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Patologias do Ombro e das Mãos

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Prof. Ms. Marcelo Lima 
E-mail: profmarcelolima@yahoo.com.br 
Site: www.profmarcelolima.webnode.com.br 
 
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DEFINIÇÃO 
Consiste em uma articulação do ombro com dor e rigidez que não pode ser 
explicada por nenhuma alteração estrutural. 
 
Obs: Embora seja comum o uso destes termos nas aderências pós traumáticas do ombro, a 
capsulite adesiva verdadeira não pode ser provocada por trauma. 
 
CAUSA 
É totalmente desconhecida. 
 
INCIDÊNCIA 
Mais comuns em mulheres acima de 40 anos e em 10 a 40% dos casos é 
bilateral. 
 
FASES 
Classicamente divide-se em 3 fases: 
 Fase dolorosa (dor); 
 Fase de rigidez progressiva (rigidez); 
 Fase de descongelamento, com gradual retorno do movimento (cura 
espontânea). 
Obs: Alguns autores consideram um possível processo inflamatório na primeira 
fase (mesmo sem comprovação). 
 
QUADRO CLÍNICO 
 Surgimento insidioso de dor no ombro. Habitualmente a dor é de 
localização incerta, podendo irradiar para o braço. 
 O aumento da dor está associado a uma rigidez que progride lentamente, 
limitando os movimentos em muitos planos. 
 Freqüentemente a dor é pior à noite. 
 Os sintomas se prolongam por aproximadamente 18 a 24 meses e 
habitualmente desaparecem. 
 
EXAME COMPLEMENTAR 
Não existe nenhuma alteração em exames complementares (RNM, TC, 
radiografia, US, etc). 
 
TRATAMENTO CONSERVADOR 
 O movimento ativo deve ser estimulado, mesmo com a presença de dor. 
 Técnicas suaves de mobilização articular e alongamentos devem ser 
realizados de forma gradual. 
 
 
 
 
Capsulite Adesiva ou Ombro Congelado 
Congelado 
 
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DEFINIÇÃO 
É uma inflamação da bainha tendinosa, com encarceramento dos tendões do 
abdutor longo e extensor curto do polegar. 
 
 
NORMAL TENOSSINOVITE 
 
 
CAUSA 
 
Pode ser provocado por excesso de uso, mas em alguns casos não possui causa 
conhecida. 
 
INCIDÊNCIA 
 
Mais comum em mulheres de meia idade e diabéticos. 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
 Dor, na região da tabaqueira anatômica, ao movimento do polegar. O 
agravamento dos sintomas ocorre com o teste de FINKELSTEIN (flexão do 
polegar combinado com desvio ulnar do punho). 
 
Teste de Finkelstein 
 
Tenossinovite Estenosante de De Quervain 
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TRATAMENTO CONSERVADOR 
 Antiinflamatórios não hormonais (ANH). 
 Eventualmente imobilização por no máximo 15 dias. 
 Repouso e crioterapia na fase aguda. 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 Abertura do compartimento, através de uma incisão longitudinal da bainha 
tendinosa. 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO 
É uma tenossinovite estenosante com espessamento nodular da bainha tendinosa 
dos flexores dos dedos (um ou mais). 
 
Espessamento nodular da bainha tendinosa. 
 
CAUSA 
 
Pode ser provocada por excesso de uso, mas em alguns casos possui causa 
desconhecida. 
 
INCIDÊNCIA 
 
Mais freqüente em mulheres de meia idade e diabéticos. 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
 Dor ao realizar flexão dos dedos; 
 freqüentemente produção de um “estalo” ao realizar flexão ou extensão do 
dedo; 
 travamento do dedo em flexão; 
 nódulos palpáveis na altura da articulação matacarpo-falangeana. 
 Os dedos mais acometidos são: Médio e anular. 
 
Dedo em Gatilho 
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TRATAMENTO CONSERVADOR 
 Antiinflamatórios não hormonais (ANH). 
 Eventualmente imobilização. 
 Crioterapia na fase aguda. 
 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 Retirada da bainha tendinosa na região do nódulo (casos em que o nódulo 
está fibrótico) 
 
 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO 
É uma inflamação com subseqüente contratura da aponeurose (fascia) palmar. 
 
CAUSA 
 
Desconhecida, mas existe predisposição hereditária. O processo inflamatório pode 
ser desencadeado por excesso de uso. 
 
 
 
 
Contratura Fibrótica de Dupuytren 
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INCIDÊNCIA 
 
Mais comum em homens brancos acima de 50 anos, diabéticos e cirróticos (tem 
cirrose hepática). 
 
 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
 Dor na palma da mão; 
 “endurecimento” da palma da mão (contratura); 
 presença de nódulos palpáveis na palma da mão; 
 deformidade em flexão dos dedos (principalmente o anular e mínimo), 
podendo produzir “mão em garra”. 
 Eventualmente comprometimento bilateral. 
 
Deformidades em flexão dos dedos 
 
TRATAMENTO CONSERVADOS 
 Antiinflamatórios não hormonais (ANH). 
 Crioterapia na fase aguda. 
 Hipertermoterapia e alongamento na fase não inflamatória (seqüela). 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 Fasciectomia parcial ou total (retirada da fascia) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DEFINIÇÃO 
É a compressão do nervo mediano ao nível do túnel do carpo. 
 
 
Conteúdo do túnel do carpo: 9 tendões fexores (4 do flexor superficial dos dedos, 4 do flexor profundo dos 
dedos e 1 do flexor longo do polegar). 
Limites do túnel do carpo: Anterior retináculo flexor e posterior ossos do carpo 
 
 
 
CAUSA (diversas) 
 
 Tendinite ou tenossinovite dos flexores (excesso de uso); 
 Posicionamento prolongado do punho em flexão ou extensão; 
 Espessamento do retináculo flexor; 
 Variações anatômicas; 
 Fraturas dos ossos do carpo; 
 Luação ou subluxação dos ossos do carpo; 
 Trauma direto (edema); 
 Entorse do punho (edema); 
 Tumores (cisto sinovial por exemplo). 
 
 
INCIDÊNCIA 
 
Mais comum em mulheres de meia idade, diabéticos e gestantes. 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
 Dor, geralmente irradiada para mão, podendo irradiar para o antebraço e 
braço; 
 Parestesia e hipoestesia no I, II, III e metade 
lateral do IV dedo; 
 Paresia dos músculos tênares (Mm do polegar); 
 Na fase mais avançada hipotrofia dos Mm. 
Tênares. 
 Tipicamente os sintomas se exacerbam durante 
a noite. 
 Teste de Phalen (+); 
Síndrome do Túnel do Carpo 
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 Sinal de Tinel eventualmente presente. 
 
EXAME COMPLEMENTAR 
 
 O exame mais recomendado é a ELETRONEUROMIOGRAFIA (E.N.M.) – 
Verifica a velocidade de condução do nervo. Se existir compressão, a 
velocidade de condução estará diminuída. 
 A RNM pode mostrar o motivo da compressão. 
 
TRATAMENTO CONSERVADOR 
 Antiinflamatórios não hormonais; 
 Repouso ou até mesmo imobilização por no máximo 15 dias. 
 Uso de imobilização durante a noite (para manter o punho em posição 
neutra). 
 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 Abertura do túnel do carpo, através da secção longitudinal do retináculo 
flexor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DEFINIÇÃO 
É uma massa de tecido fibroso que se forma ao redor do nervo plantar comum 
(ramo interdigital). Mais comum na altura da cabeça dos metatarsos III e IV. 
 
 
 
CAUSA 
 
Assim como qualquer tumor possui causa desconhecida, no entanto pode ser 
desencadeado por fatores externos, como: uso de sapatos apertados e traumas 
repetitivos. 
 
INCIDÊNCIAMais comum em mulheres de meia idade 
 
QUADRO CLÍNICO 
 Dor ao apoiar o pé no solo (sensação de queimação); 
 Freqüentemente irradia para os dedos; 
 Parestesia e hipoestesia normalmente no III e IV dedo. 
 
 
TRATAMENTO CONSERVADOR (paliativo) 
 Deve-se tratar os sintomas. 
 
 Recomenda-se o uso de palmilha de antepé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neuroma de Morton 
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TRATAMENTO CIRÚRGICO (recomendado) 
 Retirada do neuroma. 
 
 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO 
É a compressão do nervo tibial posterior ao nível do túnel do tarso. 
 
 
Limites do túnel do tarso: anterior maléolo tibial e posterior retináculo flexor. 
Conteúdo do túnel do tarso: nervo tibial posterior, artéria e veias tibiais posteriores, tendões tibial posterior e 
flexores longos dos dedos e do hálux e suas bainhas. 
 
 
CAUSA (diversas) 
 Tendinite ou tenossinovite dos flexores (excesso de uso); 
 Espessamento do retináculo flexor; 
 Trauma direto (edema); 
 Fraturas do maléolo medial; 
 Tumores na região; 
 Deformidades do pé (comum no pé valgo); 
 Variações anatômicas. 
 
INCIDÊNCIA 
 
Maior em mulheres acima dos 40 anos. 
 
QUADRO CLÍNICO 
 Dor na região plantar em queimação; 
Síndrome do Túnel do Tarso 
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 Parestesia na região plantar, principalmente no hálux; 
 A dor é maior durante o dia (maior solicitação do tornozelo); 
 Quando existe compressão de ramos do tibial posterior, a dor pode ser em 
local isolado como a talalgia. 
 A dor também pode irradiar para o membro inferior em direção à face 
interna da perna e da panturrilha. 
 Sinal de Tinel eventualmente positivo. 
EXAME COMPLEMENTAR 
 Eletroneuromiografia (ENM). 
 A RNM pode mostrar o motivo da compressão. 
TRATAMENTO CONSERVADOR 
 Antiinflamatórios não hormonais. 
 Repouso e crioterapia na fase aguda. 
 Uso de palmilhas, no caso de deformidade do pé. 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 Abertura do túnel através da incisão longitudinal do retináculo.

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