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Contatos no Direito Marítimo. Acidentes e Fatos da Navegação. Tribunal Marítimo.

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Contratos Ligados ao 
Direito Maritimo 
O Contrato Marítimo, 
nacional ou internacional, 
prova-se por escrito (art. 566 do 
Código Comercial), tem 
por objetivo evitar contestações 
das partes em força da escritura 
pública. 
Existem duas formas 
concorrentes de contrato 
admitidas no direito brasileiro: 
 Carta de fretamento que 
se refere ao fretamento de todo 
o navio, o documento 
denomina-se contrato 
ou apólice de 
fretamento (charter party). 
 Conhecimento de 
Embarque quando o fretamento 
é parcial (Bill of Landing). 
 
Nomenclatura 
Afretador (charterer): cede um 
navio. 
Afretar: recebê-lo a frete. 
 
Fretador (owner): quem cede o 
navio. 
Fretar (to charter): quem toma o 
frete. 
 
Conteudo do Contrato 
1. Obrigações do 
afretador: entregar a 
mercadoria para ser 
transportado, carregar e 
descarregar, pagar o frete, 
acondicionar corretamente, 
declarar a natureza e o valor da 
mercadoria, etc. 
2. Obrigações do Transportador 
(fretador): colocar o navio a 
disposição doa fretador, receber 
as mercadorias a bordo e 
arruma-las, emitir 
o conhecimento de embarque, 
transportar no prazo estipulado, 
conserva-lo, seguir o itinerário 
ajustado, entregar no tempo. 
3. Obrigações do 
destinatário: receber a 
mercadoria, pagar o frete se 
não houver sido feito pelo 
afretador. 
4. Estabelecer os fatores 
referencias para o frete: preço 
do serviço prestado pelo 
armador, entrega da carga ao 
costado do navio, estabelecer 
preço por: tonelada métrica, 
metro cúbico ou ad-
valorem (segundo valor), 
despesas de estiva, embalagem, 
avaria, arrumação a bordo, 
proteção especial, etc. 
 
Frete 
É o preço do transporte. 
Pode ser ainda considerado 
frete: a remuneração pelo 
aluguel do navio ou pelo 
transporte da mercadora. 
Tipos de Frete 
 Free out: despesas com o 
carregamento por conta do 
armador. 
 Free in: despesas com a 
descarga por conta do 
armador. 
 Liner in free out: 
carregamento por conta do 
armador e descarregamento por 
conta do afretador. 
 Free in and out: despesas 
com carregamento e 
descarregamento por conta do 
afretador. 
 
Fretamento de Navios 
É um contrato pelo qual o 
armador ou proprietário 
de um navio mercante se obriga 
mediante pagamento de frete a 
transportar mercadorias de um 
porto a outro determinado. 
 
Intervenientes ou 
integrantes do contrato 
 Remetente é a pessoa que 
entrega a mercadoria a ser 
transportada. 
 Transportador é a pessoa 
que recebe a mercadoria 
encarregando-se a transportá-la, 
denominado de condutor pelo 
Código Comercial. 
 Comissário de Transporte é 
aquele que, em seu nome, 
assume a obrigação de fazer 
transportar a mercadoria, não 
realizando pessoalmente o 
transporte, mas fazendo-
o através de outras pessoas, 
conhecido como empresas de 
expedição. 
 Destinatário ou 
consignatário é a pessoa quem 
é destinada a mercadoria e a 
quem cabe recebê-la. 
 
Transporte Marítimo 
É um acordo escrito 
mediante o qual o armador se 
compromete a transportar 
mercadorias por 
água, numa expedição 
marítima, recebendo em troca 
uma quantia de dinheiro 
denominado frete. 
 
Contratos de Seguro 
Maritimo (art. 666 a 730 
do Codigo Comercial) 
É o contrato pelo qual 
uma das partes, o segurador, se 
obriga para com a outra, o 
segurando, mediante 
recebimento do prêmio, a 
indenizá-la de prejuízo 
resultantes de riscos futuros e 
incertos, mais previsíveis. 
O Contrato de Seguro 
Marítimo é o seguro das 
mercadorias transportadas por 
mar, seja na cabotagem, seja no 
longo curso. O seguro é feito 
pelos donos das mercadorias. 
Existem 3 classificações: 
Seguro Marítimo de cabotagem; 
Seguro Fluvial; Lacustre e 
no mesmo porto; Seguro de 
Viagens Internacionais. 
 
Riscos Cobertos 
a. naufrágio, encalhe, varação, 
abalroação e colisão de 
embarcação com qualquer 
corpo fixo ou móvel; 
b. explosão, incêndio, raio e 
suas consequencias. 
c. ressacas, tempestades e 
trombas marinhas; 
d. alijamento e arrebatamento 
pelo mar; 
e. queda de lingada nas 
operações de carga, descarga 
e transbordo; 
f. arribada forçada ou mudança 
forçada de rota, da viagem ou 
do navio; 
g. riscos resultantes da fortuna 
do mar, caso fortuito ou força 
maior. 
 
Riscos Excluídos 
a. contrabando, comércio e 
embarques ilícitos ou proibidos; 
b. mau 
acondicionamento, insuficiencia
 de embalagem; 
c. medidas sanitárias, 
desinfecção, 
demora, sobrestadia em porto, 
inclusive por deficiencia da 
armação; 
d. influência de temperatura, 
mofo; 
e. rachaduras ou outros estragos 
causados por animais, vermes, 
insetos ou parasitas; 
f. contaminação, oxidação ou 
ferrugem, suor de porão, 
paralisação de máquina 
frigorífica. 
 
Período de cobertura 
A cobertura começa no 
momento em que as 
mercadorias deixam o cais para 
serem carregadas a bordo e 
termina quando são colocadas 
em terra no porto de destino. 
Conhecimento de 
Embarque 
(Bill of Landing) 
O conhecimento é um 
Título de Crédito representativo 
da mercadoria que nele esteja 
descrita. É o documento mais 
importante no comércio 
marítimo, representa a carga; 
ele prova a propriedade da 
carga, sendo emitidos pelas 
empresas de navegação. 
É um recibo das 
mercadorias que prova a sua 
propriedade das mercadorias 
neles descritas. Serve como 
evidência dos termos e 
condições do transporte 
acordados entre armador e 
embarcador. Obriga a pronta 
entrega das mercadorias 
mediante sua apresentação. 
 
Formas de emissão 
 Conhecimento normativo 
(straight bill of landing) é o 
conhecimento normativo 
propriamente dito, constando o 
nome do consignatário da 
carga. 
 Conhecimento à ordem 
(order bill of landing) é o que 
permite endosso, ou seja, a 
transferência de um título 
normativo com cláusula à 
ordem. 
 Conhecimento não à 
ordem é o que não pode ser 
endossado, para fins de 
identificação são carimbadas as 
palavras non negotiable. 
Sua transmissão segue as regras 
do Código Civil (art. 286 e ss - 
CC) 
 
Avarias 
As avarias são todos os 
danos acontecidos ao navio ou 
a carga desde o embarque e a 
partida até sua volta e 
desembarque, assim como as 
despesas extraordinárias feitas a 
bem do navio ou da carga. 
 
Avaria Grossa ou comum 
É originária da 
vontade humana, com vista à 
salva guarda de interesses 
maiores, em defesa do bem 
comum. 
 
Características: 
a. deliberação prévia ou ato 
voluntário a respeito 
do sacrificio; 
b. exclusão de culpa do 
capitão, ou seja, o sinistro não se 
apresenta por culpa de 
ninguém. 
c. comunhão de beneficios, ou 
seja, o beneficio é do navio e da 
carga. 
 
Avaria Simples ou 
particular 
É a que a vontade 
humana não intervem (Art. 766 
do Código Comércial). Deriva 
de: fortuna do mar ou 
abalroamento; vício próprio 
quanto ao navio; faltas do 
capitão. 
 
 
Acidentes e Fatos da 
Navegacao 
Arribada 
Dá-se a arribada quando 
um navio entra num porto que 
não esteja previsto como de sua 
escala, ou quando o navio 
retorna ao porto de partida sem 
completar a viagem iniciada. 
A arribada pode ser: 
 Forçada: quando a 
mesma independe da vontade 
do capitão; 
 Voluntária: quandofor 
provocada pelo capitão. 
 
 Borrasca 
Entende-se por borrasca a 
tempestade, temporal ou 
furacão já desfeito. 
 
Presa 
É todo o ato de pirataria. 
 
Naufrágio 
É a submersão do navio nas 
águas, sem que ele possa 
emergir por meios próprios. O 
naufrágio conduzirá 
necessariamente à perda total 
do navio. 
 
Encalhe 
É quando o navio tá no seco, 
ficando impedido de navegar. 
Não é ato intencional do 
capitão. 
 
Varação 
Quando o navio tá no seco, 
ficando impedido de navegar 
por ato intencional do capitão. 
 
Abalroamento 
É o choque entre duas ou mais 
embarcações (art. 749 a 752 do 
Código Comercial). 
 
Colisão 
É o choque entre uma 
embarcação e outros objetos 
que não sejam embarcações. 
 
Alijamento 
É o ato de lançar n’água as 
coisas de bordo, inclusive a 
carga. 
 
 
 
Fatos da navegacao 
São considerados fatos da 
navegação: 
a. mau aparelhamento ou a 
impropriedade da embarcação 
para o serviço em que é 
utilizada e a deficiência da 
equipagem; 
b. alteração da rota; 
c. má estivação da carga, que 
sujeite a risco a segurança da 
expedição; embarcação ou a 
naufrágio em perigo; 
d. recusa injustificada de 
socorro. 
e. todos os fatos que 
prejudiquem ou ponham em 
risco a incolumidade e a 
segurança da embarcação, as 
vidas e fazendas de bordo. 
f. emprego da embarcação, no 
todo ou em parte, na prática de 
atos ilícitos. 
 
Autoridade Maritima 
Compete à autoridade 
marítima promover a 
implementação e a execução 
da LESTA. 
É exercida pelo Comando 
da marinha; no exterior é 
representada pela autoridade 
diplomática. 
A autoridade marítima 
exerce suas atribuições com o 
propósito de assegurar a 
salvaguarda da vida humana e 
da segurança da navegação, 
no mar aberto e hidrovias 
interiores, e a prevenção da 
poluição ambiental por parte de 
embarcações, plataformas ou 
suas instalações de apoio. 
 
Tribunal Maritimo e o 
Poder Judiciario: Limites 
e atuacao. 
O tribunal marítimo foi 
criado em 5 de julho de 1934, 
com sede na cidade do Rio de 
Janeiro e jurisdição em todo o 
território nacional. É um órgão 
autônomo, auxiliar do Poder 
Judiciário, vinculado ao 
comando da marinha, que tem 
as seguintes atribuições: 
a. julgar os acidentes e fatos da 
navegação, definindo-lhes a 
natureza e determinando-lhes as 
causas, circunstancias e 
extensão; indicando os 
responsáveis e aplicando-lhes as 
penas estabelecidas na Lei nº 
2.180/54; propondo medidas 
preventivas e de segurança da 
navegação. 
b. Manter o registro geral da 
propriedade naval; da hipoteca 
naval e demais ônus sobre 
embarcações brasileiras; dos 
armadores de navios brasileiros. 
 
Composição 
07 juízes efetivos: 1 oficial geral 
da marinha, do corpo da 
armada, que será o presidente; 
1 oficial da marinha, do posto de 
CMG, do corpo da armada; 1 
oficial superior da marinha, do 
corpo da armada, especializado 
em construção naval ou 
engenheiro da mesma 
especialidade; 1 especialista em 
armação de navios e 
navegação comercial; 1 CLC, 
com mais de dez anos de 
comando de navios mercantes 
brasileiros; 1 bacharel em direito, 
especializado em direito 
marítimo; 1 bacharel em direito 
especializado em direito 
internacional. 
 
Jurisdição 
a. embarcações mercantes de 
qualquer nacionalidade, em 
águas brasileiras. 
b. embarcações mercantes 
brasileiras em alto mar, ou em 
águas estrangeiras. 
c. embarcações mercantes 
estrangeiras, em alto mar, nos 
casos de abalroação com 
embarcações brasileiras, de 
acordo com as normas de 
direito internacional; 
d. o pessoal da marinha 
mercante brasileira; 
e. os marítimos estrangeiros, em 
território ou águas territoriais 
brasileiras; 
f. os proprietários, armadores, 
locatários, carregadores, 
agentes e consignatários de 
embarcações brasileiras e seus 
prepostos; 
g. agentes ou consignatários no 
Brasil de empresa estrangeira de 
navegação; 
 
h. empreiteiros ou proprietários 
de estaleiros, carreiras, diques ou 
oficinas de construção ou 
reparação naval e seus 
prepostos. 
 
Jurisdição Penal 
a. Territorialidade temperada: a 
lei penal brasileira é aplicada 
em nosso território, 
independentemente da 
nacionalidade do autor e da 
vítima do delito, porém, existem 
exceções relativas a 
contravenções, tratados e regras 
de direito internacional, além de 
casos especiais de 
extraterritorialidade penal. 
b. de acordo com a NORMAM-
13, os crimes, contravenções ou 
delitos cometidos a bordo serão 
submetidos à autoridade 
policial, no porto onde 
ocorreram ou no primeiro porto 
de escala. 
 
Decisões do Tribunal Maritimo 
Por ter natureza 
administrativa, o Tribunal 
Marítimo não tem qualquer 
encargo jurisdicional, pois não 
integra o Poder Judiciário. 
Por isso, seus julgados não 
são incontestáveis, 
representando apenas uma 
presunção de certeza. 
Suas decisões podem ser 
consideradas meros atos 
administrativos que funcionam 
como elementos de prova 
técnica a serem levados em 
juízo pelos interessados. 
Ou seja, as sentenças do 
Tribunal Marítimo não podem 
impedir a apreciação da 
questão pelo Poder Judiciário, 
porém, servem como peças 
instrutórias para o devido 
processo legal a ser instaurado, 
perante a autoridade legal. 
A competência do tribunal 
marítimo não permite que se 
discuta questões do direito 
marítimo que vão além dos 
acidentes e fatos da 
navegação, principalmente 
aquelas voltadas aos contratos 
de transporte. 
Assim, no caso de um 
acidente de transito que 
envolva questões relativas a 
transporte de cargas deverão 
ser resolvidas pelos órgãos do 
judiciário. 
 
Inquerito Naval - IAFN 
É o inquérito administrativo 
instaurado pela autoridade 
marítima sobre os acidentes e 
fatos da navegação para 
posterior julgamento no Tribunal 
Marítimo. 
Deve ser instaurado 
imediatamente ou até o prazo 
de 5 dias contados da data em 
que um dos agentes da 
autoridade marítima houver 
tomado conhecimento do 
acidente ou do fato da 
navegação. 
 
Julgamento do Tribunal Marítimo 
O acórdão do tribunal conterá: 
a. a definição da natureza do 
acidente ou fato e as 
circunstancias em que se 
verificou; 
b. a determinação das causas; 
c. a fixação das 
responsabilidades, a sanção e o 
fundamento desta; 
d. a indicação das medidas 
preventivas e de segurança da 
navegação, quando for o caso.

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