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TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS DEVIDOS AO USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS Aroldo Gavioli

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Transtornos mentais 
e comportamentais 
devidos ao uso de 
substância psicoativa 
Professor Aroldo Gavioli 
Adicção/transtorno mental devido ao uso 
de substâncias psicoativa 
Numerosos transtornos 
• Gravidade variável 
• Sintomatologia diversa 
Diferem entre si: 
• Serem todos atribuídos ao uso de uma ou de várias substâncias 
psicoativas, prescritas ou não por um médico. 
Em comum: 
CID 10 – CLASSIFICAÇÃO 
INTERNACIONAL DE DOENÇAS 
•F10-F19 Transtornos mentais e 
comportamentais devidos ao uso de 
substância psicoativa 
 
CID 10 – CLASSIFICAÇÃO 
INTERNACIONAL DE DOENÇAS 
.0 - INTOXICAÇÃO AGUDA 
.1 - USO NOCIVO PARA A SAÚDE 
.2 - SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA 
.3 - SÍNDROME [ESTADO] DE ABSTINÊNCIA 
.4 - SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA COM DELIRIUM 
.5 - TRANSTORNO PSICÓTICO 
.6 - SÍNDROME AMNÉSICA 
.7 - TRANSTORNO PSICÓTICO RESIDUAL OU DE INSTALAÇÃO TARDIA 
.8 - OUTROS TRANSTORNOS MENTAIS OU COMPORTAMENTAIS 
.9 - TRANSTORNO MENTAL OU COMPORTAMENTAL NE 
F10 – álcool 
F11. opiáceos 
F12. canabinóides 
F13. sedativos e hipnóticos 
F14. cocaína 
F15. estimulantes, inclusive cafeína 
F16. alucinógenos 
F17. fumo 
F18. solventes 
F19. múltiplas drogas 
Diagnóstico 
•Em função da substância tóxica ou da categoria de substâncias tóxicas que é a maior 
responsável pelo quadro clínico ou que lhe determina as características essenciais. 
Uso de múltiplas drogas: 
•Próprio sujeito 
•Análises de sangue e de outros líquidos corporais 
•Sintomas físicos e psicológicos característicos 
•Sinais e os comportamentos clínicos 
•Outras evidências tais como as drogas achadas com o paciente e os relatos de terceiros 
bem informados. 
fontes de informação possíveis. 
Diagnósticos suplementares 
Intoxicação aguda 
•Consequente ao uso de uma substância: 
•Perturbações da consciência, das faculdades cognitivas, da 
percepção, do afeto ou do comportamento, ou de outras funções e 
respostas psicofisiológicas. 
•Relação dos efeitos farmacológicos agudos da substância. 
•Cura completa, salvo nos casos onde surgiram lesões orgânicas ou 
outras complicações. 
Complicações: • traumatismo, aspiração de vômito, delirium, coma, 
EX: 
•Bebedeira 
•Estados de transe e de possessão na intoxicação por substância 
psicoativa 
• Intoxicação alcoólica aguda 
• Intoxicação patológica 
• “Más viagens” (drogas) 
Uso nocivo para a saúde 
Modo de consumo prejudicial à saúde. 
Causa complicações. 
• As complicações podem ser: 
• Físicas: Hepatite ou HIV consequente a injeções de droga 
• Psíquicas: episódios depressivos secundários a grande consumo de álcool 
Abuso de uma substância psicoativa 
Síndrome de dependência 
Conjunto de fenômenos que se desenvolvem após repetido consumo de uma 
substância psicoativa. 
Tipicamente: 
• Desejo poderoso de tomar a droga 
• Dificuldade de controlar o consumo 
• Utilização persistente apesar das consequências 
• Maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades e obrigações 
• Tolerância pela droga 
• Estado de abstinência física. 
Síndrome de abstinência 
• Sintomas que se agrupam de 
diversas maneiras e cuja gravidade 
é variável. 
• Ocorrem quando de uma 
abstinência absoluta ou relativa de 
uma substância psicoativa 
consumida de modo prolongado. 
• O início e a evolução limitadas no 
tempo e dependem da categoria e 
da dose da substância consumida 
imediatamente antes da parada ou 
da redução do consumo. 
• Pode se complicar pela ocorrência 
de convulsões. 
Síndrome de abstinência com delirium 
Estado no qual a síndrome de abstinência se complica com 
a ocorrência de delirium. 
Este estado pode igualmente comportar convulsões. 
Delirium tremens (induzido pelo álcool) 
Delirium 
(de: fora; e liros: sulcos): fora 
do trilho. 
Alteração do juízo crítico em 
decorrência de uma estado de 
perturbação da consciência 
Transtorno psicótico relacionado ao uso de 
substâncias 
• Fenômenos psicóticos que ocorrem durante ou 
imediatamente após o consumo de uma substância 
psicoativa. 
• Caracteriza pela presença de alucinações, ideias delirantes, 
de perturbações psicomotoras (agitação ou estupor) e de 
afetos anormais, podendo ir de um medo intenso ao êxtase. 
• O sensório não está habitualmente comprometido, mas pode 
existir um certo grau de obnubilação da consciência embora 
possa estar presente a confusão mas esta não é grave. 
Síndrome amnésica 
• Presença de transtornos crônicos importantes da memória (fatos 
recentes e antigos). 
• A memória imediata está habitualmente preservada e a memória dos 
fatos recentes está tipicamente mais perturbada que a memória remota. 
• Habitualmente existem perturbações manifestas da orientação temporal e 
da cronologia dos acontecimentos, assim como ocorrem dificuldades de 
aprender informações novas. 
• Pode apresentar confabulação intensa, mas nem sempre esta presente. 
• As outras funções cognitivas estão em geral relativamente bem 
preservadas e os déficits amnésicos são desproporcionais a outros 
distúrbios. 
 
Transtorno psicótico residual ou de 
instalação tardia 
• Transtorno no qual as modificações persistem além do 
período durante o qual podem ser considerados como um 
efeito direto da substância. 
• A ocorrência da perturbação deve estar diretamente ligada 
ao consumo de uma substância psicoativa. 
• Somente deverão ser codificados neste caractere casos com 
evidências que permitam atribuir sem equívoco as 
manifestações ao efeito residual da substância. 
Transtorno psicótico residual ou de 
instalação tardia 
Demência: 
• alcoólica SOE 
• e outras formas leves de alterações duradouras das funções cognitivas 
• “Flashbacks” 
Síndrome cerebral crônica de origem alcoólica 
Transtorno (da) (das): 
• afetivo residual 
• percepções persistentes induzidos pelo uso de alucinógenos 
• personalidade e do comportamento residual 
• psicótico de instalação tardia, induzido pelo uso de substâncias psicoativas 
DROGAS 
CLASSIFICAÇÃO E 
EFEITOS NO ORGANISMO 
DROGA 
QUALQUER SUBSTANCIA NÃO PRODUZIDA 
PELO ORGANISMO QUE TEM PROPRIEDADE DE 
ATUAR SOBRE UM OU MAIS DOS SEUS 
SISTEMAS, CAUSANDO ALTERAÇÃO DO SEU 
FUNCIONAMENTO 
A DROGA NÃO É BOA OU MÁ. 
ALGUMAS SÃO MEDICAMENTOS, 
OUTRAS SÃO VENENOS OU 
TÓXICOS, OU AINDA A MESMA 
SUBSTÂNCIA PODE FUNCIONAR 
COMO MEDICAMENTO EM CERTAS 
SITUAÇÕES E COMO TÓXICOS EM 
OUTRAS. 
Hoje vamos estudar os efeitos álcool , que é a 
principal droga consumida pelo brasileiros e 
também aquela que causam maiores complicações e 
custos sociais, econômicos e familiares. 
CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS 
Do ponto de vista legal 
• Comercializadas de forma legal, podendo ou não ser submetidas a 
algum tipo de restrição, como álcool e cigarros, que são proibidos 
para menores. 
Lícitas 
• Proibidas por lei, exemplo: maconha e cocaína. 
Ilícitas 
Ação da droga no sistema nervoso central 
• Variedade de substâncias que causam diminuição da atividade global ou 
de certos sistemas específicos do SNC. Redução da atividade motora, ↓ 
reatividade a dor e da ansiedade, sendo comum um efeito euforizante 
inicial e, posteriormente , aumento da sonolência. 
Depressoras da atividade mental 
• Álcool. Barbitúricos, benzodiazepínicos, opioides, solventes e inalantes 
Ex: 
Ação da droga no sistema nervoso central 
• Variedade de substâncias que são capazes de aumentar a 
atividade de determinados sistemas neuronais, o que traz, 
como consequências, estado de alerta exagerado, insônia, 
aceleração dos processos psiquicos. 
Estimulantes da atividade mental 
• Tabaco, cafeína, anfetaminas, cocaína, 
Ex: 
Ação da droga no sistema nervoso central 
• Variedade de substâncias que provocam alterações no funcionamento 
cerebral, que resultam em vários fenômenos psíquicos anormais, entre 
os quais se destacam os delírios e as alucinações, por este motivo estas 
drogas são chamadas de alucinógenos. 
Perturbadoras da atividade mental 
• Maconha, LSD, Ectasy,anticolinérgicos (artane, akineton), esteroides. 
Ex: 
álcool 
• Depressor do SNC mais frequentemente usado, sendo causa 
de considerável morbidade e mortalidade. 
• 90% dos adultos norte-americanos, em algum momento da 
vida, tiveram alguma experiência com o álcool, 
• Em torno de 60% de homens e 30% de mulheres já tiveram 
um ou mais acontecimentos vitais adversos relacionados ao 
álcool. 
Causas do Alcoolismo 
A motivação para ingerir álcool pode estar radicada em vários fatores: 
• Ordem biológica 
• Ordem psicológica ou social 
• Muitas vezes uma única razão não é distinguível 
“não há alcoolismo primário, propriamente dito, sendo os casos quase que 
totalmente secundários a “algo” subjacente à personalidade do paciente”. 
Causas do Alcoolismo 
Condições preexistentes de personalidade: 
• Nível intelectual, 
• Traços neuróticos ou psicóticos, 
• Traços epileptóides 
• Traços depressivos 
• Fatores sociais (trabalho, profissão) 
Tais fatores favorecem o estabelecimento de uma dependência mais precoce em relação ao tóxico e evolução 
mais grave e rápida da doença alcoolismo. 
Muitas vezes o álcool é utilizado como modo de fuga de problemas, onde a ingestão alcoólica leva à uma 
tranqüilidade passageira 
O mesmo acontece com os constitucionalmente deprimidos que alcançam certa estimulação à custa da 
bebida. 
Causas do Alcoolismo 
Nas coletividades em que o consumo de álcool é realizado em grupo a freqüência de alcoolismo é 
menor. 
Nos cerimoniais em que o álcool participa como denominador comum, as crianças desde cedo 
“aprenderiam a beber”, da mesma forma com que aprendem a respeitar os princípios religiosos ou as 
regras do jogo de futebol. 
Nessas condições o álcool não seria ingerido com conotações de prazer ou para produzir relaxamento, 
à esse uso seria atribuído um papel sobrenatural ou “divino”, ou estaria reservado um significado de 
“cimento familiar”. 
Entre os israelitas, o álcool é ingerindo segundo esse modelo, sendo raramente observado alcoolismo 
entre eles. 
Metabolismo do Álcool 
• Depois de absorvido, distribui-se uniformemente por todo o espaço 
extracelular. 
• O álcool se concentra nos tecidos mais ricos em água ou que têm 
maior poder de oxidá-lo. 
• No LCR (muita água) o teor alcoólico existente é aproximadamente 
25% maior do que no sangue. 
• Atinge o SNC e também atravessa a placenta, atingindo a 
circulação fetal. 
Ingestão oral – início do processo de absorção. 
Metabolismo do Álcool 
• O hálito característico: da pessoa embriagada é proveniente 
das 
• Vias digestivas 
• Vias respiratória(principalmente) 
• Odor do álcool 
• Substâncias aromáticas da bebiba 
 
• A dose letal de etanol introduzida rapidamente no 
organismo, em aproximadamente uma hora, é de 1,5 a 2,5 
g/Kg. 
Efeitos Somáticos do Alcoolismo 
O álcool 
compromete 
o organismo 
humano 
severamente, 
sendo os 
setores mais 
intensamente 
atingidos: 
Fígado 
Pâncreas 
Sistema cardiovascular 
Aparelho digestivo 
Rins 
Aparelho respiratório, 
Sangue e tecido hematopoético 
Aparelho reprodutor 
Musculatura esquelética 
Glândulas endócrinas 
Sistema nervoso central. 
Efeitos Psíquicos do Alcoolismo 
ALCOOLISMO AGUDO (embriaguez fisiológica): 
• Observa-se sempre certa proporção entre as quantidades 
de álcool ingeridas, os índices alcançados pela alcoolemia e 
a intensidade dos sintomas psíquicos apresentados pelo 
paciente. 
• Em níveis perto de 150 mg% surge certa euforia e 
discreta excitação com aparente vivacidade intelectual, 
alegria e desembaraço. 
Efeitos Psíquicos do Alcoolismo 
ALCOOLISMO AGUDO (embriaguez fisiológica): 
• Elevações dos níveis até 300 mg% surgem perturbações mais graves, 
comprometendo-se acentuadamente o nível de consciência, nestas 
ocasiões a fala torna-se pastosa, surgem tremores das extremidades, 
a marcha torna-se ebriosa, as pálpebras ficam pesadas, ocorrendo 
quedas freqüentes. O agravamento da intoxicação causa certo grau 
de anestesia, diplopia, redução do campo visual e sonolento. 
• Quando a alcoolemia se encontra em torno de 400 a 500 mg%, 
segue-se a fase do sono profundo ou coma alcoólico, com anestesia 
profunda, abolição dos reflexos, hipotermia, depressão 
cardiorrespiratória. 
Efeitos Psíquicos do Alcoolismo 
• ALCOOLISMO AGUDO: 
• A embriaguez patológica caracteriza-se pela desproporção entre as 
pequenas quantidades ingeridas e a riqueza de manifestações na esfera 
psíquica. 
 
• A dipsomania é caracterizada por impulsos de ingestão de grandes 
quantidades de alcool, que surgem de forma episódica no indivíduo. 
 
• Quando não encontra bebidas alcoólicas, desesperado, o dipsômano 
ingere outras substâncias obtidas no momento, como éter, gasolina, 
perfumes, querosene ou água de colônia. 
 
Efeitos Psíquicos do Alcoolismo 
ALCOOLISMO CRÔNICO: 
• O delírio alcoólico subagudo: 
• É o mais freqüentemente observado na clínica, tendo como característica os tremores 
finos das extremidades digitais, da língua e da musculatura facial, além de movimentos 
amplos e desordenados dos membros superiores e inferiores. 
• Na esfera psíquica, insônia rebelde, inquietação, grande sugestibilidade e riqueza de 
perturbações perceptivas visuais. Em formas mais graves, o paciente apresenta grande 
dificuldade em falar. 
• No início ou durante o quadro podem ocorrer convulsões generalizadas. São descritas 
também perturbações vestibulares combinadas com visões de paredes caindo ou do solo se 
movendo sob os pés. 
Efeitos Psíquicos do Alcoolismo 
ALCOOLISMO CRÔNICO: 
• O delírio alcoólico agudo: 
• É muito raro, a síndrome é desencadeada por condições “estressantes”, tais como: intervenções 
cirúrgicas, traumatismos, infecções agudas, principalmente do aparelho respiratório, modificações do 
regime alimentar e choques emocionais. Tanto se pode observar o desencadeamento da síndrome 
por aumento da ingestão alcoólica, redução ou interrupção brusca e completa da bebida. 
 
• O delírio alcoólico agudo possui duas fases distintas, a fase prodrômica e a fase crítica. 
• A prodrômica é caracterizada por: distúrbios gastrintestinais, sudorese excessiva, desequilíbrio, 
incoordenação motora, marcha insegura e algumas vezes crises convulsivas; as queixas mais referidas 
pelo paciente nesse período são perturbações visuais, secura da boca e da língua, insônia rebelde, 
intensa ansiedade, sonhos aterrorizantes e alucinações visuais; este período pode durar de 3 a 4 dias. 
 
Efeitos Psíquicos do Alcoolismo 
ALCOOLISMO CRÔNICO: 
• O delírio alcoólico agudo: 
• O quadro biológico dessa patologia é severo, caracterizado por desidratação maciça, global, 
com catabolismo intenso do nitrogênio, acúmulos de corpos cetônicos, hipocalemia, 
hipercaliúria e queda dos eosinófilos circulantes no plano hematológico. 
• Deve ser realizado diagnóstico diferencial com: quadros infecciosos, síndromes meníngeas, 
pasicoses epilépticas, síndromes agudas de excitação maníaca, outros delírios tóxicos agudos 
(éter, cloral, cocaína), porfirias agudas, encefalopatias agudas de origem pancreática, 
insuficiência supra-renal aguda, encefalite psicósica aguda de Marchand – Coutois, 
embriaguez alcoólica fisiológica e encefalopatias alcoolicas crônicas. 
• São complicações desse quadro: colapso cardiovascular, insuficiência renal, insuficiência 
hepática, perfurações do tubo digestivo, complicações respiratórias e neurológicas. 
Efeitos Psíquicos do Alcoolismo 
ALCOOLISMO CRÔNICO: 
• O delírio alcoólico agudo: 
• As crises convulsivas, surgidas alguns anos após a instalação do alcoolismo crônico, foram 
generalizadas do tipo grande mal e não precedidas por aura, ocorrendo quase sempre no período 
inicial de abstinência alcoólica e raras vezes no apíce da intoxicação etílica. 
 
• Na maioria dos pacientes, as convulsões ocorrem unicamente durante a síndrome de abstinência 
alcoólica. 
 
• Em outros, a convulsãoé desencadeada diretamente pela ação tóxica do álcool, que atua como 
fator precipitante. 
• Num terceiro grupo, situam-se os epilépticos que, secundariamente, se tornaram alcoólatras. 
Efeitos Psíquicos do Alcoolismo 
FORMAS DELIRANTES: 
•Os delírios crônicos podem ser de dois tipos: 
•Delírio de ciúme(associado a personalidade paranóide) 
•Psicose alucinatória: instala-se bruscamente sob a forma de uma crise onírica 
ou através de um quadro de automatismo mental ou ainda insidiosamente, 
sobretudo por distúrbios do humor e do caráter. As alucinações são 
predominantemente auditivas e visuais. 
•A alucinose alcoólica é caracterizada sempre por verdadeiras alucinações, em 
função das quais o paciente pode até cometer crimes pavorosos. 
•As seqüelas pós-oníricas são a persistência, no consciente, de idéias, convicções e 
vivências ocorridas durante o período onírico. Evoluem por estágios progressivos, 
com participação cada vez maior da crítica até a remissão total. 
 Deficiência de 
tiamina 
• Ataxia cerebelar 
• Paralisia do Nervo Abducente 
• Alterações mentais 
• Nistagmo 
Encefalopatia de Wernicke 
Psicose de Korsakoff 
• Amnésia anterógrada 
Lesões talâmicas, dos corpos mamilares, da substância cinzenta 
periaquedutal mesencefálica, dos colículos superiores e assoalho 
do IV ventrículo. 
• Estado confusional global. 
• Confabulação - invenção ou criação de histórias 
• Incapaz de lembrar-se, utiliza-se de fragmentos de memórias de eventos passados 
• A confabulação não está sempre presente nem é um requisito para o diagnóstico. 
Fase inicial: 
• Associação de amnésia, fabulação e desorientação. 
• Amnésia - distúrbio da memória anterógrada - dificuldade ou impossibilidade de formar 
novas memórias 
• Fabulação com falsos reconhecimentos e desorientação têmporo-espacial 
• Quadro de confusão mental que evolui sobre um fundo de euforia. 
Fase desenvolvida: 
• Fabulações e os falsos reconhecimento são mais frequentes 
• Desorientação têmporo-espacial 
• Confusão mental e até demência 
Fase terminal: 
Duas condições raras. 
Mielinólise Central Pontina: 
• Disfagia, disartria, afonia, dificuldades para engolir, oftalmoplegia completa, falta de reação 
corneana, quadriparesia ou quadriplegia hipo ou arrefléxica e, até, morte. 
Doença de Marchiafava Bignami: 
• Necrose do corpo caloso, manifesta-se por deterioração neurológica rápida. 
• Agitação, confusão mental, alucinações, negativismo, ataxia, disartria, hipertonia, julgamento 
prejudicado e desorientação. 
• Pode haver disfagia, ecolalia, distúrbios da marcha, incontinência urinária e fecal, perseveração 
do pensamento. 
Alcoolistas com cirrose 
hepática (8%). 
• Manifestações encefálicas surgem à 
medida que se agrava a hipertensão 
porta. 
• Perturbações do nível de consciência 
(obnubilação) e modificações de 
humor, apatia, irritabilidade ou 
despreocupação jovial, pueril. 
• Quadro psíquico - — amônia no 
sangue 
• Cura - muito rara 
 Anamese com próprio paciente e familiares 
 
 Bem conduzida e pormenorizada sobre o uso de alcoólicos, 
seguida de minucioso exame físico na maioria dos casos assegura 
ou não a existência da doença. Nas intoxicações agudas a retirada 
de sangue ou coleta do ar expirado e posterior dosagem do teor 
alcoólico permitem esclarecer definitivamente o caso. 
 Se assemelham a transtornos mentais primários ( ex: transtorno 
depressivo maior X transtorno do humor induzido por álcool, com 
características depressivas, com início durante intoxicação). 
 Fraca coordenação e o prejuízo associados com intoxicação com 
álcool - acidose diabética, ataxias cerebelares, esclerose múltipla 
 Sintomas de abstinência do álcool – hipoglicemia, cetoacidose 
diabética e tremor essencial 
 Intoxicação com álcool - sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos.

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