhar em velocidades inseguras, utilizar esquemas de segurança que não funcionam, usar equipamento inseguro ou usá-lo inadequadamente, não usar procedimentos seguros, assumir posições inseguras, subir escadas ou degraus depressa, distrair-se, negligenciar, brincar, correr, pular, saltar e abusar no local de trabalho.
COMO REALIZAR A PREVENÇÃO DE ACIDENTES?
A Prevenção de acidentes e Gestão de riscos ocupacionais relacionam-se com a Segurança do trabalho.
Finalidade: antecipar-se aos riscos de acidentes e com isso minimizá-los.
Prevenção de acidentes: é a eliminação das condições inseguras e isso se dá através do mapeamento de áreas de riscos, uma análise profunda dos acidentes e apoio irrestrito da alta administração.
A informação, o treinamento e a capacitação de todos os envolvidos no processo são elementos-chave para empreendimentos seguros e saudáveis, com produtividade e qualidade.
OBRIGATORIEDADE
Desde 1976, quando foram criadas as Normas Regulamentadoras (NR), baseadas nos Artigos da CLT; a Segurança e a Medicina do trabalho têm caráter obrigatório pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Uma NR objetiva explicitar as determinações contidas nos Artigos 154 a 201 da CLT, para que sirvam de balizamento, de parâmetro técnico às pessoas ou empresas que devem atender aos ditames legais.
Atividade proposta 1
Você deve ter notado que as expressões higiene do trabalho, higiene industrial e higiene ocupacional são usadas para designar um mesmo campo profissional. A tradição americana está mais afeita ao uso de higiene industrial e da higiene do trabalho. No Brasil usam-se as três expressões, com predominância para a expressão de “higiene ocupacional”. Justifique o porquê desse uso.
R: A “higiene do trabalho” é conhecida também com os nomes de “higiene industrial” e “higiene ocupacional”. Neste texto, vamos nos referir à expressão “higiene do trabalho”, mais condizente com o nome da disciplina, que consta na estrutura curricular aprovada do Parecer MEC nº 19/1987. Entretanto, a opção pelo nome a ser adotado fica a critério de cada um. Além disso, considerando que o PPRA é um programa de higiene industrial, tudo que se falar de higiene industrial, higiene do trabalho e higiene ocupacional se aplica ao PPRA, criado pela NR-9.
Atividade proposta 2
Quando estamos realizando uma análise de riscos em um ambiente de trabalho, chamamos a menor unidade social de trabalho existente em um setor ou área, de “grupo homogêneo”, que nos leva a poder avaliar os riscos do ambiente, mas de que maneira?
R: Quando em estudos e análises, é assim considerado o grupo em estudo que se encontra localizado imediatamente situado em frente ao agente nocivo.
O HOMEM, O AMBIENTE DE TRABALHO E SUA PROTEÇÃO MEDIDAS DE CONTROLE)
Em nossa 3ª aula, foi observado que além dos benefícios que a higiene do trabalho tem, a mesma mostra seu caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisória ou definitivamente do trabalho.
Dentre esses objetivos podemos citar: eliminação das causas; redução dos efeitos prejudiciais; prevenção de agravamento de e ventos e por fim a manutenção da saúde dos trabalhadores.
NORMAS REGULAMENTADORAS
Nossa legislação trabalhista baseada na CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas, consolidou diversos artigos de nossa Constituição Federal e os transformou em ferramentas de ação, as quais passou a chamar de Normas Regulamentadoras, que são a reunião de diversos artigos de nossa CLT agrupados em um só objetivo ou foco, que receberam esse nome para terem o poder de Leis e assim poderem serem atendidos pelos empregadores e empregados, visando o bem-estar, a saúde e a segurança física dos trabalhadores, quando estão trabalhando.
Essas Normas Regulamentadoras tratam de diversas ocupações e afazeres, e desse modo podem legislar sobre essas atividades e buscar proteger aqueles que estão a executá-las.
Como exemplo para nossa aula 4, vamos citar algumas destas NR, que são assim popularmente chamadas, que são algumas das ferramentas que vamos usar aqui para mostrar a proteção que o Poder Público tem buscado usar para proteger o trabalhador quando este está trabalhando em seu local de atividade.
NR 04
Temos também a NR 04 - SESMT- Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho, que trata da criação de um grupo multidisciplinar de profissionais ligados à Saúde e Segurança do Trabalho: Médico do Trabalho; Engenheiro de Segurança do Trabalho; Enfermeiro(a) do Trabalho ou Auxiliar de Enfermagem e um Técnico de Segurança do Trabalho, todos com suas funções e atribuições dentro das empresas, visando cuidar das Normas e Procedimentos de Saúde e segurança daqueles que ali trabalham, de acordo com a legislação trabalhista do MTE.
NR 06 E 07. OBSERVE:
A NR 06- EPI - Equipamentos de Proteção Individual, trata dos equipamentos e acessórios que o trabalhador deve usar obrigatoriamente quando está trabalhando.
A NR 07- PCMSO - é o Programa das Condições de Medicina e Saúde Ocupacional, ao qual os trabalhadores devem estar acondicionados quando executam suas tarefas diárias no local de trabalho. Esse programa é criado a partir das informações que estão contidas no PPRA (NR 09), pois deste é que são obtidas as informações acerca dos agentes nocivos e estabelecidos os exames profissionais de saúde que os trabalhadores devem realizar.
OBS: As ausências da NR 07 causam:
• Aumento nas indenizações;
• Afastamentos pordoenças;
• Aumento dos custos de seguro;
• Elevação do absenteísmo e rotatividade de pessoal;
• Baixa produtividade e qualidade;
• Pressões sindicais.
NR 09
A NR 09-PPRA é o Programa de Prevenção aos Riscos Ambientais, que busca em sua íntegra o reconhecimento, avaliação (qualitativa e quantitativa) e análise desses riscos para que assim possa propor medidas de controle, visando minimizar ou até remover tais riscos do ambiente de trabalho. Observe o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - NR 9:
9.1.3 - O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR 7.
9.1.5 - Para efeito desta NR consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
SAÚDE DO TRABALHADOR
Existem, como já dissemos, inúmeras NR, tratando de diversas profissões e atividades, cada uma com suas particularidades e especificidades, todas convergindo para um único fim: a proteção da saúde e bem-estar físico do trabalhador.
Essas Normas foram estabelecidas em 1976, através da Lei nº 3.214/1978, que criou à época 28 Normas Trabalhistas Urbanas e mais 03 Normas a serem aplicadas no trabalho do campo, chamadas de Normas Regulamentadoras Rurais, hoje já extintas por substituição.
Temos atualmente 36 Normas que estão focadas na proteção e segurança do homem quando em sua atividade laboral, todas sendo atualizadas de tempos em tempos e que buscam através os tempos, uma maior proteção ao fisco e à saúde do homem em seu trabalho.
ASO
Outra ferramenta bastante atuante que encontramos sendo usada para a preservação da saúde e segurança dos trabalhadores nas empresas é o ASO - Atestado de Saúde Ocupacional, documento elaborado no decorrer do exame clínico pelo Médico do Trabalho.
Deve constar:
Nome completo, número do registro de identidade e função do trabalhador;
Indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, inclusive exames complementares e data em que realizados;
Definição de apto ou inapto para a função específica;
Nome e endereço do médico;
Data e assinatura do médico e carimbo de CRM.
CIPA
Outra ferramenta que existe em função da Legislação Trabalhista é a CIPA, que também faz parte das Normas Regulamentadoras, a NR-05 CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Sobre ela, podemos dizer que:
Há imposição legal da CLT – NR 05;
Possui representantes do empregado e empregador;
Aponta condições e atos inseguros;
Fiscaliza o que já existe sobre a Segurança do Trabalho nas empresas.
NOVAS PERSPECTIVAS PARA MUDANÇAS
Como dissemos inicialmente, o ambiente laboral está repleto de riscos nocivos para os trabalhadores e se este quadro é difícil de se modificar, logo, temos que ser criativos e pensar em mudanças que têm que começar e se não for no ambiente, que sejam pelo menos em quem se encontra nele.
Por isso temos que implementar alterações nas atitudes, nos comportamentos e enfim nas ações dos homens que ali estão trabalhando e, para tal, faz-se necessário que estes venham ter cursos, treinamentos e tomem conhecimentos das normas e procedimentos que dizem respeito à Saúde e Segurança no Trabalho.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
A importância da proteção individual e coletiva está diretamente ligada à preservação da saúde e da integridade física do trabalhador. É diretamente ligada ao aumento de produtividade e lucros para a empresa, através da minimização dos acidentes e doenças do trabalho e suas consequências. Paralelamente ao desenvolvimento da legislação sobre segurança e medicina do trabalho, ocorre o da engenharia de controle dos riscos nos locais de trabalho ou engenharia de segurança do trabalho.
Dessa forma, livrar os locais de trabalho de fatores de risco pode requerer estudos que vão desde uma extensa revisão da engenharia de processo ou de método de fabricação até a escolha de adequados métodos de movimentação e manuseio de materiais. O processo de escolha entre EPI e EPC deve favorecer sempre o EPC, mas devemos analisar cada caso, por existirem algumas operações em que a única solução tecnicamente e financeiramente viável sugere o uso de EPI (mergulho, por exemplo).
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
Para os fins de aplicação da NR-6, considera-se equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou estrangeira, todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
Obrigações do empregador quanto ao EPI
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho;
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
Para atender as situações de emergência.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC
Ergonomia é a solução que gera segurança sem que o peso desta recaia sobre o trabalhador. É o equipamento instalado na fonte de risco. Assim, mesmo que uma pessoa não preste atenção, ela não se machucará, pois o risco foi eliminado na fonte.	
Como proteção coletiva entendemos as medidas de ordem geral executadas no ambiente de trabalho, nas máquinas e nos equipamentos, assim como medidas orientativas quanto ao comportamento dos trabalhadores para evitar atos inseguros e medidas preventivas de Medicina do Trabalho. São exemplos os sistemas de ventilação, a proteção de máquinas, os andaimes, os abafadores, enclausuradores de ruídos, de vibrações, as proteções contra quedas e contra incêndio, normas e regulamentos, colocar borracha entre peças de metal que se chocam, sinalizações, substituição de produtos químicos por outras substâncias menos tóxicas etc.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO EPC
A grande vantagem da proteção coletiva é que de uma maneira geral, sua eficiência independe do comportamento humano.
O acidente só poderá ocorrer por falha eventual na proteção. Já a eficiência da proteção individual está relacionada diretamente com o comportamento humano. O trabalhador só usará o equipamento se tiver consciência da importância do uso do mesmo para a preservação de sua saúde e integridade física.
Para maior eficiência, a proteção coletiva deve ser prevista nos projetos de instalação da empresa. No projeto arquitetônico, por exemplo, deve ser observada a localização adequada das aberturas que permitirão a perfeita ventilação dos locais de trabalho, ou locais para a colocação de exaustores ou sistemas de ventilação mecânica.
Atividade proposta 1
Conforme a legislação trabalhista, existem Normas, procedimentos e programas que atuam no ambiente laboral para melhorar as condições de trabalho. O Programa que considera os riscos ambientais, os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho e que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, é também uma Norma Regulamentadora, é chamado de:
R: Programa de Prevenção aos Riscos Ambientais - NR 09.

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