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AFECÇÕES PODAIS

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AFECÇÕES PODAIS 
 90% das claudicações dos bovinos são por problemas no casco e pé 
a partir da camada óssea vem a derme e epiderme, unidas por interdigitações, responsáveis por manter o casco colado ao tecido mole. Esta é a área germinativa do casco, onde ocorrem as lesões. 
Diagnóstico de problemas de casco se faz por inspeção direta ou indiretas e palpação, direta ou indireta por pinça de casco. Limpar o casco, e tirar tecidos superficiais. 
Vaca com sapato de Aladim perde o contato da pinça com o chão, baixa muito o talão e perde muda o ângulo de crescimento, não desgastando mais a pinça. Pode se observar linhas de sofrimento (horizontais) no casco. 
Em algum estresse sofrido pela vaca há falha na produção de casco, por falta de nutrientes e oxigênio para as células do corpo, mostrando essa falha no casco. 
Casco em nadadeira a pinça não está sendo casqueada há perda de elevação da pinça do chão. 
LAMINITE
Resultado de distúrbio de microcirculação digital, a forma como o digito recebe o suprimento sanguíneo muda, causando isquemia parando regeneração da lâmina dérmica. 
A reação inflamatória que ocorre na acidose ruminal leva a vasoconstrição no casco que ocorre por conta da ação da histamina que age no casco mandando fazer vasodilatação, mas por falta de espaço, ocorre a vasoconstrição em efeito rebote. 
O resultado disso é hipóxia das células por isquemia, levando a inibição de formação do casco, levando a inflamação da lâmina dérmica. Na falta de tecido há instabilidade entre casco e osso, havendo produção de osteófito causando dor e claudicação, principalmente em casos com linha cronificada. 
No processo de laminite, durante o crescimento a ponta do osso desce se aproximando da base da sola, conforme o tendão flexor vai para cima mudando a orientação. A terceira falange fura a sola e fica exposta, levando a processo de osteíte com inflamação e infecção desta falange. O animal não fica de pé. 
Pode ser aguda, subclínica ou crônica. As agudas não têm tendência a se tornarem crônicas. 
Na aguda, ela pode se tornar crônica, é resultado de acidose lática aguda. Dá prometazina (anti histamínico) para evitar a ação da histamina, AINE associado (fenilbutazona, flumixim) e metionina para formação de queratina do casco. 
Na subclínica perde-se integridade do casco e estrutura do mesmo. Pode ser causada por erro de manejo como picos de acidose, levando a aparecimento de linhas de sofrimento e perda de relação do talão com o solo. Pode se encontrar animais com sola dupla, hematoma de sola, doença de linha branca, ulcera de sola. 
Correção de manejo e dieta melhoram a situação, mas se perdurar por muito tempo a situação se cronifica levando a rotação de falange e crescimento anormal dos cascos. O tratamento é feito com casqueamento corretivo e tratamento das afecções secundárias. 
Grau de claudicação entre 4 e 5. 
ARTRITE SEPTICA INTERFALANGIANA
É a inflamação séptica que atinge articulação interfalangiana distal, cujo tratamento é a amputação de digito. Pode acometer articulação média ou proximal. 
Em ulceras de solo há acesso a articulação, flegmão interdigital, via sistêmica ou lesão em linha de coroa. Se a bactéria chegar na articulação causará artrite. 
O diagnóstico é a vaca jogando o pé para dentro do corpo, claudicação intensa, aumento de volume, vermelhidão, secreção saindo da coroa. Pode esperar para ver se fistula ou faz rx para ver proliferação periostal e osteólise. 
Antibiose associada a ATB sistêmico, limpeza da fístula, taco e amputação. Resulta em artrodese, a amputação limita a vida produtiva do animal. 
Hiperplasia interdigital, tiloma ou gabarro: origem genética ou por questão de ambiente, importante tirar animal da reprodução. O tratamento é remoção cirúrgica e prenso compressivo se houver desconforto. 
Dermatite digital papilomatosa, proliferativa ou ulcerativa. Tem o mesmo agente etiológico Dichelobacter nodosus. Tratamento antibiótico com tetraciclina de forma parenteral ou tópico (em pó com uma gase na lesão e penso compressivo ou tetraciclina solúvel em água e borrifa) Na forma proliferativa deve tirar o tecido. (morango) o problema é a quantidade de animais que podem ser acometidos. 
Dermatite interdigital Dichelobacter nodosus ou Fusobacterium necrophorum pedilúvio com sulfato de cobra, permanganato de petássio. Não adianta fazer com formol pode fazer necrose. 
Erosão de talão Dichelobacter nodosus ou Fusobacterium necrophorum ou origem metabólica por conta de uma laminite. Tratamento com ATB e adstringente sulfato de cobre e permanganato de potássio. 
Hematoma de sola é de origem metabólica a causa é laminite e o tratamento é feito com casqueamento corretivo e aplicação de taco na unha contralateral, na ulcera de sola usa-se ATB tópico (única diferença). 
Doença da linha branca causa é laminite, casqueamento corretivo, abre se tiver abscesso, taco na unha contralateral 
Flegmão acontece no interdígito por crescimento de Fusobacterium pode levar artrite séptica

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