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Universidade Estadual do Centro-Oeste Departamento de Engenharia de Alimentos Tecnologia de Frutas e Hortaliças FRUTAS E HORTALIÇAS Professora Michele C. Mesomo Fevereiro, 2014. Importância da Tecnologia Pós-colheita • HISTÓRICO • DEFINIÇÕES • PAPEL DO ENGENHEIRO DE ALIMENTOS Importância da Tecnologia Pós-colheita • EVOLUÇÃO �Aprendizado sobre fatores que afetavam os alimentos (fisiologia, conservação, nutrição...) • Tecnologia de alimentos elo de ligação entre a produção e o consumo. Importância da Tecnologia Pós-colheita TECNOLOGIA DE ALIMENTOS �Aplicação de métodos e de técnicas para a produção, armazenamento, processamento, embalagem, transporte, distribuição e comercialização dos alimentos. • OBJETIVO: avaliar a produção e fornecer alimentos de boa qualidade a todos os consumidores, durante todas as estações do ano. DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE FRUTOS E HORTALIÇAS HORTALIÇAS �São partes de plantas que não pertencem ao grupo de frutas e cereais e que são consumidas frescas, cruas ou processadas. �Conjunto de plantas cultivadas em hortas. HORTALIÇAS Partes aéreas ���� folhas: espinafre, alface, couve, agrião etc. �Pecíolos/haste: aspargos, aipo, erva- doce. � inflorescências: brócolis, couve-flor. HORTALIÇAS Partes aéreas ���� Frutos: • Imaturos carnosos: abobrinha, pepino • imaturos não-carnosos e sementes: ervilha, milho-doce, quiabo e vagem • frutos maturos: tomate, melão, abóbora e moranga • sementes: feijões, lentilhas HORTALIÇAS Partes subterrâneas ���� Raízes: cenoura, beterraba, rabanete, mandioca, nabo �Rizomas e tubérculos: batata, gengibre. � Bulbos: alho, cebola Aspectos morfológicos de algumas hortaliças a) Botão floral = alcachofra b) Broto = aspargo c) Sementes = milho d) Gema lateral = couve de Bruxelas e) Pecíolo = salsão f) Bulbo = cebola g) Tubérculo = batata h) Raiz = cenoura i) Raiz tuberosa = batata doce j) Hipocótilo = beterraba k) Bainha foliar = alho-poró l) Folha = espinafre m) Fruto = abóbora n) Inflorescência = brócolis o) Gema principal = alface alcachofra aspargo milho Bruxelas salsão cebola batata cenourabatata doce beterraba espinafre alface brócolis abóbora FRUTOS �Botanicamente: resultado do desenvolvimento do ovário das flores ou inflorescências das angiospermas. - pseudofrutos - frutos partenocárpicos FRUTOS CARACTERÍSTICAS CLASSIFICAÇÃO Consistência do pericarpo Secos ou carnosos Abertura para liberar sementes Deiscentes ou indeiscentes Número de ovários de origem Simples: baga e drupa Compostos: agregados ou múltiplos Desenvolvimento de acessórios florais Falsos frutos ou pseudofrutos Número de sementes Partenocárpicos; monospérmicos; dispérmicos; trispérmicos ou polispérmicos. Número de carpelos de origem Monocárpicos; apocárpicos e sincárpicos (fig-ovar.doc) Produção de etileno na maturação Climatéricos ou não-climatéricos Frutos secos ���� indeiscentes Cariópse - Única semente� monospérmico FRUTOS Frutos secos ���� indeiscentes Balaústre - pericarpo coriáceo - proveniente de ovário ínfero - vários lóculos - numerosas sementes FRUTOS Frutos secos ���� indeiscentes Aquênio - Única semente� não envolvida ao pericarpo FRUTOS Frutos secos �Deiscentes Legume -Originado de um ovário monocárpico - pericarpo separa-se em duas partes FRUTOS -Legumes indeiscentes: jatobá e amendoim. FRUTOS Frutos carnosos (frutas) Bagas - podem ou não conter numerosas sementes FRUTOS Frutos carnosos (frutas) Drupas - contém uma única semente ou caroço FRUTOS Frutos carnosos (frutas) Hesperídeos - epicarpo: glândulas oleosas - mesocarpo: esponjoso - endocarpo: membranoso, com tricomas - ovário com vários lóculos FRUTOS Frutos carnosos (frutas) Peponídeos - bagas típicas das cucurbitáceas - mesocarpo com vários lóculos - placenta transforma-se na polpa FRUTOS Frutos carnosos (frutas) Sicônio - infrutescência - receptáculo carnoso - numerosos frutos em seu interior FRUTOS Frutos carnosos (frutas) Sorose - infrutescência - paredes do ovário, peças florais, brácteas, pedicelos e eixo da inflorescência tornam-se carnosos. FRUTOS Frutos carnosos (frutas) Pomos - pseudofrutos - polpa derivada do receptáculo floral com as bases das sépalas, pétalas e estames, com os quais o ovário se funde. FRUTOS Aspectos morfológicos de alguns frutos a) Pedicelo = caju b) Receptáculo = morango c) Arilo = lichia d) Tecido intralocular = laranja e) Pericarpo = uva f) Septo = tomate g) Tecido placentário = tomate h) Mesocarpo = pêssego i) Endocarpo = pêssego j) Tecido acessório = maçã k) Pedúnculo = figo, caju, abacaxi morango lichia laranja caju figo uva tomatepêssego maçã abacaxi Metas da pós-colheita • Colher produtos com um ótimo de qualidade. • Manter a qualidade interna e externa por meio dos processos de embalagem, armazenamento e distribuição. • Entregar os produtos aos consumidores no tempo e na forma que eles desejam comprar Diferentes tipos de embalagens para frutas e hortaliças Características dos produtos hortícolas • Muito sujeitos à deterioração depois de colhidos • vida útil de dias a meses X mais de um ano (grãos) • Textura macia • Alto conteúdo de água • 70% a 90% • Respiração acelerada, com grande produção de calor medio ruim muito bom Relação entre Qualidade do fruto e Conservação Colheita em época adequada Muito tardeMuito ceto Colheita muito cedo qualidade ruim em geral boa conservação Colheita muito tardia em geral boa qualidade má conservação CICLO VITAL DOS FRUTOS DESENVOLVIMENTO Crescimento Maturação Maturidade fisiológica Amadurecimento Senescência I n i c i a ç ã o M o r t e MATURIDADE HORTÍCOLA Caule e folhas Frutos parcialmente desenvolvidos Raízes e tubérculos Sementes Brotos Inflorescência Frutos totalmente desenvolvidos Watada et al. (1984) CICLO VITAL DOS FRUTOS f r u t o s h o r t a l i ç a s -Existem diferenças básicas no ciclo vital dos frutos e das hortaliças - Todas as hortaliças tem fases no ciclo vital que correspondem às de crescimento, maturação e senescência. - Etapas não se completam � as hortaliças são colhidas na fase de crescimento vegetativo ou ainda imaturas CICLO VITAL DOS FRUTOS - FUNDAMENTAL �conhecimento das fases da vida do fruto: --> realização da colheita na época apropriada --> utilização de tecnologias para manutenção da qualidade com aumento da vida útil pós-colheita. CICLO VITAL DOS FRUTOS Energia Formação Crescimento Maturação Amadurecimento Senescência Desenvolvimento Síntese Fotossíntese Respiração Degradações Transformações: - físicas - fisiológicas - bioquímicas Tamanho Forma Coloração Aroma Textura Valor nutritivo Qualidade vida útil Fatores de influência Temperatura Luz Umidade relativa Composição da atmosfera Estresse Injúrias físicas/mecânicas Microrganismos CICLO VITAL 1. DESENVOLVIMENTO 1. DESENVOLVIMENTO 1.1 Fertilização e formação dos tecidos ♀ Gineceu: estigma, estilete, ovário (óvulos � saco embrionário) ♂ Androceu: estilete anteras (sacos polínicos � grãos de pólen) 1.1 Fertilização e formação dos tecidos �Polinização: pólen transportado para o estigma �Germinação: emissão do tubo polínico �Fertilização: fusão dos núcleosespermáticos 1. DESENVOLVIMENTO 1.1 Fertilização e formação dos tecidos �Primeiras fases da vida do fruto: -Crescimento rápido do ovário - murchamento de pétalas e estames 1. DESENVOLVIMENTO 1.1 Fertilização e formação dos tecidos �Pericarpo: parede remanescente do ovário que foi modificada e envolve as sementes -Epicarpo ou exocarpo� casca -Mesocarpo� polpa -Endocarpo� envolve os lóculos ou cavidade 1. DESENVOLVIMENTO MAÇà MAMÃO • EPICARPO / EPIDERME • Espessura • Muito fina - morango, tomate, alface • Fina - maçã, pêra, goiaba • Espessa - manga, abacate, citros • Muito espessa - melão, melancia • Textura • Tenra - nectarina, goiaba • Dura - abóbora, coco • Flexível - tomate, uva, pimentão • Aparência • Espinhosa - abacaxi, quiabo • Porosa - laranja, limão • Felpuda - pêssego, kiwi Morfologia de alguns frutos e hortaliças Aspectos morfológicos de alguns frutos a) Pedicelo = caju b) Receptáculo = morango c) Arilo = lichia d) Tecido intralocular = laranja e) Pericarpo = uva f) Septo = tomate g) Tecido placentário = tomate h) Mesocarpo = pêssego i) Endocarpo = pêssego j) Tecido acessório = maçã k) Pedúnculo = figo, caju, abacaxi morango lichia laranja caju figo uva tomatepêssego maçã abacaxi 1.2 Crescimento � inicialmente por divisão celular � posteriormente por expansão celular � o volume é o fator mais importante no crescimento do fruto 1. DESENVOLVIMENTO 1.2 Crescimento ● plasticidade da parede celular ● canalização de nutrientes para o órgão em crescimento ● pectina� cimento celular 1. DESENVOLVIMENTO 1.2 Crescimento �FRUTOS JOVENS � COMA EXPANSÃO 1. DESENVOLVIMENTO 1. DESENVOLVIMENTO 1.2 Crescimento �Tecidos que contém células pequenas, com pouco espaço intracelular, tem textura compacta �Ex.: batata (1% de ar) �Tecidos com células grandes e espaçosas são esponjosos �Ex.: maçãs (20 a 25%) 1. DESENVOLVIMENTO 1. DESENVOLVIMENTO 1.2 Crescimento � o período de crescimento varia de uma semana a vários meses �Durante esse período o fruto aumenta milhares de vezes em peso e volume 1. DESENVOLVIMENTO 1.2 Crescimento �O peso tem como fatores determinantes -número, -volume -densidade das células �Ex: abacate� aumenta 300.000 vezes. 1. DESENVOLVIMENTO Parede celular FUNÇÕES • Rigidez e resistência às plantas • Expansão rápida (crescimento) • Controle de crescimento celular • Barreira estrutural (defesa) ESTRUTURA • Pectina • Hemicelulose • Celulose • Glicoproteínas • Lignina • suberina Lamela média Parede primária Parede secundária Abertura pareada Celulose Hemicelulose Pectina glicoproteína Celulose Polissacarídeos Lignina suberina Pectina 2. MATURAÇÃO 2. MATURAÇÃO �Ocorre antes que o desenvolvimento completo seja atingido. � Frutos normalmente são colhidos nesse estádio, após o qual vivem dos substratos acumulados. �Etapa intermediária �Sequência de transformações na cor, “flavor” e textura. �Processo normal e irreversível �Fase final da maturação� AMADURECIMENTO 2. MATURAÇÃO �Principais transformações: �desenvolvimento de sementes �síntese protéica �modificação da permeabilidade das membranas celulares �elevação da atividade respiratória �síntese de etileno 2. MATURAÇÃO �Principais transformações: �modificação na pigmentação: degradação de clorofila; síntese de carotenóides. �modificação da textura: solubilização das pectinas 2. MATURAÇÃO �modificação do sabor e do aroma: interconversão de açúcares, síntese de compostos voláteis �Fitormônios: -Auxina: retarda a senescência por meio da neutralização do efeito do etileno e do ABA -Citocininas e giberelinas retardam a senescência - ABA pode acelerar a senescência, estimulando a produção de etileno 2. MATURAÇÃO �Principais transformações químicas ♦ ÁCIDOS ORGÂNICOS - cítrico -Málico -Tartárico -oxálico 2. MATURAÇÃO �Principais transformações químicas ♦ ÁCIDOS ORGÂNICOS -grande parte � translocada das raízes ou folhas para os frutos -não há aumento de acidez após a colheita -decréscimo gradual� substrato na respiração. 2. MATURAÇÃO �Principais transformações químicas ♦ CARBOIDRATOS - SIMPLES: glicose, frutose e sacarose - Evolução da maturação: aumento da concentração de açúcares simples até completo amadurecimento -declínio posterior em função de sua utilização como fonte de energia. -Teor médio: 5 a 10% 2. MATURAÇÃO �Principais transformações químicas ♦ CARBOIDRATOS - polissacarídeos���� amido - principal carboidrato de reserva -porção elevada, se transformando em glicose com a evolução da maturação. -Banana: teor elevado 20-25%, é degradado rapidamente no climatério, decaindo para 1 a 2%. 2. MATURAÇÃO �Principais transformações químicas ♦ CARBOIDRATOS - polissacarídeos���� celulose - componente da parede celular muito estável. - Em algumas hortaliças o aumento é indesejável� fibrosidade. 2. MATURAÇÃO �Principais transformações químicas ♦ CARBOIDRATOS ���� pectina -Material cimentante (coesão entre as células) - Avanço da maturação: hidrólise e solubilização -amaciamento dos frutos 2. MATURAÇÃO �Principais transformações químicas ♦ COMPOSTOS FENÓLICOS - Pigmentos, ácido abscíssico, lignina, ácidos cinâmicos entre outros. -Papel na coloração e no “flavor”. - Evolução da maturação: redução do seu poder adstringente. 2. MATURAÇÃO �Principais transformações químicas ♦ COMPOSTOS FENÓLICOS - ésteres, álcoois, cetonas, aldeídos, entre outros - concentrações muito baixas - responsáveis pelo aroma típico - as climatéricas são mais aromáticas 2. MATURAÇÃO �Principais transformações químicas ♦ Hortaliças - Qualidade comestível: determinada pelo “flavor” e textura. 2. MATURAÇÃO 3. SENESCÊNCIA 3. SENESCÊNCIA � Processos anabólicos diminuem � predominância dos catabólicos. �O processo de senescência aumenta a probabilidade de morte pois há: - predominância de reações catabólicas - desidratação dos tecidos - invasão acentuada de microrganismos �Evento degenerativo internamente programado. � Acúmulo passivo de lesões com a idade. � Nos órgãos fotossintetizantes o catabolismo da clorofila - parte integrante da síndrome da senescência. 3. SENESCÊNCIA �A senescência em frutos tem muitos aspectos em comum com a das folhas, inclusive a degradação de clorofila �Frutos verdes mesmo maduros� HIPÓTESE - Vantagem ecofisiológica 3. SENESCÊNCIA � Mecanismos reguladores ● Deficiência de nutrientes - Associada ao desenvolvimento reprodutivo � nutrientes são redistribuídos das partes vegetativas para as reprodutivas. - Falta de nutrientes� fator causal da senescência. 3. SENESCÊNCIA � Mecanismos reguladores ● Controle genético - Senescência: dependente da ativação de genes - da síntese de novos mRNAs - da inativação de outros preexistentes e - da síntese protéica. - Há redução de muitos genes nos tecidos senescentes 3. SENESCÊNCIA � MORTE CELULAR ● necrose: morte em decorrência de dano físico ● morte celular programada - informações limitadas sobre o envolvimento dos genes reguladores das células vegetais. -mecanismo para a morte celular em relação às respostas de estresse, bem como na senescência. 3. SENESCÊNCIA � MORTE CELULAR ● morte celular programada �pode ser iniciada por: - sinais específicos do desenvolvimento - eventos potencialmente letais (ataque de patógenos ou erros na replicação do DNA durante a divisão celular). - conjunto característico degenes envolvidos na destruição de componentes celulares � morte celular. 3. SENESCÊNCIA � MORTE CELULAR ● morte celular programada � Ativação de genes que codificam nucleases e proteases� núcleos e cromatina se degradam � Resposta de hipersensibilidade (processo programado geneticamente) 3. SENESCÊNCIA ATIVIDADE RESPIRATÓRIA ATIVIDADE RESPIRATÓRIA �Principal processo fisiológico pós-colheita � não depende mais da: - absorção de água e minerais efetuados pelas raízes - condução de nutrientes pelo sistema vascular - atividade fotossintetizante das folhas da planta-mãe. � a energia química liberada pela respiração é captada para dar continuidade aos processos de síntese: - Organização celular - Permeabilidade das membranas - Transporte de metabólitos para os tecidos ATIVIDADE RESPIRATÓRIA � As células continuam a produção de enzimas e de outras substâncias como parte essencial do processo de manutenção de suas funções vitais. �intensidade das reações bioquímicas � tecidos atingem mais rapidamente a senescência � mais suscetíveis à perda de umidade e ao desenvolvimento de microrganismos. ATIVIDADE RESPIRATÓRIA ATIVIDADE RESPIRATÓRIA � CONTROLE DA RESPIRAÇÃO: CONDIÇÃO ESSENCIAL PARA A MANUTENÇÃO DA QUALIDADE E PROLONGAMENTO DA VIDA ÚTIL DOS VEGETAIS PERECÍVEIS. Respiração e vida útil pós-colheita • A intensidade respiratória é inversamente relacionada à vida útil RESPIRAÇÃO ALTA VIDA ÚTIL CURTA � Processo oxidativo - as células vivas utilizam suas reservas metabólicas como fonte de carbono para a síntese de novos compostos, com produção de energia. �A oxidação de substâncias orgânicas ocorre nas mitocôndrias e com a atuação de sistemas enzimáticos. RESPIRAÇÃO AERÓBICA � Hidrólise de polissacarídeos de reserva, com produção de açúcares simples � Oxidação dos açúcares simples a ácido pirúvico (Glicólise) � Transformação aeróbica do ácido pirúvico em outros ácidos orgânicos, com liberação de CO2, água e energia (Ciclo de Krebs) RESPIRAÇÃO AERÓBICA GLICOSE + O2 + ADP+Pi���� CO2 + ÁGUA + ENERGIA TÉRMICA+ ATP �Principal função da respiração: - Suprir energia química aos tecidos, na forma de adenosina trifosfato (ATP), com liberação de CO2 e água. -Calor vital RESPIRAÇÃO AERÓBICA � pode ser medida pela quantidade de oxigênio consumido e/ou de dióxido de carbono liberado pelo produto. RESPIRAÇÃO AERÓBICA �Concentração de O2 é muito limitada� fermentação ácido pirúvico � CO2 + acetaldeído� etanol. � Acúmulo de acetaldeído e de etanol, em níveis tóxicos - morte celular. � “ponto de extinção” RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA RESPIRAÇÃO EM HORTALIÇAS talos em crescimento e tecidos florais V frutos imaturos V frutos maturos V raízes, tubérculos e bulbos PADRÕES DE ATIVIDADE RESPIRATÓRIA EM FRUTOS PADRÕES DE ATIVIDADE RESPIRATÓRIA EM FRUTOS �FRUTOS CLIMATÉRICOS -Em determinada etapa do ciclo vital apresentam um aumento rápido e acentuado na atividade respiratória, seguida de amadurecimento. - Podem amadurecer na planta ou fora dela se colhidos maturos. �FRUTOS CLIMATÉRICOS -CLIMATÉRIO: uma série de mudanças bioquímicas é iniciada por produção autocatalítica de etileno �transição entre o desenvolvimento e a senescência � aumento da respiração � condução ao amadurecimento. PADRÕES DE ATIVIDADE RESPIRATÓRIA EM FRUTOS Biale (1950) Abacate T a x a r e s p i r a t ó r i a ( m l C O 2 / k g - 1 / h - 1 ) Dias a 150C 0 10 20 30 40 I I I I I 60 50 40 0 10 20 30 Banana Pêra Maçã Padrão respiratório - climatérico �FRUTOS NÃO-CLIMATÉRICOS - apresentam respiração relativamente baixa e constante. - devem permanecer na planta-mãe até o final da maturação � estádio ótimo de amadurecimento comestível. PADRÕES DE ATIVIDADE RESPIRATÓRIA EM FRUTOS Biale (1950) Uva T a x a r e s p i r a t ó r i a ( m l C O 2 / k g - 1 / h - 1 ) Dias a 150C 0 10 20 30 40 I I I I I 30 25 20 0 5 10 15 Morango Abacaxi Cereja Limão Padrão respiratório – não-climatérico Biale (1962) Produção de etileno Produto climatérico Produto não-climatérico T a x a d e p r o d u ç ã o d e g á s Sen escên cia Divisão celular Expansão celular Amadurecimento Crescimento Maturação Crescimento, respiração e produção de etileno Comportamento da respiração durante o desenvolvimento e amadurecimento do fruto baixo alto medio Floração Crescimento - Formação da qualidade Armazenamento Expansão celular Senescência Colheita Frutos climatéricos Frutos não-climatéricos Maçã (Malus domestica) Cereja: doce (Prunus avium) Damasco (Prunus armeniaca) azeda (Prunus cerasus) Abacate (Persea americana) Pepino (Cucumis sativus) Banana (Musa sp.) Uva (Vitis vinifera) Mirtilo (Vaccinium corymbosum) Limão (Citrus limon) Cherimoia (Annona cherimola) Abacaxi (Ananas comosus) Feijoa (Feijoa sellowiana) Tangerina Satsuma (Citrus unshu) Figo (Ficus carica) Morango (Fragaria sp.) Kiwi (Actinidia deliciosa) Laranja (Citrus sinensis) Manga (Mangifera indica) Tamarillo (Cyphomandra betacea) Melão (Cucumis melle) Mamão (Carica papaya) Maracujá (Passiflora edulis) Pêssego (Prunus persica) Pêra (Pyrus communis) Caqui (Diospyros kaki) Tomate (Lycopersicon esculentum) Melancia (Citrullus lanatus) Wills et al. (1998) Q.R. = CO2/O2 ▪ 0,36 – lipídeos ▪ 1,0 – açúcares ▪ 1,33 – ácidos orgânicos Quociente Respiratório (Q.R.) FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO ���� Intrínsecos ���� Extrínsecos FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO �Fatores intrínsecos do produto: - Espécie e cultivar • Ex.: goiabas, ameixas, maçãs etc. - Tipo e parte do vegetal • Diferenças nas camadas protetoras superficiais: espessura da cutícula, estômatos etc. ���� Fatores intrínsecos do produto: - Superfície do produto • Ceras naturais, células da epiderme, cutícula. • Regulação de trocas hídricas e gasosas • Resistência à difusão de gases FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO �Fatores intrínsecos do produto: - Relação área superficial/volume - Quanto maior a relação, maior a perda por evaporação - Folhas perdem mais umidade e peso com maior rapidez que os frutos. FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO - Estádio de desenvolvimento à colheita e composição química • tecidos jovens � células em crescimento ativo � taxas de respiração mais elevadas • Respiração ↓ com o decréscimo no teor de água • Composição química: disponibilidade de substratos para a respiração. FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO - Produção de etileno • Estimula a atividade respiratória � antecipa o amadurecimento e a senescência dos tecidos. • O acúmulo de etileno pode alterar a taxa respiratória, mesmo em produtos que o sintetizam em pequenas concentrações. FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO • ���� Fatores extrínsecos: - Temperatura • É um dos fatores de maior influência na respiração • Taxa de respiração � aumenta com a elevação da temperatura� faixa de 5 a 20º C • A taxa de respiração aumenta de 2 a 2,5 vezes a cada aumento de 10 °C. FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO Influênciada temperatura sobre a respiração de abacate. ���� Fatores extrínsecos: - Concentração de gases na atmosfera • A redução na tensão de O2 (< 21%) ou um aumento na tensão de CO2 (> 0,03%) reduzem a atividade respiratória e as reações deteriorativas associadas. • Principais gases de influência: O2, CO2 e C2H4 FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO PRODUTO FAIXA DE TEMPERATURA (°C) % O2 % CO2 Abacate 5-13 2-5 3-10 Banana 12-16 2-5 2-5 Uva 0-5 2-5 1-3 Ameixa 0-5 1-2 0-5 FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO ���� Fatores extrínsecos: - Umidade relativa • Teor de água� produtos hortícolas� 80 e 95% • Quanto maior a diferença de pressão de vapor entre o produto e a atmosfera externa, maior será a perda d’água por ele. FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO ���� Fatores extrínsecos: - Danos físicos • Condições de estresse por DANOS MECÂNICOS� cortes, vibrações e quedas � estimulam a atividade respiratória de frutas e hortaliças • Infecção devida a MICRORGANISMOS FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO ���� Fatores extrínsecos: - Danos físicos • O aumento da taxa respiratória é proporcional à severidade do dano FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESPIRAÇÃO
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