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AULA 5. NECESSIDADES NUTRICIONAIS

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• Disciplina: Nutrição Materno-Infantil 
• Aula 5: Necessidades Nutricionais na Gestação 
 
 
 Profa.: Ana Carolina Montenegro Cavalcante 
 
Primeira fórmula: 
• Cálculo das Necessidades Energéticas 
 RDA (1989): 
– GET = TMB x FA + 300 Kcal (a partir do 2ºT) 
• TMB: usar peso pré gravídico 
–Baixo peso: utilizar peso ideal pré gravídico 
(calcular pelo IMC) 
–Eutrofia: utilizar peso atual ou ideal pré gravídico 
– SP e O: peso real pré gravídico 
 
 
 
 
 
 
 Segunda Fórmula: 
• Cálculo das Necessidades Energéticas 
 CALORIAS POR QUILO DE PESO (RDA, 1989) 
– Peso IDEAL PG x 36 kcal + 300 kcal (a partir do 2º T) 
• PESO IDEAL AO LONGO DA GESTAÇÃO = OBTIDO PELO PONTO MÉDIO DA EUTROFIA 
NA CURVA DO IMC 
• PESO IDEAL PRÉ GRAVÍDICO: CALCULAR COM IMC: 22Kg/m2 
 
Ao longo da gestação: Peso IDEAL para SG x 36 kcal (não existe 
acréscimo pois está se usando o PI para tal SG. 
– Adolescentes: 40 a 50 kcal/kg de peso ideal 
– Excesso de peso + HAS ou DM ou DCV ou outros fatores de 
risco: 25 a 30 kcal/kg de peso ideal 
 
Terceira fórmula: 
• Cálculo das Necessidades Energéticas 
 FAO/WHO/ONU (2004): 
– Passo 1: VET = (GEB x NAF) + ACRÉSCIMO 
– < 18 anos: 13,4 x P + 692,6 
– 18 a 30 anos: 14,8 x P + 486,6 GEB 
– 30 a 60 anos: 8,1 x P + 845,6 
– Que peso utilizar? IMC ideal: 22Kg/m2 
• Baixo peso: utilizar peso ideal Pré gravídico 
• Eutrofia: utilizar peso atual pré gravidico ou ideal 
• SP e O: peso real pré gravídico 
 
 
 
• Cálculo das Necessidades Energéticas 
 FAO/WHO/ONU (2004): 
– NAF: 
• Sedentária ou leve: 1,53 (1,40 a 1,69) 
 
• Ativo ou moderadamente ativo: 1,76 (1,70 a 1,99) 
– 1 hora diária de atividade diária 
 
• Estilo de vida intensamente ativo: 2,25 (2,0 a 2,4) 
 
 
 
• Cálculo das Necessidades Energéticas 
 FAO/WHO/ONU (2004): 
– VET = GET + ACRÉSCIMO 
• 1ºT (IG < 14 SEMANAS): 85 Kcal/dia 
• 2ºT (IG de 14 a 28 semanas): 285 Kcal/dia 
• 3ºT (IG > 28 semanas): 475 Kcal/dia 
 
Como muitas mulheres não começam o PN no 1ºT, pode-se 
somar a recomendação do 1ºT com a do 2ºT, totalizando 
assim 370 Kcal/dia a partir do acompanhamento. 
 
 
 OPÇÃO PARA ACRÉSCIMO: 
• Cálculo das Necessidades Energéticas 
 CÁLCULO INDIVIDUALIZADO DO ACRÉSCIMO: 
 Considera-se para um ganho ponderal de 12Kg = 77.000 Kcal 
 1Kg = 6.417 Kcal 
1. Encontrar o GET da gestante 
2. Verificar quantos Kg a gestante ainda deve ganhar a partir 
do dia da consulta até o final 
3. Multiplicar os Kg pelas Kcal: 1Kg = 6.417 Kcal 
4. Dividir o total de calorias encontrado no item 3 pelos dias 
restantes até 40 SG 
 
 
• Quarta Fórmula: 
• Calculo das Necessidades Energéticas 
 
DRI´s (2005): REQUERIMENTO ENERGÉTICO ESTIMADO 
 
– EER GESTAÇÃO = EER DA MULHER NÃO GRÁVIDA + 
ADICIONAL DE ENERGIA PARA GASTO DURANTE A 
GESTAÇÃO + ENERGIA NECESSÁRIA PARA DEPÓSITOS 
 
 
• Calculo das Necessidades Energéticas 
 
DRI´s (2002/2005): REQUERIMENTO ENERGÉTICO ESTIMADO 
 
– EER GESTAÇÃO = EER DA MULHER NÃO GRÁVIDA + 
 ADICIONAL DE ENERGIA PARA GASTO (8 Kcal x IG) + 
 ENERGIA NECESSÁRIA PARA DEPÓSITOS (180 kcal) = 
• ACRÉSCIMO TOTAL: (8 Kcal x IG) + 180 Kcal 
 
 
• Cálculo das Necessidades Energéticas 
 
DRI´s (2002/2005) 
– Usa peso, altura e atividade física pré-gestacional 
– 2º trimestre (a partir da 13ª semana) 
– Ex.: na 20ª SG (semana para cálculo médio do acréscimo): 
» 8 Kcal x IG + 180 Kcal 
» 8 x 20 + 180 = 160 + 180 = 340 Kcal 
– 3º trimestre (a partir da 27ª semana) 
– Ex.: na 34ª SG (semana para cálculo médio do acréscimo): 
» 8 Kcal x IG + 180 Kcal 
» 8 x 34 + 180 = 272 + 180 = 452 Kcal 
 
 
• Cálculo das Necessidades Energéticas 
 
EER (adolescentes 9 a 18 anos IMC/I < p85) 
EER = 135,3 - (30,8 x idade em anos) + FAT x (10,0 x 
peso em kg) + (934 x estatura em metros) + 25 Kcal 
 
– FAT leve: 1,0 
– FAT pouco ativa: 1,16 
– FAT ativa: 1,31 
– FAT muito ativa: 1,56 
 
• Cálculo das Necessidades Energéticas 
 
EER (adolescentes 9 a 18 anos IMC/I > P85) 
EER = 389 - (41,2 x idade em anos) + FAT x (15,0 x 
peso em kg) + (701,6 x estatura em metros) 
 
– FAT leve: 1,0 
– FAT pouco ativa: 1,18 
– FAT ativa: 1,35 
– FAT muito ativa: 1,60 
 
• Cálculo das Necessidades Energéticas 
 
EER (mulheres EUTRÓFICAS 19 a 50 anos) 
EER = 354 - (6,91x idade em anos) + FAT x (9,36 x peso 
em kg) + (726 x estatura em metros) 
 
– FAT leve: 1,0 
– FAT pouco ativa: 1,12 
– FAT ativa: 1,27 
– FAT muito ativa: 1,45 
 
• Cálculo das Necessidades Energéticas 
 
EER (mulheres COM SOBREPESO 19 a 50 anos) 
EER = 448 - (7,95 x idade em anos) + FAT x (11,4 x 
peso em kg) + (619 x estatura em metros) 
 
– FAT leve: 1,0 
– FAT pouco ativa: 1,16 
– FAT ativa: 1,27 
– FAT muito ativa: 1,44 
 
• Observações: 
 
 Gestante que necessitam de repouso absoluto 
no terceiro trimestre ou estão internadas em 
hospitais devem receber VET (valor energético 
total) semelhante ao seu metabolismo basal 
(calculado com peso real) 
 
 
• Observações quanto ao adicional: 
– Gestantes com BP: como usa-se o peso ideal, EM 
ALGUNS CASOS, o VET pode ficar muito alto, não 
atingível através da ingestão alimentar, assim, pode 
ser que o adicional seja dispensável. 
• Deve-se averiguar cada caso 
 
– Gestantes eutróficas: se a curva apresentar-se 
muito ascendente ou descendente, sugere-se usar 
PESO IDEAL ou PESO DA ÚLTIMA CONSULTA 
 
 
 
• Observações quanto ao adicional: 
– Gestantes com SP / obesas: o adicional pode não ser 
necessário. 
 
IMPORTANTE: deve-se avaliar a evolução da 
paciente e averiguação do VET a cada 
consulta, garantindo um ganho ponderal 
adequado. 
 
 
• Necessidades Energéticas 
 
GESTANTES GEMELARES (Luke, 2005) 
 Baixo peso: 4000 Kcal/dia 
 Eutrofia: 3500 Kcal/dia 
 Sobrepeso: 3250 Kcal/dia 
 Obesidade: 3000 Kcal/dia 
Necessidade de macronutrientes 
 
 
• Proteína 
– RDA (1989): 60g/dia – sendo 50% AVB 
– FAO/OMS (1998): 0,75g a 1,0g/kg/dia + 6g/dia 
– DRIs (2002): 0,8g/Kg PPG/dia (1ºT) / (1,1g/Kg PPG/dia: 2º e 3ºT) ou 71g/dia 
– WHO (2007): 1,0g/Kg PPG ou PESO DESEJÁVEL + 
• Acréscimo de 1g/dia (1ºT) / 9g/dia (2ºT) / 31g/dia (3ºT) 
• Dietas hiperprotéicas com uso de suplementos nutricionais está associada a 
óbito neonatal. Deve-se atingir através da alimentação. 
– Preferir as de alto valor biológico (carnes, ovos) e a combinação arroz com 
feijão + vitamina C. 
 
Necessidade de macronutrientes 
 
 
• Proteína para Adolescentes 
• ADA (1989) 
– < 15 anos: 1,7g/Kg de peso 
– > 15 anos: 1,5g/Kg de peso 
 
• DRIs (2002) 
– 71g/dia 
 
• Emerson et al. 
– 15 a 19 anos: 1,5g/Kg de PG 
 
Necessidade de macronutrientes 
 
• Proteína 
 GESTANTES GEMELARES (Luke, 2005) 
 Baixo peso: 200g/dia Eutrofia: 175g/dia 
 Sobrepeso: 163g/dia Obesidade: 150g/dia 
 
 GESTANTES GEMELARES (WHO, 2007) 
 Adicional de 50g/dia a partir da 20ª SG e 1.000 
Kcal/dia. 
Necessidade de macronutrientes 
 
• Carboidratos 
– OMS (2003): 55 a 75% do VCT 
– Preferir os ricos em fibras (pão integral, biscoito 
integral), utilizar na maioria das refeições 
(principalmente para as com baixo peso). 
– Açúcar: máximo 10% VCT 
 
• Fibras 
– 14g/1000Kcal 
– > 25g/dia 
Necessidade de macronutrientes 
 
• Lipídios 
 
– 15 a 30% do VCT 
– Saturada < 10% e Colesterol < 300mg/dia. 
– Fontes: óleo vegetal, azeite, margarina, manteiga 
 
 
 
Resumindo:DRIs (2002) OMS (2003) 
• Carboidratos: 45 - 65% 55 - 75% 
• CHO simples: < 25% < 10% 
• Proteína: 10 - 35% 10 - 15% 
• Lipídeos: 20 - 35% 15 - 30% 
• Saturada: - < 10% 
• Colesterol: - < 300mg 
 
Água: 3 litros/dia (2,3 litros na forma de água pura e bebidas) 
 
 
Necessidade de macronutrientes 
Vitamina A: 
 
 
 
• Ingestão deficiente ou excessiva no período gestacional tem associação com 
problemas congênitos cerebrais, oculares, auditivos, do aparelho geniturinário e 
cardiovascular 
• Deficiência de proteína, tocoferol, ferro, zinco, vitamina C e distúrbios da tireóide 
afetam o metabolismo da vitamina A 
• Estudos em animais têm demonstrado que doses elevadas de vitamina A são 
teratogênicas, podendo levar a anormalidade genética e abortos. 
Adolescente 
gestante 
Adolescente 
não grávida 
Mulher 
gestante 
Mulher não 
grávida 
Vitamina A 750 g 600 - 700 g 770 g 700g 
 
Vitamina A: 
Fontes importantes 
• Fígado de boi 
• Cenoura / Brócolis / Couve / Espinafre 
• Batata-doce cozida / Abóbora 
• Mamão / Manga 
• Óleo de peixe e Azeite de Dendê 
 
 
 
Vitamina D: 
– Recomendação: 5μg/dia=mulher adulta e adolescentes 
– Deficiência ou insuficiência podem causar: 
• Distúrbios na homeostase óssea da criança, se extremo: 
reduz mineralização óssea e aumenta risco de fraturas devido 
a menor massa óssea na criança, raquitismo. 
• Osteomalácia materna 
– Fontes: salmão, atum, sardinha, gema de ovo, óleo de 
peixe e fígado 
– Recomendar banho de sol diário da gestante 
 
 
Vitamina K: 
– As crianças recém nascidas são mais susceptíveis a 
deficiência de protombina (pobre transferência 
placentária de vitamina K e ausência de microbiota 
produtora de vitamina K): 
• Doença hemorrágica do recém nascido 
 
– Administração profilática de vitamina K 
intramuscular logo após o nascimento 
 
 
 
• Vitamina C: 
 
– RDA gestante: 80mg (adolescentes) e 85mg (adultas) 
– RDA geral: 65mg (adolescentes) e 75mg (adultas) 
• 1g: redução de 50% na absorção - UL = 2g/dia 
• Sempre questionar sobre uso abusivo de suplementos 
 
– Fontes (1 porção diária): acerola, caju, laranja, limão, 
mamão, goiaba, morango, repolho, batata, pimentão verde. 
 
Vitamina C: 
– A deficiência prejudica a síntese de colágeno, 
cartilagens, músculos e vasos sanguíneos 
– Casos isolados foram reportados na literatura 
relacionados à baixa ingestão de vitamina C com 
ruptura prematura de membranas, aumento do risco 
de infecções, parto prematuro e pré-eclâmpsia. 
– A concentração de vitamina C sérica diminui durante 
a gravidez devido à hemodiluição e grande captação 
dessa vitamina pelo feto. 
 
 
 
Vitamina C: 
 
– Importante para melhorar a biodisponibilidade do 
ferro vegetal presente na dieta diária. 
 
– Recomendação diária de vitamina C é facilmente 
atingida com pelo menos um alimento rico nesse 
nutriente diariamente. 
 
 
 
• Ácido fólico (B11): 
– Formação de tecidos e hemácias (síntese de RNA e DNA) 
 
– B12: fator de risco independente para DTN 
• Reduz a captação de ácido fólico pelas células vermelhas 
 
– Deficiência: sangramento no 3º trimestre, deslocamento 
da placenta, prematuridade, baixo peso, hipertensão 
específica da gravidez, anemia megaloblástica, defeito 
no tubo neural (anencefalia e espinha bífida) 
 
 
• Ácido fólico: 
– Mulheres e adolescentes: 400g/dia (suplementação + alimentos 
fortificados + fontes naturais) 
 
– Mulheres adultas e adolescentes grávidas: 600g/dia 
 
– Mulheres que tem histórico de filhos com defeito no tubo neural: 
4000g a 5000g /dia 1 mês antes da gestação até 8 semanas 
gestacionais 
 
– Fontes: vegetais verde-escuros (brócolis, couve, espinafre), 
leguminosas (feijão), suco de laranja, fígado, gérmen de 
trigo. 
 
• Ácido fólico: 
 
– 1 CO M feijão + 3 ramos de brócolis + 1 laranja + 5 
C S abacate + 2 C S espinafre = 388 g 
 
– 1 CO M lentilha + 1 beterraba pequena + 3 C S 
CHEIAS couve-flor + 1 laranja = 383 g 
 
– 1 mamão papaia + 1 bife pequeno fígado + 2 C S G 
grão de bico = 409 g 
 
 
• Ácido fólico: 
 
 
 
Alimento Medida caseira G AF g 
Lentilha cozida 1 CO M 130g 235 
Feijão preto cozido 1 CO M 130g 200 
Grão de bico cozido 1 CO M 130g 206 
Espinafre 4 C S 100g 108 
Beterraba crua 1 und pequena 75g 109 
Couve cozida 4 C S 100g 60 
Brócolis 3 RAMOS MÉDIOS 100g 50 
Laranja com bagaço 1 UNIDADE MÉDIA 160g 47 
Abacate 5 COL SOPA 100g 61 
Couve flor cozida 3 COL SOPA CHEIAS 90g 39 
 
• Cálcio: 
– Recomendação = não grávida: + APROVEITADO 
• 1.000mg (19 aos 50 anos) 
• 1.300mg (14 aos 18 anos) 
• Essencial: 
– Formação de ossos e dentes 
– Contração muscular 
– Transmissão de impulsos nervosos 
– Coagulação sanguínea 
 
• Cálcio: 
– Ajuste da própria gestação: 
• O organismo na gestação é capaz de aumentar a absorção 
intestinal de cálcio através de um aumento sérico de 
vitamina D (mecanismos hormonais ainda pouco 
compreendidos). 
 
• Os ajustes no metabolismo de cálcio parecem ocorrer no 
início da gravidez antecipando a demanda adicional de 
cálcio que será depositado predominantemente no 3º T 
 
• Cálcio: 
– Deficiência: 
• Mãe ⇒ risco de osteomalácia e osteoporose, hipertensão 
arterial, parto prematuro 
• Recém-nascido ⇒ < densidade mineral óssea: prejuízo no 
crescimento e desenvolvimento fetal 
 
– Excesso: 
• Consumo >2500 mg pode causar litíase renal e diminuir a 
absorção intestinal de outros minerais como ferro e zinco.
 
 
• Cálcio: 
– Fontes: 
• Leite e derivados 
• Leguminosas 
• Repolho 
• Couve 
• Sardinha 
• Folhas de nabo 
• Espinafre 
 
• Cálcio: 
 
– Ideal: 
• Ingestão equilibrada de todos os nutrientes + bons 
hábitos alimentares + evitar sedentarismo (atividade 
física promove melhor atividade dos hormônio que 
estimulam a deposição de cálcio nos ossos) 
 
• Ferro: 
– RDA geral: 15mg (adolescente) / 18mg (adulta) 
– RDA gestante  27mg/dia (só dieta?) 
– Suplementação profilática: 
• Prevenção: 60 mg / dia = 300mg de sulfato ferroso 
• Tratamento: 120 a 240 mg /dia 
– Fontes: carnes, vísceras, leguminosas, legumes, verduras 
verde-escuras, ovo. *Papel da vitamina C na absorção. 
• Ácido ascórbico forma um quelato com ferro (no meio ácido 
estomacal) que permanece solúvel no pH mais alto no 
intestino 
 
• Ferro: 
 
– Aumenta as necessidades de ferro para : 
• Formação da hemoglobina e reservas do feto 
 
• Expansão do volume sanguíneo 
 
• Placenta e cordão umbilical 
 
• Perda de sangue durante o parto 
 
 
• Ferro: 
– A capacidade de absorção de ferro está aumentada, 
principalmente no terceiro trimestre, ainda assim pode não ser 
suficiente 
 
– Deficiência: 
• mãe ⇒ anemia ferropriva ⇒ infecções puerperais e 
piora do prognóstico em caso de hemorragia no parto 
• feto ⇒ prematuridade, baixo peso, aborto, > risco de 
anemia no 1º ano de vida. 
 
 
 
 
• Zinco: 
– RDA geral: 9mg (adolescente) / 8mg (adulta) 
– RDA grávida: 12mg (adolescente) / 11mg/dia (adulta) 
– A deficiência materna de zinco: parto prematuro, BPN, RCIU e 
malformações congênitas no recém nascido. 
– O zinco para o feto depende da dieta materna 
– Quando houver suplementação de Fe > 60mg/dia: suplementação de 
zinco. 
– Fontes: ostras, frutos do mar, carne, aves, peixes, fígado,ovo, 
cereais integrais, leguminosas, levedo de cerveja e milho. 
 
• Zinco: 
– O zinco: 
• Componente de cerca de 200 metaloenzimas e exerce 
importante papel na síntese de DNA e proteínas. 
• E essencial para mobilização hepática e função da vitamina A 
• Melhora ação da insulina (melhora interação com receptor) 
 
– Para manter a homeostase de zinco, o organismo é capaz de 
aumentar a absorção e diminuir a excreção nos casos de baixa 
ingestão ou deficiência de zinco. 
 
 
• Zinco: 
– Possíveis causas da deficiência em gestantes e lactantes: 
• Hemodiluição fisiológica da gestação 
• Diminuição da albumina sérica (carregadora de zinco) 
• Ingestão insuficiente 
• Suplementação com ferro, ácido fólico e cálcio 
 
– Recomenda-se a suplementação de zinco em mulheres 
grávidas com dieta pobre nesse mineral e naquelas que 
estão em tratamento para anemia ferropriva, uma vez que 
doses elevadas de ferro podem interferir na absorção de 
zinco. 
 
• Orientação Alimentar e Educação Nutricional: 
– Cereais integrais e tubérculos: 6 porções/dia 
– Legumes e verduras: 3 porções/dia 
– Frutas nas sobremesas e lanches: 3 porções/dia 
– Feijão ou leguminosas: 1 porção/dia ou no mínimo 5x/semana 
– Leites ou derivados: 3 porções/dia 
• De preferência integrais ou sob orientação do nutricionista 
– Carnes ou aves ou peixes ou ovos: 1 porção/dia 
– Açúcares: 1 porção / dia 
– Gorduras: 1 porção / dia 
 
 
• Orientação Alimentar e Educação Nutricional: 
 
• Orientar Redução no consumo: carnes com gordura visível, 
embutidos (salsicha, linguiça, salame, presunto, mortadela), 
queijos amarelos, salgadinhos, chocolates e sorvetes (1x / 
semana). 
• Recomendar para cozinhar: óleos vegetais (soja, canola, girassol, 
milho, ou algodão). 
• Evitar peixes (tubarão, peixe-espada, serra-real e paleta-camelo) 
devido a possibilidade de contaminação com mercúrio 
 
• Orientação Alimentar e Educação Nutricional 
– Sal: 5g/dia (1 colher de chá rasa) 
 
– Café (4 xícaras/dia); chá, refrigerante a base de cola e 
chocolate também contêm cafeína 
 
– Aumentar fibras (25 a 28g/dia) incluindo verduras de 
folhas cruas e cozidas, pão integral, fruta seca (ameixa) 
 
– Consumir 3l/dia água (água pura, água em bebidas e 
água dos alimentos). Mínimo: 2 litros. 
 
• Algumas observações para ADOLESCENTES: 
– Peculiaridades da fase: 
• Aspectos Psicológicos 
 
• Aspectos Biológicos de risco: 
– Mudanças físicas intensas – estirão do crescimento 
– Estado de imaturidade fisiológica da mãe para atingir o 
termo 
– Maior ocorrência de prematuridade, BPN, PIG 
 
 
• Algumas observações para ADOLESCENTES: 
– Fatores Dietéticos de Risco: 
 
 Ausência de fontes protéicas 
 Ausência de alimentos fonte de vitamina C 
 Ausência de frutas, verduras e fibras 
 Ausência de fontes de cálcio e ferro 
 Presença de alimentos ricos em gorduras e açúcares 
 
 
 
• Algumas observações para ADOLESCENTES: 
– Característica comportamentais de risco: 
 
• Seletividade alimentar 
• Hábito alimentar atípico 
• Condições psicológicas alteradas 
• Tabagismo 
• Consumo habitual de álcool 
 
 
 
• Algumas observações para ADOLESCENTES: 
– Na avaliação antropométrica: 
• O crescimento fetal parece ser mais lento em gestantes 
que ainda em fase de crescimento: competição e 
imaturidade na transferência dos nutrientes 
 
• Adolescentes com > 2 anos pós menarca, geralmente 
maiores de 15 anos: 
– Podem ser avaliadas como adultas 
 
 
 
 
• Algumas observações para ADOLESCENTES: 
– Lembrar durante a ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL: 
Esclarecer a importância do ganho de peso adequado 
Orientação: focar nos grupos alimentares 
Inclusão de boas fontes de vitamina C 
Estimular uso de alimentos fortificados 
Desestimular guloseimas 
Monitorar o consumo de produtos diet e light 
Suplementação medicamentosa pode ser recomendada 
 
 
 
Ganho de Peso segundo EN 
Estado 
Nutricional inicial 
CURVAS DA 
OMS p/ IMC/I 
Ganho de 
peso total no 
1º trimestre 
Ganho de peso 
semanal médio 
no 2º e 3º 
trimestre 
Ganho de peso 
total na 
gestação 
Baixo Peso 
IMC < P3 
2,3 0,5 12,5 – 18,0 
Adequado 
P3 < IMC < P85 
1,6 0,4 11,5 – 16,0 
Sobrepeso 
P85 < IMC < P95 
0,9 0,3 7,0 – 11,5 
Obesidade 
IMC > P95 
- 0,3 7,0 – 9,1 
FONTE: IOM, 1992 adaptado. Utilizado pelo SISVAN. Adaptado por Soares, N. 
 
• Inapetência, volume gástrico reduzido e anemia 
• Prioridade de intervenção: 
– Aumentar a DC com manutenção do volume 
– Fracionamento da dieta (sem consumo de alimentos 
nos intervalos: cafezinho, biscoitos, doces) 
– Anamnese alimentar: 1200 a 1500Kcal/dia 
• 1ª conduta: Aumentar 500Kcal 
• 2ª conduta: Avaliação do GET 
Gestantes com Baixo Peso 
 
Gestante de baixo nível sócio-econômico: 
◦ Acrescentar 1 C S de óleo nas refeições 
 
◦ Lanches: pães, biscoitos e mingaus com farinhas 
enriquecidas, banana com aveia, abacate com açúcar e 
limão, canjica e bolos 
 
◦ Sopas com feijão, batata e macarrão + óleo 
 
◦ Aumentar os alimentos típicos da refeição de sal 
geralmente não é bem tolerado 
 
Gestantes com Baixo Peso 
• Gestante de alto poder aquisitivo: 
 
– Procurar causas: 
• Condição constitucional ou 
• Déficit energético por indisciplina quanto a alimentação 
 
– Alimentação inadequada ou estresse ou fatores emocionais: 
• Sensibilização para ganho de 500g/semana – para não 
comprometer o ganho de peso do feto. 
Gestantes com Baixo Peso 
 
• Necessidade Energética: 
– 36 Kcal/Kg de peso ideal / SG 
• Recomendação normocalórica 
 
– 25 a 30 Kcal/Kg de peso ideal / SG 
• Recomendação hipocalórica: obesidade + HAS ou DM 
 
– Padrão: 2000 a 2200 Kcal/dia / 6x/dia / com CHO complexos 
 
– Dietas < 1.500 Kcal/dia: contra-indicadas: promove lipólise materna 
Gestante sobrepeso/obesidade 
 
• Atenção para: 
–Anamnese alimentar DETALHADA 
 
–Detectar: 
• Lanches que parecem inofensivos 
• Biscoitos, bolos e pipocas como lanches 
Gestante sobrepeso/obesidade 
EXERCÍCIOS 
• Gestante de 17 anos, solteira, segunda gravidez, a primeira terminou em aborto na 14ª 
semana, altura:1,63m, mora com os pais e mais 3 irmãos, não estuda nem trabalha. O 
pai trabalha como vendedor ambulante e a mãe faz faxina 3 vezes por semana. 
Apresentou muito enjôos e vômitos no início da gravidez e ainda apresenta enjôo com 
vômitos esporádicos. A mãe referiu que ela passa o dia comendo “porcaria”. Algumas 
vezes não almoça e come sanduíche ou não janta e come um pacote de biscoito 
recheado com refrigerante. A gestante referiu que vem sentindo azia e que não gosta 
de “comida de panela”, quase não toma leite nem come frutas e detesta verduras. 
Exames: PA: 110/70 mmHg, glicemia de jejum: 89mg/dl, edema (-) Hb: 10,9 mg/dl. 
 Peso pré-gravídico: 52,7 kg 
 Peso na 13ª semana: 51,0 kg 
 Peso na 16ª semana: 52,5 kg 
 Peso na 20ª semana: 53,5 kg 
 Peso na 24ª semana: 55,2 kg 
 
 Referências da Aula: 
• ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em obstetrícia e pediatria. 
Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2009. 
• VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Ed. Rubio, 
2008. 628p. 
• Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição/ Ministério da Saúde e Universidade 
de Brasília. 10 passos para Alimentação Saudável da gestante. 
• MONTEIRO, J. P.; CAMELO JÚNIOR, J. S. Caminhos da Nutrição e Terapia 
Nutricional: da concepção a adolescência. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 
2007. 
• ROSSI, L.; CARUSO, L.; GALANTE, A. P. Avaliação Nutricional:Novas Perspectivas. 
São Paulo: Roca / Centro universitário São Camilo, 2008. Páginas 263 – 270. 
• NIX, S. William, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Parte 2 
Capítulo 10: Nutrição durante a gestação e lactação. 
• ELLIE, E. Nutrição, vol. 2: aplicações. São Paulo: Cengage Learnig, 2008. Capítulo 6: 
Nutrição no ciclo da vida: Gestação e Lactação.

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