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Trabalho de Bromatologia e formulação de Ração

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Trabalho de Bromatologia e Formulação de Ração
Discentes: Alice Salomão, Carlos Roberto Dias, Lícia Oliveira e Samuel Viana. 
Docente: Prof. Lívia.
Algodão 
Introdução
O algodão é uma das culturas de aproveitamento mais completo, podendo gerar desde fibras têxteis, óleo e diversos subprodutos utilizados na alimentação animal.
 Atualmente, o algodão veste grande parte da humanidade e deverá ser bem mais significativo nos próximos anos.
O	 algodoeiro é conhecido a 8 Mil anos A,C
Maiores produtores mundial de Algodão são: China, Brasil, Índia e Estados Unidos.
No Brasil temos o Mato Grosso como maior produtor nacional do algodão. 54,3%
É uma planta de clima tropical.
Exige umidade no solo para germinação.
Uso do Algodoeiro 
Aproveitamento:
-Fibra ( 35% do peso da produção)
- Caroço (65%)
O caroço (Semente)
-Rico em óleo (18% a 25%)
-20% a 25% de proteína bruta
Condições de clima e solo 
Solos:
Profundos, porosos, bem drenados e de textura media.
Faixa de PH entre 5,5 e 6,5
Declividade inferior a 10%
Altitude inferior a 1.500m
Extremamente exigente em oxigênio em solo
Nutrição da Planta
Nitrogênio
 - É o elemento que o algodão retira em maior proporção do solo.
- Promove: Desenvolvimento da planta, comprimento e resistência à fibra.
Fósforo
 - Concentra-se principalmente nas folhas e frutos.
 - Responsável pela boa polinização e frutificação.
 - Formação e crescimento de raízes.
Potássio
- Fotossíntese e respiração.
- Aumenta a qualidade e peso.
 
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Adubação
Nitrogênio : nutriente mais importante para produção.
 - Base + Cobertura 
Cobertura parcelada em 2 ou 3x
Ate 40 dias após a emergência 
Fósforo: nutriente mais aplicados nas adubações. 
 - Altamente exigente entre 30 e 50 DAE
Potássio 
 - Exigente entre 30 e 50 DAE e entorno de 90 DAE.
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Origem dos subprodutos do algodão 
 A cultura do algodão é capaz de originar diversos produtos, desde os diretos como a pluma e o óleo.
 Até os subprodutos como o caroço, casca, torta e farelo de algodão. 
O algodoeiro é capaz de fornecer também um suplemento proteico de boa qualidade nutricional, utilizado principalmente na alimentação de ruminantes.
Processo: A semente do algodão é colhida juntamente com a pluma ou línter.Quando se faz a separação da pluma, sobra o caroço do algodão. Com a quebra do caroço, é separada a amêndoa da casca. Da amêndoa é extraído o óleo, gerando como subproduto a torta de algodão. Já as cascas geradas pela quebra do caroço do algodão resultam na formação do subproduto casca de algodão.
 Caroço Casca
Torta de algodão
Em função do tipo da extração, podem-se produzir dois tipos de torta:
 - A torta gorda (5% de óleo residual) de característica mais energética, proveniente apenas da prensagem mecânica, porém com menor teor de proteína; 
 - E a torta magra (menos de 2% de óleo residual) oriundo da extração por solventes, apresenta concentração relativamente maior de proteína e menor densidade energética.
A torta de algodão, após a moagem, resultará no farelo de algodão.
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Farelo de algodão
O farelo pode ser feito apenas de torta, ou quando misturado às cascas de algodão, dará origem ao farelo de algodão com casca. 
A mistura de diferentes proporções de casca dará origem a farelos com diferentes teores de proteína bruta e fibra. 
Quanto maior a proporção de casca, menor o teor de proteína bruta e maior o teor de fibra no farelo.
O teor de fibra bruta do farelo de algodão não deve ser superior a 25%. No mercado.
É possível encontrar farelo de algodão com teores de proteína bruta que variam de 25% (máximo de adição de casca à torta) até 50% (moagem da torta sem adição de casca).
Caroço do algodão
O caroço de algodão é um alimento rico em proteína e com alta densidade energética, em função dos níveis elevados de extrato etéreo.
 Observa-se que a utilização do caroço de algodão na dieta de ruminantes é bastante difundida, o que ocorre basicamente pelas seguintes vantagens do caroço: • Fonte de proteína verdadeira de baixa degradação no rúmen; 
 • Alimento de alta densidade energética; 
 • Fonte de gordura insaturada naturalmente protegida; 
 • Fonte de fibra efetiva; 
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Caroço de algodão, fonte de gordura naturalmente protegida
É um alimento rico em lipídeos, não deve ser fornecido à vontade, uma vez que altos níveis de lipídeos na dieta de ruminantes podem provocar alterações no ambiente ruminal, o que poderá comprometer o desempenho do animal.
 Os lipídeos, ao entrarem no rúmen, apresentam efeito deletério sobre os microrganismos que degradam a fibra (bactérias gram + e protozoários).
 O mecanismo exato da toxicidade dos lipídeos sobre estes microrganismos ainda não está claro, mas acredita-se que esteja relacionado à barreira que os lipídeos fazem ao redor das partículas de alimento, prejudicando a colonização e degradação microbiana 
Recomenda-se que o nível de gordura na dieta de ruminantes não ultrapasse 7 a 8% na matéria seca.
 Dentre as fontes de gordura, aquelas que apresentam maior porcentagem de ácidos graxos insaturados são mais tóxicas ao ambiente ruminal quando comparadas às gorduras ricas em ácidos graxos saturados.
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 Fontes de óleos vegetais apresentam maior toxicidade quando comparadas às fontes de gordura animal.
 Como mecanismo natural de defesa, os microrganismos ruminais desempenham a biohidrogenação, que nada mais é do que a adição de íons hidrogênio aos ácidos graxos, de forma à diminuir o número de ligações insaturadas, tornando estes ácidos graxos menos tóxicos.
No entanto, a biohidrogenação não é completa, de forma que parte da gordura se mantém na forma insaturada, prejudicando assim os microrganismos ruminais. 
Uma alternativa para se diminuir o efeito deletério da gordura sobre o ambiente ruminal seria a utilização de fontes de gordura de baixa degradação no rúmen (gordura protegida).
Existe a fonte de gordura naturalmente protegidas, como é o caso do caroço de algodão. Uma vez que a gordura está presente na amêndoa do algodão e, no caroço, a amêndoa está protegida pela casca.
A liberação dos lipídeos no ambiente ruminal será mais lenta, de forma a diminuir os efeitos deletérios sobre os microrganismos ruminais. 
O caroço de algodão como fonte de fibra efetiva: 
Tem sido utilizado também como fonte de fibra efetiva para vacas em lactação alimentadas com altos níveis de concentrado.
O caroço de algodão pode estimular a atividade mastigatória, garantindo um maior aporte de fibra efetiva para dietas ricas em concentrado. 
A dieta de vacas de leite deve conter uma quantidade mínima de fibra.
 A quantidade e a qualidade da fibra irão desempenhar as seguintes funções:
 • capacidade para maximizar o consumo de nutrientes, 
 • permitir atividade mastigatória ótima, 
 • manter a fermentação ruminal dentro dos padrões da normalidade e, por fim, 
• promover adequada porcentagem de gordura no leite.
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 A efetividade da fibra pode ser medida por sua habilidade em manter a atividade mastigatória da vaca e capacidade em manter a produção de leite e a proporção de gordura no leite.
 Fibra efetiva é a fração do alimento capaz de estimular a atividade mastigatória, o que promove a secreção de saliva, resultando em maior capacidade tampão ao rúmen. 
Maior capacidade tampão, maior neutralização dos ácidos orgânicos produzidos durante a fermentação, amenizando problemas como:
 • queda na atividade de microrganismos fibrolíticos; 
• menor motilidade ruminal; 
• menor digestibilidade da fibra; 
• menor consumo de alimentos
Caroço de algodão utilizado em vacas leiteiras
O caroço de algodão pode então ser utilizado em vacas leiteiras com a finalidade de aumentar a densidade energética da ração além do caroço servir como fonte de FDN não derivado de volumoso.
Avaliaram o efeito da substituição do FDN da forragem pelo FDN
presente em resíduos como a casca de soja ou o caroço de algodão em dietas para vacas leiteiras após o terço inicial de lactação. 
Foram testadas quatro dietas experimentais: 
• Dieta com FDN exclusivo de origem forrageiro (silagem de milho e silagem de alfafa);
 • Dieta com inclusão de casca de soja como fonte parcial de FDN e milho como fonte de concentrado energético; 
• Dieta com inclusão de casca de soja como fonte parcial de FDN e milho e trigo como fontes de concentrados energéticos; 
• Dieta com inclusão de caroço de algodão como fonte parcial de FDN. 
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Observaram que o consumo de MS/dia foi maior para as vacas alimentadas com caroço de algodão, o que resultou também em maior produção de leite por dia. 
justificaram o aumento na produção de leite pelo aumento no consumo de matéria seca para dietas com caroço de algodão. 
Caroço de algodão na suplementação de bovinos a pasto: 
O caroço de algodão representa um alimento importante para ser fornecido a animais a pasto. Por ser uma fonte de gordura aliado à proteína, o uso do caroço pode resultar em maior desempenho de animais mantidos a pasto. 
Resultados de pesquisa têm demonstrado que a suplementação a pasto pode ser uma alternativa para terminação de bovinos no período da entressafra, com algumas vantagens em relação ao confinamento: 
• Não é necessário a produção e fornecimento diário de volumoso, uma vez que a forragem da pastagem já está disponível ao animal; 
• Menor custo com instalações; 
• Facilidade no transporte do alimento, pois apenas o concentrado precisa ser fornecido diariamente;
 • Menor utilização de mão-de-obra. 
. Fornecimento do caroço de algodão: inteiro ou moído? 
A degradabilidade efetiva no rúmen da matéria seca, da proteína bruta e da FDN do caroço de algodão inteiro é menor quando comparado ao moído. 
O processo de moagem faz com que aumente a fração solúvel da matéria seca e da proteína bruta do caroço. 
Considerando que é interessante que a degradação do caroço de algodão seja lenta, para que a liberação de gordura no rúmen seja gradual, é recomendável a utilização do caroço de algodão inteiro, o que também irá contribuir por diminuir a toxicidade da gordura no ambiente ruminal e aumentar a quantidade de proteína não degradável da dieta. 
O caroço de algodão pode representar uma fonte extra de energia (em função do extrato etéreo), fonte de fibra efetiva para dietas ricas em concentrado (presença de maior quantidade de FDN quando comparado a outros grãos) e por fim, fonte de proteína de escape (proteína não degradável no rúmen).
 O caroço de algodão representa um ingrediente tecnicamente viável para utilização na dieta de ruminantes, tanto para bovinos de corte, leite, ovinos ou caprinos. 
Casca de algodão: 
O subproduto casca de algodão se origina da quebra do caroço do algodão para a liberação da amêndoa. 
Representa a parte externa do caroço e pode conter quantidades variadas de línter aderido à casca.
Independente da quantidade de línter, a casca de algodão se caracteriza por ser rica em fibra, por isso é considerado um volumoso para ser utilizado na dieta de ruminantes. 
Apesar do elevado teor de fibra, alguns autores observaram que o consumo de ração foi maior quando da utilização de casca de algodão como fonte de volumoso, o que pode estar associado à boa palatabilidade, à maior taxa de passagem de partículas, ou a características inerentes da fibra deste subproduto.
 OBRIGADO!!

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