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Solução Pacífica Conflitos IIES

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Solução Pacífica para Solução de 
Conflitos Internacionais. 
 São alternativas de solução dos conflitos 
 internacionais, fora do recurso extremo da 
 guerra. 
 
“A guerra nasce no espírito dos 
homens e é nele, primeiramente, 
que devem ser 
erguidas as defesas da paz”. 
 
 
 (Ato constitutivo da UNESCO) 
 Solução Pacífica para Solução de 
 Conflitos Internacionais 
Como não existe uma autoridade 
supranacional que dite as regras de 
conduta e faça os sujeitos de direitos 
internacional respeitarem-nas, necessitou-
se criar um sistema jurídico de solução de 
controvérsias. 
Complexidade das relações internacionais 
 
Com a evolução do Direito 
Internacional, especialmente depois 
da Carta das Nações Unidas, a guerra 
tem sido como um ilícito internacional 
e um recurso inadequado. 
 Carta da ONU 
Preâmbulo 
 Nós, os povos das Nações Unidas, decididos: 
 a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra que por 
duas vezes, no espaço de uma vida humana, trouxe sofrimentos 
indizíveis à humanidade; 
 a reafirmar a nossa fé nos direitos fundamentais do homem e da 
mulher, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade 
de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações, 
grandes e pequenas; 
 a estabelecer as condições necessárias à manutenção da justiça 
e do respeito das obrigações decorrentes de tratados e de outras 
fontes do direito internacional; 
 a promover o progresso social e melhores condições de vida 
dentro de um conceito mais amplo de liberdade; 
 e para tais fins: 
 
 a praticar a tolerância e a viver em paz, uns com os outros, como 
bons vizinhos; 
 a unir as nossas forças para manter a paz e a segurança 
internacionais; 
 a garantir, pela aceitação de princípios e a instituição de 
métodos, que a força armada não será usada, a não ser no 
interesse comum; 
 a empregar mecanismos internacionais para promover o 
progresso económico e social de todos os povos; 
 Resolvemos conjugar os nossos esforços para a consecução 
desses objetivos. 
Princípios 
1. A Organização é baseada no princípio da igualdade 
soberana de todos os seus membros; 
2. Os membros da Organização, a fim de assegurarem a 
todos em geral os direitos e vantagens resultantes da sua 
qualidade de membros, deverão cumprir de boa fé as 
obrigações por eles assumidas em conformidade com a 
presente Carta; 
3. Os membros da Organização deverão resolver as suas 
controvérsias internacionais por meios pacíficos, de 
modo a que a paz e a segurança internacionais, bem 
como a justiça, não sejam ameaçadas; 
 
FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS 
ENTRE OS SUJEITOS INTERNACIONAIS 
 Art. 33/51 da Carta das Nações Unidas (1945) 
 
Modalidades de pacificação das controvérsias entre os Estados: 
 
a) Negociações diplomáticas 
b) Meios políticos 
c) Meios Jurídicos 
d) Meios coercitivos 
 
Artigo 33º 
 
1. As partes numa controvérsia, que possa 
vir a constituir uma ameaça à paz e à 
segurança internacionais, procurarão, antes 
de tudo, chegar a uma solução por 
negociação, inquérito, mediação, 
conciliação, arbitragem, via judicial, recurso 
a organizações ou acordos regionais, ou 
qualquer outro meio pacífico à sua 
escolha. 
 
SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS 
 
 Artigo 33. 1. As partes em uma controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à paz 
e à segurança internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma solução por 
negociação, inquérito, mediação, conciliação, arbitragem, solução judicial, recurso a 
entidades ou acordos regionais, ou a qualquer outro meio pacífico à sua escolha. 
 2. O Conselho de Segurança convidará, quando julgar necessário, as referidas partes a 
resolver, por tais meios, suas controvérsias. 
 Artigo 34. O Conselho de Segurança poderá investigar sobre qualquer controvérsia ou 
situação suscetível de provocar atritos entre as Nações ou dar origem a uma controvérsia, 
a fim de determinar se a continuação de tal controvérsia ou situação pode constituir 
ameaça à manutenção da paz e da segurança internacionais. 
 Artigo 35. 1. Qualquer Membro das Nações Unidas poderá solicitar a atenção do Conselho 
de Segurança ou da Assembléia Geral para qualquer controvérsia, ou qualquer situação, 
da natureza das que se acham previstas no Artigo 34. 
 2. Um Estado que não for Membro das Nações Unidas poderá solicitar a atenção do 
Conselho de Segurança ou da Assembléia Geral para qualquer controvérsia em que seja 
parte, uma vez que aceite, previamente, em relação a essa controvérsia, as obrigações 
de solução pacífica previstas na presente Carta. 
 3. Os atos da Assembléia Geral, a respeito dos assuntos submetidos à sua atenção, de 
acordo com este Artigo, serão sujeitos aos dispositivos dos Artigos 11 e 12. 
SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS 
 
 Artigo 36. 1. O conselho de Segurança poderá, em qualquer fase de uma controvérsia da 
natureza a que se refere o Artigo 33, ou de uma situação de natureza semelhante, 
recomendar procedimentos ou métodos de solução apropriados. 
 2. O Conselho de Segurança deverá tomar em consideração quaisquer procedimentos para 
a solução de uma controvérsia que já tenham sido adotados pelas partes. 
 3. Ao fazer recomendações, de acordo com este Artigo, o Conselho de Segurança deverá 
tomar em consideração que as controvérsias de caráter jurídico devem, em regra geral, 
ser submetidas pelas partes à Corte Internacional de Justiça, de acordo com os 
dispositivos do Estatuto da Corte. 
 Artigo 37. 1. No caso em que as partes em controvérsia da natureza a que se refere o 
Artigo 33 não conseguirem resolve-la pelos meios indicados no mesmo Artigo, deverão 
submete-la ao Conselho de Segurança. 
 2. O Conselho de Segurança, caso julgue que a continuação dessa controvérsia poderá 
realmente constituir uma ameaça à manutenção da paz e da segurança internacionais, 
decidirá sobre a conveniência de agir de acordo com o Artigo 36 ou recomendar as 
condições que lhe parecerem apropriadas à sua solução. 
 Artigo 38. Sem prejuízo dos dispositivos dos Artigos 33 a 37, o Conselho de Segurança 
poderá, se todas as partes em uma controvérsia assim o solicitarem, fazer 
recomendações às partes, tendo em vista uma solução pacífica da controvérsia. 
 
O secretário-geral 
 
 
 O secretário-geral é o símbolo dos ideais das Nações Unidas e porta-voz dos 
interesses dos povos do mundo, principalmente dos mais pobres e vulneráveis. 
 
 De acordo com a Carta das Nações Unidas, o secretário-geral é o “chefe 
administrativo” da Organização e deve cumprir “outras funções que lhe são 
confiadas” pelo Conselho de Segurança, Assembleia Geral, Conselho Econômico 
e Social e outros órgãos das Nações Unidas. 
 A Carta também diz que o secretário-geral tem o dever de “levar à atenção do 
Conselho de Segurança qualquer assunto que em sua opinião possa ameaçar a 
manutenção da paz e segurança internacional”. 
 Um dos papéis mais importantes do secretário-geral é o uso de “bons ofícios” – 
passos dados pública ou privadamente – para impedir que as disputas 
internacionais cresçam, se elevem ou se espalhem. 
 
 Cada secretário-geral também define, ao assumir o cargo, sua própria agenda 
de prioridades. 
Atual secretário 
O português 
António Guterres, o nono 
secretário-geral das Nações 
Unidas, assumiu as funções em 1º 
de janeiro de 2017. 
Depois de testemunhar o 
sofrimento das pessoas mais 
vulneráveis na Terra, nos campos 
de refugiados e nas zonas de 
guerra, o secretário-geral está 
determinado a fazer da dignidade 
humana o centro do seu trabalho 
e a servir como mediador da paz,construtor de pontes e promotor 
da reforma e da inovação. 
 
 
 
O Conselho de Segurança é o órgão da ONU responsável pela paz e 
segurança internacionais. 
Ele é formado por 15 membros: cinco permanentes, que possuem o 
direito a veto – Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e 
China – e dez membros não-permanentes, eleitos pela Assembleia 
Geral por dois anos. 
Este é o único órgão da ONU que tem poder decisório, isto é, todos 
os membros das Nações Unidas devem aceitar e cumprir as 
decisões do Conselho. 
 
Principais funções 
 Manter a paz e a segurança internacional; 
 Determinar a criação, continuação e encerramento das Missões de 
Paz, de acordo com os Capítulos VI, VII e VIII da Carta; 
 Investigar toda situação que possa vir a se transformar em um 
conflito internacional; 
 Recomendar métodos de diálogo entre os países; 
 Elaborar planos de regulamentação de armamentos; 
 Determinar se existe uma ameaça para o paz; 
 Solicitar aos países que apliquem sanções econômicas e outras 
medidas para impedir ou deter alguma agressão; 
 Recomendar o ingresso de novos membros na ONU; 
 Recomendar para a Assembleia Geral a eleição de um novo 
Secretário-Geral. 
 
Países que pertencem no Conselho de Segurança das Nações Unidas 
(2017-2018) 
 
- Egito 
- Senegal 
- Japão 
- Uruguai 
- Ucrânia 
- Etiópia 
- Cazaquistão 
- Bolívia 
- Suécia 
- Itália 
Constituição Federal 
Título I – Dos Princípios Fundamentais 
 
 
 Art. 4° - A República Federativa do Brasil rege-se 
nas suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios: 
 I – Independência Nacional; 
 II – Prevalência dos direitos humanos; 
 VII – solução pacífica dos conflitos; 
 
Constituição Federal 
Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
Capítulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e 
Coletivos 
 
 Art. 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
 §2° - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não 
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela 
adotados, ou dos tratados internacionais em que a 
República Federativa do Brasil seja parte. 
 
 Contexto Internacional 
 
 Firmado em 24.09.23 em Genebra, sob a coordenação da Liga 
da Sociedade das Nações. 
 
 Ratificado em 22.03.32 pelo Brasil - Decreto n 21.187/32. 
 
Este Tratado Internacional reconhece, expressamente, a 
cláusula compromissória como juridicamente válida 
quando a arbitragem for internacional. 
 
 
Os conflitos em geral, podem ser agrupados como: 
 
Jurídicos 
A)- Violação de Tratados e Convenções 
B)- Desconhecimento, por um Estado, 
dos direitos do outro 
C)- Da ofensa de princípios correntes do 
direito internacional, na pessoa de um 
cidadão estrangeiro. 
Os conflitos em geral, podem ser agrupados como: 
Políticos 
A)- Choques de interesses políticos ou 
econômicos. 
B)- Ofensa à Honra ou à Dignidade de um 
Estado. 
Os meios pacíficos de solução de 
controvérsias podem ser divididos da seguinte 
forma: 
Meios Diplomáticos, Meios Políticos, Meios Jurídicos 
e Outros Meios 
Meios Diplomáticos 
AS NEGOCIAÇÕES DIRETAS 
 ( ENTENDIMENTO DIRETO EM SUA FORMA SIMPLES ) 
 
Em geral, basta na maioria dos casos um 
entendimento verbal entre a missão diplomática 
e o Ministério das Relações Exteriores local. Nos 
casos mais graves, a solução poderá ser alcançada 
mediante entendimentos entre altos funcionários 
dos dois governos, os quais podem ser os próprios 
Ministros das Relações Exteriores. A solução da 
controvérsia constará de uma troca de notas. Pode 
haver a desistência (abdicação de interesses), 
aquiescência (reconhecimento da pretensão) ou a transação 
( concessões recíprocas). 
CONGRESSOS E CONFERÊNCIAS 
Quando a matéria ou o assunto em litígio interessa a 
diversos Estados, ou quando se tem em vista a solução 
de um conjunto de questões sobre as quais existem 
divergências, recorre-se a um congresso ou a uma 
conferência internacional. Atualmente, tais casos são 
tratados no seio da Assembleia Geral e, no caso da 
América Latina, no âmbito da Organização dos Estados 
Americanos. ( OEA) 
BONS OFÍCIOS 
Tentativa amistosa de uma terceira potência, ou de várias, 
no sentido de levar Estados litigantes a se porem de 
acordo. O Estado que se oferecerem ou que aceitarem 
alguma solicitação, não tomam parte diretamente nas 
negociações. O oferecimento de bons ofícios não constitui 
ato inamistoso, tão pouco a sua recusa. O terceiro Estado 
é denominado “prestador dos bons ofícios”. 
A MEDIAÇÃO 
 
Consiste na interposição amistosa de um ou 
mais Estados entre outros Estados, para a 
solução pacífica de um litígio. Ao contrário do 
que sucede com os bons ofícios, a 
mediação constitui-se de uma participação 
direta nas negociações entre os litigantes. O 
terceiro Estado toma conhecimento do 
desacordo e das razões de cada um dos 
contendores, para finalmente propor lhes uma 
solução. 
 
 Geralmente um sujeito 
do direito das gentes ( 
Estado, O.I., Santa Sé 
ou um Estadista 
associado ao exercício 
de uma elevada função 
pública, cuja 
individualidade seja 
indissociável da pessoa 
jurídica internacional que 
ele representa.) 
 
CONCILIAÇÃO 
A conciliação é um método mais formal e solene de 
solução de controvérsias, que se caracteriza em 
não ter apenas um conciliador, como ocorre na 
mediação, mas uma comissão de conciliadores. 
O grupo de conciliadores, escolhido pelas partes 
(pessoas neutras no conflito) propõe uma solução 
do conflito. 
O relatório dos conciliadores não tem força 
vinculante. 
SISTEMA CONSULTIVO (Consulta ) 
 
Um entendimento direto programado, geralmente 
previsto em tratado. 
 
Define-se como uma troca de opiniões, entre dois 
ou mais governos interessados direta ou 
indiretamente num litígio internacional, no intuito 
de alcançarem uma solução conciliatória. 
 
É uma forma de preparar terreno para uma futura 
negociação, onde as partes colocam seus pontos 
controversos. 
INQUÉRITO 
O inquérito abrange pesquisa sobre fatos 
presentes na origem do litígio, buscando a 
sua materialidade, sua natureza e as 
circunstâncias de sua origem. Pessoas que 
têm por encargo apurar os fatos ocorridos 
entre as partes, preparando-as para o 
ingresso num dos meios de solução 
pacífica de controvérsias internacionais, 
implicando o dever do Estado de suportar a 
presença de pessoas ou comissões em seu 
território, bem como o dever de fornecer-lhes 
os dados necessários ao bom termo das 
investigações. 
MEIOS POLÍTICOS 
 
 
 
 
 Conflitos de gravidade, 
 
 
principalmente que afetem a segurança 
internacional, costuma ser resolvido 
politicamente dentro do âmbito da ONU, por 
meio da Assembleia Nacional ou do 
Conselho de segurança. 
 
 
No continente americano, o mesmo 
pode ocorrer no Âmbito da Organização 
dos Estados Americanos. (OEA). 
 
 
 
No caso da ONU, está poderá emitir recomendações e 
resoluções a serem cumpridas pelos Estados em 
conflito. As recomendações, feitas pela Assembleia 
Geral, e as resoluções – elaboradas pelo Conselho de 
Segurança- dependem da gravidade da situação, 
podendo abarcar desde medidas leves, como o repúdio, 
até a previsão de um cessar fogo. 
 
AONU poderá autorizar, inclusive, uma intervenção 
armada, mas necessita de uma resolução do Conselho 
de Segurança. 
 
MEIOS JURÍDICOS 
 OS TRIBUNAIS INTERNACIONAIS PERMANENTES 
Historicamente, a primeira corte criada foi a Corte Centro-Americana de Justiça, 
criada em 1907. 
A) A CORTE PERMANENTE DE JUSTIÇA INTERNACIONAL ( depois 
sucedida pela CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA ( C.I.J.) 
 
B)- TRIBUNAL INTERNACIONAL DO DIREITO DO MAR. 
 
Tribunal Internacional de Justiça 
 
O Tribunal Internacional de Justiça ou 
Corte Internacional de Justiça é o 
principal órgão judiciário da Organização 
das Nações Unidas. Tem sede em Haia, 
nos Países Baixos. Por isso, também 
costuma ser denominada como Corte da 
Haia ou Tribunal da Haia. Sua sede é o 
Palácio da Paz. 
artigo 92 da Carta das Nações Unidas 
 « A Corte Internacional de Justiça constitui o 
órgão judiciário principal das Nações Unidas. 
Funciona de acordo com um Estatuto 
estabelecido com base no Estatuto da Corte 
Permanente de Justiça Internacional e anexado 
à presente Carta da qual faz parte integrante." 
Sua principal função é de resolver conflitos 
jurídicos a ele submetidos pelos Estados e emitir 
pareceres sobre questões jurídicas apresentadas 
pela Assembleia Geral das Nações Unidas, pelo 
Conselho de Segurança das Nações Unidas ou 
por órgãos e agências especializadas creditadas 
pela Assembleia da ONU, de acordo com a Carta 
das Nações Unidas. 
IMPORTANTE 
Foi fundado em 1946, após a Segunda Guerra 
Mundial, em substituição à Corte Permanente de 
Justiça Internacional, instaurada pela Sociedade 
das Nações. 
O Tribunal Internacional de Justiça não deve ser 
confundido com a Corte Penal Internacional, que 
tem competência para julgar indivíduos e não 
Estados. 
 ( art. 36, 2 da CIJ) 
 Estados parte poderão, em qualquer momento, declarar que reconhecem 
como obrigatória a decisão e a jurisdição da Corte em todas as controvérsias 
de ordem jurídica que tenham por objeto : 
 A) Interpretação de um tratado; 
 B) qualquer ponto de direito internacional; 
 C) a existência de qualquer fato que, se verificando, constitua violação de um 
compromisso internacional; 
 D) a natureza ou extensão da reparação devida pela ruptura de um 
compromisso internacional 
 
 
 
 
Atuação da Corte Internacional de Justiça. 
tp://www2.cjf.jus.br/jspui/handle/1234/43869 
Desacordo entre as partes sobre leis e fatos – 
Existência de disputa legal - Análise de direito e 
deveres de terceiro Estado sem o seu consentimento. 
Case Concerning East Timor (Reports of Judgments, Advisory 
Opinions and Orders) = Caso Concernente ao Timor Leste 
(Coletânea de Acórdãos Recomendações e Ordens). 
Organização da Corte 
 
Artigo 2 
 
A Corte será constituída por um corpo de magistrados 
independentes eleitos, sem levar em conta a 
nacionalidade destes, de pessoas que gozem de alta 
consideração moral e que reúnam as condições 
necessárias para o exercício das mais altas funções 
judiciais em seus respectivos países, ou que sejam 
jurisconsultos de reconhecida competência na área 
do direito internacional. 
 
No dia 6 de novembro de 2008, 
Antônio Augusto Cançado 
Trindade tornou-se o quinto 
brasileiro eleito para integrar o 
corpo de juízes da CIJ, tendo 
sido precedido por Francisco 
Rezek (1996-2006), José Sette 
Câmara (1979-1988), Levi 
Fernandes Carneiro (1951-1955) 
eJosé Philadelpho de Barros e 
Azevedo (1946-1951). 
Meios não pacíficos 
de solução de 
controvérsias. 
 
 
OS MEIOS COERCITIVOS 
RETORSÃO 
 
É o ato por meio do qual um Estado ofendido aplica ao 
Estado que tenha sido o seu agressor as mesmas 
medidas ou os mesmos processos que este empregou ou 
emprega contra ele. 
Exemplos: a interdição de acesso de portos de um 
Estado aos navios de outro Estado; a concessão de 
certos privilégios ou vantagens aos nacionais de um 
Estado, simultaneamente, com a recusa dos mesmos 
favores aos nacionais de outro Estado, etc. 
AS REPRESÁLIAS 
 
“As represálias são medidas coercitivas, 
derrogatórias das regras ordinárias do direito 
das gentes, tomadas por um Estado em 
consequência de atos ilícitos praticados, em seu 
prejuízo, por outro Estado e destinadas a impor 
a este, por meio de um dano, o respeito do 
direito” ( Instituto de Direito Internacional, 
1934 ). 
São medidas mais ou menos violentas e, em geral, 
contrárias a certas regras ordinárias de direito das 
gentes, empregadas por um Estado contra outro, que 
viola ou violou o seu direito ou o do seus nacionais. 
 O EMBARGO 
É uma forma especial de represália que consiste, 
em geral, no sequestro, em plena paz, de navios e 
cargas de nacionais de um Estado estrangeiro, 
ancorado nos portos ou em águas territoriais do 
Estado que lança mão desse meio coercitivo. 
Trata-se de uma prática internacional condenada 
pelo Direito Internacional atual. 
BLOQUEIO PACÍFICO 
 O bloqueio pacífico ou bloqueio comercial 
constitui outra forma de represália. Consiste em 
impedir, por meio de força armada, as 
comunicações com os portos ou as costas de um 
país ao qual se pretende obrigar a proceder de 
determinado modo. 
Trata-se de um dos meios de que o Conselho de Segurança das 
Nações Unidas pode recorrer para obrigar determinado Estado a 
proceder de acordo com a Carta. 
A BOICOTAGEM ( OU BOICOTE ) 
 
É a interrupção de relações comerciais com um Estado 
considerado ofensor dos nacionais ou dos interesses de 
outro Estado. 
Durante a 68ª Assembleia Geral 
das Nações Unidas, mais de 40 
países defenderam a suspensão 
do bloqueio norte-americano a 
Cuba, que persiste há mais de 
meio século. Chefes de Estado 
criticaram duramente o cerco ao 
país caribenho, considerando tal 
atuação dos EUA como “uma 
herança da guerra fria”. Desde 
1992 a Organização das Nações 
Unidas (ONU) solicita a 
interrupção do cerco à ilha e, por 
isso, muitos mandatários 
classificaram o bloqueio como 
“ilegal” em seus discursos. 
 
BOICOTE 
 
 No ano passado, a 
resolução contra o 
embargo foi aprovada pela 
21ª vez na ONU, com 188 
votos a favor, três contra 
e duas abstenções. No 
mesmo sentido, neste 
ano, a questão do 
bloqueio econômico, 
comercial e financeiro 
imposto a Cuba esteve 
entre os temas mais 
tratados da reunião 
celebrada em Nova York. 
A RUPTURA DE RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS 
 
A ruptura de relações diplomáticas ou cessação 
temporária das relações oficiais entre os dois Estados 
pode resultar da violação, por um deles, dos direitos 
do outro. Mas pode também ser empregada como 
meio de pressão de um Estado sobre outro Estado, a 
fim de o forçar a modificar a sua atitude ou chegar a 
acordo sobre algum dissídio que os separe. 
 
Assim, é usado como sinal de protesto 
contra uma ofensa recebida, ou como 
maneira de decidir o Estado contra o qual 
se aplica, a adotar procedimento razoável e 
mais conforme aos intuitos que se têm em 
vista. 
 
Solução extrema 
 
 
 
 
 
Guerra 
 
 A Guerra pode ser definida como conflito armado 
entre Estados com a finalidade de satisfazer 
interesses nacionais. 
 Inicia-se com declaração formal de guerra e 
termina por meio de um acordo de paz ou outro 
que ponha fim as hostilidades. 
Guerra 
 A guerra é proibida pelo direito internacional 
público, inclusive com base na carta da ONU. 
 No art. 1 desse pacto, expressou-se a vontade dos 
Estados em renunciar a guerra como meio de 
soluçãode conflitos internacionais. 
 
 A carta da ONU não utiliza formalmente a expressão guerra, fazendo 
referência ao uso da força, que é expressão mais abrangente e capaz de 
mostrar mais claramente que o que se proíbe é qualquer tipo de agressão à 
integridade territorial ou independência política de qualquer Estado.

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