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Prótese de Quadril e Artroplastia de Joelho

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Fisioterapia na saúde do idoso
Prof. Altair
Exercícios
Explique os tipos de prótese de quadril e suas diferenças.
Cimentadas: utiliza-se cimento ósseo para fixar a prótese propriamente dita ao osso. Esse tipo de prótese é utilizado em pacientes com osteoporose ou naqueles que a reabilitação deve ser acelerada. Principalmente Idosos.
Sem cimento: se fixa ao osso por atrito, ou seja, a prótese propriamente dita tem uma superfície áspera que adere ao osso do paciente. Além disso, elas são recobertas por uma substância que estimula o crescimento ósseo chamada hidroxapatita. O osso literalmente cresce pra dentro da prótese - chamada fixação secundária. Desta forma é necessário um osso de "melhor qualidade" que vá resistir ao processo de fixação secundária, pois o mesmo demora cerca de 3 meses. A reabilitação destes pacientes é um pouco mais lenta. 
Hibridas- As híbridas usam componentes cimentados (geralmente no fêmur) e não cimentados (no acetábulo).Em termos de durabilidade as próteses não-cimentadas duram mais. 
Cite 3 ações que devem ser adotadas no ambiente hospitalar no PO de prótese de quadril.
Crioterapia, para redução do quadro álgico
Mobilização passiva (tornozelo, joelho, quadril) respeitando a amplitude de movimento e dor do paciente
Manter o quadril e leve flexão e discreta abdução (evitar cruzar as pernas)
Ficar atento a sinais de TVP (teste: realiza dorsiflexão, se houver queixa de dor posterior interna)
Explique as etapas básicas da artroplastia de joelho (ATJ).
Preparação do osso: As superfícies de cartilagem lesionadas nas extremidades do fêmur e da tíbia são retiradas junto com uma pequena porção do osso por baixo delas.
Posicionamento dos implantes metálicos: A cartilagem e o osso retirados são substituídos por componentes metálicos que recriam a superfície da articulação. Essas partes metálicas podem ser fixadas no osso por cimentação ou pressão.
Cobertura da patela: A superfície interna da patela (rótula) é cortada e coberta com um disco plástico. Alguns cirurgiões não fazem a cobertura da patela, dependendo do caso.
Inserção de um espaçador: Um espaçador de plástico cirúrgico é inserido entre os componentes metálicos para criar uma superfície de contato com o menor atrito possível.
4. Cite 3 indicações da ATJ.
- Dor grave ou rigidez no joelho que limitam as atividades do dia a dia, incluindo caminhar, subir escadas e sentar-se e levantar-se. Pode ser difícil andar mais que alguns quarteirões sem dor significativa; pode ser necessário o uso de uma bengala ou um andador;
-Dor moderada ou grave no joelho em repouso, tanto de dia como de noite;
-Inflamação crônica no joelho e inchaço que não melhoram com repouso ou medicamentos;
-Deformidade no joelho, arqueamento do joelho para dentro ou para fora;
- Ausência de melhora significativa com outros tratamentos, como medicamentos anti-inflamatórios, injeções de corticosteroides, injeções lubrificantes, fisioterapia ou com outras cirurgias.
5. Descreva a relação entre o tipo de prótese e a descarga de peso na ATJ.
- Cimentada tem vantagem, pois permite a sustentação do peso mais precoce, ate mesmo que a recuperação é mais rápida. Descarga integral desde o primeiro dia
- Não cimentada devido o componente biológico ser protegido por mais tempo a recuperação é mais demorada, e a descarga de peso consequentemente demora mais tempo. Através do raio X é possível verificar a a relação do crescimento do osso com a prótese. Descarga integral após 6 semanas
- Hibrida recebem descarga parcial.
**Porém é o médico que passa as orientações para descarga de peso.
6. Cite condutas adotadas pelo fisioterapeuta no PO da ATJ na fase hospitalar.
- Evitar as complicações depois da cirurgia como a TVP, infecções e embolia pulmonar
- Tornar o paciente funcional para que possa realizar as atividades de vida diária, obtendo adm assistida de 5 a 90º de movimentação articular.
- Elevação da perna reta funcional sem demora do componente extensor, desenvolver desempenho motor de 3/5 no teste muscular manual
7. Elabore um tratamento e justifique, para uma paciente de 68 anos com ATJ após 40 dias da cirurgia.
- acrescenta ½ kg de carga nos exercícios isométricos, bicicleta estacionária sem carga se disponível.
- Alongamento de quadríceps 
- exercício de CCA de flexão de joelho
- Exercício de propriocepção 
- Exercícios para fortalecer o abdômen para ajudar no equilíbrio e manutenção da boa postura;
8. Descreva as funções mecânicas e fisiológicas do tecido ósseo.
Mecânicas:
-Suporte para o corpo contra forças externas (As trabéculas estão organizadas sob a forma de uma rede tridimensional, seguindo sempre as linhas das forças mecânicas, disposição que confere ao osso esponjoso uma óptima resistência às cargas transmitidas pelas superfícies articulares)
-Age como um sistema de alavanca para transferir força
-Proteção para os órgãos internos
Fisiológicas:
-Formar células sanguíneas (hemopomineraliese)
-Armazenar cálcio (Osteoblasto - célula óssea responsável pela produção de tecido ósseo. Osteoclasto - célula óssea responsável pela reabsorção de tecido ósseo. Osteócito - osteoblastos envolvidos pela própria matriz que produziram).
9. Descreva a organização estrutural do osso.
A mineralização óssea varia conforme a idade e osso do corpo, sua porosidade esta relacionada com a proporção de fosfato de cálcio e carbonato de cálcio. A porosidade é classificada em baixa e alta, sendo a baixa de 5 a 30% ocupada por material não mineralizado (osso cortical) e a alta de 30 a mais de 90% ocupada por tecido na mineralizado. (osso trabecular, esponjoso ou reticular). O osso cortical é mais rígido o que lhe permite suportar maior estresse, porém menos sobre carga mecânica. Já o osso trabecularpor ser mias esponjoso consegue suportar mais carga antes de fraturar. A função do osso determina sua estrutura, sendo que a diafise de ossos longos são formadas por osso cortical mais resistente enquanto as vertebras possuem um conteúdo alto de osso trabecular para absorver choques. O OSSO É MAIS FORTE PARA RESSISTIR O ESTRESSE COMPRESSIVO E MAIS FRACO PARA RESISTIR AO ESTRESSE DE CISALHAMENTO. 
10. Explique a lei de Wolff do tecido ósseo.
A Segundo a lei de Wolff, a tensão imposta aos ossos gera modificações em seu tamanho, forma e densidade. Quando um osso é estimulado mecanicamente transversalmente, há aumento da atividade osteoclástica na área pressionada e aumento da atividade osteoblástica da área contralateral. 
11. Defina osteoporose e osteopenia.
Osteoporose: doença caracterizada pela diminuição da massa óssea do corpo, levando à fraqueza dos ossos e ao aumento do risco de fraturas.
Osteopenia: um alerta indicando a diminuição desta massa óssea. Diagnosticada pela densitometria óssea, a osteopenia, se não tratada, pode levar ao desenvolvimento de osteoporose.
12. Cite a classificação da osteoporose.
Tipo I – associada a menopausa, perda acelerada do osso trabecular, fratura vertebrais comuns.
Tipo II – ocorrem em homem e mulheres idosos, compromete os ossos cortical e trabecular, ocorrência de fraturas vertebrais e de fêmur. 
13. Cite os fatores de risco para osteoporose.
Destacam-se: idade avançada (especialmente mulheres), inicio da menopausa ou precoce, raça branca ou asiática, histórico familiar, baixa ingestão de cálcio, baixa estatura, consumo excessivo de álcool, tabagismo, sedentarismo, doenças endócrinas e reumáticas.
14. Descreva os principais tipos de fraturas decorrentes da osteoporose.
Vertebras – 60 anos
Radio distal - 50 anos
Fêmur proximal – 70 anos
15. Quais as condutas adotadas para reabilitação de um paciente osteoporótico sem presença de fratura.
- exercícios de: força isométrica e isotônica, equilíbrio, coordenação, flexibilidade, correção postural, cardiorrespiratórios, orientações para o domicilio, encaminhamento para o nutricionista. 
16. Defina a doença de Alzheimer (DA).
Deterioração das funções cognitivas, do comprometimento para desempenhar atividades de vidadiária e da ocorrência de uma variedade de distúrbios de comportamento e de sintomas neuropsiquiátricos.
17. Cite a etiologia da DA e os fatores genéticos associados.
Etiologia multifatorial para a DA: fatores genéticos e ambientais, possivelmente agindo por meio de complexas interações, modulariam o risco de desenvolvimento da doença. 
Até o momento, os fatores de risco não modificáveis estabelecidos para a DA são: idade, gênero feminino (após 80anos de idade), síndrome de Down, história familial positiva e gene de suscetibilidade (genótipo Apoε4).
18. Cite os fatores de proteção para DA.
1. AINE’s 
exceto: aspirina e acetoaminoafeno 
Hipótese: diminuição da produção de β-amilóide e não, por mecanismos inflamatórios 
2. Reposição estrogênio 
sobrevivência de neurônios hipocampais colinérgicos. 
3. Estatinas 
Redução do colesterol X outros mecanismos ?????
Hipótese: redução colesterol leva a menor [Aβ] peptídeos
19. Descreva os sintomas típicos da DA.
Sintomas típicos: distúrbios da memória recente.
→ déficit aprendizagem e retenção
→ déficit linguagem
→ déficit de orientação e habilidade espacial
→ dificuldade de raciocínio e executar tarefas complexas
→ Alterações do humor e comportamento
20. Elabore um quadro diferenciando o estádio I, II, III.
	
Leve DA (ESTADIO I)
→ Déficits claros na memória recente.
→ Déficit em pelo menos 1 outro domínio cognitivo.
→ Amplo espectro de alterações da personalidade, QUANDO PRESENTES.
Normais: EEG e TC/RM
→ PET/SPECT: hipometabolismo/hipoperfusão parietal.
	
Moderada DA (ESTADIO II)
→ Dependentes para atividades simples.
→ Distúrbios neuropsiquiátricos: alucinações, paranóia e irritabilidade
→ Fragmentação do sono.
→ Apraxia motora ao exame físico.
→ EEG: lentificação do ritmo de base
→ TAC/RM: normal/dilatação ventricular e sulcos alargados
→ PET/SPECT: hipometabolismo/hipoperfusão parietal e frontal
	
Severa DA (ESTADIO III)
→ Observação ininterrupta
→ Dificuldade em escolher palavras e lembrar familiares
→ Necessitam ajuda para se vestir, ir ao banheiro, comer
→ RARO: convulsões e mioclonias
→ EEG: difusamente lento
→ TAC/RM: dilatação ventricular e sulcos alargados
→ PET/SPECT: hipometabolismo/hipoperfusão parieto-frontal
21. Defina fragilidade.
Termo utilizado por profissionais de geriatria e gerontologia para indicar a condição de pessoas idosas, que apresentam alto risco para quedas, hospitalizações, incapacidades, institucionalização e morte.
22. Descreva a classificação clínico-funcional do idoso.
Idoso robusto: sadio
Idoso em risco de fragilização: Sarcopenia, comorbidades múltiplas, risco psicossociofamiliar
Idoso Fragil: Incapacidade cognitiva, instabilidade postural, imobilidade, incontinência esfincteriana, incapacidade de comunicação. Geralmente esta fase se refere em fase final de vida.
23. O que caracteriza o imobilismo do idoso.
A síndrome da Imobilidade é comum em idosos e geralmente é decorrente de doença crônico-degenerativa, incapacidade ou inatividade. Consiste no estado em que o indivíduo vivencia limitações físicas do movimento, em decorrência da diminuição das funções motoras. Ocorre em indivíduos que se encontram acamados por um longo período de tempo , e compromete a independência para as atividades de vida.
24. Cite 3 complicações associadas ao imobilismo.
Sistema tegumentar: úlceras de pressão, dermatites, equimoses
Sistema cardiovascular: TVP, embolia pulmonar, hipotensão ortostática
Sistema osteoarticular: Osteoporose, anquilose, fraturas
Sistema urinário: Incontinência, retenção urinária, infecções.
25. Descreva a conduta adotada para o paciente com imobilismo.
Pode ser adotado treinamento de força, equilíbrio, coordenação, alongamento, ajuste postural,
treino de marcha, fisioterapia respiratória, orientação aos familiares e cuidadores. Tudo que vise a função, para maior independência do idoso.

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