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Recurso de Apelação em Processo Criminal

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CRIMINAL DA COMARCA DE INDIAROBA, ESTADO DE SERGIPE.
Processo nº __/__
PAULO HONÓRIO, já qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 593, inciso I, do Código de Processo Penal, interpor.
RECURSO DE APELAÇÃO, 
Em face da decisão prolatada por este douto Juízo condenando Paulo Honório, ora réu, por tentativa de roubo qualificado pelo uso de arma de fogo.
Requer o recebimento e processamento do presente, com as anexas razões recursais.
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Local e data
Advogado _________________
OAB. Nº _________
RAZÕES DE APELAÇÃO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, DO ESTADO DE SERGIPE.
Processo nº __/__
Comarca de __________
Apelante: PAULO HONÓRIO 
Apelado: Justiça Pública do Estado de Sergipe
DOUTO PROCURADOR, 
COLENDA CÂMARA.
A Decisão de fl. X, não traz aos autos a correta e eficaz aplicação da Justiça, conforme será demonstrado pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
I DOS FATOS.
O réu foi denunciado por roubo qualificado, sob a acusação do emprego de arma de fogo. 
Paulo Honório foi denunciado e processado, na 1ª Vara Criminal da Comarca do Município de Indiaroba, pela prática de roubo qualificado em decorrência do emprego de arma de fogo. Ainda durante a fase de inquérito policial, Paulo Honório foi reconhecido pela vítima. Tal reconhecimento se deu quando a referida vítima olhou através de pequeno orifício da porta de uma sala onde se encontrava apenas o réu. Já em sede de instrução criminal, nem vítima nem testemunhas afirmaram ter escutado qualquer disparo de arma de fogo, mas foram uníssonas no sentido de assegurar que o assaltante portava uma. Não houve perícia, pois os policiais que prenderam o réu em flagrante não lograram êxito em apreender a arma. Tais policiais afirmaram em juízo que, após escutarem gritos de “pega ladrão!”, viram o réu correndo e foram em seu encalço. Afirmaram que, durante a perseguição, os passantes apontavam para o réu, bem como que este jogou um objeto no córrego que passava próximo ao local dos fatos, que acreditavam ser a arma de fogo utilizada. O réu, em seu interrogatório, exerceu o direito ao silêncio. Ao cabo da instrução criminal, Paulo Honório foi condenado a oito anos e seis meses de reclusão, por roubo com emprego de arma de fogo, tendo sido fixado o regime inicial fechado para cumprimento de pena. O magistrado, para fins de condenação e fixação da pena, levou em conta os depoimentos testemunhais colhidos em juízo e o reconhecimento feito pela vítima em sede policial, bem como o fato de o réu ser reincidente e portador de maus antecedentes, circunstâncias comprovadas no curso do processo.
 O Parquet requereu a condenação do acusado (art. 157 § 2º, I do CP), pedido que foi acolhido pelo magistrado, condenando o réu a oito anos e seis meses de reclusão, sem possibilidade de substituição de pena ou sursis.
II DO DIREITO
 Da desclassificação do crime
Para que haja a imputação de qualificadora no tipo penal deve se fazer prova da existência dos fatos que levem a tanto.
No caso em questão, não se pode abstrair da análise dos autos quaisquer provas que remetam ao embasamento na classificação do crime de roubo qualificado pelo inciso I do parágrafo 2º do artigo 157 do Código Penal.
Não deverá ser próspero o aumento colocado na com a gravidade em abstrato do crime. Primeiro porque não há prova da existência do uso de arma, ante a ausência de laudo pericial - requisito imprescindível na apuração do fato, nos moldes do artigo 158 do Código de Processo Penal.
Destarte, fica impossível a imputação de qualificadora ao réu, dada a total inexistência de provas de quaisquer gêneros, além disso, nem a vítima, nem testemunhas, ouviram qualquer disparo de arma de fogo, o objeto que supostamente poderia ser a arma a qual alegam as testemunhas não fora encontrado. Ante o exposto, requer a desclassificação do crime de roubo qualificado para roubo simples, conforme o art. 157 do CP.
Da Dosimetria da Pena
Caberá a aplicação de regime menos severo do que a pena listar, com fundamento previsto na Súmula 716 do STF. É nesse diapasão que requer-se a aplicação do regime aberto ou semi-aberto - subsidiariamente - à pessoa de Paulo Honório.
III DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se perante Vossa Excelência a admissibilidade do presente recurso, bem como a reforma da Sentença para:
a) Aplicação do Regime aberto ou semi-aberto – subsidiariamente, que seja reconhecido o entendimento previstos na Súmula 716, do Supremo Tribunal Federal;
b) Que seja desclassificado o crime de roubo qualificado para a figura simples do mesmo, qual seja, artigo 157“caput” do Código Penal. 
Nesses termos
Pede deferimento.
Local, e data.
Ana Carolina De Jesus Souza
Acadêmica de Direito

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