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SISTEMA GASTROINTESTINAL
Função:
Digestão, absorção e excreção de alimentos 
Garantir suprimento de nutrientes, água e vitaminas.
Processos Envolvem:
- Movimentação do alimento;
- Sucos digestivos e digestão de alimentos;
- Absorções;
- Substâncias absorvidas pela circulação;
- Controle nervoso e hormonal.
Estrutura do Sistema Gastrointestinal:
Canal alimentar;
Sistema gastrointestinal (SGI) é composto: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus;
Anexas: Glândulas salivares, fígado (vesícula biliar) e pâncreas.
- Bile = (sem função enzimática) emulsificar gorduras;
- Amilase Salivar/Ptialina = digestão dos carboidratos (umidificar, ajudando na digestão);
- Suco Pancreático = enzimas amilase, lipase, tripsina, quimotripsina e nucleasse. 
Esfincters: esofágico superior e inferior, pilórico e ílio secal;
Esfíncters: mecanismo de fechamento para evitar que o conteúdo retorne por via esofágica, devido a peristaltia, causando acidez nas estruturas sensíveis (pirose = quimação refluxo)
- Esôfago = pH neutro;
- Estomago = pH ácido;
Esfincters esofágico superior e inferior (SN periférico, nervo controlável)
Esfíncter Pilórico: abre apenas quando o conteúdo gástrico estiver em condições de digestão.
- Liberação lenta e aos poucos para que o suco entérico, o suco pancreático e a bile possam ser misturados com o bolo alimentar para finalizar o processo de digestão. 
Ílio Secal: responsável por liberar o bolo alimentar já absorvido e digerido, impedindo a volta do quimo (e assim a proliferação de bactérias).
Esfíncter Anal Interno E Externo: (antes do ânus) o interno é autônomo e o externo é controlável por uma musculatura estriada esquelética e o SN periférico, através do nervo pudendo. “PUDENDO FAZ, NÃO PUDENDO NÃO FAZ.”
Função imunológica – GALT:
Placas de Peyer: agregado de tecido linfóide + células imunológicas (garantir a produção de imunoglobinas e regular a microbiota intestinal).
No SGI grande produção de imonuglobulinas
GALT protege o SGI e regula microbiota intestinal.
Estrutura do Sistema Gastrointestinal:
Camada muscular longitudinal: fibras de músculo liso que se estende no sentido longitudinal no trato.
Camada circular: fibras de músculo liso que se dispõem em torno do intestino.
Serosa: camada do estomago em contato com a cavidade intestinal (várias camadas).
Lúmen: parte oca do estomago.
Plexo Miontérico: (músculo longitudinal, 1ª camada depois da serosa) conjunto de raízes nervosas interligadas; expansão da camada de musculo longitudinal e circular (realiza o “start” da contração muscular)
MUSCULO + FINRA NERVOSA SN ENTERICO (estimulo)
Plexo Submucoso: secretam muco para proteger a mucosa estomacal.
Controle Neural do TGI:
O SGI regulado em parte pelo SNA;
Componentes extrínsecos e intrínsecos:
Extrínseco: Sistema nervoso simpático e parassimpático;
Intrínseco: Sistema nervoso entérico (plexos submucosos ou Plexo de Meisner e o mioentérico ou Plexo de Auerbach).
Fibras Parassimpáticas:
Pré = longa 
Pós = curta
Gânglio (local): próximo do órgão efetor;
Fibras pós: colinérgicas, neurotransmissor acetilcolina.
Fibras Simpáticas:
Pré = curta
Pós = longa
Gânglios: celíaco, mesentéricos e hipogástrico;
Neurotransmissores pós: adrenérgicas, norepinefrina.
Inervação Parassimpática:
Nervo Vago (NC X): esôfago ao cólon transverso;
Nervo Pélvico: cólon sigmóide ao esfíncter anal interno;
Estas fibras funcionam especialmente nos reflexos de defecação (n. pélvico);
75% de fibras aferentes e 25% eferentes;
Origem: Craniossacral;
Ação: maior motilidade e secreção.
Inervação Simpática:
Origem: Tóracolombar (T5 a L2);
50% fibras aferentes;
50% fibras eferentes;
Muitas fibras pós atingem musc. das paredes de vasos sanguíneos = vasoconstrição e redução do fluxo SGI;
Menos motilidade, secreções, vasoconstrição.
Sistema Nervoso Entérico ou Intrínseco:
Plexo mioentérico ou Auerbach: controla quase todos os movimentos gastrointestinais.
Plexo submucoso ou Meissner: controla secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local.
Plexo Mioentérico:
Principais efeitos excitatórios: aumento do tônus, da intensidade e do ritmo e da velocidade de condução excitatória das contrações da parede intestinal,
Principais efeitos inibitórios: secreção de um transmissor inibitório, polipeptídeo intestinal vasoativo (VIP), que resultam da inibição de alguns esfíncteres intestinais, como o pilórico e o ileocecal.
Plexo Submucoso:
Ajudam a controlar a secreção intestinal local;
Ajudam a absorção local;
Ajudam na contração local do músculo submucoso.
Neurotransmissores Secretados:
Vários neurotransmissores são secretados nas terminações nervosas dos neurônios entéricos, mas não se conhece exatamente a função específica da maioria delas. 
Acetilcolina (excitante); 
Norepinefrina (inibidor);
Fibras nervosas sensorias aferentes estimuladas: irritação da mucosa, distensão excessiva do intestino, concentração de sólidos no quimo, acidez do quimo;
Características do Músculo Liso:
Órgãos ocos, parede do sistema digestório;
Enervação contração
Denominada musculatura lisa visceral unitária;
Suas fibras se comunicam por junções intercelulares (gap-junctions), e contraem simultaneamente (estimulo laminar);
Síncisio morfológico e funcional (propagação – “efeito dominó”).
O musculo cardíaco liso estimula o disco intercalar (mecanismo que propagará o estimulo para a célula vizinha – nó sinoatrial), que por sua vez estimula o sicisio.
- SN autônomo = musculo liso;
- SN periférico = musculo estriado esquelético;
Dois tipos básicos: (contração em ondas) há faíscas, em que contrações e relaxamentos são periódicos, e duram poucos segundos ou minutos (Ex.: esôfago). E as tônicas, mantida ou sustentada, mantém-se contraída por minutos ou horas (Ex.: esfíncteres)
A Contração das fibras musculares lisas é rítmica e determinada pelas regiões de marca-passo, que são grupos de células intersticiais de Cajal (mioentérico).
- Potencial elétrico semelhante ao sinoatrial, a partir do estimulo elétrico há a contração muscular (start/ feixe elétrico que geram movimentação – ponto inicial da contração), mas não é suficiente para gerar uma contração completa.
- O sistema autônomo depende sessa ondulação para modular a contração.
- Mais estímulos do SNA pode levar à contração.
Motilidade Gastrointestinal:
Tipos básicos de ondas: ondas lentas e potencias em ponta.
Ondas Lentas:
Diferente de contração;
Determina ritmo da maior parte das contrações gastrointestinais;
Rítmicas;
Frequência varia de 3-12 minutos;
O músculo liso do trato gastrointestinal (TGI) é excitado por atividade elétrica, contínua e lenta.
ESTÔMAGO – 3 POR MIN
DUODENO – 12 POR MIN
ÍLEO TERMINAL – 8/9 POR MIN
A acetilcolina gera uma estimulação elétrica que proporciona um maior estímulo e contração muscular.
Potenciais em Ponta:
Não há entrada de íons cálcio na fibra lisa = sem contração;
Simpático: inibe;
Parassimpático: estimula.
Potencial menos (-) = despolarização → fibras mais excitáveis;
Potencial mais (-) = hiperpolarização → fibras menos excitáveis;
Iniciados quando o potencial de repouso da membrana do músculo liso fica positivo mais do que -40 mv (-50 / -60 mv repouso);
Duração: 10 a 20 ms;
Entrada de íons cálcio;
promovendo a contração;
A PARTIR DA DISTENSÃO DO ÓRGÃO, ocorre a liberação de acetilcolina e de Ca+ gera a contração muscular. NUNCA CHEGA NO ZERO.
A diminuição do bolo alimentar leva à diminuição da acetilcolina e, portanto, uma redução nas contrações.
As ondulações de estímulos nervosos estão mais intensas com o alimento no estomago, com seu esvaziamento, essas ondas diminuem sua intensidade junto com a diminuição da acetilcolina e o cálcio.
A norepinefrina é liberada pelo SN autônomo simpático assim que o bolo alimentar diminui do estomago, levando à diminuição da acetilcolina e do cálcio.
O plexomioentérico conduz essas ondas (semelhante a fiação de uma casa).POTENCIAL:
O estimulo elétrico propaga pela membrana fazendo com que os canais que estavam fechados abrirem-se, permitindo a entrada de íons sódio (de forma passiva, por diferença de concentração), com a Bomba de Sódio e potássio é retirado os íons sódio de dentro da célula (processo ativo, com gato de ATP). Contudo, há uma modificação na fibra, portanto é necessário um estimulo para atingir o linear elétrico e retirar esses íons sódio, fazendo com que a membrana celular seja modificada novamente (Potencial em Ponte).
Quanto mais negativo mais difícil a contração, sendo necessário um mecanismo facilitador da contração (deixando a membrana menos negativa, ou seja, mais positiva - gradientes da membrana).
BOCA:
Propulsão e Mistura dos Alimentos
Mastigação: primeira etapa do processamento do alimento; propulsão e mistura de alimentos.
Funções:
Mistura com saliva e lubrificação;
Redução do tamanho das partículas;
Mistura dos carboidratos com amilase salivar.
Nervo Trigêmeo (5º NC) (controle no tronco encefálico)
4 MÚSCULOS Principais:
Pterigoideo Lateral;
Pterigoideo Medial;
Temporal;
Masseter.
Reflexo de mastigação:
Estimulo; sensores mecanorreceptores levando à uma comunicação.
Elevação da Mandíbula: Contração reflexa dos mm. de elevação da mandíbula (masseter, pterigoideo médio e temporais).
- Inibição reflexa dos mm. abaixadores da mandíbula (pterigoideo lateral).
Queda da Mandíbula: Contração reflexa dos mm. abaixadores da mandíbula (pterigoideo lateral).
- Inibição reflexa dos mm. de elevação da mandíbula (masseter, pterigoideo médio e temporais).
Glândulas Salivares:
Parótida: Secreção Serosa; Amilase Salivar.
sublingual: Secreção mista; Mucina e Proteína.
submandibular: Secreção Mucosa; Mucina.
Secreção Salivar:
Secreção diária: 800 a 1.500 ml;
Promove diluição e solubilização dos alimentos (gustação a partir da saliva);
Regulação da temperatura dos alimentos;
Limpeza dos dentes;
Fonação;
Ação tamponante (saliva pH neutro neutraliza alimentos ácidos);
E ainda promove ação bactericida, bacteriostática, cicatrizante na mucosa oral, ação antimicrobiana e incorpora flúor e fosfato aos dentes.
Dois tipos principais de secreções: serosa que contém a enzima ptialina (amilase); e a mucosa que contém mucina (glicoproteína).
Ptialina: digestão de amidos;
Lipase lingual: digestão das gorduras (gl. Von Ebner) – quantidade muito pequena (serosa);
Mucina: lubrifica e protege as superfícies;
pH da saliva: 6,0 a 7,0 = favorável à ação da ptialina.
Secreção de Saliva: Água, eletrólitos, amilase, lipase lingual, calicreína e muco.
isotônica = plasma; 
Na+Cl, HCO3, H2O.
A secreção da saliva é regulada por sinais nervosos parassimpáticos e simpáticos, que se originam nos núcleos salivatórios superior e inferior (entre bulbo e ponte).
Ácinos: local onde a secreção primaria, enzimas e muco serão liberados (produzidos e secretados).
Padrão isotônico (concentração semelhante à do plasma sanguíneo);
Adição de Na+, Cl-, bicarbonato alcalino (HCO3) e água;
Ductos salivares: passagem da secreção primaria; sofre modificação por adição de íons cloro, absorção de íons sódio, aumento da secreção de potássio e bicarbonato.
Solução hipotônica (água não foi reabsorvida).
Diminuição Ou Aumento Da Saliva:
Aumento: (salivação) pensamento ou cheira de alimentos; náusea.
Diminuição: medo ou sono; desidratação.
ESÔFAGO:
Canal de transporte entre a boca e o estomago.
Composto por 2 músculos diferentes: musculo estratificado esquelético (terço superior deglutir e movimento para vomito) e musculatura lisa (terço inferior).
 - Os esfíncters impedem que o conteúdo retorne (para não danificar as paredes do esôfago devido à acidez do quimo).
Secreção Esofágica: São totalmente mucosas, garantindo lubrificação para a deglutição.
O corpo do esôfago apresenta muitas glândulas – mucosas simples e compostas.
O muco produzido evita a escoriação mucosa causada pela entrada de alimento.
Controle Nervoso da Deglutição: Estimulação por receptores de pressão (mastigação) leva a ativação do centro de controle de deglutição, localizado em bulbo e ponte (região do tronco encefálico).
- Presença do nervo vago, glossofaríngeo e trigêmeo.
Fases da Deglutição:
Fase Oral ou estágio voluntário (controla a deglutição ou regurgitação);
Fase Faríngea ou estágio faríngeo (alimento passa pela faringe, fechando a epiglote);
Fase Esofágica ou estágio esofágico (epiglote aberta).
Motilidade Esofágica:
Estágio Faríngeo (duração = 6 segundos):
Interrupção da respiração;
Reflexo ou involuntário;
Centro da deglutição inibe o centro respiratório;
A língua empurra o bolo contra o palato mole e a parte post. da cavidade oral, disparando o reflexo da deglutição.
Propulsão e Mistura dos Alimentos:
Estágio Esofágico:
Peristaltismo primário e secundário (ondas peristálticas);
Esfincter esofágico;
Refluxo esofágico (refluxo pirose esôfago é quimicamente irritado)
- Pode provocar tosse em adultos, devido aos gases do estomago que vão para o esôfago; já em crianças gera infecções respiratórias e pneumonias de infecção por brônquio aspiração. 
ESTÔMAGO:
Peptídeos gastrointestinais: atuações diferentes
Hormônios: secretados pelas células endócrinas pelo trato digestório, precisam ser transportadas pela circulação porta, em direção ao fígado para depois caírem na circulação sistêmica, retornando e atundo nas paredes gástricas (ex.: gastrina) NÃO ATUAM DIRETAMENTE NO PRÓPRIO SITIO!
Parácrinos: realizam sua ação no mesmo local em que foram secretados.
Neurócrinos: possui um potencial de ação, elevando os movimentos e potenciais em ponta; uma mudança no estado elétrico da fibra muscular para haver contração (potenciais em ponta = movimentos peristálticos).
Secreção Gástrica: Dividido em regiões diferentes com secreções igualmente diferentes.
Fundo: (receptáculo) transição do estomago com o esôfago;
Corpo: secreção de muco (glândulas mucosas) e células que secretam pepisinogênio e HCl;
Antro: células responsáveis pela secreção de muco e gastrina (muco tem a função de proteger a mucosa gástrica, contra gastrite, ulceras...).
Dois tipos de glândulas: gástricas (oxínticas) e pilóricas;
As glândulas pilóricas secretam muco e hormônio gastrina;
As glândulas gástricas secretam o ácido HCL, pepsinogênio, fator intrínseco (absorção da vitamina B12) e muco;
Tipos de Células da Mucosa Gástrica: células especificadas para cada produto secretado. 
Glândulas gástricas (Corpo):
 células principais (responsável pela liberação de fator intrínseco + HCl);
células parietais (responsável pela liberação de pepsinogênio).
Glândulas pilóricas (antro):
células G (gastrina);
células mucosas (muco + pepsinogênio).
Presença das células parietais e principais para auxiliar na secreção de HCl e pepsinogênio.
O HCl proporciona um ambiente ácido para a transformação do pepsinogênio em pepsina. 
Mecanismo de secreção do HCL:
Dentro da célula parietal;
Respiração celular produção de CO2 + H2O;
Anidrase carbônica faz a junção do CO2 e H2O, formando o ácido carbônico, que por sua vez quebra-se e formando o bicarbonato (alcalino), restando íons livres H+ (dentro da célula). A membrana da célula faz os movimentos de transporte de membranas, fazendo com que o bicarbonato saia da célula por um processo passivo (bomba de HCO3- e Cl-). Como o sangue é neutro, íons cloro entram na célula e atravessam em direção ao lúmen, saindo da célula; a eliminação do íon, é preciso devido ao seu caráter ácido (ambiente ácido não é propicio aos processos celulares). 
A bomba de potássio e hidrogênio (K+ e H+) retira os íons H+ do interior da célula; no lúmen o H+ se une ao Cl-, formando o ácido clorídrico (HCl-).
H+ acidifica o lúmen, aumentando a secreção de HCl.
Fatores que alteram a secreção de HCL:
- Acetilcolina, histamina e a gastrina;
Acetilcolina: (neurotransmissor) estimula uma mudança no potencial da membrana,transmissão do estimulo para a produção de HCl. As células parietais atuam na secreção de ácido clorídrico, as células principais na de pepsinogênio e as células da mucosa na secreção de muco.
Histamina: (parácrino - atua no mesmo local em que é secretado) estimula as células parietais na secreção de HCl;
Gastrina: estimula as células enterocromafins (ECL) (parietais) a secretarem histamina (secreção de ácido - proteínas).
Fases da secreção Gástrica:
Fase Cefálica: responsável por 30% da secreção de HCl, mediada por estímulos como olfato, paladar e condicionamento (pensamentos sobre o que comer, olhar cardápios...).
Fase gástrica: responsável por 60% da secreção do HCL, mediada pela distensão do estomago.
Fase Intestinal: responsável por 10% da secreção do HCL, mediada pelos produtos da digestão proteica.
Obs: Álcool e cafeína estimulam a secreção de HCL;
Inibição da Secreção de HCL:
Quando não há mais necessidade de ativar pepsinogênio (pH ácido);
Controle inibitório: diminuição do pH do conteúdo gástrico, distensão da parede do intestino delgado (redução do conteúdo gástrico);
Alimento como mecanismo de tamponamento;
ALIMENTO NO ESTÔMAGO H+ SECRETADO TAMPONAMENTO ↑PH
SEM ALIMENTO NO ESTÔMAGO ↓TAMPONAMENTO ↓PH ↓H+ SECRETADO
Secreção e Ativação de Pepsinogênio:
Presença de HCl;
Estimulação das células principais pela Acetilcolina e pelo meio ácido do estômago;
Quando secretado, o pepsinogênio não tem atividade digestiva. A ácido clorídrico ativa o pepsinogênio, formando pepsina. A pepsina, por sua vez, atua como enzima proteolítica, ativa em meio ácido (ideal entre 1,8 e 3,5). Com pH acima de 5 torna-se inativa.
Renina – enzima responsável pela digestão de proteínas do leite e derivados.
Fator Intrínseco: glicoproteína secretada pelas células parietais, juntamente com o ácido clorídrico, responsável pela absorção de vitamina B12 no íleo.
A ausência ou deficiência na secreção desse fator, muitas vezes leva ao quadro de anemia perniciosa, como também, deficiência na formação da trombina.
A vitamina B12 participa do processo de maturação das hemácias. (Acloridria/Anemia Perniciosa).
Motilidade Gastrointestinal
Funções do estômago:
Relaxamento da porção superior (armazenamento);
Misturar o quimo;
Esvaziamento gástrico lento;
Musculatura longitudinal, circular e oblíqua.
Regiões funcionais:
Oral: fundo + o primeiro terço do corpo (secreção e revestimento) – parede delgada;
Caudal: segundo terço do corpo + antro (misturar e triturar) – parede espessa;
Garantir a mobilidade:
Reflexo Vagovagal (relaxamento receptivo das pregas para acomodar o alimento);
DISTENSÃO DO ESOFÂGO → RELAXAMENTO DO EEI → RELAXAMENTO DO ESTÔMAGO ORAL → AUMENTO DO VOLUME DO ESTÔMAGO
Ondas de mistura (ondas peristálticas fracas) iniciam na porção superior da parede gástrica, se deslocando em direção ao antro (15 a 20 seg);
Ondas aumentam a intensidade (com pressão cada vez maior) na direção do piloro;
Quimo – mistura de alimentos com secreções gástricas (semilíquida a pastosa).
Funções Motoras do Estômago: misturar e esvaziar (lentamente) o conteúdo alimentar.
Contrações Peristálticas Antrais: as contrações no estômago vão se intensificando, formando anéis de constrição que causam o esvaziamento do estômago.
Bomba Pilórica: as ondas peristálticas, além de causarem a mistura no estômago, também promovem a ação de bombeamento, denominada “bomba pilórica”.
Esvaziamento gástrico
Função do piloro:
Barreira entre estômago/duodeno;
Regula velocidade de esvaziamento gástrico; 
Regulação do piloro: Hormônios gastrina, secretina, colecistocinina (CCK).
Fatores Gástricos que Promovem o Esvaziamento:
Efeito do volume alimentar gástrico no esvaziamento:
Volume de alimentos maior;
A dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos mioentéricos locais.
Efeito do hormônio Gastrina sobre o esvaziamento:
A distensão da parede gástrica e a presença de determinados tipos de alimentos no estômago (proteína), promovem a liberação do hormônio Gastrina (e um aumento na motilidade).
Fatores Duodenais na Inibição do Esvaziamento Gástrico:
distensão do duodeno;
acidez do quimo ou presença de gordura ou proteína ainda não processada.
 Feedback Hormonal do Duodeno Inibe o Esvaziamento Gástrico:
O mais potente dos hormônios secretados é Colecistocinina (CCK), inibindo a ação de motilidade provocada pela gastrina. Estimula o esvaziamento da vesícula biliar.
Secretina (acidez) e o Peptídeo Inibidor Gástrico - GIP (gordura): diminuição da motilidade do estômago.
Inibição do esvaziamento gástrico:
Fatores inibem o esvazimento:
Presença de lipidios e acidez;
Muito quimo no duodeno.
O PH ÁCIDO DO QUIMO NO DUODENO → SECRETINA → CONTRAI PILORO →RETARDA O ESVAZIAMENTO → SECREÇÃO DO PÂNCREAS (ALCALINA)
Intestino Delgado:
Suco pancreático, suco entérico e bile.
Motilidade do Intestino Delgado:
Dividem-se em contrações de mistura e propulsivas;
Mistura ou Segmentação: divide o intestino em segmentos, aparência de salsichas, com frequência de 12 ondas por minuto. 
Musculatura circular;
Contração e formação de gomos, que promove uma mistura mais homogenia;
Vilosidades = absorção de águas; 
A segmentação e as vilosidades contribuem para uma melhor absorção.
Propulsivos: impulsiona o quimo pelo intestino, por ondas peristálticas, em direção ao ânus. O peristaltismo pode sofrer ação de hormônios, como a gastrina, a CCK, a insulina, motilina e a serotonina. 
Musculatura longitudinal;
Função da Válvula Ileocecal:
Esficter íleocecal: impede o retrocesso do conteúdo fecal e as bactérias que colonizam a mesma, impedindo processos patológicos. contração do esfíncter em tempo integral (Impede o retorno para as alças delgadas).
Principal função: evitar o refluxo do conteúdo fecal do cólon para o intestino delgado.
Esfíncter ileocecal: permanece contraído e retarda o esvaziamento no ceco.
Reflexo gastroileal: com a presença de nova refeição, há o aumento do peristaltismo no íleo, forçando o quimo retido na válvula a passar na direção do intestino grosso (proporcionando espaço para a nova refeição no estômago).
Quimo = até intestino delgado;
Quilo= a partir do intestino grosso.
Secreções do Intestino Delgado – Glândulas de Brunner 
Localizadas nas paredes do duodeno, secretam grande quantidade de muco alcalino;
Vilosidades intestinais estão diretamente relacionadas à doença celíaca;
Função do muco: proteger a parede duodenal da digestão do suco gástrico;
Estimuladas por estímulos táteis ou irritativos, estimulação vagal associadas ao aumento de secreção gástrica e presença de secretina;
Contém bicarbonato, que somado a secreção pancreática e bile, neutraliza a acidez gástrica no duodeno.
Material alcalino do duodeno = equilibra o pH que vem do suco gástrico (secreção de muco com grade quantidade de bicarbonato equilibra o pH). Bicarbonato proveniente da corrente sanguínea e do pâncreas.
Secreções do Intestino Delgado – Criptas de Lieberkün:
As criptas ficam entre as vilosidades intestinais, as quais são recobertas por células caliciformes (muco) e enterócitos (água e eletrólitos).
Pelas vilosidades substâncias do quimo podem ser absorvidas.
A função primária do intestino delgado é absorver nutrientes.
Absorção de nutrientes até o esficter íleoceca.
Enzimas Digestivas na Secreção do Intestino Delgado – Suco Entérico:
Enterócitos: (Secretar sucos entéricos)
Peptidases (peptídeos), sucarase, maltase, isomaltase, lactase (dissacarídeos), lipase intestinal (glicerol);
Ciclo de vida da célula intestinal é cerca de 5 dias contato inicial do suco gástrico.
Pâncreas:
Glândula anexa (glândula exócrina – suco pancreático).
Secreção Pancreática (CÉLULAS PANCREÁTICAS): 
Células acinares: componente enzimático da secreção (amilase, lipase e proteases inativas, tripciniogenio e quimiotripcinogenio);
Células Centroacinares e Ductais: componente aquoso (Na+, K+, HCO3 e CL-); por difusão = adição de solutos.
- solução isotônica;
- final do processo=produção de suco pancreático;
As enzimas secretadas pelos ácinos pancreáticos, são somadas a grandes quantidades de bicarbonato, que fluem pelo ducto pancreático, em seguida para o ducto hepático, papila de Vater e esfincter de Oddi.
Metabolizar as hemácias e transformar em pigmentos, dieta rica em gordura estimula a liberação de bile.
O suco pancreático (pH = 8,5 a 9) é secretado pela presença de quimo no início do intestino delgado (secretado com bicarbonato).
A secreção pancreática contém várias enzimas necessárias à digestão dos macronutrientes. As principais são tripsina, quimiotripsina e a carboxipolipeptidase.
Tripsinogênio, Quimiotripsinogênio e arboxipolipeptidase – proteases em formas inativas dentro do pâncreas (Inibidor da tipsina: para evitar a digestão da bicamada e as células pancreáticas – pancreatite).
- Pâncreas libera suco pancreático no duodeno, na mucosa do duodeno há a liberação da enteropeptidase; ela ativa o tripsinogênio em tripsina, o que leva à ativação do quimiotripsinogenio em quimiotripsina.
Regulação da Secreção Pancreática:	
SNA Parassimpático: estimula secreção pancreática.
SNA Simpático: inibe secreção pancreática.
Funções da regulação:
- Secretar enzimas necessárias para a digestão de carboidratos, lipídios e proteínas;
- Neutralizar a acidez (H+) do quimo duodenal.
- A porção aquosa é secretada pela presença de H+ (ambiente ácido estimulação de ambiente aquoso, bicarbonato neutraliza a acidez).
- A porção enzimática é secretada pela presença dos produtos da digestão (peptídeos, aminoácidos e ácidos graxos) – finalização do processo de digestão.
Secreção Pancreática:
Acetilcolina e CCK – estimula produção de enzimas secretina – estimula secreção de solução aquosa + bicarbonato;
Conteúdo rico em macronutrientes ainda no processo de digestão estimulação da liberação de enzimas pela acetil colina.
Conteúdo muito ácido ação da secretina.
Regulação da Secreção Pancreática:
Fase Cefálica e Gástrica – mecanismo semelhante ao ambiente gástrico (reflexos condicionados e distensão), porém menos importantes.
Fase Intestinal – mais importante, e responsável por 80% da secreção pancreática. As duas secreções (aquosa e enzimática) são estimuladas.
Alimento chega no intestino totalidade da secreção pancreática; distenção da parede do intestino.
Fígado:
Secreção Biliar:
Funções da bile:
- A bile é corresponsável pela digestão e absorção das gorduras.
- Meio de excreção de diversos produtos do sangue (bilirrubina = produto da destruição das hemoglobinas).
É secretada pelos hepatócitos, percorre as vias biliares até chegar à vesícula biliar, onde poderá ser armazenada por minutos ou horas; pH de 8 a 8,5 (básico)
O volume máximo de armazenamento da vesícula é 30 a 60 ml, por até aproximadamente 12h.
secreção biliar:
As gorduras são insolúveis em água;
Serão emulsificadas e solubilisadas em porções menores, as micelas.
Constituição:
- Sais biliares (em poucas quantidades, produzidos a partir do colesterol e reabsorvidos via circulação hepática após a emulsificação das gorduras – colistocinina contrai a vesícula; bile é misturada com o quimo);
- Bilirrubina;
- Colesterol;
- Fosfolipídios.
Intestino Grosso:
Absorver água.
Movimentos do Cólon:
Principais funções:
1) absorção de água e eletrólitos para formar fezes sólidas;
2) Armazenamento de material fecal;
Metade proximal: absorção;
Metade distal: armazenamento;
Haustrações (mistura): Combinações de contrações de faixas circulares e longitudinais de músculos, fazem com que a faixa não estimulada se infle em sacos.
Massa (propulsivos): resulta de contrações haustrais lentas, mas persistentes. O quimo leva de 8 a 15 h para se mover da v. ileocecal até ser material fecal. É um tipo modificado de peristaltismo.
– Movimentos peristálticos e propulsivos do intestino grosso (movimento das fezes pelo intestino até sua eliminação).
Secreção de Muco pelo Intestino Grosso:
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções.
Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.
A mucosa do intestino grosso apresenta muitas Criptas de Lieberkühn, mas não há vilos.
Muco: proteger a parede intestinal contra escoriações e da intensa atividade bacteriana presente nas fezes.
HCO3
Estimulação tátil - céls epiteliais;
Reflexos nervosos – céls. mucosas
Problemas do transito intestinal:
Pouca H2O;
Sem sucos;
Sem vilos;
Detritos inúteis.
Defecação:
Controle neural.
A maior parte do tempo o reto fica vazio, sem fezes. Mas, quando o movimento de massa força as fezes para o reto, imediatamente surge a vontade de defecar.
Ocorre a contração reflexa e o relaxamento dos esfíncteres anais.
Esfíncteres Anais:
Esfíncter Anal Interno – músculo Liso (não responde à vontade própria);
Esfíncter Anal Externo – músculo Estriado Voluntário (n. pudendo).
Reflexos da Defecação:
Reflexo parassimpático, fibras parassimpáticas informam a medula que há a presença de sólidos no reto (fezes); contudo o córtex consciente decidirá se é o momento certo de defecar, caso seja há a libraração do esfíncter anal externo.
O plexo mioentérico será responsável pelo movimento peristáltico (propulsão das fezes)
Hormônios:
Durante a digestão, ocorre a formação de certos hormônios. Veja na tabela abaixo, os principais hormônios relacionados à digestão.

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