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DISTÚRBIOS OTOLÓGICOS Passiveis de tratamento: excesso de cera, entupimento por água, dermatite de contato, seborreica e psoríase, furúnculos. Não tratar: otite média, otorréia (sangue ou pus). ROLHA CERUMINOSA Meta: Amaciar e remover a rolha, aliviando os sintomas e prevenir novos episódios. Duração: Se os sintomas persistirem por mais de 4 dias, deve encaminhar para o médico. Pode ser necessária a remoção mecânica pelo médico. Tratamento farmacológico: Medicamento Ação Administração e duração do tratamento Peróxido de carbamida 6,5% em glicerina anidra Causa borbulhas quebrando a rolha ceruminosa e a glicerina solubiliza a cera Usar 2X ao dia, de 5 a 10 gotas por 4 dias Prevenção: medida de higiene adequada. RETENÇÃO DE ÁGUA NOS OUVIDOS Fatores predisponentes: A forma do meato acústico externo, presença de cerumem, climas úmidos que leva a sudorese excessiva, prática de natação, banho, uso de soluções para irrigar o ouvido podem favorecê-lo. Metas: Promover a secagem e evitar novos episódios. Tratamento farmacológico: Medicamento Administração e duração do tratamento Álcool isopropílico 95% em glicerina 5% Colocar de 5 a 10 gotas no canal e esperar de 1 a 2 min., durante 4 dias Tratamento não farmacológico: Inclinar o ouvido e manipular a aurícula gentilmente Usar secador de cabelo logo após o banho ou nadar Se os sintomas se mantiverem após 4 dias de tratamento encaminhar para o médico. Excluem o auto tratamento: Sangramento, otorréia (saída de líquido no ouvido), problemas odontológicos, tumores, disfunção temporomandibular, enxaqueca, neuralgia, artrite cervical, infecções nasofaringe, perda de audição, zumbidos (exposição a barulhos, trauma, medicamentos, doença orgânica), vertigens, ruptura da membrana timpânica, cirurgia recente, trauma recente de cabeça. DOENÇA HEMORRÓIDÁRIA Hemorróida é uma estrutura anatômica normal, conjunto de plexos venosos anorretais, responsáveis por proteger o canal anal. Ajudam a mantes a continência fecal e realizam drenagem venosa na região. A doença hemorroidária ocorre quando o plexo inflama. Localização: Interna: causam sangramento vivo ao evacuar. Plexo hemorroidário interno: mais desconforto anal localizado do que propriamente dor. Externa: dor intensa e súbita Plexo hemorroidário externo: rica em fibras sensitivas da dor, temperatura e toque. Mista Para dar continuidade no tratamento como transtorno menor, tem que ter diagnóstico prévio. Pus nas fezes não é hemorroida, é fístula (comunicação anormal entre 2 órgãos). Classificação: Primeiro grau: ocorre apenas o sangramento anal, sem prolapso (plexo hemorroidário não sai). Segundo grau: sangramento e prolapso, porém com redução espontânea. Terceiro grau: sangramento e prolapso, porém com redução manual. Quarto grau: sangramento e prolapso irredutível. Exclusão para auto cuidado Menores de 12 anos Com doença no TGI associadas com sangramento retal (colite ulcerativa e doença de crohn) Com histórico familiar de câncer de intestino Desordens anoretais: abscesso, fístula ou fissura, tumores, pólipos Com sintomas menores, não responsivos a tratamento por 7 dias Com doenças hepática, inflamatórias no intestino ou varizes, não se deve recomendar vasoconstritores. Pacientes que fazem uso de antidepressivos não pode recomendar vasoconstritores. Tratamento farmacológico Classe Medicamento Ação Aplicação Anestésico local Benzocaína, lidocaína, tetracaína, álcool benzílico, dibucaína Alivia temporariamente a dor, prurido, irritação e queimação Somente para uso ocasional Aplicar até 6X ao dia (usado após evacuação, quando necessário, até passar a crise). Dibucaína: 3- 4X ao dia Antiinflamatório esteroidal Hidrocortisona (corticoide fraco) Reduz inflamação e prurido. Leve ação vasoconstritora. Pode levar 12 hs para início de ação, mas produz alívio mais prolongado Aplicar de 3- 4X ao dia Quando associado com anestésico melhora ação Protetor Manteiga de cacau, lanolina, óleo mineral, glicerina, calamina, óleo de fígado de bacalhau, óxido de zinco, gel de hidróxido de alumínio Forma camada protetora sobre pele e previne ressecamento. Protege a área irritada da abrasão e da dor durante evacuação Aplicar até 6X ao dia ou após cada evacuação. Indicado para grávida Adistringente Calamina, óxido de zinco, água de hamamélis (refrescante e secante) Alivio temporário da irritação e queimação Aplicar até 6X ao dia ou após cada evacuação Vasoconstritores Fenilefrina (tópico) Diminui o plexo hemorroidário inflamado. Não alivia o prurido. Contra indicado: HAS, DM, HPB Aplicar ate 4X ao dia Analgésico- anestésicos- antipruriginosos Mentol, cânfora Alívio da dor, prurido, queimação e desconforto Uso externo Tratamento não farmacológico Evitar: peso, ficar muito tempo de pé ou sentado, alimentos que agravam (cafeína) Aumentar a prática de exercícios Manter um hábito intestinal adequado (evitar mais do que 5 min. No vaso, respeitar a vontade de defecar) Higiene adequada Banho de assento (15 min., água morna) Cirurgia CONSTIPAÇÃO É a diminuição da frequência de passagem da massa fecal no intestino de uma pessoa em relação ao seu padrão próprio A faixa normal de frequência de evacuação são 3, menos de 3 evacuações por semana já é caracterizado constipação O paciente pode apresentar esforço excessivo, fezes duras em forma de cíbalos, sensação de pressão abdominal inferior, sensação de evacuação incompleta Se o paciente não apresentar restrição hídrica, deve ingerir no mínimo 2 litros de líquido Muito comum em mulheres grávidas devido o sulfato ferroso CAUSAS: Distúrbios primários na motilidade Alteração SNC (acidente vascular encefálico) Doenças sistêmicas que afetam o TGI (hipotiroidismo) Distúrbios do intestino grosso, reto e ânus (hemorróida) Medicamentos Lesões obstrutivas (tumores sólidos) Dieta (menos fibras e verduras, comidas rápidas e pouco nutritivas) Estilo de vida (sedentarismo) Idade, sexo Imobilidade (doenças crônicas) Fatores psicológicos COMPLICAÇÕES: Problemas cardiovasculares Hemorróidas Obstrução e perfuração Impactação Chagas Megacólon Anorexia e fraqueza generalizada Morte: Paciente com IAM recente deve cuidar para evitar outro infarto Complicação da constipação EXCLUEM O AUTO TRATAMENTO Menores de 2 anos Dor abdominal, náuseas, vômito (apendicite??) Uso de laxante por mais de 7 dias Gestantes Paciente que tenha feito colostomia ou ileostomia Uso de medicamentos que causam constipação Paciente com sangramento retal (câncer??) Sintoma recente, sem mudanças (estilo, dieta, medicamento, mais de 45 anos) Constipação e diarreia, sangramento retal, secreção de muco, dor abdominal, perda de peso, anorexia, tenesmo (doença inflamatória) TRATAMENTO: Inicial: medida não farmacológica (5 a 15 dias) alívio imediato com laxantes correção das causas base Tratamento medicamentoso: curto (1 semana) individualizado empírico Não farmacológico Fibras: 10- 25g por dia. Aumenta a massa fecal e a frequência de defecação e da velocidade de trânsito gastrointestinal. Tipos: insolúveis- couve, alface solúveis- absorve água, incha, aumenta o bolo fecal e assim aumenta o peristaltismo Exercícios físicos regulares Fluidos: 8 a 10 vezes por dia (não pode em ICC) Mudança de conduta: respeitar a vontade de defecar Farelo não pode ser usado em paciente que não podem aumentar a ingestão de água (ICC) Farmacológico Classe Medicamento Ação Formadores de bolo fecal Metilcelulose- sólido, dose adulto ( 4- 6g) e criança menores de 6 anos (1- 1,5g) Plantago- sólido, dose adulto(2,5- 3g) e criança menores de 6 anos (1,25- 1,5) - Agem no intestino delgado/ grosso Início de 12- 72 horas, não há absorção Emolientes Docusato de sódio: sólido, dose adulto (50- 360 mg) e criança maiores de 2 anos (50 a 150 mg) -Facilita a mistura de água e gordura, amolecendo as fezes -Indicação mais profilática do que terapêutico -Age no intestino delgado/ grosso, início de ação 24- 48 horas, pequena absorção -Duração: até 72 horas Lubrificantes Óleo mineral: líquido, dose adulto (15- 45ml) e criança maior de 6 anos (10- 15ml) -Deve permanecer na posição ereta por 30 a 60 min. após uso oral -Indicado para desordens anoretais, opção para pacientes que não podem fazer força -Age no cólon, início de ação 6- 8 hs., absorção é mínima Salinas Hidróxido de magnésio: líquido, dose para adulto (15- 40 ml) e criança maiores de 6 anos (0,5 ml/ kg) Fosfato sódico dibásico: líquido (retal), dose adulto (15- 40 ml) e criança maior de 2 anos 1,9 g - Mais potente dos laxantes -Indicado para limpeza intestinal (exame, intoxicação, parasitas) -Contra indicado em caso de desidratação, IR e ICC, restrição de sal Age no intestino grosso/ delgado, inicio de ação 2 a 15 min. Hiperosmóticos Glicerina- sólido (retal), dose para adulto (3 g) e criança maior de 6 anos (1- 1,5 g) Lactulose- dose de 15 a 30 ml por dia, indicado para uso crônico em paciente com restrição aos formadores de massa -Usado por via retal -Ação restrita ao cólon -A glicerina começa a agir dentro de 15 min. a 1 h e a lactulose tem início de ação dentro de 24 a 48 hs Estimulantes Antraquinona- cáscara sagrada: sólido, dose adulto (0,3- 1 g/ dia) e criança deve consultar o médico. Senne: sólido, dose para adulto (0,5- 2 g) e criança maiores de 2 anos (1/8 da dose adulto) Difenilmetanos (bisacodil)- sólido, dose adulto (5- 30mg) e criança maior de 6 anos (5- 10 mg) -As antraquinonas agem no cólon, tem inicio de ação de 8- 12 hs. -Estimulam o peristaltismo por irritação das paredes intestinais e plexo nervoso do músculo liso intestinal. Aumentam a secreção de água e eletrólito para o intestino -Indicado para limpeza intestinal, constipação eventual, uso de narcóticos -Uso máximo por 7 dias
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