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Teoria A - Premissas do SGQ

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GESTÃO DA QUALIDADE PROFESSORA: Telma Fidelis DATA: 17/MAR/15 
PREMISSAS DE IMPLEMENTAÇÃO 
DO SGQ 
CURSO: 
Engenharia de Produção 
 
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CONCEITOS PRELIMINARES 
 
As organizações têm problemas e dificuldades para assegurar a satisfação dos clientes e de 
outras partes interessadas, evidenciando a necessidade da implementação de um Sistema da 
Gestão da Qualidade (SGQ). 
 
Alguns sintomas que justificam a construção e a implementação de um sistema de gestão que 
considere: 
 
� a necessidade de se ter foco no cliente; 
� o imperativo da identificação e da análise da interdependência dos processo que 
agregam valor ao cliente; 
� o asseguramento da qualidade dos produtos; 
� e a adequada provisão e utilização dos recursos necessários para garantir que os 
objetivos da organização serão atingidos. 
 
Dentre outros sintomas podem ocorrer nas organizações: 
 
1) Os gestores não conhecem, não monitoram e não 
controlam seus processos, sejam eles da área 
administrativa, comercial, produtiva, de manutenção, 
ou de materiais, convivendo com problemas 
relacionados à qualidade dos produtos e à 
produtividade dos processos; 
 
2) Os gestores limitam-se a atuar reativamente sobre 
as não-conformidades aparentes, fazendo com 
que as causas reais dos problemas existentes 
tornem-se crônicas por falta de ação corretiva ou 
preventiva; 
 
 
 
3) Os níveis praticados da qualidade e produtividade não são conhecidos pelos gerentes, 
pelos supervisores ou pelos operadores dos processos, que não estão habituados a 
estabelecer e gerenciar indicadores de desempenho. 
 
4) Os gestores em todos os níveis não se sentem comprometidos com a necessidade de 
atender aos requisitos dos clientes e aos requisitos, regulamentares relacionados ao 
produto gerado; 
 
5) Muitos problemas da qualidade e da produtividade estão ligados tanto falta de 
treinamento e de habilitação para a tarefa quanto ao baixo nível técnico dos 
executantes que não possuem a competência requerida; 
 
 
 
 
 
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6) Os processos são executados sem rotinas 
padronizadas ou com obsoletas que não são 
cumpridas ou questionadas, não assegurando, 
previsibilidade para seus resultados; 
 
7) Não há preocupação com as informações 
necessárias ao trabalhador, nem delegação clara 
de autoridade para a execução da tarefa; 
 
8) Os equipamentos e as ferramentas utilizados, na maioria das vezes não estão 
calibrados ou em condições adequadas de uso; 
� Não há preocupação com a medição daquilo que se faz, e, portanto, não se sabe 
realmente o que é feito; 
� Os processos existentes não são questionados quanto à sua real capacidade de 
produzir com a qualidade exigida pelo cliente, seja interno ou externo; 
 
9) Os níveis de desperdícios não são conhecidos, avaliados ou questionados pelos 
gestores, que não se sentem comprometidos com sua redução; 
 
10) Os problemas são escondidos, deixando de ser registrados ou documentados para 
análise crítica posterior, perdendo-se os dados históricos necessários para sua solução 
efetiva; 
 
 
11) Os diferentes níveis de decisão 
organizacional, desde a Alta 
Administração até o nível operacional, 
não têm claramente definidos seus 
níveis de autoridade e 
responsabilidade, 
 
12) Não existe integração dos esforços 
despendidos pelos diferentes 
processos da organização, nem 
alinhamento a políticas, a diretrizes e 
a objetivos comuns, acarretando o 
aparecimento de desempenhos que, 
apesar de serem considerados bons 
para os processos locais, não 
resultam no desempenho global 
desejado. 
 
 
 
 
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NECESSIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO DE UM SGQ 
 
 
 
 
 A existência dos problemas é a comprovação de que as 
organizações precisam de um Sistema da Gestão da Qualidade 
capaz de comprometer as ações de gestão com políticas, 
objetivos e diretrizes preestabelecidos, e de implantar rotinas e 
padrões de gestão que levem ao tratamento das não-
conformidades observadas, ao aprendizado contínuo e ao 
aprimoramento dos níveis de desempenho dos processos. 
 
 
 
O QUE É UM SISTEMA? 
Um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos inter-relacionados que 
interagem no desempenho de uma função. É uma definição tão abrangente que pode ser usada 
em uma grande variedade de contextos, como por exemplo: 
sistema econômico, 
sistema computacional, 
sistema de injeção eletrônica, etc. 
O que unifica todos estes exemplos é o fato de que cada um deles possui um conjunto de 
elementos inter-relacionados (chamados de componentes, subsistemas ou subunidades), e que 
podemos identificar alguma função desempenhada pelo sistema como um todo, como: 
Sistema econômico 
manter os recursos da economia em circulação 
 
Sistema Computacional 
atender a uma determinada necessidade de 
processamento de informações de usuários 
 
Sistema de injeção eletrônica 
regular a mistura ótima de combustível e ar 
para o funcionamento do motor 
 
 
 
 
 
 
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 POR QUE SISTEMA DA QUALIDADE? 
 
“Qualidade deve estar presente em todas as atividades e saídas de processos de um 
organização.” 
 
 
 O mundo moderno vem sendo objeto de profundas e 
aceleradas transformações as quais requerem mudanças de 
grande amplitude nas organizações, demandando tempo, 
vontade e competência por parte de todos. 
 Essas mudanças reduzem a hierarquia, descentralizam a 
autoridade, estimulam parcerias e privilegiam a Qualidade com 
foco nos clientes, tornando as organizações mais 
empreendedoras, inovadoras e competitivas. 
 Mediante seus resultados e um cenário mundial cada vez mais 
competitivo, as organizações vêm implementando seus Sistemas 
de Gestão baseado nos modelos de sucesso focados na 
Qualidade. 
A EVOLUÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE? 
 
A preocupação com a Qualidade é milenar. Sua utilização como 
função gerencial determinou práticas utilizadas durante certo período, fomentando o surgimento 
de outras sistemáticas incorporadas à gestão como ferramentas específicas. Entre outras 
podemos citar as seguintes: 
 
Inspeção: 
Nesse período a qualidade se restringia ao produto acabado, não produzindo 
Qualidade, mas apenas indicando defeitos. Os consumidores acabavam 
inspecionando os bens e serviços. 
Controle 
Estatístico: 
Com o aparecimento da produção em massa, surge o Controle 
Estatístico (CEP), a introdução de técnicas de amostragem, 
e procedimentos com base estatística e o setor de Controle da Qualidade. 
Sistemas da Qualidade começam a ser Introduzidos (Anos 30 “EUA; Anos 40″ 
Japão). 
Gestão da 
Qualidade 
Total: 
Na década de 50 surge uma nova filosofia gerencial, marcando o deslocamento 
da análise do produto ou serviço para a concepção de um Sistema da 
Qualidade. A Qualidade deixa de ser um aspecto do produto e responsabilidade 
apenas de um departamento e passa a ser uma atribuição de toda 
a organização (PDCA). 
 
 
 
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Na década de 80 em diante, com vistas à sobrevivência das empresas e consideração a 
sociedade mais competitiva, o Planejamento Estratégico se consolida atrelado às novas 
técnicas de gestão e impacto da Qualidade sobretodo o mercado. A Excelência da Qualidade é 
a nova ordem das organizações. 
 
“Todos nós devemos ver a Gestão da Qualidade não apenas como mais um programa de 
modernização. Trata-se de uma nova maneira de ver as relações entre as pessoas, na qual 
o benefício comum é superior ao de uma das partes.” 
 
E para mantermos a produtividade também é imprescindível que não deixemos a falta de 
Qualidade impactar negativamente. Devemos então levar em consideração os seguintes fatores: 
 
• Deficiências na capacitação dos recursos humanos quanto aos conceitos e premissas 
do SGQ, 
• Modelos gerenciais que não geram motivação à força de trabalho, 
 
 
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• Tomada de decisões não sustentadas adequadamente por fatos e dados gerados pelo 
próprio SGQ, 
• Posturas e atitudes que não promovem à melhoria contínua dos processos. 
 
A Gestão da Qualidade precisa ser entendida como uma filosofia que exige mudanças de 
atitudes e comportamento, visando: 
• A mudança de cultura da Organização como um todo, 
• A descentralização da estrutura de decisões, 
• O contínuo aprimoramento dos processos, 
• O comprometimento de todos com o desempenho e resultados, 
• Autocontrole (mudança do sistema de controle da Qualidade atual), 
• Relações internas mais participativas, 
• Comunicação mais eficiente 
 
A ideia básica de um planejamento da Qualidade como objeto de um Sistema de Gestão é a 
busca da produção dentro da conformidade, ou seja, a produção correta da primeira vez.

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