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18/04 
 
DOMICÍLIO 
 
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece (​aspecto 
objetivo)​ a sua residência com ânimo definitivo. (aspecto subjetivo). 
 
 
MORADIA RESIDÊNCIA 
a pessoa não tem intenção de ficar. EX: 
hotel; casa alugada para veraneio; casa 
de um amigo etc. 
a pessoa possui o ânimo definitivo de se 
estabelecer no local. EX: casa onde a 
pessoa mora 
 
Diversas residências 
ART. 71: se a pessoa tiver diversas residências, onde alternadamente, viva, 
considerar-se-á domicílio qualquer delas. 
 
Domicílio sem residência -pessoa não tem residência habitual 
ART. 73: ter-se-á por domicílio da pessoa natural, o lugar onde for encontrada​. EX: 
integrantes de circo; ciganos, andarilhos, etc. 
- Principalmente o morador de rua. Houve um caso de um morador de rua que 
dormia no Santos Dumont, e guardava suas coisas no banco em que tinha 
conta. Ele tinha um padrão e caiu, não restando nada a não ser ir à rua. 
 
Domicílio Profissional: 
ART. 72- é também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à 
profissão, o lugar onde esta é exercida. 
 
Art. 72- Parágrafo único -Se a pessoa exercitar profissão em lugares diferentes, cada 
uma delas constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. 
- Não vale o servidor público 
- Isso é para efeito de profissão! Somente daquela profissão… 
- O médico mora no RJ, mas trabalha em Nova Iguaçu. Nova Iguaçu é o seu 
domicílio profissional, então qualquer ação contra ele deve ser movida em NI! 
Para efeito DAQUELA profissão 
- Esse artigo foi feito principalmente para os profissionais liberais, que podem 
trabalhar num lugar e morar em outro! 
- Para outras profissões isso não valeria… por exemplo o pessoal da informática 
que não tem ponto fixo e vai atrás do cliente. 
 
Domicílio Eleitoral​: não necessariamente é o civil. Exige de nós uma mera residência 
(ex: Sarney, Senador pelo Amapá; Dilma com domicílio eleitoral para MG) 
 
Domicílio Fiscal​: é um pouco diferente, pois não necessariamente está ligado à 
questão de cidade, mas sim de PAÍS. Passou a ter grande relevo, pois as pessoas 
estão migrando, e com isso cria um grande problema. 
 
 
 
Importância do domicílio: 
- O RJ tem os foros regionais (Central, na Praça XV; madureira, etc). Ali, vou 
olhar pro endereço da pessoa, pelo CEP. O domicílio da pessoa determina onde 
a ação vai ser movida 
- O juizado é outro exemplo. É preciso mostrar o comprovante de residência para 
entrar. 
- Ora penso em município, ora olho para o CEP 
- Se a pessoa está num Estado diferente, tenho que ver duas coisas: cada filial 
pode ser domicílio de uma pessoa; além disso, o domicílio do próprio banco, por 
exemplo. 
 
→ Canadá fomenta muito a imigração, assim como Portugal. Em portugal, existe o 
residente ​NÃO-DEFINITIVO​. É a galera que tá indo pra Portugal para ver se dá certo, e 
o governo dá a eles um período de 10 anos. Ele criou esse personagem por conta da 
demanda frequente de imigração. E essa figura permite o trabalho! É preciso ter em 
mente que Portugal fomenta a imigração… viveu uma grande crise e perdeu muitos 
jovens, pois estes iam para os outros países da Europa. 
 
→ O TJ do rio julgou essa semana um caso de divisão de despesas de gato e 
cachorro, fixando um valor mensal de 1050 reais! Isso é divisão de despesas, não 
pensão. A maneira pela qual as pessoas vêem os animais mudou! 
 
DOMICÍLIO VOLUNTÁRIO E NECESSÁRIO 
 
Necessário: 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o 
preso. 
 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do 
servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, 
onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se 
encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; 
e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. 
 
- Incapaz = domicilio de seu representante. 
- Servidor público= o lugar onde exerce suas funções. 
- Marítimo= o lugar onde o navio estiver matriculado. (​É o marítimo da marinha 
MERCANTE (civil) 
- Militar= onde servir. // marinha ou aeronáutica: a sede do comando 
- Preso= onde cumprir pena. 
 
→ Se eu pego um cruzeiro do RJ até Santos → ele vai até o alto-mar e volta. 
Raramente os cruzeiros são de bandeira brasileira, para que valha ESTA bandeira. 
Isso abre margem para jogos, free shopping, entre outras coisas. 
 
 
- A imunidade do Diplomata está na Extraterritorialidade. Um Diplomata brasileiro 
na Inglaterra, que dirigindo seu carro atropelar uma pessoa, ele é acionado na 
Inglaterra, mas pode alegar a extraterritorialidade, o que diz o seguinte: quero 
ser julgado no Brasil. Isso para as causas privadas! Não para as públicas. Ele 
pode ser julgado onde tiver domicílio aqui no Brasil. Caso não tenha, será 
demandado no DF ou no último ponto do território onde esteve. 
 
 
- O especial é quando você, num contrato escrito, com um acordo escolhe o local 
para o domicílio daquele contrato. 
- 
 
 
 
 
→ inferioridade jurídica: 
- O contrato de adesão é todo pronto, clausulado. A gente só assina! Hoje, esse 
contrato, é apenas “li e concordo”. Nessa relação, existe uma vulnerabilidade! 
Não tem um querer absoluto. 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
⇒ CPC 
● As partes podem modificar o local de propositura da ação: mas esse local pode 
estar num domicílio de eleição. O problema disso é criar um domicílio de eleição 
abusivo, que gere um não-acesso à justiça. 
 
Exemplo: se o Ibmec tivesse o foro de eleição em Fortaleza, isso seria abusivo, pois 
seria um grande obstáculo para que eu pudesse acionar a justiça 
 
Exemplo2: o Bradesco tem domicílio em Osasco. Eu, morador do Rio, já teria 
dificuldade em processar o Bradesco. 
 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
PESSOAS JURÍDICAS: 
 
não é um nome bom, mas ficou esse. Pegou por conta do Direito Tributário, que tem o 
CNPJ, que antigamente era CGC. Há, no entanto, quem tenha CNPJ e não seja 
pessoa jurídica. E aí? 
 
Pessoa para nós é o sujeito de direitos, capaz de contrair direitos e assumir 
obrigações. A ideia da pessoa jurídica é sacar que não existe só pessoa natural. 
 
→ A é sócio, tem uma casa que tem conta de luz; Além de ter uma casa, tem uma 
conta-corrente; Alfa tem uma sede, que também tem energia elétrica, assim como alfa 
também tem conta corrente. Alfa só tem UMA fonte de renda, que é da sociedade alfa. 
⇒o dinheiro para pagar a conta de luz da casa de alfa vem de sua própria 
conta-corrente; o dinheiro que paga a energia da sede é da conta-corrente de alfa, pois 
essa energia elétrica é obrigação de alfa, e não de A; Ainda que A tenha 99% dasociedade. São pessoas distintas, com obrigações distintas! 
 
As associações podem ser dissolvidas compulsoriamente por sentença judicial 
transitada em julgado⇒ ex: torcidas organizadas. Uma decisão transmitida pela Globo, 
onde um torcedor foi arrastado na arquibancada, sendo espancado, numa cena 
pré-histórica. Isso moveu uma ação com o objetivo de que a prática da torcida era 
ilícita. 
- Por isso surgiu em SP as escolas de samba! 
 
 
- Isso só dá certo para as pessoas jurídicas do setor privado! Afinal, há pessoa 
jurídica de direito público. 
- Se o propósito for ilícito, a PJ pode acabar! 
 
 
 
-Primeira teoria: ficção​: teoria ultrapassada, onde só existiria a pessoa natural. 
-Segunda: equiparação objetiva​- a pessoa jurídica também não existe, e sim o 
patrimônio 
-Realidade objetiva (orgânica): melhora, pois vê na pessoa jurídica uma realidade. 
Seu problema é que essa realidade vem da LEI. Como se a lei desse essa realidade, 
ou seja, ela é uma ficção. Outro problema é: quem nasceu primeiro? A lei ou a ideia de 
pessoa jurídica? 
- Teoria institucionalista​: é uma realidade, como instituição. Realidade essa distinta 
dos sócios. Na prática: pessoa jurídica TEM imagem, como é o caso do próprio Ibmec. 
A PJ tem direito à honra, nome. Outra coisa é que a PJ tem o direito à existência 
(princípio da preservação das empresas). 
 
- Exemplo: em Piedade, há o caso da Gama Filho. Tudo em seu em torno vivia 
em função da mesma. Ao fechar, a região entrou em declínio. 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
 
Personalidade distinta​⇒ Pessoa para o direito = capaz de contrair direitos e assumir 
obrigações. Quando falamos de personalidade distinta, é no sentido de que se eu 
tenho uma ação contra um consultório dentário de uma ÚNICA dentista, ainda assim o 
processo será contra a PJ. 
 
Patrimônio próprio ⇒ pertence à PJ, não ao dono. A PJ tem seus patrimônios 
próprios, que entram no seu balanço. O prédio da Vale do Rio Doce era dela mesma, 
antes ou depois da privatização! 
 
Vida própria ⇒ não no sentido de respirar, mas no sentido de existir. Ela tem 
existência própria! Olhar para a função social não é pensar somente em pobre x rico. 
 
 
Aqui, não olho para o capital. Existe o caso da Caixa, Correios, no qual o capital é 
público, unicamente! Entretanto, é uma pessoa jurídica do direito privado!!! ⇒ servidor 
é regido pela CLT. O que eu tenho que olhar é para o ORDENAMENTO! 
 
● Direito público é para dentro do Brasil, enquanto externo é para as relações 
internacionais!. 
 
 
- A ilha da Gigóia não é da marinha, e sim da União! Terrenos de marinha não 
são terrenos DA marinha. 
- Assim, existem terrenos de marinha que são ocupados pelo exército: fortes, 
restinga da marambaia, em Guaratiba. 
- Território: área de controle da União, mas com personalidade jurídica própria. No 
brasil, NÃO EXISTE MAIS; o mais próximo que se tem é Fernando de Noronha, 
mas não é 
- Demais entidades: fundações públicas. 
 
 
 
- Para França, Canadá, Angola, existe a REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
Para eles, não existe União. 
- ONU é pessoa jurídica de direito público 
- CBF, FIFA são PJ de direito PRIVADO! 
 
 
As organizações religiosas ⇒ direito PRIVADO! O Vaticano é Estado Estrangeiro 
 
Responsabilidade civil no direito brasileiro: nossa responsabilidade civil tem um caráter 
de REPARAÇÃO/ressarcimento do dano causado. Portanto, para que haja 
responsabilidade, temos que avaliar se HÁ DANO; não o havendo, não há 
responsabilidade civil. Não é fácil avaliar o dano causado, pois o mesmo pode ser 
moral e patrimonial. 
→ perda de uma chance, jogo do milhão: a pergunta que o fizeram não tinha resposta. 
Não se pode falar que a pessoa PODERIA ganhar, portanto a pessoa não 
necessariamente perdeu o milhão; perdeu a CHANCE de ganhar. O STJ dividiu por 4 
o valor requerido como indenização. 
→ o Common law tem o dano punitivo, não adotado por nós. Lá, o dano punitivo busca 
indenizar não só para ressarcir, mas para punir o dano causado. Há uma grande 
discussão filosófica, pois considera-se enriquecimento sem causa. Nos EUA, há casos 
de indenizações altíssimas. 
 
→ o direito penal tem o objetivo de punir. No civil, não tem isso. Não dá para prever no 
civil o valor de uma indenização, por exemplo! 
 
→ é possível um homicídio ter indenização tendente a zero? E um acidente 
automobilístico bobo ter uma indenização maior? 
- No homicídio, a vítima é quem FICA VIVO! Quem morreu, não tem como ser 
ressarcido! Tanto é assim, que o seguro de vida NÃO É HERANÇA, pois 
paga-se a quem está vivo e não a quem morreu. Por isso, posso deixar meu 
seguro de vida PRA QUEM EU QUISER. // quem morreu, pode não ter nenhum 
dependente → e o dano moral vai ser pequeno. 
 
Para que haja responsabilidade civil ⇒ deve haver dano 
 
⇒ Tem de haver uma AÇÃO ou OMISSÃO​. Pode, portanto, haver responsabilidade 
civil omissiva (caso do microondas, venda de produto que não informa que tem traços 
de lactose); 
 
⇒ Nexo causal:​ o resultado é o dano. 
 
⇒ Dolo ou culpa: para a Luciana, ser dolo ou culpa é muito importante. Pro tipo ser 
culposo, tem de estar previsto. Caso contrário, responde dolosamente; para nós, pouco 
importa: tem ressarcimento nos dois casos. O dolo, para nós, NÃO AGRAVA 
indenização. Afinal, nosso objetivo é REPARAR. 
- Havendo desproporção entre a gravidade da culpa e o dano ⇒ pode reduzir o 
dano. Não pode nunca agravar! 
- Para o Penal, tem de haver esse elemento! No direito civil, é possível haver 
responsabilidade sem o elemento, chamada de OBJETIVA! 
● Responsabilidade objetiva: negada pelo penal; o civil admite responsabilidade 
SEM ELEMENTO DOLOSO OU CULPOSO. ⇒ NÃO FALAR DE CULPA 
PRESUMIDA. O que há é quebrar a responsabilidade objetiva quando faltar um 
desses três elementos: dano, ação/omissão e nexo causal; a culpa exclusiva da 
vítima exclui o nexo causal! A culpa concorrente diminui a responsabilidade. 
- Culpa exclusiva da vítima: pessoa espera o trem após a faixa amarela. Isso 
exclui a responsabilidade! Antes, não tinha avisos sobre isso, e gerava 
indenização. 
 
 
Falta do Serviço:​ na falta do serviço, a responsabilidade é SUBJETIVA. 
 
Falta do Servidor: ​aconteceu quando um neurocirurgião não apareceu em serviço e a 
pessoa morreu. Nesse caso, houve no mínimo a perda de uma chance. Quando a falta 
é do servidor, a responsabilidade do estado é OBJETIVA. 
 
Art. 43 ⇒ a responsabilidade do servidor é subjetiva, e a do estado é objetiva. 
- Caso da moça que sofreu aborto espontâneo após ser encaminhada de ônibus a 
outro hospital: tem que provar que foi atendida por agente público, pouco 
importa quem seja (se tá de jaleco branco, é agente público). A responsabilidade 
é OBJETIVA!não vale a pena perder tempo com besteiras, tentando provar 
outras coisas,ou mesmo esperando inquérito penal, comprovação de erro, pedir 
perícia. Nada disso é necessário! 
 
 
 
 
A pessoa natural se inicia no nascimento com vida. Aqui, tem o REGISTRO! A 
personalidade se DÁ COM O REGISTRO, e pessoa jurídica é quem está registrada! 
(elemento formal). 
- Algumas instituições privadas, para existir, precisam de autorização estatal: caso 
da fundação, do banco, escola, ibmec 
 
Qualquer ato errado na junta de registro pode gerar problema: 
 
 
 
Ao montar uma sociedade, eu preciso de capital social, pessoas e contrato social. É um 
ATO CONSTITUTIVO. Este, é o contrato social/estatuto, que NÃO CRIA a pessoa 
jurídica. O que cria é o REGISTRO. 
- Dou entrada no registro do contrato social/estatuto 
 
Para registrar, este contato precisa de:nome, cede, tempo de duração, fundadores, 
quem representa, finalidade. 
 
Pessoa jurídica tem capacidade?SIM! 
 
 
A capacidade dela está no objeto social! O que ela faz. Esse objeto social é a sua 
capacidade, e ela só terá poderes para fazer AQUILO. 
- Por isso encontramos objetos sociais vagos e amplos, para propiciar o 
crescimento e mesmo a mudança da finalidade 
- A PJ foi criada para AQUILO. Por isso, 
 
 
A PJ tem vida, honra, mas ela precisa de alguém que assine em nome dela. MAS 
AGORA: a sociedade responde pelo ato do administrador? Sim! Até os limites, que 
estão no ATO CONSTITUTIVO. Por isso, o ato é fundamental, pois pode limitar o 
administrador, dizendo até onde o adm pode ir. O que não estiver ali, e o adm fizer, a 
sociedade NÃO RESPONDE. Daí, a teoria ULTRA VIRES SOCIETATIS. 
 
Adm coletiva = não tem presidente. Todo mundo é diretor. Isso varia de PJ para PJ, 
conforme a demanda de cada um. Nesse caso, todos respondem! Mesmo que só um 
seja o autor → bloqueia o patrimônio de todo mundo, como no caso da Odebrecht. 
 
Se o contrato social é omisso, considera-se como quorum a maioria dos presentes 
(simples). 
 
Para anular um ato da adm, o prazo é de 3 anos. A preocupação é: por que anular o 
ato? Por algo contrário ao ESTATUTO/contrato social. 
- Por isso, é importante AMARRAR o contrato. 
- Erro, dolo, simulação ou fraude → civil II 
- O ATO é a alma do negócio! Tem de ser muito bem feito. 
 
Separação do patrimônio da sociedade e do sócio: é a regra. 
 
Empresa laranja: vem da montagem de uma sociedade, com a retirada dos ativos da 
sociedade, deixando apenas os passivos! 
- Ex: curso de informática da RioBranco- dono retirou TUDO e deixou só a sala 
vazia. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Desconsideração da personalidade jurídica 
 
Alteração do centro de imputação: muda a referência da dívida, mas não extingue a 
personalidade. A sociedade continua existindo, mas para aquela dívida o sócio 
responde. 
 
A ideia é atingir o sócio pela dívida da sociedade. Nosso ponto de partida é que com a 
criação da pessoa jurídica, eu tenho uma separação patrimonial. O patrimônio da 
sociedade é diferente do patrimônio do sócio. 
 
 
 
Ao desconsiderar, eu não extinguo a personalidade, até porque eu só desconsidero 
PARA AQUELA dívida. 
 
 
 
 
● O MENOR- exige menos coisas ao devedor. É mais fácil, com menor requisito 
⇒ sob a ótica de quem está pleiteando 
● MAIOR - requisito é maior. 
 
Fala-se de desconsideração também em questões de corrupção. Pela ótica penal, 
quem corrompe é a pessoa, mas há também o ilícito administrativo, com viés civil, pois 
por vezes a empresa TEM QUE RESSARCIR. 
 
 
O abuso de personalidade é caracterizado pelo: 
- Desvio de personalidade 
- Confusão patrimonial 
Se eu abusei da personalidade, isso foi praticando um ato contrário à finalidade (que 
está no ato constitutivo), e o segundo caso é a confusão patrimonial (não sabe o que é 
da sociedade e o que é do sócio) 
- A empresa laranja é a que eu monto, tiro todo o ativo dela e coloco o ativo em 
poder dos sócios, ficando na mão da sociedade o passivo (bagaço). O sócio fica 
com a laranja. 
 
Obs: De ofício = ex officio = agir sem ninguém pleitear/requerer. Na teoria maior, não 
pode. Alguém tem que pedir, e se ninguém pedir NÃO PODE desconsiderar! 
 
Norma ambiental: 
 
 
- é mais simples de provar, por isso é menor! 
 
Outro caso, mais fácil ainda de provar: 
 
- Não é hierarquicamente menor, é apenas mais simples e com menos 
exigências. 
 
Teoria simples = menor 
Teoria complexa = maior 
 
Inversa: ​já está no CPC. Se eu quero atingir a sociedade, pela dívida do SÓCIO. Eu 
tenho muito isso em alimentos, onde o cara joga tudo na sociedade e fica com nada em 
seu nome, bem como em acidente de trânsito (o cara que tava na boate e gastou 800 
reais em vodka e energético e atropelou um monte de gente. A tendência dessas 
pessoas é que quando isso acontece, essas pessoas dissipem o patrimônio, tirando 
tudo de seu nome, se a ação penal demorar muito. Além disso, tudo que elas 
adquirem a partir dali, é em nome ou de parentes ou em nome da sociedade. Isso é 
muito comum!) 
 
- Planejamento sucessório: criou a expressão ‘holding familiar’, que é pegar os 
móveis e botar em nome da pessoa jurídica, por propósitos tributários, mas nem 
sempre é pra isso! Muitos fazem pra se proteger, prejudicar filho em detrimento 
do outro, entre outras coisas. 
 
O CPC já fala da inversa, mas quem começou com ela foi a jurisprudência. Eu busco a 
SOCIEDADE pela dívida do SÓCIO. 
 
O simples fato da pessoa estar devendo não descaracteriza a ação, na teoria maior. A 
simples dívida nada quer dizer! Não quer dizer desvio de finalidade, eu posso estar 
devendo por outras razões; mas na teoria menor, sim! A PJ tá devendo, eu vou cobrar 
do sócio! O mesmo acontece no Consumidor. 
→ na maior, NÃO BASTA PROVAR INADIMPLÊNCIA. Tem que provar a confusão ou 
desvio de finalidade 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
ASSOCIAÇÃO 
 
É uma instituição, e portanto tem direitos da personalidade (honra), assim como para a 
sociedade. Sociedade TEM FINS ECONÔMICOS, enquanto que associação NÃO TEM 
FINALIDADE ECONÔMICA. 
- centro acadêmico é associação, atlética, empresa Jr, associação de moradores 
- Sociedade: banco, restaurante 
 
Mas como eu sei se é sociedade ou associação? Elas podem dar lucro? Teoricamente, 
todos podem ter lucro… não basta isso para definir. O que caracteriza a sociedade é 
que ela PODE distribuir o lucro entre os sócios, enquanto que a associação NÃO! 
- Tem horas que eu não consigo definir se é associação ou sociedade. 
- A PUC, o São Bento são associações, e não distribuem o lucro. 
- Hoje, não, mas quando surgiu, a Amil era uma associação. 
- Existem diversos golpes dentro de associações, o que é um problema tributário 
grave. 
- Os clubes de futebol são, em maioria, associações. 
 
 
A relação é associado-associação,diferentemente da sociedade, que é uma relação 
entre pessoas. Por isso, eu não sou sócio do flamengo, eu sou associado! 
 
 
 
Esse art. 54 tem tudo que a associação precisa ter. Cada associação costuma ter suas 
regras próprias. 
 
Não posso distinguir associados, mas posso criar categorias distintas que têm 
vantagens especiais. 
 
 
- Se o estatuto não falar nada, eu não posso. Por isso, em alguns clubes eu 
compro o título DO CLUBE; nada impede que o estatuto, no entanto, diga que 
eu posso transferir a condição de associado. 
 
 
- Há clubes em que existe um título. Este, me dá o direito de propriedade, então 
uma fração daquele clube é meu, me dando direito a uma quota 
(sócio-proprietário). Esses títulos podem ter um valor de mercado muito alto. 
Esse título não me dá condição de associado, mas sim uma participação 
naquele patrimônio. Eu ser associado ou não depende das regras do CLUBE, já 
que a condição de associado é intransmissível (por regra). 
 
 
- O que é devido? É que tenho que respeitar as normas jurídicas, e principalmente 
os princípios constitucionais, como ampla defesa, contraditório, direito de 
resposta. Esse nome “devido processo legal” não vale só para o judiciário, 
valendo também para as relações de direito material. 
- Ex: cara que urinou na frente de todos, mas não foi expulso pois o clube não 
respeitou o direito à ampla defesa e contraditório. 
 
 
Mas cadê o ‘eleger’? Tá só destituir. Isso pois CADA associação tem uma regra distinta 
de eleição! 
- O colégio eleitoral do Fluminense é imenso, enquanto que a do Vasco só votam 
300 membros, dos quais 150 são beneméritos e 150 eleitos pelos associados, 
por meio de chapas. 
 
 
- Por isso, vários centros acadêmicos não são registrados! 
 
 
Mas e se dissolver a associação? 
 
Devo olhar para o patrimônio líquido, que é o que sobrar depois de pagar as dívidas. 
Acabar uma sociedade é muito difícil, pois pra isso preciso pagar o passivo ou 
assumi-lo. Numa associação, o que sobra vai para as quotas ou frações ideais 
(sócios-proprietários); se sobrar, vai para onde o estatuto determinar, e caso não 
determine, vai para outra entidade de fins iguais ou semelhantes 
 
Pago as dívidas → pago pra quem tem cota → cumpre o estatuto → o que sobra vai 
para entidades de fins idênticos ou semelhantes (municipal, estadual ou federal). 
 
 
 
 
 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
27/04/18 
FUNDAÇÃO 
 
Nossa fundação (brasileira) veio perdendo força ao longo dos anos, pois fica meio 
engessada. Vargem grande tem o exemplo da Fundação Xuxa, que se transformou 
num elefante branco; no interior do Estado existe duas cidades muito parecidas, as 
duas tendo faculdade de medicina ==> uma conseguiu se recuperar e outra não, e esta 
que não era fundação e ficou INVENDÁVEL. 
 
a fundação existe muito, mas com o passar dos anos foi se tornando um grande 
problema. O grande problema está aqui: 
 
Universitas Personarum- de pessoas 
Universitas Bonorun- de bens → essa é a FUNDAÇÃO. Surge de um PATRIMÔNIO. 
Conjunto de bens com Personalidade jurídica! 
→ obs: a sociedade pode ser feita com pouquíssimo dinheiro. 
 
 
O conjunto de bens com personalidade jurídica é o seguinte: 
- A fundação roberto marinho NÃO TEM DONO. Ele pegou uma parte de seu 
patrimônio e criou a fundação, de modo que seu próprio patrimônio ficou 
reduzido. Ela é, na verdade, de ninguém (no IRPF ele declara doação para a 
fundação). A maneira que se mantém essa fundação varia. A FGV tem 
auto-receita, mas não é necessário. Precisa, no entanto, haver a CRIAÇÃO e a 
MANUTENÇÃO 
- PARECE que o problema da fundação XUXA foi não ter pensado na 
manutenção, pois esta não tinha capacidade de auto-receita. Uma associação 
talvez fosse mais simples, pois não envolveria o Ministério Público. 
- A fundação Bradesco vem de pessoa jurídica. Pode ser tanto de direito público 
quanto privado. A biblioteca nacional é uma fundação! 
- A fundação Estudar é fundação pois: ela tem que caminhar sozinha a partir de 
um certo ponto; quem fiscaliza é o MP. 
 
→ o estatuto da fundação diz como ela irá se autogerir: quem são os diretores, os 
conselheiros, como escolhê-los; 
→ o PM controla as fundações 
 
Art. 66- velará (controlará) pelas fundações o Ministério Público do Estado onde 
situadas. 
 
⇒ não existe fórmula perfeita. A fundação pode, ou não, ser a melhor opção do cliente. 
A FGV e a ESTUDAR são exemplos que deram certo, dados os seus objetivos. 
 
 
Eu posso fazer uma fundação APÓS a minha morte. Isso não é comum, mas há casos. 
Há de se tomar cuidado, no testamento, com os herdeiros necessários. 
Em vida = escritura pública 
Morte = testamento. 
 
As demais fases estão acima. É somente na INSCRIÇÃO, na quarta fase, que ela 
passa a ter personalidade jurídica, que somente começa com o registro. Antes disso, 
não haverá fundação. 
 
 
Só posso doar bens que sejam bens livres. O cara réu da lava-jato não pode criar uma 
fundação com dinheiro sujo! 
 
 
O direito brasileiro AMARROU a criação de fundações, afinal, ela poderia ser usada 
para lavar dinheiro. A primeira restrição é a de fins, conforme o art. 62; com isso, fica 
mais fácil de fiscalizar! 
E se não der para criar? 
 
A escritura pública já foi feita, a doação foi feita! E aí? Por isso, é bom fazer uma 
consulta ao MP antes de sair doando. As pessoas, por incrível que pareça, fazem este 
tipo de besteira. 
 
O MP, quando insuficiente, avalia a VONTADE do instituidor (o que está previsto no 
próprio testamento. O que fazer? Volta para os herdeiros? devolve?); não falou nada, é 
porque quer A fundação. Nesse caso, vai para uma OUTRA fundação de fins iguais ou 
semelhantes. 
 
 
- A autoridade competente é o MP 
- A ideia de recurso dá a entender que o juiz tá acima do MP. Não é isso! Não tem 
hierarquia entre os mesmos. 
 
 
 
- Quem são os competentes? Depende do ato da fundação! 
- Não pode contrariar a FINALIDADE da fundação. Ela está presa a finalidade 
dela. 
 
- No direito empresarial, existe a minoria dos acionistas. Não é o caso. 
- Se a fundação tem um conselho de 10 membros; 2 foram contra a mudança do 
estatuto. Esses dois podem se manifestar perante ao MP, que irá escutá-los. 
 
- Impossibilidade jurídica: não é tão comum para as fundações, mas é aquilo que 
é ilicito e vira ilicito; é bem difícil imaginar! O bingo, por exemplo, já foi licito 
 
Qualquer interessado pode REQUERER a extinção, bem como o MP. 
 
- Paga o passivo 
- O que sobra? Vai para onde o ato constitutivo determinar. Por isso, o ato 
constitutivo é a alma do negócio; se não fala nada, vai para outra de fins iguais 
ou semelhantes! 
- Se não tem igual? Vai para o poder público → estado, DF ou União. 
 
Quatro tipos de fundação: 
● Pública mantida comdinheiro público - criada por lei 
● Pública mantida pelo setor privado (raro) 
● PRIVADA mantida pelo poder público (não faz sentido, mas pode) 
● Totalmente privada! - a lei rege 
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Tjsp mudança nome médico monica bergamo ⇒ 
 
Só podia mudar nome em duas hipóteses: nome esdrúxulo ou erro de ortografia. Mas 
isso vem mudando; por isso, temos que pensar em soluções quando o momento é 
delicado. Esse médico foi acusado injustamente, mas o problema é que teve uma 
grande repercussão na imprensa. Em juízo, alegou que não consegue trabalhar! Ou 
mesmo seus pacientes o vêem como pedófilo. 
 
Nessas situações, o comum é se alegar: 
- Ação contra o google. Mas ele alega na sua defesa que o fato é verdadeiro: ele 
foi DENUNCIADO. No campo prático, é impossível mudar isso em todos os 
sites. 
- Direito do esquecimento → 
 
O pleito deste advogado foi mudar o sobrenome; o STJ que é conservador, deu por 3x0 
o direito a ele de mudar o nome. O texto da lei é limitado, ela não resolve tudo! 
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02/05 
 
Domicílio da Pessoa Jurídica: temos o art. 75, que é o art. Base. é o único artigo que 
trata do assunto! 
 
 
 
Para um determinado contrato, a sede do contrato será aquela própria agência. É o 
caso do Bradesco! 
 
- As multinacionais acabam, na prática, tendo uma sede no Brasil! 
 
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BENS 
 
→ Os invisíveis jurídicos: cabe reflexão. Caso do Centro de SP ⇒ possível caso de 
morte presumida sem decretação de ausência. Mas quem decreta a morte? O juiz. 
Para isso, será necessário encerrar as buscas, bem com a família requerer. 
- Excessos de burocracias 
- Para que cert. De reservista? Título eleitoral pra arrumar emprego? 
 
Noção de Bens: são os valores materiais ou imateriais que servem de objeto a uma 
relação jurídica. // tudo aquilo que pode ser objeto de uma relação jurídica! 
 
Um problema é a diferença entre Bem e Coisa: 
 
Há várias teorias para isso. A mais aceita é a que encara bem como gênero e coisa 
como espécie (corpóreo, com existência material e concreta: toda coisa é um bem, mas 
nem todo bem é uma coisa. 
- Aquele em que incide o sentido humano (toque): coisa. 
- Pro direito civil: POUCO IMPORTA! 
- Pro Direito Penal, importa : crime de furto, 155 “coisa alheia móvel”; aquilo que é 
corpóreo. Não existe furto de direito autoral, pois o mesmo é incorpóreo. 
- Mas e a energia elétrica? Ela é corpórea! Subtrair energia elétrica é crime de 
FURTO. 
- Para efeito tributário, o ICMS é com base em TUDO. e teoricamente nós 
compramos energia, e ela é corpórea! 
 
Patrimônio: ​conjunto de bens e obrigações que pertencem a uma pessoa; 
- Sentido errado de patrimônio: conjunto de bens. TÁ ERRADO, pois não fala das 
obrigações (dívidas). *ISSO É MUITO IMPORTANTE!* 
 
→ art.1667 e 1658 → dá pra imaginar casar e comunicar as dívidas? 
 
VENDA de cachorro é lícito? Se eu admito isso, há um interesse econômico naquele 
ato. Eu trato o cachorro como coisa ou não? Se não é coisa, qual o tipo penal? 
 
Gestão econômica autônoma: dou um valor para aquilo. 
 
 
A caça e pesca não pertencem à união. São somente protegidos pela União. O 
interesse da união englobam a fauna e a flora. Por isso a PF atua no combate ao 
tráfico de animais silvestres. O mesmo não acontece com animais de pesca e caça, 
onde ninguém é o dono. 
 
Coisas abandonadas: res derelicta ⇒ tem que ter o ânimo do abandono, ou seja: eu 
quero abandonar. A coisa perdida é a que TEM DONO, mas eu não sei quem é, e a 
pessoa perdeu a posse do bem.// ex:coisas achadas no lixo são coisas abandonadas, e 
por isso o catador de lixo pode vender o lixo! 
 
Se eu acho algo que está perdido, eu sou obrigado a entregar para a autoridade 
pública. Se ela não achar o nome, ela venderá e eu (que achei) terei uma parte dessa 
venda. 
 
Achado não é roubado ⇒ isso é CRIME de apropriação indébita. 
 
Alguns bens exigem registro. E para seu abandono, deve haver um registro de 
abandono também! Caso concreto: eu descubro que meu avô era dono de um prédio 
que agora é invadido. Eu, proprietário, jamais acharei que irei removê-las. Se eu 
DEIXAR LÁ, poderei ser processado por usucapião. A solução é ABANDONAR 
FORMALMENTE. 
- O proprietário é RESPONSÁVEL pelas ruínas que vem do prédio! (Art. 937)⇒ a 
união não é responsável civilmente pela queda do prédio em SP? 
 
 
Eu OLHO e classifico == considerados em si mesmo 
 
Se é classificado em relação a outro bem, é reciprocamente considerados. Pode ser 
PRINCIPAL ou ACESSÓRIO. Mas é algo bem relativo, afinal retrovisor é principal ou 
acessório? No carro é acessório, mas na loja de retrovisores é principal. A árvore, em 
relação à fruta, é principal, mas em relação ao solo é acessório. 
 
 
 
Corpóreos: dotados de existência física, material, ou seja, aquele que pode ser visto, 
tocado, sentido ou apreciado. 
 
Incorpóreos: possuem existência abstrata ou ideal, em suma, são os direitos que as 
pessoas possuem sobre as coisas, como por exemplo, o direito à sucessão e a 
propriedade literária ⇒ o direito à patente é considerado um bem incorpóreo. 
 
⇒ compra e venda é para coisas CORPÓREAS; para as incorpóreas, eu uso 
CESSÃO. Não é necessariamente gratuito, pode ser oneroso! Por isso eu cedo meus 
bens autorais. 
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04/05 
 
 
Imóvel é uma coisa bem fácil. É chamado de bem de raiz, nos livros mais antigos. Não 
consigo transportá-lo; o móvel é o contrário. 
 
 
A origem do solo é ser um bem imóvel, e o é por natureza; o bem por acessão, vem de 
acréscimo. A natural é: naturalmente acresceu, como o caso das árvores. Sem a 
participação do homem; na física, há participação do homem (artificialmente nos 
termos da lei), como por exemplo plantações e construções. 
 
O IPTU incide sobre unidade territorial urbana. Há uma diferença entre cômodo da 
casa e varanda (varanda não é considerada cômodo da casa, e isso importa no cálculo 
do iptu). Se eu fecho a varanda, é ou não aumento do IPTU? 
- Se eu fecho para alongar um cômodo, há acessão e portanto aumento do iptu 
- Se não caracterizar acréscimo, ela continua sendo varanda, e não é considerada 
acessão. 
 
Outro caso de acessão é a construção na cobertura. Um andar a mais pode ser 
considerado acessão, por isso há de tomar cuidado. O fechamento pode ser um 
problema… ter apenas uma churrasqueira não é acessão, mas aí se eu coloco um 
quarto, isso é uma acessão. 
 
No efeito tributário, a acessão é muito importante. 
 
 
Direitos reais é o direito das coisas,ex: direito de propriedade, hipoteca,usufruto, 
servidão. 
 
Direito à sucessão: é, a grosso modo, o direito de herança; aberta pois ela já iniciou, 
está aberta. Meu direito à sucessão começa NO MOMENTO da morte. 
- Se meu parente morreu agora, o que eu adquiro HOJE? Não. eu herdo o 
DIREITO à sucessão. É importante sacar que no momento do óbito eu não 
adquiro os bens em si. 
- Ao final do inventário, o conjunto pode ser vazio. Afinal, quem morreu pode estar 
cheio de dívidas. 
 
Ao morrer, três perguntas ficam no ar: 
- Quais são os bens 
- Quais as dívidas 
- Quem são os herdeiros. 
 
⇒ mas por que o direito à sucessão aberta é um direito IMÓVEL? Eu POSSO transmitir 
o MEU direito de herança! Eu tenho o direito À SUCESSÃO; é um negócio arriscado, 
pois pode haver outros herdeiros, bem como o morto poderia ter diversas dívidas! Mas, 
tecnicamente, pode CEDER sim! 
- NÃO É VENDA, é cessão. O direito é um bem incorpóreo, então eu não vendo. 
 
⇒ alienação de herança de pessoa viva é ato NULO. 
 
Obs: fraude contra credores: 
O filho, com dívidas, renuncia a herança do pai para que ela vá para os netos (filhos do 
devedor). Isso é uma fraude contra credores DO HERDEIRO (filho com dívidas). 
- O que as pessoas fazem é NÃO abrir o inventário, até a dívida prescrever. A 
renúncia é mais fácil de ser descoberta. 
 
Com isso, entendemos que o direito à sucessão aberta É UM BEM. 
 
 
 
 
 
 
 
Os de movimento próprio é o caso dos animais, como bois, cachorros. O semovente é 
um tipo de móvel! 
 
 
A energia elétrica é um bem móvel! Por isso, o gato da luz é FURTO (subtração de 
coisa alheia móvel). Ao dizer que é por força da lei, é que a legislação que eu aplico é a 
de bens móveis. 
- Direito autoral é um bem pessoal de caráter patrimonial! E portanto móvel. 
 
 
Deve ser lido JUNTO com o art. 81. ⇒ Se eu tenho um bem móvel (matéria prima). 
Antes de colocar na casa, ela é um bem móvel. Se eu coloco a matéria-prima na casa, 
passa a ser bem imóvel. 
- O Civil tem um caso interessante:locação onde o locatário leva tudo que tinha na 
casa. É crime de furto? A princípio, sim, pois ele tirou e voltou a ser móvel! Mas 
talvez isso seja mais apropriação indébita. 
 
Também posso ter um móvel → virou imóvel; e aí eu retiro para reforma e recolocar 
novamente. Nesse meio do caminho (entre tirar e colocar) ele CONTINUA SENDO 
IMÓVEL, pois eu estou retirando para VOLTAR para a mesma casa. 
 
 
Fungíveis: pode ser substituído por outro de mesma espécie, qualidade e quantidade 
(art. 85). Ex: pilot, que pode ser substituído por um outro pilot, bem como o dinheiro, 
camisa. 
 
Infungível: não pode substituir por outro de mesma espécie, qualidade, quantidade. É o 
caso de um quadro de arte pintado por fulano. 
 
- Natureza: é AQUELE quadro 
- Vontade das partes: eu emprestei ESSE fone e quero ESSE fone de volta. 
Nesse caso, ele está infungível pela vontade das partes 
- O carro de uma pessoa é infungível, pois tem placa e renavam. 
 
O gado é fungível ou infungível? Depende. Se for aquele touro, específico, filho de tal, 
ele é infungível. Uma vaquinha ordinária é fungível. 
 
O art. 85 diz: são fungíveis os móveis → por força do CC, todo bem IMÓVEL é 
INFUNGÍVEL. Pro direito, cada casa tem um registro, e então aquela casa passa a ser 
infungível. Isso não vem pela natureza do bem, mas pelo fato dela ser registrada. O 
imóvel JÁ NASCE infungível, diferentemente dos veículos (que nas fábricas são 
fungíveis). 
 
 
BENS CONSUMÍVEIS: não precisa ser a destruição total do bem. Pode ser uma 
simples redução dos mesmos (como um pilot, que quando usado vai sendo 
consumido). NO INCONSUMÍVEL, o uso não importa na destruição. (celular) 
 
 
- Para a contabilidade, isso é importante. Pois na hora de lançar o estoque, o 
lanço como algo que eu vou consumir. Por isso é considerado consumido, irei 
vendê-lo. 
- Livro ⇒ consumível ou inconsumível? O livro na livraria é consumível, mas o 
que eu leio em casa é inconsumível. 
- Livro virtual → guerra pensa que é consumível 
- E a impressora 3d? 
Eu posso ter um objeto INfungível e CONSUmível → obra de arte única à venda. 
 
 
O bem divisível é aquele que eu consigo dividir e a fração da divisão tem a mesma 
função do todo perfeito. Ex: um terreno, dividido em lotes., divido 100 reais // mas o 
carro eu não consigo dividir, pois não formo carrinhos com a divisão do carro! Pode 
mudar a quantidade, mas não a coisa em si. 
- Art. 87 
 
- Se eu tenho um terreno de 120m² e a lei diz que o lote mínimo é de 80m², então 
por força de lei aquele lote NÃO pode ser dividido, e será indivisível por força de 
lei. 
- Na Urca, NADA pode ser construído. Nem mesmo pra cima. É rede final de 
esgoto, luz, e não comporta mais pessoas. 
 
Os bens considerados no seu todo são: a biblioteca, que é um bem coletivo. Ela pode 
ter um preço sendo literalmente o todo (tratado de 70 volumes do Pontes de Miranda- o 
todo tem importância). 
 
A herança é uma construção da LEI. não é uma criação fática. 
 
 
 
 
 
 
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09/05 
 
 
 
O bem principal existe por si só. Independe de qualquer outro bem; o acessório é 
aquele cuja existência depende do principal. 
Ex: carregador do celular só existe por conta do celular; 
 
Há um problema: acessório acompanha o principal. Ou seja, o que envolver a 
obrigação principal, envolve o acessório. Se eu compro um celular, está incluso neste 
preço o carregador. Se eu fiz o seguro do celular e ele é roubado, eu recebo 
indenização que possibilita a compra de um novo celular com um novo carregador. 
 
 
 
→ a seguradora se negou a pagar as peças do carro que foi roubado. Tem que pagar, 
em tese, pois é acessório; mas a empresa alegava que isto não estava no contrato. 
Para isso, o legislador criou o art. 93: pertenças! 
- No livro, está como acessório 
- Na matéria, entendemos que pertenças é OUTRA classificação. Daremos dentro 
de acessório somente por questões didáticas. 
- O contrário de pertenças é PARTE INTEGRANTE, não necessariamente 
principal. O MOTOR do carro é parte integrante, pois sem motor o carro não é 
automóvel. O sistema de som NÃO é parte integrante, é pertença. O carregador 
do celular é acessório e o chip é pertença! 
 
O acessório é OUTRO bem que depende da existência do principal; a pertença acaba 
pertencendo, compondo o outro bem (capa do celular). 
 
E daí?? 
 
Esse artigo 94 é o das seguradoras! Pois não inclui as pertenças! 
- Seguro de celular: foi roubado- não dá direito a uma nova capa ou película! 
POIS TUDO ISSO É PERTENÇAS; 
 
Outra coisa soa meio estranho: 
 
Frutos e produtos são acessórios. A diferença entre eles é a seguinte: fruto se renova 
ao ser destacado do principal. Produto é aquilo que NÃO se renova ao ser retiradodo 
principal. 
- Essa renovação tem que ser imediata! 
- Fruta numa árvore é um FRUTO 
- Uma pedra na pedreira é PRODUTO. 
 
Natural vem da própria natureza (fruta silvestre); os industriais são de criação física do 
homem (fabrica); o civil é o que vem da lei (aluguel). 
- O aluguel é um fruto que vem do imóvel. 
- Os juros são frutos, pois vem do principal. 
 
E daí? O proprietário de um bem pode: ⇒ eu entendo que isso tá dentro do ‘fruir’. 
a) Usar- morar, transformar em comércio 
b) Fruir ou gozar- retirar os frutos do bem: alugar 
c) Dispor- vender 
d) reivindicar - pedir de volta 
 
→ usufruto: vem do direito de propriedade. O usufrutuário é uma pessoa que pode 
USAR e FRUIR do bem. É o sujeito que não é proprietário mas pode usar e fruir. 
- Locador de imóvel sendo usufrutuário: quem aluga é o usufrutuário! O dono em 
si do imóvel TRANSFERIU o ‘fruir’ para mim. Então ele NÃO pode alugar, mas 
eu sim. 
- Pode o dono de uma propriedade (nuproprietário) não ter o direito de morar! 
Afinal, ele está despido da faculdade de usar e gozar. 
- Ao morrer o usufrutuário, o direito de usar e fruir volta ao proprietário. 
 
Obs: atos de improbidade administrativa- patrimônio fica indisponível e portanto não 
pode ​dispor​. MAS PODE ALUGAR!!! POIS PODE FRUIR!!! 
 
Outra classificação: 
 
 
Pendentes ⇒ são os que estão presos ao principal e não está na hora de ser colhido. 
(fruta que tá verde na árvore). Ex: o aluguel NÃO VENCIDO. 
 
Percebido ⇒ foi colhido. Ex: aluguel vencido e pago. 
 
Percipiendo ⇒ aquele que deveria ter sido colhido mas não foi. Ex: aluguel vencido 
mas não pago (atrasado). 
 
Consumado ⇒ colhido e já consumado; aluguel que já venceu, já foi pago e eu já usei 
o dinheiro. 
 
Estante: fruto que está armazenado. (soja colhida e estocada). Isso tem importância no 
agronegócio. A commodities é um exemplo disso. 
 
Essa classificação serve para: fulano comprou de ciclano um imóvel que está alugado. 
Quem comprou o imóvel tem direito aos frutos pendentes APENAS! 
 
 
Acessão é o ACRÉSCIMO. Se eu tenho um andar e construo em cima, isso é uma 
acessão. Se eu tenho o terreno vazio e construo uma casa, também é uma acessão // 
benfeitoria é o melhoramento, como por exemplo a reforma de um encanamento. 
 
 
 
● Necessária: benfeitoria é um ACESSÓRIO, ou seja, é em relação a um principal. 
Se aquilo for indispensável (se não fizer, o bem principal sofre perda). Ex: rede 
elétrica da casa está podre. // também pode ser indispensável por uma questão 
de norma do condomínio. 
● Voluptuária: é a do embelezamento/recreio/lazer - coloquei piscina na casa. 
Prédio com decoração do hall reformada / embelezamento do elevador. 
● Úteis: quando melhoro a utilidade do bem // ex: crio uma quarta piscina numa 
escola de natação para atender à terceira idade. Ou seja: olho para o principal. 
 
Bem público é o que pertence à pessoa jurídica de direito público (união, estados, 
municípios, DF, autarquias e fundações). / privado pertence ou à pessoa física ou 
pessoa jurídica de direito privado. 
 
 
O de uso comum é aquele que é livremente usado pelo povo. No Brasil, não temos 
muito a ideia do comum (não posso urinar na rua pois ela é comum). → a rua não é de 
ninguém. Ela é de todos! 
- Uso comum: gratuito ou oneroso? O pedágio é um exemplo de uso comum que 
é oneroso! 
 
O de uso especial só tem dois tipos: a) usado para prestação de serviço público- ex: 
hospital → não é todo mundo que tem direito. Para ter direito, você tem que estar 
doente! / b) sede da administração pública - prefeitura. 
 
Bens dominicais são aqueles que pertencem à PJ de Dir.Público, mas que não tem 
uma finalidade pública (o nome de não ter finalidade pública é estar ​DESAFETADO​- o 
bem perde a finalidade pública). Um bem pode nascer desafetado, como por exemplo a 
terra devoluta (art. 20 da CF) - exemplo: prédio público que caiu. A desafetação pode 
ser feita por LEI, por ATO ADMINISTRATIVO ou por FATO JURÍDICO (acontecimento 
alheio à vontade das partes - ex: prédio pegou fogo e ao pegar fogo deixou de ser 
hospital) 
 
Essa classificação serve para os art. 100 e 101: 
 
O hospital só pode ser vendido se for DESAFETADO. O mesmo se eu quisesse vender 
o Maracanã. Enquanto não for vendido, é bem público! 
 
⇒ próxima aula: poder público pode vender uma rua abandonada? Uma rua pode ser 
abandonada? 
 
O usucapião é a chamada prescrição aquisitiva. Os bens públicos são 
IMPRESCRITÍVEIS. 
- O cara morou 100 anos na praia, mas ela nunca vai ser dele. 
 
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11/05 
 
 
Há uma preocupação do direito em preservar a residência da pessoa. Com isso, 
entramos num dilema; A proteção se dá numa figura chamada ‘BEM DE FAMÍLIA’, e 
por isso não pode ser, em regra, penhorada. Mas há exceções. 
 
O bem de família pode ser Voluntário e legal. O voluntário é assunto de civil IX, que 
consiste na escritura pública registrando a casa com bem de família, e aí a casa não 
pode ter outro destino senão residência da família. Nesse caso, só pode vender a casa 
com ordem judicial, então poucas pessoas o fazem, já que isso imobiliza o patrimônio. 
// caso eu não o faça, aplico a lei 8009: a minha residência É BEM DE FAMÍLIA e não 
pode ser penhorada. É um grande dilema no Brasil⇒ os bancos alegam que isso é um 
dos problemas do custo-brasil, fazendo o crédito do Brasil ser caro, já que os bancos 
não podem penhorar os bens. Isso não tem solução, é uma questão social na qual o 
Brasil optou por proteger a família. 
- O governo Collor produziu muitas leis, como essa, e a lei de locação, servidores 
públicos, lei de improbidade; 
- Teve como Ministro da Justiça o Célio Borgia. 
 
 
- Serve para casamento, união estável, família constituída por irmãos, 
- Definir “família” é muito complicado. Não tem um só tipo de família 
- Para esse caso, família pode ser até a pessoa solteira! Pessoa divorciada 
também… 
 
Essa casa passa a ser IMPENHORÁVEL! Eu posso vender à vontade, diferentemente 
do caso do VOLUNTÁRIO. 
 
→ o Governo Lula chegou a estabelecer um teto para penhorabilidade. Mas isso gera 
um problema: estabelecer um valor que seja razoável para o Brasil todo, e se eu 
imaginar o boom imobiliário do RJ, era pior ainda, bem como em Florianópolis. NÃO 
DÁ PRA GENERALIZAR // a outra era duzer que todos eram impenhoráveis, mas 
quando ultrapassasse o valor, eu reservava: só posso penhorar imóveis de até um 
milhão, ou, quando custasse 2 milhões, poderia penhorar 1 e deixar 1 pra família. 
 
→ quando acima de 50 salários mínimos, é possível penhorar salário (exceção do 
CPC). 
 
 
- Obras de arte: muitas pessoas envolvidas em corrupção, investiram em obra de 
arte → e eu posso pegar; 
- Adornos suntuosos: se for desnecessário, pode penhorar⇒ tv 12331 polegadas;leva em consideração o VALOR e a NECESSIDADE daquilo. Uma TV no 
banheiro é supérfluo. 
 
→ a impenhorabilidade do Uber como renda extra: cai no art. 833, e não na lei 8009 
que só trata dos bens de família. No inciso V, a lei foi feita sem o uber ter existido 
ainda. Mas fato é que o uber pode ser uma pluralidade de profissões; se for uma renda 
extra de atividade constante, não há como dizer que não é uma profissão. 
 
→ Atividade profissional! Não precisa ser uma profissão regulamentada. O youtuber, 
por exemplo, tem a câmera como instrumento de trabalho. 
 
→ O IMÓVEL locado, se o locatário estiver devendo, os móveis do locatário que estão 
na casa não podem ser penhorados. 
 
E QUANDO PODE PENHORAR? A regra é que não pode penhorar. No art. 3, temos 
quando pode haver a penhora. 
 
Se eu peguei um financiamento para construir/comprar, e eu não pagar → eu posso 
perder. Do contrário, eu poderia pegar vários financiamentos e não pagar. // o outro 
caso é o de pensão alimentícia. Mas há de ter cuidado: em regra, eu posso perder a 
casa se estiver devendo pensão alimentícia, a não ser que eu viva com outra pensão 
em união estável ou casado → faz sentido, pois tem que proteger também para a outra 
pessoa; esse artigo existe mais pra quem mora sozinho! Esse sim pode se dar mal. 
 
 
- Se eu tô devendo impostos que incidem sobre o imóvel, posso perder! 
- Se eu hipotequei minha casa, eu posso perder. Um dos problemas que a crise 
do brasil gerou fio a falta de crédito; começou no plano real e cresceu no Lula a 
facilitação do crédito → ao acabar com a inflação, alonguei os financiamentos, 
que foi mantido por Lula junto com a facilitação do crédito. Várias empresas 
viviam de crédito! ⇒ a crise estourou e isso acabou! Vários empresários não 
sabiam viver sem crédito. Surgiu assim a alienação fiduciária (você pega o 
crédito e dá a casa pro banco) e a hipoteca. Isso começou a ser feito por bancos 
pequenos; 
- O inciso VI é o exemplo da lava-jato. Costuma-se colocar na delação premiada a 
salvação da residência própria. 
- O inciso VII- fiador de locação pode perder a casa. 
 
- Duas residências! O bem de família é o de MENOR VALOR. 
- O salvo é o bem de família voluntário, do 1711 do CC. 
 
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CONDOMÍNIO DE FATO 
 
Ponto contemporâneo, que não tem lei! Gira em torno de uma decisão do STJ. 
 
→ pode vender uma rua abandonada? 
 
No RJ, várias ruas foram fechadas com guarita e portão; sob o direito administrativo, 
vários fechamentos foram ilegais; com o passar do tempo, o problema passou a ser 
outro; 
 
Chamamos isso de CONDOMÍNIO DE FATO, inclusive na Barra. Um logradouro 
público vira um ‘condomínio’; é, segundo o STJ, uma ASSOCIAÇÃO! O PROBLEMA de 
ser associação é que NINGUÉM É OBRIGADO A SE ASSOCIAR OU PERMANECER 
ASSOCIADO → o stj disse que essas taxas NÃO OBRIGAM os associados ou aqueles 
que não anuíram. Só sou obrigado a pagar, se concordei. 
 
→ condomínio é quando MAIS DE UMA PESSOA é proprietária de um imóvel. Nesses 
lugares que simplesmente fecham rua, não é condomínio de direito! É logradouro 
público! O condomínio possui áreas comuns como playground, elevador, e por isso o 
pagamento é compulsório! Já no caso de fechamento de rua, não! Pois o STJ entendeu 
que é associação. 
 
No campo prático/crítico , fica a preocupação: não seria isso um enriquecimento sem 
causa? Afinal, a casa que está dentro da rua, acaba ficando mais cara! E se o cara 
ainda por cima não pagar, ele está tendo um enriquecimento. Sob o prisma jurídico, a 
decisão do STJ é ótima, mas do ponto de vista fático, temos esse problema! 
→ essa decisão fomenta a milícia 
 
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Pessoa formal ou Quase pessoa: não é pessoa, mas tem capacidade processual 
(pode acionar ou ser acionado). 
 
São esses grupos: 
● Espólio: Durante o inventário, paga aluguel pra quem? Pro espólio! É uma figura 
associada ao inventário. Não é PJ, mas tem capacidade processual ativa e 
passiva. (tem declaração do Imposto de Renda) → o dinheiro do aluguel vai ser 
dividido entre os herdeiros. ⇒ espólio, tecnicamente, abre depois da morte e vai 
até a partilha de bens. No campo prático, olho mais pro espólio quando tenho 
abertura do inventário. // o espólio é o conjunto de bens e obrigações deixado 
pelo falecido. 
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16/05 
 
→ o espólio é a resposta às três perguntas (bens, dívidas, herdeiros). 
 
A morte, para o DC, é a abertura da sucessão. A partilha de bens é o FINAL do 
inventário; no meio, o que eu tenho é o ESPÓLIO ⇒ se eu sou devedor do falecido, 
serei processado pelo espólio; se eu tenho algo a cobrar do falecido, é do espólio; 
pagar aluguel é ao espólio! 
 
O espólio é representado pelo personagem chamado INVENTARIANTE. 
 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, ​podendo a obrigação de 
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido​; ⇒ em azul, é o que interessa para o Direito Civil. 
- Herda a dívida, até o valor dos bens deixados. 
- Hipotético → aquela pessoa que morreu tinha uma indenização a pagar. Para o 
DP, o homicídio vai ficar sem punição, já que o autor do homicídio morreu. Para 
o Civil, importa a negligência do falecido. Como ele morreu, a obrigação passa 
para os herdeiros (Até o valor dos bens deixados) 
- Antes da partilha, a ação é contra o espólio. 
- Nem sempre a culpa é do atropelador. Por isso, a necessidade da investigação. 
 
● Massa falida: é a mesma ideia do espólio, mas a empresa faliu. Ela aciona e é 
acionada! 
● Herança jacente e vacante: assunto do 10 período; a pessoa morre sem deixar 
herdeiros nem testamento → nessa herança, não há herdeiros. Isso é comum 
→ o final é que quem herda a herança é o município. No DF vai para DF, se 
não tiver município vai para a união; mas antes de chegar lá, passa por dois 
estágios anteriores: a jacente (a herança tá vaga) e a vacante (reconhece a 
vacância e ela passa para o município). / teoricamente, ela fica jacente durante 
um ano → o cara morreu hoje → vai abrir inventário → o poder público vai 
levantar o patrimônio → vai pagar as dívidas → para reconhecer a herança 
como jacente → para então virar vacante; é um ano DA DECLARAÇÃO. As 
vezes, o inventário tem mais de 10 anos… 
● Sociedade em comum (sociedade de fato): quando duas ou mais pessoas 
montam uma sociedade, mas elas não registram (existe a ideia de sociedade, 
mas não existe o registro e portanto não há a personalidade jurídica). ⇒ ex:canal no youtube, foodtruck. 
 
Condomínio: quando mais de uma pessoa é proprietária de um bem. Imaginando um 
apartamento aleatório, com um morador que leva 1h e meia. Na ausência de 
hidrômetro próprio, todos pagam a conta. // COMUNHÃO DE DOMÍNIOS E DE 
DESPESAS. 
 
Teoricamente, o salário do porteiro é dividido por todos. Se um dos condominos é 
inadimplente, quem paga a parte dele é o resto. Essa é a razão para a teoria clássica 
considerar o condomínio sem personalidade jurídica, pois na verdade ele é ‘você 
mesmo’, pois é uma divisão de despesas. 
- Se alguém processar o condomínio, a indenização é paga por TODOS e 
 
A exceção, Maria Helena Diniz (São Paulo) entende que condomínio é pessoa: 
personalidade jurídica especial. Entende que o condomínio tem empregados, 
fornecedores, por vezes aluga seu próprio espaço, sendo portanto uma personalidade 
especial. 
 
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DIREITOS DA PERSONALIDADE 
 
 
O art. 11 é o primeiro ponto da matéria. Trato de direitos da personalidade quando com 
direitos intransmissíveis e renunciáveis ⇒ mas veremos que na verdade são 8 
características, e não apenas 2. 
 
3 visões → servem de referência apenas. 
 
O que nós queremos mesmo é essa classificação: 
 
 
Essencialidade⇒ Eu não consigo imaginar um ser humano sem ele, portanto é 
essencial. Esse direito se inicia no nascimento? Mas e o caso do nascituro de 8 meses 
que tem que ser registrado e receber nome, ainda que morto? 
- Pode a mãe fazer live do filho por ultrassonografia 3d? 
- Pode fazer live de parto? 
 
Irrenunciabilidade: não é absoluta! Senão, como ficaria o caso do BBB? 
 
Indisponível: não posso vender → não posso vender o rim⇒ eu não vendo a imagem, 
eu cedo por um determinado tempo. 
 
Inalienável: não tenho prazo pra exercer. Se eu com 70 anos resolvo mudar o nome, eu 
posso. Mas não é regra 
 
Erga omnes: aplica para todos. 
 
Discussão acadêmica: 
 
O direito da personalidade é um direito só (monista) ou uma pluralidade? No código 
civil, apresenta como pluralidade (pluralista)! 
 
 
Mas o gustavo Tepedino não entende que deva existir mais essa divisão: ele fala numa 
TUTELA GERAL DA PERSONALIDADE, afinal são direitos meramente exemplificativos 
(amanhã pode surgir um NOVO direito da personalidade). Não sabemos do futuro, 
então não dá pra dizer que direito da personalidade é 2 coisas. 
 
Tenho eu o direito de saber se estou falando com um robô ou não? É um 
questionamento… pode o facebook traçar minha personalidade a partir dos meus 
hábitos? 
 
Origens: 
 
Alguns falam que nasce na grécia antiga (com o surgimento da imagem); outros 
atribuem ao direito natural; outros só estão preocupados em entender que a partir do 
séc XIX a discussão aumentou! 
 
A base da nossa matéria é a DIGNIDADE da PESSOA HUMANA e INTIMIDADE, 
VIDA PRIVADA, HONRA E A IMAGEM DAS PESSOAS 
 
A questão é: pode haver privacidade no ambiente público? Um dos casos foi uma 
modelo da década de 80 (Eloli Lara), onde o BANERJ fez uma propaganda mostrando 
o bumbum de uma mulher de fio-dental → ela, prova que o corpo é dela (mesmo 
estando de costas) → e que portanto a imagem dela foi usada indevidamente, apesar 
de estar em ambiente público. // outro caso, tiram foto de uma atriz brincando com o 
filho e ela processa → ‘eu nunca mostrei meu filho, sempre preservando-o. Não é 
porque estou em ambiente público que estou sem privacidade’. 
 
O que dá direito a essa violação? 
 
A ordem de sucessão termina no 4º grau! 
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18/05 
Transplante de órgãos: 
 
Ele é feito com autorização médica e é GRATUITO. Ele não pode ser oneroso!! É um 
setor extremamente regulado, com protocolos inclusive de ordem ética. 
- A finalidade é enfrentar o tráfico 
 
No art. 14: 
 
- Por ser livre, a qualquer momento pode ser revogado! 
 
Quem define transplante é a medicina: a definição oficial é dada pelo ministério da 
saúde ⇒ 
 
- Tem que ser funcional! Não pode ser uma característica estética! 
 
Temos uma lei de transplante: a 9434/97 
 
- Não quer dizer que não possa doar sangue, esperma e óvulo. Só não está 
regulado por esta lei! 
 
Um dos grandes problemas é o tempo curto de duração do órgão. Ter 4h para fazer um 
transplante não é trivial. O problema mesmo é a questão da morte cerebral 
 
O problema mesmo é a família do cara que teve morte cerebral. Para nós, comuns, 
coração batendo é sinal de vida. 
 
A morte cerebral tem um rito procedimental, como acima. Esses testes tem caráter de 
urgência! 
 
→ o mercado de compra de órgãos pode ocorrer mais facilmente em países que 
admitem transplante oneroso. 
→ a declaração de Istanbul da OMS diz: 
 
- Isso não é um tratado nem acordo nem convenção! É uma declaração da OMS. 
- No Brasil, isso entra sobre forma de portaria! 
 
→ não pode haver transplante de órgãos quando o receptador NÃO RESIDE naquele 
país; a residência é ter VISTO DE RESIDENTE (não no conceito do direito civil). 
 
→ caso do goiano: o normal é seguir a regra! 
 
Autonomia do paciente 
 
Art. 15- mas toda cirurgia não oferece risco de vida? A grande questão é trabalhar a 
autonomia do paciente. Maria Celina Bodin diz (texto em vermelho) 
- Caso concreto: pessoa em viagem desmaia e chega no brasil e vai a um médico 
que a passa uma ultrassonografia- o médico diz que ela tem de ir a outro 
médico. Logo em seguida é internada, mas tem um surto pois tem medo do 
tamanho da cicatriz e se recusa à cirurgia. A equipe médica ainda assim faz a 
cirurgia! 
 
Deve olhar para algo unilateral e bilateral (a intervenção do médico em relação ao seu 
corpo). 
 
O cerne da proteção é o paciente! O paciente precisa ter ciência do que tá 
acontecendo! Esse é o ponto de partida. 
 
→ caso adelir: ela tinha essa autonomia? Temos em questão a vida de outrem, bem 
como a forma que isso foi feito. É um caso que não tem resposta certa! 
 
A informação tem que ser adequado, suficiente e veraz. 
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TESTE - PONTO EXTRA- pessoa jurídica e bens ==> 4 questões tranquilas. 0,25 cada 
- Em pessoa jurídica, tem um ponto muito a ver com processo, cobrança e que 
perdemos muito tempo. Esse ponto vai cair! 
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23/05 
 
 
Direito de não ser informado: Ao dar o diagnóstico, dar o tratamento e o prognóstico! 
Mas essa informação tem que ser ADEQUADA, SUFICIENTE e VERAZ. É preciso 
imaginar que existe pessoas que não sabem ler (caso do ½ remédio). 
- O DEVER de informar não necessariamente quer dizer que o médico tem de 
mostrar como vai ser a cirurgia.O paciente não é obrigado a se submeter ao tratamento caso haja risco de vida. E 
para isso ele precisa ser informado! Isso garante a autonomia do paciente. 
- O direito à informação é um INSTRUMENTO para a tomada de decisão. Quem 
toma a decisão é o paciente! 
- A informação tem que se dar no NÍVEL DE COMPREENSÃO do paciente. A 
relação paciente x médico é particular, direta. 
 
Exemplos de informação: NÃO é taxativo. 
 
- Às vezes a cirurgia é simples, mas o pós-operatório que é complicado! Isso tem 
de ser informado. 
 
→ caso do STJ- Recurso especial; numa cirurgia de redução de mama, o médico não 
levou em consideração o quadro de obesidade da paciente. O médico não a informou 
disso, além de não ser um médico especializado no assunto. 
 
 
O caso foi parar no STJ. foi fazer exame de sangue e não pediu HIV, mas o laboratório 
fez e ele acabou sendo soropositivo. O argumento dele foi que ele NÃO queria saber. A 
decisão girou em torno de duas coisas: 
- O direito de terceiros. 
- Proteção ao paciente como direito maior: entendeu que o direito que ele tem de 
proteção é MAIOR que o direito que ele tem de não saber. Isso vem do 
PATERNALISMO JURÍDICO, que é o Estado intervindo na vida privada. Essa 
intervenção pode se dar por questões primárias (campanha contra o cigarro) ou 
secundárias (muito discutidas, por vezes desnecessárias: melatonina, que 
supostamente seria placebo. Mas e se eu quiser tomar?). Ontem o CNJ 
começou uma discussão sobre o poliamor. Por que minha vida não pode ser 
bagunçada? 
 
 
O fisioterapeuta, médico, tocam no seu corpo. Essa intervenção tem que ser realizada 
através de informações transmitidas a você, que é o consentimento informado. Em 
regra, para o tratamento, tem de haver o consentimento informado! 
 
 
A presença do terceiro, no caso da Vera, é para garantir que a pessoa está se 
manifestando de maneira voluntária. O mais difícil dos três é o entendimento do 
paciente. 
 
 
Em situações de emergência, não precisa de consentimento do informado. É uma 
exceção; há de lembrar sempre do BEM-ESTAR do paciente. 
 
A exceção de maneira mais profunda: 
 
Eu posso não ter condições de dar o consentimento (sou atropelado e vou para cirurgia 
de emergência) ou simplesmente não posso, pois aquilo é obrigatório (sou obrigado a 
praticar aquele ato). 
- Grave perigo à saúde pública: sou obrigado, em virtude do interesse público 
- Emergência médica 
- Internação compulsória do doente mental 
 
 
Não tem consentimento, a pessoa é obrigada! 
 
Vacinação de criança É OBRIGATÓRIA! Só matricula o filho no colégio se apresentar o 
cartão de vacinação, por exemplo. 
 
- Nessa hipótese, você não dá a informação. Pode dar a outra pessoa! Se a 
informação pode causar dano ao paciente. 
- Não é pra pensar no incapaz! 
- Posso pensar aqui na pessoa com depressão 
 
 
 
É uma questão da bioética. 
 
Testamento vital: regulado pelo CFM, que é eu fazer um testamento dizendo se eu 
quero ou não ser submetido a um tratamento. 
 
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30/05 
 
matéria da prova → pessoa jurídica, bens,incluindo condomínio de fato e direitos da 
personalidade. 
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TESTAMENTO VITAL: 
 
Se eu tenho o direito de viver de maneira digna, então eu tenho o direito de morrer de 
maneira digna. 
 
DOCUMENTO escrito onde coloco se QUERO ou NÃO ser submetido a um certo 
tratamento. O testamento vital é NORMA JURÍDICA, até porque o CFM é órgão; ele 
normativa isso pois o médico TEM QUE seguir a vontade do paciente, sem contar a 
responsabilidade do médico que é retirada 
- Pessoa quer morrer em casa 
 
A pessoa precisa ter a informação. Quem dá é o profissional de saúde; a pessoa tem 
que ter discernimento e não pode haver condicionadores externos (coação, questão 
religiosa; 
 
O testamento vital SÓ PODE NO CASO da pessoa estar consciente e capaz. Eu 
preciso ter consciência e capacidade no momento que eu fiz o testamento. 
 
 
DISTANÁSIA: quando faz o prolongamento exagerado da morte de um paciente 
terminal, ou um tratamento inútil. Ela se dá ou por questão religiosa ou financeira (a 
família perde dinheiro com a morte, por exemplo o Tabelião). 
 
ORTOTANÁSIA: passiva. Você não mata, simplesmente dá remédios paliativos ou 
remédios que sejam para evitar a dor (não intercede diretamente para deixar a pessoa 
viva); a diferença para a eutanásia, é que nela eu antecipo a morte. Aqui, eu torno a 
morte desta pessoa mais digna nestes últimos dias); 
 
DIREITO AO NOME 
 
O NOME está ligado a minha existência. A existência está ligada a minha dignidade, e 
passa por um campo de ordem profissional. 
 
Muito se discutiu sobre o que era o direito ao nome, primeiro como direito de 
propriedade (mas fracassou, pois eu não posso vender ou alugar meu nome); teoria 
negativista (nega o direito ao nome), direito do estado (nome não pertence ao estado. 
É meu); a que prevalece é a de direito da personalidade: é meu. É um direito. 
 
Pessoa que foi achada na rua, abandonada: essa criança precisa ter nome. Quem dá 
o nome é o Estado! 
- Família do céu 
 
O nome é um DIREITO e um DEVER! Eu tenho o dever de me identificar com o meu 
nome (concurso, alistamento, voto). Maria Celina chama atenção disso> 
 
 
NOME: PRENOME + SOBRENOME. O nome completo é o próprio nome! As pessoas 
tendem a achar que o NOME é o prenome. NÃO É ASSIM! 
 
Prenome = escolha dos pais. Não se adota no Brasil o sistema português, onde você 
escolhe o nome a partir de um catálogo. No BR, tem liberdade de escolha (salvo se 
ridículo ou vexatório - mas isso é polêmico. Na prática, nomes ligados a questões 
sexuais não estão passando). 
 
Art. 55 NÃO PODE SER LIDO ao pé da letra, pois é de uma época patriarcal. Hoje, o 
fato é que se eu chegar e não encontrar os dois, quem estiver presente vai indicar o 
nome, seja homem ou mulher. 
 
SOBRENOME: nomes da família dos pais. Não existe a necessidade de ordem (mãe - 
pai). Se quiser inverter, pode! Apesar da impossibilidade, em termos práticos é 
possível registrar com apenas um nome (de conhecido). 
 
AGNOME: quando usa uma palavra para diferenciar alguém da família (filho, neto, 
júnior). No Brasil, há liberdade de nome, podendo inclusive Júnior ser o prenome. 
 
ALTERAÇÃO: o direito clássico, dos manuais, entende que o nome NÃO PODE ser 
alterado a não ser em situações excepcionais; essa visão é muito tradicional, pois 
veremos outros casos. 
- A base do conservadorismo é o art. 58, que estabelece o prenome como 
definitivo. 
 
Art. 56= péssimo artigo, pois diz que o interessado poderá alterar o nome um ano após 
a maioridade civil, desde que não prejudique os apelidos de família

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