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Universidade do estado de minas gerais Uemg Campus de passos Faculdade de engenharia Equações diferenciais Wagner Bernardes chagas 2015 PREFÁCIO A intenção, desta apostila, é oferecer um texto condensado e interessante para o tradicional curso de equações diferenciais elementares, em 40 horas, para os alunos, do 4º Período do Curso de Engenharia Civil do Campus de Passos, UEMG. O tratamento dado à matéria tem como objetivo proporcionar ao estudante um texto acessível e atraente. A apostila em cada módulo começa com a teoria das soluções de equações diferenciais e termina com exemplos de modelagem matemática de situações reais. O fato das equações diferenciais terem múltiplas e importantes aplicações que desempenharam um papel singular no desenvolvimento histórico do assunto, prefiro que os alunos aprendam primeiro a resolver equações diferenciais que envolvem as aplicações mais frequentes e de maior interesse. Assim, utilizei aplicações interessantes para motivar e ilustrar as técnicas padrões elementares da solução de equações diferenciais. Ao mesmo tempo que dei a devida consideração às aplicações ao mundo real, também achei que um primeiro curso de equações diferenciais deve ser uma abertura para o mundo da matemática. Neste caso, não é factível nem desejável incluir demonstrações dos teoremas fundamentais de existência e unicidade ao longo de um curso elementar. A lista de tópicos introdutórios em equações diferenciais é bastante padronizada, e um olhar nos títulos dos módulos não revelará maiores surpresas. Embora, em muitos casos, o enfoque reflete o uso disseminado de programas para a solução numérica de equações diferenciais, continuo acreditando que é importante o estudante aprender os tradicionais métodos analíticos elementares. Uma das razões é que o uso efetivo e confiável de métodos numéricos, freqüentemente exige análise preliminar que emprega técnicas padrões elementares; a construção de um modelo numérico realista com frequência se baseia no estudo de um modelo analítico mais simples. A apostila naturalmente trata das equações de primeira ordem: com equações separáveis, equações homogêneas, equações exatas, equações lineares e equações de Bernoulli. Também de equações de segunda ordem dos tipos: d2y = f(x) e d2y + P . dy + Q . y = R (x) onde P e Q dx2 dx2 dx são constantes e R (x) é uma função de x. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM MÓDULOS I - Introdução II - Equações de Variáveis Separáveis III - Equações Homogêneas IV - Equações Exatas V - Equações Lineares VI - Equações Redutíveis a Lineares (Bernoulli) VII - Aplicações VIII - Avaliação EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE SEGUNDA ORDEM IX - d2y = f (x) dx2 X - d2y + P . dy + Q . y = R (x) dx2 dx XI - Aplicações XII - Avaliação MÓDULO I INTRODUÇÃO As Leis do universo estão em grande parte escritas em linguagem matemática. A álgebra é suficiente para resolver muitos problemas estáticos mas os fenômenos naturais mais interessantes envolvem mudança, e são melhor descritos por equações que relacionam quantidades variáveis. Como a derivada dy = f ’(t) da função f pode ser vista como a taxa dt na qual a quantidade y = f (t) varia em relação à variável independente t, é natural que equações envolvendo derivadas sejam freqüentemente usadas para descrever o universo em mudança. Uma equação que envolve uma função desconhecida e uma ou mais de suas derivadas é chamada uma equação diferencial. Equação Diferencial: é aquela que encerra derivadas ou diferenciais. 1) - dy = x + 3 dx 2) - d2y + 2 dy - 3y = 0 dx2 dx 3) - xy ’ + y = 4 4) - (y ’’’)3 + 3 (y’’)4 + y’ == Sen x 5) - d2 y ] 2 + dy ] 3 + 2y = x3 dx2 dx 6) - y’’’ + xy ’’ + 2 y ’ + xy = 0 7) - y ’’ + 3y ’ + y2 = 0 8) - z = z + x z x y 9) - 2 z + 2 z = x2 + y x2 y2 Havendo uma só variável independente, as derivadas são ordinárias e a equação é denominada equação diferencial ordinária. Exemplos: de 1 a 7. Havendo duas ou mais variáveis independentes, as derivadas são parciais e a equação é denominada equação diferencial parcial. Exemplos: 8 e 9. Obs: Só estudaremos equações diferenciais ordinárias. A ordem de uma equação diferencial é a ordem da mais alta derivada que nela aparece. Exemplos: 1, 3 e 8 são de primeira ordem. 2, 5, 7 e 9 são de segunda ordem. 4 e 6 são de terceira ordem. O grau de uma equação diferencial, que pode ser escrita, considerando as derivadas, como um polinômio, é o grau da derivada de mais alta ordem que nela aparece. Exemplo: 1, 2, 3, 6, 7, 8 e 9 são do primeiro grau 5 é do segundo grau 4 é do terceiro grau Uma equação diferencial será linear, quando y e suas derivadas (mas não x), estiverem somando e elevados ao grau 1, isto é, na forma: f1 (x) . y ’’’ + f2 (x) . y ’’ + f3 (x) . y ’ + f4 (x) . y = g (x) Exemplos: 1, 2, 3 e 6 são lineares 4, 5 e 7 não são lineares. Dar a ordem o grau e a linearidade das equações. Equações Diferenciais Ordem Grau Linear y ’ + y = 0 y ’ + y2 = 0 (y’)2 + y2 = 1 x2y’’ + 5xy’ + 4y = 0 y’’’ + xy’’ + 2y.y’ + xy = 0 (y’’’)2 + (y’’)4 + xy = 0 Solução de uma equação diferencial. O problema nas equações diferenciais elementares é a descoberta da primitiva que deu origem à equação. Diz-se que uma função y = f(x) é solução de uma equação diferencial se ela satisfaz esta equação. Exemplo: Mostre que: a) y = c1 ex + c2 x b) y = 3ex e c) y = 2x onde c1 e c2 são constantes, são soluções da equação diferencial (1 - x) . y’’ + x . y’ - y = 0 a) Derive y = c1 ex + c2 x duas vezes para obter y’ = c1 ex + c2 e y’’ = c1 ex. Substitua na equação diferencial para verificar a identidade (1 - x) . c1 ex + x . (c1 ex + c2) - (c1 ex + c2 ex ) = 0 b) Derive y = 3ex duas vezes para obter y’ = 3ex e y’’ = 3ex. Substitua na equação para verificar a identidade (1 - x) . 3ex + x . 3ex - 3ex = 0 c) Derive y = 2x duas vezes para obter y’ = 2 e y’’ = 0. Substitua na equação para verificar a identidade (1 - x) . 0 + x . 2 - 2x = 0 A solução a) é a solução geral da equação diferencial porque ela satisfaz a equação e contém o número próprio de constantes arbitrárias essenciais. As soluções b) e c) são chamadas soluções particulares porque podem ser obtidas designando valores particulares para as constantes arbitrárias da solução geral. No caso b) c1 = 3 e c2 = 0 No caso c) c1 = 0 e c2 = 2 Exercícios Mostrar que cada uma das expressões seguintes é solução particular ou solução geral da equação diferencial. 1) y = 2x2 xy’ = 2y 2) x2 + y2 = c yy’ + x = 0 3) y = xex + ex y’’ - 2y’ + y = 0 4) y = c1 ex + c2 e-x y’’ - y = 0 MÓDULO II EQUAÇÕES DE VARIÁVEIS SEPARÁVEIS. As variáveis da equação P (x , y) dx + Q (x , y) dy = 0 são separáveis se admite a forma: f1 (x) . h2 (y) dx + f2 (x) . h1 (y) dy = 0 que reduz a: f1 (x) dx + h1 (y) dy = 0 da qual a primitiva pode ser obtida por inte- f2 (x) h2 (y) gração. f1 (x) dx + h1 (y) dy = c f2 (x)h2 (y) Ex. 1 - x2 . y3dx + x . y5 dy = 0 x2 . y3dx = - x . y5dy x2 dx = - y5 dy xdx = - y2dy x y3 xdx + y2dy = 0 xdx + y2dy = c x2 + y3 = c Solução Geral 2 3 Ex. 2 - Sen2x . cosy dx + senx cos2y dy = 0 Sen2x . cos y dx = - senx cos2y dy Sen2x dx = - cos2y dy sen xdx = - cos ydy Senx cosy Senx dx + cosy dy = 0 Senx dx + cosy dy = c - cosx + senx = c Solução Geral Ex. 3 - x2 . y2 dx + x3 . y dy = 0 x2 dx + y dy = 0 x3 y2 1 dx + 1 dy = 0 dx + dy = c x y x y n x + n y = c n x + n y = nc’ n xy = n c’ xy = c’ como c’ = constante xy = c . Solução Geral Ex. 4 - Achar a solução particular de (1 + x3 )dy - 3x2 ydx = 0 Satisfazendo a condição inicial y = 4 quando x = 1. (1 + x3)dy - 3x2 ydx = 0 dy - 3x2 dx = 0 y 1+x3 dy - 3x2 dx = c ny - n 1 + x3 = c y 1 + x3 ny - n 1 + x3 = n c n y = n 1 + x 3+ n c n y = n (1 + x3) c y = c (1 + x3) Solução Geral Substituindo x = 1 e y = 4 temos: 4 = c (1 + 13) 4 = 2c c = 2 a solução particular procurada é: y = 2 (1 + x3 ). Exercícios. Resolver as equações diferenciais. 1) (1 + y)dx - (1 + x)dy = 0 2) y2 dx - x2dy = 0 3) ex . tg y dx + (5 + ex ) se c2 y dy = 0 4) (1 + y2 ) dx + x2 dy = 0 5) dx = ex cos y dy MÓDULO III EQUAÇÕES DIFERENCIAIS HOMOGÊNEAS Equações Homogêneas: Uma função f (x , y) é homogênea do grau n se f (x , y) = n f (x , y) Ex. a) f (x , y) = x3 - x y2 é homogênea do 3º grau porque f (x , y) = (x)3 - ( x) ( y)2 = 3 x3 - 3 xy2 = 3 (x3 - xy2) f ( x , y ) = 3 (x3 - xy2 ) f (x , y ) = 3f (x , y) f(x ,y) b) f (x , y) = ex/y + tg x é homogênea do grau zero porque, x ,,, f (x , y) = e y + tg x = ex/y + tg x = º. f (x , y ) y y c) f (x , y) = x2 + senx cosy não é homogênea porque, f (x, y) = 2 x2 + sen (x) cos (y) A equação diferencial M (x, y)dx + N (x , y)dy = 0 é homogênea se M (x , y) e N (x , y) são homogêneas e do mesmo grau. Ex. a) (x2y + 2y3)dx + (x3 - 3xy2)dy = 0 M(x , y) = x2 y + 2y3 M (x,y) = 2x2 y + 23 y3 =3 x2 y + 23 y3 = 3 (x2y + 2y3) = 3 M(x , y) N (x , y) = x3 - 3xy2 N (x,y) = 3 x3 - 3 x 2 y2 = 3 (x3-3xy2) = 3 f(x,y) = 3N(x,y) Como M (x , y) e N (x , y) são homogêneas de mesmo grau a equação diferencial é homogênea. b) (x2 + y2)dx + (x3 - y3 )dy = 0 M (x , y) = x2 + y2 M(x, y) = 2 x2 + 2 y2 = 2 (x2 + y2) = 2 M(x,y) Hom.2º grau N (x , y) = x3 - y3 N(x,y) = 3x3 - 3 y3 = 3 (x3 - y3) = 3 N(x,y) Hom. 3º grau a equação diferencial não é homogênea. c) (x + 3y)dx + (2x - y2)dy = 0 M (x , y) = x + 3y M (x,y) = x + 3 y = (x +3y) = 1 . M(x , y) Hom. 1º grau. N (x , y) = 2x - y2 N (x , y) = 2 x - 2y2 = (2x - y2) Não é homogênea. a equação diferencial não é homogênea. A transformação y = vx dy = vdx + xdv reduzirá qualquer equação homogênea à forma P (x , v)dx + Q (x , v)dv = 0 em que as variáveis são separáveis. Depois da integração, retornamos às variáveis de origem substituindo v = y . x Ex. a) (x2 + y2 )dx - xy dy = 0 A equação é homogênea do 2º grau. Substituindo y = vx dy = vdx + xdv (x2 + v2 x2) dx - xv x (vdx + xdv) = 0 x2 dx + v2 x2 dx - v2 x2 dx - vx3 dv = 0 x2 dx - v x3 dv = 0 Equação de variáveis separáveis x2 dx - vdv = 0 dx - v d v = c x3 x n x - v2 = c como v = y temos 2 x n x - y2 = c 2x2 b) (x3 + y3 )dx - 3xy2 dy = 0 Equação homogênea do 3º grau y = vx dy = vdx + xdv (x3 + v3 x 3)dx - 3x v2 x2 (vdx + xdv) = 0 x3dx + v3 x3dx - 3v3 x3dx - 3v2 x4 dv = 0 x3dx - 2v3x3dx - 3v2 x4dv = 0 (1-2v3)x3dx - 3v2 x4dv = 0 x3 dx - 3v2dv = 0 x4 1- 2v3 dx + 1 . (-6v2dv) = 0 dx + 1 - 6v2dv = c x 2 1 - 2v3 x 2 1 - 2v3 n x + 1 n 1 - 2v3 = n c 2 n x + n (1 - 2v3) 1/2 = n c n [ x (1 - 2v3 ) 1/2] = n c x 1 - 2v3 ½ = c x 1 - 2 y3 ½ = c x3 x x3 - 2y3 = c x3 - 2y3 = c x3 x 2 x3 - 2y3 = c2 x3 - 2y3 = c x3 - 2y3 = cx x x c) (1 + 2ey/x ) dy + 2ey/x (1 - y ) dx = 0 Homogênea do grau zero x y = vx dy = vdx + xdv (1 + 2e vx/x ) (vd x + xdv) + 2e vx/x(1 - vx )dx = 0 x vdx + xdv + 2v evdx + 2ev xdv + 2ev dx - 2v evdx = 0 (v + 2ev)dx + (1 + 2ev)xdv = 0 dx + (1 + 2ev)dv = 0 x v + 2ev dx + (1 + 2ev) dv = c x v + 2ev nx + n v + 2e v = n c n [ x (v + 2e v)] = n c x (v + 2e v ) = c x [ y + 2e y/x] = c y + 2xey/x = c x d) xdy - (y + x2 - y2 ) dx = 0 Homogênea do 1º grau y = vx dy = vdx + xdv x (vdx + xdv ) - (vx + x2 - v2 x2 ) dx = 0 vxdx + x2dv - vxdx - x2 (1 - v2) dx = 0 x2 dv - x 1 - v2 dx = 0 dv___ - xdx = 0 1 - v2 x2 ___dv__ - dx = c 1 - v2 x arc sen v - n x = c arc sen y - nx = c x arc sen y = n x + n c x arc sen y = n (cx) x Exercícios Resolver as Equações Diferenciais 1) (x sen y - y cos y ) dx + x cos y dy = 0 x x x 2) (4x - 3y) dx + (2y - 3x) dy = 0 3) (3x2 - y2) dy - 3xy dx = 0 4) (y + xcy/x) dx - xdy = 0 5) (xy cos y + y2 sen y ) dx + (x2 cos y - xy sen y ) dy = 0 x x x x Módulo IV Equações Diferenciais Exatas A condição necessária e suficiente para que M (x , y) dx + N (x , y) dy = 0 Seja uma equação diferencial exata é que: M = Ny x Exemplos: a) (x2 - y) dx + (y2 - x) dy = 0 é exata. porque: M = -1 e N = -1 M = N y x y x b) (y3 - 2x) dx + (x3 - 2y) dy = 0 não é exata porque: M = 3y2 e N = 3x2 M N y x y x Se M (x , y) dx + N (x , y) dy = 0 é a diferencial exata da equação F (x , y) = c, então dF = F dx + F dy = M (x , y) dx + N (x , y) dy x y F dx = M (x , y) dx e F dy = N (x , y) dy x y F = M (x , y) e F = N (x , y) x y F = x M (x , y) dx + f (y) F = x M (x , y) dx + f ’ (y) = N (x , y) y y que dá f ’ (y) e assim f (y ) pode ser determinado. Ex.1 . (4x3 y3 - 2xy) dx + (3x4 y2 - x2)dy = 0 M = 12x3 y2 - 2x = N y x F = 4x3 y3 - 2xy F = 3x4 y2 - x2 x y F = x4 y3 - x2 y + f (y) F = 3x4y2 - x2 + f ’(y) y igualando 3x4 y2 - x2 = 3x4 y2 - x2 + f ’(y) f ’(y) = 0 f (y) = c F (x , y) = x4 y3 - x2 y + c x4 y3 - x2 y = c Ex.2 . (2x3 +3y) dx + (3x + y - 1) dy = 0 M = 3 = N y x F = 2x3 + 3y F = 3x + y - 1 x y F = 2 x4 + 3 yx + f (y) F = 3x + f ’(y) 4 y igualando 3x + f ’ (y) = 3x + y - 1 f ’ (y) = y - 1 f (y) = y2 - y 2 F (x , y) = x4 + 3xy + y2 - y x4 + 3xy + y2 - y 2 2 2 2 Ex. 3 . (cos y + y cos x) dx + (senx - xsen y) dy = 0 M = - sen y + cos x = N y x F = cos y + y cos x F = sen x - x sen y x y F = x cos y + y sen x + f (y) F = - x sen y + sen x + f ’ (y) y igualando - x sen y + sen x + f ’ (y) = sen x - x sen y f ’(y) = 0 f (y) = c x cos y + y sen x = c Ex. 4 . (6xy - y3 )dx + (4y + 3x2 - 3xy2)dy = 0 M = 6x - 3y2 = N y x F = 6xy - y3 F = 4y + 3x2 - 3xy2 x y F = 6xy - y3 + f ’(x) F = 4 y2 + 3x2 y - 3x y3 + f (x) x 2 3 igualando 6xy - y3 + f ’ (x) = 6xy - y3 f ’ (x) = 0 f (x) = c 2y2 + 3x2 y - xy 3 = c Exercícios 1) y3 dx + 3xy2 dy = 0 2) (2x + 3y) dx + (3x + 2y) dy = 0 3) (4x - y) dx + (6y - x) dy = 0 4) (3x2 + 2y2) dx + (4xy + 6y2) dy = 0 5) (2xy2 + 3x2) dx + (2x 2y + 4y 3) dy = 0 Módulo V Equações Diferenciais Lineares As equações lineares, são de grande importância pelas suas aplicações na física, química, biologia, etc. A equação dy + f (x) . y = g (x) é linear em y. dx Ex. dy + 5 x2 y = cos x é linear em y. dx dy + 5x2 y2 = cos x não é linear em y. dx Como d y . e f (x) dx = dy . e f (x) dx + y . e f (x) dx . f (x) dx dx d y . e f (x) dx = e f (x) dx dy + f (x) . y dx dx g (x) d y . e f (x) dx = g (x) . e f (x) dx dx integrando: y . e f (x) dx = g (x) . e f (x) dx . dx + c onde e f (x) dx é um fator de integração da equação linear. Ex. 1 . dy + 2xy = 4x dx f (x) = + 2x g (x) = 4x Substituindo na Fórmula y . e + 2xdx = 4x . e + 2xdx . dx + c y . e+x2 = 4x . e x2 . dx + c y . e x2 = 2 e x2 . 2xdx + c y . e x2 = 2 . e x2 + c y = 2 + c y = 2 + ce- x2 e x2 e x2 . 2x dx u = x2 du = 2x dx eu du = eu + c = e x2 + c Ex. 2 . dy - 3y = e2x linear em y. dx f (x) = -3 achar e f (x) dx = e -3 dx = e- 3x g (x) = e2x Substituindo na fórmula: y . e- 3x = e2x . e - 3x dx + c y . e- 3x = e-x dx + c dado: eax dx = eax + c a y . e - 3x = - e - x + c y = - e- x + c e- 3x e - 3x y = - e2x + ce+ 3x Ex. 3 . dy + 1 . y = x 2 + 3x - 2 dx x f (x) = 1 e 1/x dx = enx = x x g (x) = x2 + 3x - 2 y . x = (x2 + 3x - 2) x dx + c y . x = (x3 +3x 2 - 2x) dx + c y . x = x4 + 3 x3 - 2 x2 + c 4 3 2 y = x 3 + x2 - x + c , 4 x PROVA Seja e nA = B n enA = n B n A . n e = n B 1 n A = n B A = B e nA = A Ex. 4 . dy + 1 y = 1 . dx x +3 x f (x) = 1 e 1/x + 3 dx = en | x + 3 | = x + 3 x + 3 g (x) = 1 . x y . (x + 3) = 1 . (x + 3) dx + c x y . (x + 3) = (1 + 3 ) dx + c x y . (x + 3) = x + 3 nx + c y = 1 (x + 3 nx + c) x + 3 Exercícios 1) dy - 1 . y = 2 (x - 2) 2 dx x - 2 2) dy + 2 xy = 2x e- x2 dx 3) dy + cotg x . y = 5 ecos x dx 4) dy + 2xy = 2x dx 5) dy + 4y = e4x dx Módulo VI Equações Redutíveis a Lineares (Bernoulli) Uma equação da forma dy + f (x) . y = yn . g (x) yn dx resulta 1 . dy + f (x) . __1__ = g (x) () yn dx y n - 1 fazendo a transformação: v = 1 = y- n + 1 y n - 1dv = (- n + 1) y- n . dy 1 . dv = 1 . dy dx dx (- n + 1) dx yn dx Substituindo em ( ) 1 . dv + f (x) . v = g (x) (- n + 1) dx dv + (- n + 1) . v = (- n + 1) . g (x) que é linear em v. dx Ex. l . dy + 2 xy = xy4 y4 dx 1 dy + 2x . 1 = x fazendo a transformação: y4 dx y3 v = 1 = y- 3 y3 dv = - 3 y- 4 . dy - 1 dv = 1 dy dx dx 3 dx y4 dx - 1 dv + 2x . v = x 3 dx dv - 6xv = - 3x linear em v. dx f (x) = - 6x e -6 x dx = e- 3 x2 g (x) = - 3x v . e- 3 x2 = - 3 x . e- 3 x2. dx + c v . e- 3 x2 = 1 e - 3 x2 (- 6 x dx) + c 2 v . e- 3 x2 = 1 . e- 3 x2 + c 2 v = 1 + c e3 x2 1 = 1 + c e3 x2 2 y3 2 Ex . 2. dy + 1 . y = x . y- 3 y- 3 dx x 1 . dy + 1 . 1 = x y-3 dx x y - 4 v = 1 = y4 y - 4 dv = 4 y3 . dy 1 dv = 1 dy dx dx 4 dx y- 3 dx 1 dv + 1 . v = x 4 dx x dv + 4 . v = 4x linear em v. dx x f (x) = 4 e 4/x dx = e4 n x = en x 4 = x4 x g (x) = 4x v . x4 = 4x . x 4 . dx + c v . x4 = 4 x5 dx + c v . x4 = 4 x6 + c 6 v = 2 . x2 + cx- 4 3 y4 = 2 . x2 + cx- 4 3 Ex. 3 . dy - 2 . y = 1 . y4 y4 dx x x2 1 . dy - 2 . 1 = 1 . y4 dx x y3 x2 v = 1 = y-3 y3 dv = - 3 y- 4 . dy - 1 dv = 1 . dy dx dx 3 dx y4 dx - 1 dv - 2 . v = 1 . 3 dx x x2 dv + 6 . v = - 3 linear em v. dx x x2 f (x) = 6 e 6/x dx = e6 nx = e nx6 = x6 x g (x) = - 3 . x2 v . x6 = - 3 . x6 . dx + c x2 v . x6 = - 3 x4 dx + c v . x6 = - 3 . x5 + c 5 v = - 3 + c ,,,,,,,,,,,,,,, 5x x6 1 = - 3 + c . y3 5x x6 Ex. 4 . dy + 6 y = 3 x y4/3 y4/3 dx x 1 . dy + 6 . 1 = 3x y4/3 dx x y1/3 v = 1 = y- 1/3 y1/3 dv = - 1 y -4/3. dy - 3 dv = 1 . dy dx 3 dx dx y4/3 dx - 3 dv + 6 . v = 3x dx x dv - 2 . v = - x linear em v. dx x f (x) = - 2 e -2/x dx = e- 2nx = e nx - 2 = x- 2 = 1 x x2 g (x) = - x v . 1 = - x . 1 dx + c x2 x2 v . 1 = - dx + c x2 x v . 1 = - nx + c x2 v = - x2 nx + cx2 1 = cx2 - x2 nx y1/3 Exercícios 1) dy + 2x y = - xy2 dx 2) dy + y = ex . y2 dx 3) dy - x y = x y - 1 dx 4) dy - 1 . y = y5 dx 2x 5) x dy + y = x3 y6 dx Módulo VII Aplicações das Equações Diferenciais de 1ª ordem. 1) Sabendo que a população de uma cidade dobra em 30 anos, em quantos anos será ela o triplo, sabendo que a razão de crescimento é proporcional ao número de habitantes? Seja P a população da cidade aos t anos Seja Po a população no tempo t = 0 dP P dP = KP K = cte (fator de proporcionalidade) dt dt 1ª Solução: Achar o modelo matemático do crescimento desta população. dP = KP dP = Kd t dP = K dt + c dt P P n P = K t + c P = eKt + c P = ec . eKt P = c . eKt pois e c = cte. usando a condição inicial: quando t = 0 P = Po Po = c . eK . 0 Po = c P = Po . e Kt quando t = 30 P = 2 Po 2 Po = Po . eK . 30 2 = e30 K n 2 = n e30 K n 2 = 30 K ne n 2 = 30 K K = n 2 = 0,02310 30 P = Po . e0,02310 . t quando t = ? P = 3 Po 3 Po = Po . e0,02310 . t 3 = e0,02310 . t n 3 = n e0,02310 . t n 3 = 0,02310 . t . n e 1,0986123 = 0,02310 . t t = 47,5 anos. 2ª Solução: usando integral definida. integrando entre os limites: t = o P = Po t = 30 P = 2 Po 2Po 30 dP = Kdt dP =K dt P P Po 0 2Po 30 n P = Kt n 2 Po - n Po = 30 K Po 0 n 2 Po = 30 K Po n 2 = 30 K K = n 2 = 0,02310 30 integrando entre os limites t = 0 P = Po t = t P = 3 Po 3 Po t 3 Po t dP = 0,02310 dt n P = 0,02310 t P Po o Po o n 3 Po - n Po = 0,02310 t n 3 Po = 0,02310 t t = n 3 Po 0,02310 t = 47,5 anos 2 - De acordo com a Lei de Arrefecimento de Newton, a taxa de resfriamento de uma substância numa corrente de ar é proporcional à diferença entre a temperatura da substância e a do ar. Sendo a temperatura do ar 25º e resfriando a substância de 90º para 60º em 10 minutos, achar o tempo em que a temperatura será 30º. Seja a temperatura da substância no tempo t minutos Então d - 25 d = K ( - 25) dt dt d = K d t integrando entre os limites -25 t = 0 = 90 t = 10 = 60 60 10 60 10 d = K d t n - 25 = K t 90 -25 0 90 0 n 35 - n 65 = 10 Kn 35 = 10 K K = - 0,06190 65 integrando entre os limites: t = 0 = 90 t = t = 30 30 t 30 t d = K dt n [ - 25 ] = - 0,06190 t ] 90 -25 0 90 0 n 5 - n 65 = - 0,06190 t n 5 = - 0,06190 t 65 t = 41,4 minutos. 3 - Um barco está sendo rebocado a uma velocidade de 8 m/s. No instante em que o cabo de reboque é largado (t = 0), um homem no barco começa a remar, no sentido do movimento, exercendo uma força de 12 N. Sabendo que o peso do homem e o barco é de 200 N e que a resistência ao deslocamento, em N é de 2,8 v, sendo v a velocidade em m/s, achar a velocidade do barco no fim de 20 segundos. (Dado g = 10 m/s2) FR = m . a massa x aceleração = força resultante = força impulsora - resistência 200 x dv = 12 - 2,8 v dv = 0,6 - 0,14 v 10 dt dt dv + 0,14 v = 0,6 linear dt v . e 0,14 dt = 0,6 . e 0,14 dt . dt + c v . e 0,14 t = 0,6 e 0,14 t . dt + c v . e 0,14 t = 0,6 . e 0,14 t + c 0,14 v . e 0,14 t = 4,28 e 0,14 t + c v = 4,28 + c e - 0,14 t quando t = 0 v = 8 8 = 4,28 + c . e o c = 3,72 v = 4,28 + 3,72 e - 0,14 t equação do movimento quando t = 20 v = ? v = 4,28 + 3,72 . e - 0,14 x 20 v = 4,28 + 0,22 v = 4,50 m/s 4 - Um paraquedista está submetido a uma velocidade de 80 m/s no momento em que o paraquedas se abre. Sabendo que a resistência do ar é P v2 . N, onde 30 P é o peso total do paraquedista mais o paraquedas, em N, achar: a) Sua velocidade em função do tempo t depois do paraquedas aberto. (Dado g = 10 m/s2 ). b) Sua velocidade depois de 3 segundos. massa x aceleração = peso do conjunto - resistência do ar P . dv = P - Pv2 P . dv = P - P v2 g dt 30 10 dt 30 P . dv = 30 P - P v2 dv = 30 - v2 10 dt 30 dt 3 dv = - (v2 - 30) separável dv = - dt dt 3 v2 - 30 3 v t a) dv = - dt usando a fórmula du = 1 n u - a +c 80 v2-30 0 3 u2 - a2 2 a u + a v t v 1 n v - 30 = - t 1 n v - 30 - n 80 - 30 = - t . 2 30 v + 30 3 2 30 v + 30 80 + 30 3 80 0 80 n v - 30 - n 0,87 = - 3,65 t v+ 30 v - 30 v- 30 n v+ 30 = - 3,65 t v + 30 = e - 3,65 t 0,87 0,87 v - 30 = 0,87 e - 3,65 t v - 30 = 0,87 e - 3,65 t . v + 0,87 30 e - 3,65 t v + 30 v - 0,87 e - 3,65 t . v = 30 + 0,87 30 e - 3,65 t v(1 - 0,87e - 3,65 t ) = 30 (1 + 0,87 e - 3,65 t ) v = 30 (1 + 0,87 e- 3,65 t ) 1 - 0,87 e - 3,65 t b) v = ? quando t = 3 v = 30 (1 + 0,87 e- 3,65 . 3) 1 - 0,87 e - 3,65 . 3 v = 30 (1 + 0,000015 ) = 5,477 = 5,47 1 - 0,000015 0,9999 v = 5,47 m/s Módulo VIII Avaliação Módulo IX Equações Diferenciais de Segunda Ordem Equações do tipo: d2 y = f (x) dx2 Ex. 1 . d2 y = x2 + 2x + 1 d dy = x2 + 2x + 1 integrando dx2 dx dx dy = (x2 + 2x + 1) dx + c1 dx dy = x 3 + 2 x2 + x + c1 integrando novamente dx 3 2 y = ( x3 + x2 + x + c1 ) dx + c2 3 y = x4 + x 3 + x2 + c1 x + c2 12 3 2 Ex. 2 . d2 y = x + cos x dx2 dy = x2 + sen x + c1 dx 2 y = x3 - cos x + c1 x + c2 6 Ex. 3 . d2 y = x ex dx2 dy = x ex - ex + c1 dx y = x ex - ex - ex + c1 x + c2 y = x ex - 2 ex + c1 x + c2 udv = uv - v du x ex dx = x ex - ex dx = x ex - ex u = x du = dx dv = ex dx v = ex Exercícios 1) d2y = 3x2 + x + 4 dx2 2) e3x . d2 y = 5 (e5x + 2) dx2 3) d2y = x - cos 2 x dx2 4) x . d2 y = x - x2 dx2 Módulo X Equações do tipo: d2y + P1 . dy + P2 . y = Q (x) onde dx2 dx P1 e P2 são constantes e Q (x) é uma função apenas de x. Temos dois casos: 1º caso: Se Q (x) = 0 a equação d2y + P1 dy + P2 . y = 0 dx 2 dx é Homogênea. Se m2 + P1. m + P2 = 0 tiver raízes distintas, isto é, m1 m2, então a solução y = c1 em1x + c2 e m2x Será a solução geral da equação d2 y + P1 dy + P2 y = 0. dx2 dx Se as raízes forem iguais, isto é; m1 = m2 = m, então a y = c1 emx + c2 x emx será a solução geral. Ex. 1 . d2 y - dy - 6y = 0 dx2 dx m2 - m - 6 = 0 m1 = - 2 então y = c1 e- 2x + c2 e 3x m2 = 3 Ex. 2 . d2 y + dy - 12 y = 0 dx2 dx m2 + m - 12 = 0 m1 = 3 então y = c1 e3x + c2 e- 4x m2 = -4 Ex. 3 . d2 y + 4 dy = 0 dx2 dx m2 + 4 m = 0 m1 = 0 então y = c1 e 0x + c2 e- 4x m2 = -4 y = c1 + c2 e - 4x Ex. 4 . d2 y - 4 dy + 13 y = 0 dx2 dx m2 - 4 m + 13 = 0 m = 4 16 - 52 2 m = 4 - 36 2 m = 4 36 (-1) 2 m = 4 6 - 1 como i = - 1 2m = 4 6 i 2 m1 = 2 + 3 i então y = c1 e (2 + 3i) x + c2 e (2 - 3i) x m2 = 2 - 3 i usando as relações: e iax = cos ax + i sen ax e - iax = cos ax - i sen ax y = c1 e 2x . e 3ix + c2 e 2x . e - 3ix y = e 2x [ c1 e 3ix + c2 e- 3ix ] y = e 2x [ c1 (cos 3x + i sen 3x) + c2 (cos 3x - i sen 3x) ] y = e 2x [ c1 cos 3x + i c1 sen 3x + c2 cos 3x - i c2 sen 3x ] y = e 2x [ (c1 + c2) cos 3x + i (c1 - c2 ) sen 3x ] fazendo c1 + c2 = c3 e i (c1 - c2) = c4 temos: y = e 2x [ c3 cos 3x + c4 sen 3x ] Generalizando: y = c1 e (a + bi) x + c2 e (a - bi) x y = e 2x [ c3 cos b x + c4 sen b x ] Ex. 5 . d2 y - 2 dy + 10 y = 0 dx2 dx m2 - 2 m + 10 = 0 m1 = 1 + 3i onde y = c1 e(1 + 3i) x + c2 e(1 - 3i) x m2 = 1 - 3i y = e1x [ c3 cos 3x + c4 sen 3x ] Ex. 6 . d2 y + 16 y = 0 dx2 m2 + 16 = 0 m2 = - 16 m = -16 m1 = 4i então y = c1 e 4 ix + c2 e - 4 ix m2 = - 4i y = e 0x [ c3 cos 4x + c4 sen 4x ] y = c3 cos 4x + c4 sen 4x Ex. 7 . d2 y + 6 dy + 9 y = 0 dx2 dx m2 + 6 m + 9 = 0 m = - 6 36 - 36 . 2 m = - 6 0 2 m1 = - 3 então m1 = m2 = m y = c1 e- 3x + c2 x e- 3x m2 = - 3 Ex. 8 . d2 y - 2 dy + y = 0 dx2 dx m2 - 2 m + 1 = 0 m1 = 1 então y = c1 ex + c2 x ex m2 = 1 Exercícios 1) d2 y - 3 dy + 2 y = 0 dx2 dx 2) d2 y + 5 dy + 6 y = 0 dx2 dx 3) d2 y + 2 dy = 0 dx2 dx 4) d2 y + 4 y = 0 dx2 5) d2 y - 2 dy + 5 y = 0 dx2 dx 6) d2 y + 4 dy + 4 y = 0 dx2 dx 7) d2 y - dy + 1 y = 0 dx2 dx 4 2º caso: d2 y + P1 dy + P2 y = Q (x) onde Q (x) 0 dx2 dx A equação d2 y + P1 . dy + P2 . y = 0 é chamado dx2 dx Função Complementar (FC) da equação d2 y + P1 dy + P2 . y = Q (x). Devemos então, achar uma Integral dx2 dx Particular (IP) que satisfaça d2 y + P1 dy + P2 . y = Q (x), cuja solução geral dx2 dx será: y = FC + IP IP = N1 . e m1x Q (x) . e- m1x dx + N2 . e m2x Q (x) . e- m2x dx onde 1 = N1 + N2 (D - m1) (D - m2) D - m1 D-m2 Ex. 1 . d2 y - dy - 2 y = e2x dx2 dx m2 - m - 2 = 0 m1 = - 1 então FC = c1 e-x + c2 e2x m2 = 2 IP = N1 . e- x e2x . ex dx + N2 . e2x e2x . e- 2x dx IP = N1 . e- x . e3x dx + N2 . e2x dx IP = N1 . e- x . e3x + N2 . e2x . x 3 IP = 1 N1 . e2x + N2 . x . e2x 3 Cálculo de N1 e N2 1 = N1 + N2 . (D + 1) (D - 2) D + 1 N - 2 1 = N1 (D - 2) + N2 (D + 1) (D + 1) (D - 2) (D + 1) (D - 2) 1 = N1 (D - 2) + N2 (D + 1) para D = - 1 1 = - 3 N1 N1 = - 1 . 3 para D = 2 1 = 3 N2 N2 = 1 . 3 IP = 1 . ( - 1 ) . e2x + 1 . x . e2x 3 3 3 IP = - 1 e2x + 1 . x . e2x 9 3 Solução Geral: y = FC + IP y = c1 e-x + c2 e2x + 1 x e2x - 1 e2x 3 9 Ex. 2 . d2 y + 5 dy + 4 y = 3 x dx2 dx m2 + 5 m + 4 = 0 m1 = - 1 então FC = c1 e-x + c2 e- 4x m2 = - 4 IP = N1 . e- x 3 x . ex dx + N2 . e- 4x 3 x . e4x dx IP = 3N1 . e- x x ex dx + 3N2 e- 4x x e4x dx Cálculo das integrais x ex dx = x ex - ex dx x e4x dx = x e4x - e 4x dx 4 4 = x ex - ex = x e4x - e4x . 4 16 u = x du = dx u = x du = dx dv = ex dx v = ex dv = e4x v = e 4x . 4 IP = 3 N1 e-x (x e x - e x ) + 3 N2 e-4x ( x e4x - e4x ) 4 16 IP = 3 N1 (x -1) + 3 N2 x - 1 . 4 16 Cálculo de N1 e N2. 1 = N1 + N2 = N1 (D+4) + N2 (D+1) (D+1) (D+4) D+1 D+4 (D+1) (D+4) 1 = N1 (D+4) + N2 (D+1) para D = -1 1 = 3 N1 N1 = 1 . 3 para D = -4 1 = -3 N1 N2 = - 1 . 3 IP = 3 . 1 (x -1) + 3 - 1 ] [ x - 1 ] . 3 3 4 16 IP = x -1 - x + 1 . 4 16 IP = 3x - 15 . 4 16 Solução Geral: y = FC + IP y = c1e-x + c2e-4x + 3x - 15 4 16 ex3. d2y + 2 dy - 15y = 1 dx2 dx m2 + 2m - 15 = 0 m1 = 3 então FC = C1 e3x + c2 e-5x m2 = -5 IP = N1 e3x 1 . e-3xdx + N2 e-5x 1 . e5xdx IP = N1 e3x . e-3x + N2 e-5x . e5x -3 5 IP = - N1 + N2 3 5 Cálculo de N1 e N2. 1 = N1 + N2 = N1 (D+5) + N2 (D-3) (D-3) (D+5) D-3 D+5 (D-3) (D+5) 1 = N1 (D+5) + N2 (D-3) para D = 3 1 = 8 N1 N1 = 1 . 8 para D = -5 1 = -8 N2 N2 = - 1 . 8 1 -1 . IP = - 8 + 8. 3 5 IP = - 1 - 1 . 24 40 IP = -5 -3 = - 8 = - 1 . 120 120 15 Solução Geral: y = C1e3x + C2e-5x - 1 . 15 Exercícios: 1) d2 y - 3 dy + 2 y = ex dx2 dx 2) d2 y - dy - 12 y = x dx2 dx 3) d2 y + 5 dy + 6 y = 5 dx2 dx MÓDULO XI APLICAÇÕES Vigas Horizontais. O problema consiste em se determinar a deflexão (flexão) de uma viga sujeita a cargas conhecidas. Consideraremos somente vigas homogêneas, quanto ao material, e uniformes. Admitiremos a viga como sendo formada por fibras longitudinais. Na flexão vista na figura, as fibras da metade superior são comprimidas e as da metade inferior são tracionadas, as duas partes sendo separadas por uma superfície neutra cujas fibras não sofrem tração nem compressão. A fibra, que inicialmente coincidia com o eixo da viga, encontra-se, agora, na superfície neutra, ao longo de uma curva (curva elástica ou curva das deflexões). Determinemos a equação desta curva. Consideremos uma seção transversal da viga, a uma distância x de uma extremidade. Seja AB sua interseção com a superfície neutra e P o traço da curva elástica nessa seção. A Mecânica demonstra que o momento M, em relação a AB, de todas as forças que agem em qualquer das partes em que a viga foi dividida pela seção feita: a) é independente da parte considerada, b) é dado por A) EI = M R onde E = módulo de elasticidade do material da viga, I = momento de inércia da seção transversal, em relação a AB, R = raio de carvatura da curva elástica, no ponto P. Por conveniência, suponhamos que a viga foi substituída por sua curva elástica e a seção transversal pelo ponto P. Tomemos a origem na extremidade esquerda da viga, o eixo dos x na horizontal e o ponto P com as coordenadas (x,y). Como a inclinação dy da dx curva elástica, em qualquer ponto, é uma quantidade necessariamente pequena, podemos escrever 3 1+ dy ]2 2 R = dx ] 1 . d2y d2y dx2 dx2 A equação A) reduz-se a: B) EI d2y = M. dx2 O momento fletor M na seção transversal (ponto P da curva elástica) é a soma algébrica dos momentos, em relação à reta AB da seção transversal (ponto P da curva elástica), das forças externas, que agem sobre a parte da viga (parte da curva elástica). Admitiremos aqui que as forças orientadas para cima dão momentos positivos e que as orientadas para baixo dão momentos negativos. Ex 1. Uma viga horizontal de comprimento 10 m, está livremente suportada por suas extremidades. (Biapoiada). Achar a equação da elástica e a flecha (Deflexão máxima), sendo a carga 200 Kg/m. Tomemos a origem e os eixos coordenadas como na figura. Seja P (x,y) um ponto qualquer da curva elástica, de coordenadas (x,y). Consideremos o segmento OP da viga. Em O existe a reação do apoio = 1000Kg e no ponto meio de OP existe a carga 200x. Calculemos o momento fletor M em relação a P (x,y) M = 1000x - 200x . x . 2 M = 1000 x - 100x2 Levando para EI d2y = M dx2 EI d2y = 1000x - 100x2 integrando em x. dx2 EI dy = 1000 . x2 - 100 x3 + C1 dx 2 3 no meio da viga x = 5 dy = 0 dx 0 = 12500 - 12500 + C1 C1 = - 25000 3 3 EI dy = 500 x2 - 100 x3 - 25000 integrando novamente dx 3 3 EI y = 500 x3 - 100 . x4 - 25000 x + C2 3 3 4 3 Em 0 x = 0 => y = 0 não há afundamento 0 = 0 - 0 - 0 + C2 => C2 = 0 EI y = 500 x3 - 25 x4 - 25000 x 3 3 3 y = 25 [ 20 x3 - x4 - 1000 x ] equação da curva elástica. 3EI A flecha, deflexão máxima, ocorre no ponto meio (x = 5); ymax = 25 (20 x 53 - 54 - 1000 . 5) 3EI ymax = 25 (- 3125) - ymax = 78125 flecha 3EI 3EI Ex2. Uma viga horizontal de comprimento L, biapoiada, com uma carga uniformemente distribuída de w Kg por unidade de comprimento. Achar a equação da curva elástica e a flecha. M = w . x - wx . x 2 2 EI d2y = 1 wx - 1 wx2 integrando em x dx2 2 2 EI dy = 1 wx2 - 1 w x3 + C1 dx 2 2 2 3 EI dy = 1 wx2 - 1 w x3 + C1 dx 4 6 em x = dy = 0 2 dx 0 = 1 w2 - 1 w 3 + C1 4 4 6 8 0 = 1 w3 - 1 w3 + C1 0 = 3 w3 - w3 + C1 16 48 48 0 = 2 w3 + C1 C1 = - w3 48 24 EI dy = 1 wx2 - 1 wx3 - w3 integrando dx 4 6 24 EI y = 1 wx3 - 1 w x4 - w3 x + C2 4 3 6 4 24 em x = 0 y = 0 C2 = 0. EI y = 1 wx3 - 1 wx4 - 1 w3 x 12 24 24 y = 1 [ w ( 2x3 - x4 - 3x ) ] EI 24 y = w [ 2x3 - x4 - 3x] equação da elástica 24EI A flecha está em x = 2 ymax = W (2 3 - 4 - 3 . ) 24 EI 8 16 2 ymax = W ( 4 - 4 - 4 ) 24 EI 4 16 2 ymax = W (- 5 4 ) 24 EI 16 - ymax = 5 W 4 flecha 384 EI Ex. 3 . Uma vida horizontal de comprimento , engastada em uma extremidade e com a outra em balanço está sujeita a uma carga uniformemente distribuída de W. kg por unidade de comprimento. Achar a curva elástica e a deflexão máxima. Consideremos o segmento da extremidade PR. A única força é a carga W( - x) no meio de PR. M = - W ( - x) . - x 2 EI d2y = - 1 W ( - x) 2 = - 1 W (2 - 2 x + x2) dx2 2 2 EI d2y = - 1 W2 + W x - 1 W x2 integrando dx2 2 2 EI dy = - 1 W 2 x + w x2 - 1 W x3 + c1 dx 2 2 2 3 em x = 0 dy = 0 c1 = 0 dx EI dy = - 1 W 2 x + 1 W x2 - 1 W x3 integrando dx2 2 6 EI y = - 1 W 2 x2 + 1 W x3 - 1 W x4 + c2 4 6 24 em x = 0 y = 0 c2 = 0 EI y = - 1 W 2 x2 + 1 W x3 - 1 W x4 4 6 24 y = 1 [ W ( - 6 2 x2 + 4 x3 - x4)] EI 24 y = W [ - 62 x2 + 4 x3 - x4 ] equação da elástica 24EI A flecha está em x = ymax = W (- 64 + 44 - 4) 24 EI ymax = - 3W4 24 EI - ymax = W4 flecha 8 EI VIGA BIENGASTADA Ex4: 54
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