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Farmacocinética do etanol rapidamente absorvido por difusão No estômago 20% Intestino delgado 80% Cmáx: 30 a 90 min após a ingestão Quanto maior a velocidade de esvaziamento gástrico, Maior absorção ABSORÇÃO Plenitude gástrica alc oo lem ia (% ) estômago vazio estômago cheio Farmacocinética do etanol FATORES QUE INLUENCIAM A ABSORÇÃO Natureza,volume, teor da bebida alcoólica BEBIDA TEOR ALCOÓLICO VOLUME INGERIDO CERVEJACERVEJA 5%5% 200 200 mLmL VINHOVINHO 10%10% 100 100 mLmL GIMGIM 50%50% 20 20 mLmL 5 5 -- 10 %10 % baixa absorbaixa absorççãoão 15 15 -- 40%40% mais facilmente absorvidomais facilmente absorvido > 40%> 40% absorabsorçção diminuão diminuíídada Farmacocinética do etanol FATORES QUE INLUENCIAM A ABSORÇÃO Presença de medicamentos Aspirina: aumenta absorção (reduz a ação da ADH gástrica) Tempo de ingestão Fatores fisiopatológicos sexo Peso corporal Deficiência proteica grave: absorção extremamente rápida Fatores genéticos e ambientais Farmacocinética do etanol FATORES QUE INLUENCIAM A ABSORÇÃO Farmacocinética do etanol DISTRIBUIÇÃO Molécula de etanol é pequena, polar, hidrossolúvel Governada pelo conteúdo de água dos vários órgãos e tecidos Distribuição rápida e uniforme, diretamente proporcional à quantidade de água no organismo Não é relatada ligação às proteínas plasmáticas URINA/SANGUEURINA/SANGUE 1,251,25 SALIVA/SANGUESALIVA/SANGUE 1,201,20 LLÍÍQUOR/SANGUEQUOR/SANGUE 1,141,14 PLASMA/SANGUEPLASMA/SANGUE 1,051,05 SORO/SANGUESORO/SANGUE 0,990,99 CCÉÉREBRO/SANGUEREBRO/SANGUE 1,001,00 AR ALVEOLAR/SANGUEAR ALVEOLAR/SANGUE 1/2.1001/2.100 Farmacocinética do etanol DISTRIBUIÇÃO AR EXALADO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO LEI N° 9.503- 23/09/97 DIRIGIR SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL OU DE QUALQUER SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE OU QUE DETERMINE DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA. INFRAÇÃO — GRAVÍSSIMA LIMITE: “etanol” SANGUE 0,6 g /L 0,3 g/L prevenção e controle etanol no motorista PERGUNTA-SE: Qual a dose de etanol necessária para atingir o “limite” de 0,6 g/L no sangue ? Concentração sangüínea de etanol após meia hora de ingestão de quantidades variáveis de bebidas alcoólicas 0,96 0,64 0,32 Conc.plasm. (g/L) 60 kg Peso corporal 0,720,813 doses cerveja, vinho, uísque 0,480,542 doses cerveja, vinho, uísque 0,240,271 dose cerveja, vinho, uísque 80 kg70 kgQuantidade ingerida Conc.plasm. = dose (g) Vd x peso (kg) Vd = 0,6 L/kg (adultos) LIMITE: “etanol” SANGUE - 0,6 g /L concentração de etanol no sangue PARÂMETRO DE REFERÊNCIA concentração de etanol no sangue PARÂMETRO DE REFERÊNCIA Completa inconsciência, coma, anestesia, difi ld d i l tó i Coma3,5 a 5,0 Apatia, inércia geral, diminuição marcada das respostas aos estímulos, incontinência urinaria e debilidade da consciência. Estupor2,7 a 4,0 Desorientação, confusão mental, vertigens, estado emocional exagerado, distúrbios da sensação e da percepção. Debilidade no equilíbrio, incoordenacão muscular, dificuldade na fala. Confusão1,8 a 3,0 Instabilidade emocional, decréscimo das inibições, perda do julgamento critico, enfraquecimento da memória e da compreensão. Alguma incoordenação motora. Excitação0,9 a 2,5 Suave euforia, sociabilidade, decréscimo das inibições. Diminuição da atenção, julgamento e controle. Euforia0,3 a 1,2 Nenhuma influencia aparente. Testes especiais revelam pequenos transtornos sub-clínicos. Sub-clínico0,1 a 0,5 Sinais e sintomas clínicos EstágioEtanol no sangue (g/L) Farmacocinética do etanol VIAS DE BIOTRANSFORMAÇÃO Somente 2- 10% absorvido é eliminado inalterado (rins e pulmões) 90 – 98% oxidado no organismo, principalmente no fígado. 1. ÁLCOOL DESIDROGENASE (ADH) • Citosol, fração solúvel 2. SISTEMA MICROSSOMAL DE OXIDAÇÃO DO ETANOL (SMOE) • Retículo endoplasmático, fração microssomal 3. Catalase • Peroxissomas 1. ÁLCOOL DESIDROGENASE (ADH) • Citosol, fração solúvel SATURÁVEL DEVIDO À DEPLEÇÃO DO NAD+ Velocidade de metabolismo do etanol em média 60-150 mg/kg.h ou 4 a4 a 10 g de etanol/h10 g de etanol/h Cinética de ordem zero – concentração sangue acima de 0,1 g/L 1 dose - 11,5 g - 1,4 h – 0,27 g/L 2 doses - 23 g - 2,9 h – 0,54 g/L 3 doses - 34,5g - 4,3 h – 0,81 g/L 4 doses - 46 g - 5,8 h – 1,08 g/L Farmacocinética do etanol USO CRÔNICO BIOTRANSFORMAÇÃO não se satura, não depende de NAD, utiliza NADPH como cofator PODE SER INDUZÍVEL uso crônico etanol (> 0,1 g/L, especialmente > 1 g/L) MEOS compartilha muitas propriedades com outras enzimas microssomais Enzima chave desse sistema: cit P4502E1 (aumenta 4-10x) 2. SISTEMA MICROSSOMAL DE OXIDAÇÃO DO ETANOL (SMOE) • Retículo endoplasmático, fração microssomal Farmacocinética do etanol USO CRÔNICO BIOTRANSFORMAÇÃO Papel da MEOS no metabolismo do etanol Inibição da biotransformação de fármacos ETANOL ACETALDEÍDO Álcool Desidrogenase FÁRMACOS METABÓLITOS fíg ad o sa ng ue CYP2E1 ETANOL ACETALDEÍDO Álcool Desidrogenase FÁRMACOS METABÓLITOS fíg ad o sa ng ue CYP2E1 FÁRMACOS METABÓLITOS fíg ad o sa ng ue CYP2E1 ETANOL ACETALDEÍDO Álcool Desidrogenase FÁRMACOS METABÓLITOS fíg ad o sa ng ue CYP2E1 Papel da MEOS no metabolismo do etanol Tolerância metabólica Tolerância metabólica cruzada warfarin, pentobarbital, diazepam, difenil- hidantoína Capacidade única da CYP2E1 de gerar espécies reativas de oxigênio, tais como radicais superóxidos Ativar xenobióticos em seus metabólitos tóxicos, geralmente radicais livres Solventes industriais:CCl4 bromobenzeno Anestésicos: halotano Medicamentos: isoniazida, paracetamol Papel da MEOS no metabolismo do etanol Metabolismo do acetaldeído ACETALDEÍDO CH3CHO ACETATO CH3COO- NADH + H+ NAD+ Aldeído Desidrogenase (mitocôndria) CoA Acetil CoA CO2 + H2O Krebs PROBLEMAS NUTRICIONAISPROBLEMAS NUTRICIONAIS 1g 1g EtOHEtOH→→ 7 cal7 cal velvel. . biotrbiotr. 8g/h . 8g/h →→ 192g 192g EtOHEtOH/dia /dia →→ 1.344 cal/dia1.344 cal/dia (60% valor necess(60% valor necessáário) rio) →→ ““calorias vaziascalorias vazias”” (deficiência de (deficiência de folatofolato, tiamina e outras vitaminas, tiamina e outras vitaminas)) CONSUMO CRÔNICO DE CONSUMO CRÔNICO DE ÁÁLCOOLLCOOL Geração excessiva de NADH redução da relação NAD/NADH alteração do potencial redox no citossol Acúmulo de acetaldeído Produção aumentada Taxa diminuída de oxidação do acetaldeído nas mitocôndrias EFEITOS METABEFEITOS METABÓÓLICOS DO ETANOLLICOS DO ETANOL (alco(alcoóólicos crônicos)licos crônicos) • GeraGeraçção excessiva de NADHão excessiva de NADH Hipoglicemia Diminuição da gliconeogênese (aa convertidos à glicose no fígado) alimentação deficiente: depleção de glicogênio, carboidratos insuficientes Acidose láctica (lactato aumentado no sangue) Rim: lactato interfere excreção ac. úrico Hiperuricemia ( exacerba a gota) X ETANOLETANOL ACETALDEACETALDEÍÍDODO NAD+ H+ + NADH LactatoLactato PiruvatoPiruvato glicoseglicose aaACETALDEACETALDEÍÍDODO NAD+ H+ + NADH CH X Etanol Acetaldeído Acúmulo de gordura H+ diretamente deslocado para síntese α- glicerofosfato e ác.graxo – precursores TG – acúmulo de TG (esteatose- fígado gorduroso) atividade do ciclo de Krebs está diminuída, demora nas reações que requerem NAD ⇒ mitocôndria utiliza H+ doetanol e não o derivado da oxidação dos AG álcool em grandes quantidades- descarga hormonal mobiliza gordura do tecido adiposo para fígado Secreção de lipoproteínas Hiperlipemia (danos cardíacos) • GeraGeraçção excessiva de NADHão excessiva de NADH EFEITOS METABEFEITOS METABÓÓLICOS DO ETANOLLICOS DO ETANOL (alco(alcoóólicos crônicos)licos crônicos) • GeraGeraçção excessiva de ão excessiva de acetaldeacetaldeíídodo Altamente tóxico, mutagênico e carcinogênico Capacidade de formar adutos de proteína Produção de anticorpo, inativação enzimática e decréscimo reparo ao DNA Promove depleção da glutationa (GSH), toxicidade mediada por radical livre e lipoperoxidação acúmulo de colágeno - fibrose e cirrose hepáticas SÍNDROMES NEUROLÓGICAS síndrome de Wernicke- Korsakoff (encefalopatia e psicose) degeneração do cerebelo “demência” alcoólica neuropatia periférica Sistema Cardiovascular sistema endócrino sistema gastrintestinal Sistema hematológico Efeitos carcinogênicos OUTROS EFEITOSOUTROS EFEITOS (ALCOOLISMO CRÔNICO)(ALCOOLISMO CRÔNICO) OUTROS EFEITOSOUTROS EFEITOS (ALCOOLISMO CRÔNICO)(ALCOOLISMO CRÔNICO) •• PROBLEMAS NUTRICIONAISPROBLEMAS NUTRICIONAIS •• LESÕES ORGÂNICASLESÕES ORGÂNICAS hepatite alcohepatite alcoóólicalica necrose celularnecrose celular inflamainflamaççãoão cirrosecirrose fibrosefibrose aumento pressão aumento pressão sistsist. portal. portal varizes esofvarizes esofáágicas, hemorragiasgicas, hemorragias plasma extravasa plasma extravasa -- asciteascite atrofia cortical cerebralatrofia cortical cerebral ssííndrome fetal do ndrome fetal do áálcoollcool Incidência global: 0,5-3 por 1000 nascimentos 30% de mães alcoólicas Desenvolvimento anormal da face, com olhos afastados, fissuras palpebrais curtas e malares pequenos; redução da circunferência craniana; retardo do crescimento; retardo mental e anormalidades comportamentais que freqüentemente assumem a forma de hiperatividade e dificuldade de integração social; outras anormalidades anatômicas que podem ser significativas ou de menor importância (anormalidades cardíacas congênitas, malformação dos olhos e orelhas) SSÍÍNDROME ALCONDROME ALCOÓÓLICA FETALLICA FETAL
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