Encontro 4 (Arranjo geral portuario)

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CENTRO UNIVERSITARIO PLANALTO 
DO DISTRITO FEDERAL
Aula 04: Arranjo geral portuário
Prof. Dasiel Hernández Fernández, MSc. Eng.
Brasília, DF
DISCIPLINA: PORTOS E VIAS NAVEGAVEIS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Portos no Brasil
- Os primeiros foram instalados em locais abrigados e com boas condições de acesso.
Porto de Santos (SP);
Porto do Rio de Janeiro (RJ).
- Sistema integrado de transporte (corredores de exportação) e terminais especializados criados na pós-guerra.
Geralmente construídos e operados por grandes empresas.
Porto de Itaqui (MA);
Porto de Tubarões (ES).
- Recente popularização das marinas destinadas ao lazer:
Maria na Glória (RJ);
Marina do Guarujá (SP).
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Terminal marítimo
Local onde é feito o transbordo de cargas e passageiros das embarcações para terra firme, supondo a existência de condições, tais como:
- Acesso: possibilita a embarcação atingir o local abrigado.
- Abrigo: proteção contra as ondas e correntes fortes.
- Profundidade: adequada ao calado das embarcações.
- Acostagem: para manter o navio imóvel durante as operações de transbordo.
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Classificação – Natureza 
Podem ser classificados quanto a sua natureza em:
Portos naturais:
Possuem naturalmente as condições de acesso. As obras de melhoramento são inexistentes ou reduzidas.
Portos artificiais: 
As condições de acesso e abrigo são proporcionados através de obras.
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Porto natural – Porto de Santos
Arranjo geral portuário
Porto artificial Porto de Tubarão
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Classificação – localização 
Podem ser classificados quanto a sua localização, podendo ser:
- Exteriores: em mar aberto junto a costa.
- Interiores: como estuários e lagunas.
- Mistos ou off-shore: ao largo da zona de arrebentação.
Arranjo geral portuário
Exteriores
Porto de Belmonte - BA
Arranjo geral portuário
Interiores
Porto de Santos - SP
Arranjo geral portuário
Off-shore
Porto de Areia branca - RN
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Classificação – Utilização
Podem ser classificados quanto a utilização como:
De carga geral: contratadas através das conferências para operação em rotas especificas.
- Produtos manufaturados (incluindo alimentos).
- Produtos semi-manufaturados (produtos químicos).
- Matérias-primas em pequenas quantidades (algodão, madeira).
- Alimentos não processados em pequenas quantidades (café, cacau).
De pesca: voltados para pesca de pequeno ou grande porte, geralmente de grande porte.
De lazer: utilizados pela população com o objetivo de oferecer entretenimento.
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Classificação – Utilização
Podem ser classificados quanto a utilização como:
Especializados (Granel): matérias-primas básicas (comanditeis) contratadas em bolsas internacionais sem rota fixa.
- Petróleo.
- Carvão.
- Minérios (ferro, manganês, bauxita, etc).
- Fosfato.
- Grãos (soja, milho, trigo, etc).
Militares: para operações militares e armazenamento de equipamentos militares.
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Classificação – Administração
Podem ser classificados quanto a administração, sendo ela:
- Publica: um órgão publico ou governamental cuida da construção e manutenção.
- Privada: uma empresa privada se responsabiliza pela construção e manutenção.
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Condicionantes de projeto
São as características que são importantes para a elaboração do pré-projeto de um porto, sendo de responsabilidade do engenheiro obter essas informações.
- São informações necessárias para o dimensionamento.
- Devem ser especificados no projeto de forma clara.
Características são classificadas em:
- Físicas da região de implementação
- Dos navios
- Dos materiais de construção
- Das obras necessárias
- Dos aspectos operacionais
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Características físicas da região de implementação
- Topografia: necessidade de regularização;
- Geologia: levantamentos sísmicos e perfurações;
- Ondas: observações locais e definir as características das ondas;
- Marés: definir o zero hidrográfico (NR) e alturas mínimas e máximas;
- Correntes: de maré e outras que afetem;
- Ventos: definir a velocidade e o impacto;
- Transporte sólido: definir a relevância para a região.
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Características dos navios
- Tipo de carga: se for geral, graneis, container etc. Importante para o licenciamento e impactos ambientais.
- Dimensões: definir comprimento, boca, calado e pontal.
- Capacidade de carga: definir o DWT (dead weight tomnage).
Demais condicionantes
Materiais de construção
- Rocha para enrocamento de blocos naturais;
- Material para aterro.
Aspectos Operacionais
- Espera
- Manobras
- Manuseio e estocagem de cargas
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Arranjo geral portuário
Exemplos de obras externas
Molhes 
Quebra-mar 
Arranjo geral portuário
Exemplos de obras internas
Equipamento de manuseio de 
carga 
Pátio de containers
Arranjo geral portuário
Portos e vias navegáveis
Riscos das obras
Principalmente na fundação da estrutura (Caráter geológico);
Escorregamentos submarinos: causado pelo comportamento viscoso dos solos não-consolidados do fundo do mar. Movimentos podem ocorrer devido a:
Variação da tensão neutra do solo devido a passagem de ondas oceânicas;
Acumulo de sedimentos devido as correntes de fundo;
Atividade sísmica.
Potencial de erosão: possibilidade de ocorrência de erosão no solo superficial, quando a estrutura esta assentada no leito.
Recalque diferenciado causado por correntes marítimas.
Movimentação de bancos de areia e ondulações de areia.
Gás biogênico ou petrogênico: originado da decomposição de matéria orgânica e depósitos profundos de hidrocarbonetos.
Aparecimento de vazios no solo, que reduz a resistência a longo prazo (escape do gás);
Dificulta a investigação do solo e muitas vezes produz falsos resultados.
Portos e vias navegáveis
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