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Acadêmicas: Jennifer Roberta Zago Roberta Zorzi Simone Alberti Golin Universidade de Caxias do Sul Curso de Medicina Veterinária Disciplina de Zootecnia de Aves e Suínos Professora Raquel Arnoni INSTALAÇÕES SISTEMA INTENSIVO EM CONFINAMENTO •Controle sanitário rigoroso • Alimentação balanceada • Controle de temperatura, ventilação e umidade. INSTALAÇÕES • Devem ser afastadas de trânsito de veículos •Lugares alto, secos e inclinados • Construção eixo longitudinal, leste-oeste • Cordão Sanitário • Barreira Sanitária INSTALAÇÕES • Foram criadas divisões das construções, melhorando condições ambientais e melhor manejo para cada fase da criação •Construções dividas: reprodução, gestação, maternidade, crescimento e terminação REPRODUÇÃO Baias individuais Piso parcialmente ripado Baias em frente ou ao lado dos cachaços Instalações abertas para melhor ventilação GESTAÇÃO Coletivas ou individuais Fêmea permanece 114 dias Comedouros e bebedouros MATERNIDADE Levadas uma semana antes do parto Permanecem até a desmama Gaiolas individuais Proteção dos leitões Escamoteador CRECHE Leitões desmamados até 25 kg Gaiolas com até 10 leitões e baias com até 20 leitões Piso ripado ou parcialmente ripado Necessário sistema de aquecimento Instalações abertas com cortinas,melhora ventilação e < estresse térmico CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO Crescimento: animais de 25 a 60 kg Terminação: animais de 60 a 100 kg Pouca proteção do frio Alta proteção contra calor excessivo Baias devem ser bem ventiladas QUALIDADE GENÉTICA Seleção: GRANJAS NÚCLEO REBANHOS MULTIPLICADORES: fêmeas, para os rebanhos comerciais ou produtores de suínos de abate. Em função da menor demanda de machos, os rebanhos núcleo também repassam para os rebanhos comerciais. CENTRAIS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL (CIA). AQUISIÇÃO DOS REPRODUTORES Adquiridos de rebanhos ligados a um programa de melhoria genética e que apresentem CERTIFICADO DE GRANJA DE REPRODUTORES SUÍDEOS (GRSC); Certificar-se de que o material genético é livre do gene halotano (predisposição ao estresse e comprometimento da qualidade da carne ). FÊMEAS - Produzir acima de 11 leitões por parto, dar preferência a raças mais prolíficas; - Ganho de peso diário: 650 g (100 kg aos 154 dias); - Toucinho: 90 e 100 kg próximo de 15 mm; - Aquisição de leitoas próximas de 5 meses; - Qualidade dos aprumos e órgãos reprodutivos; - Número e distribuição das tetas (mínimo 12); - Condições sanitárias MACHOS - Alto percentual de carne na carcaça ( + de 60%); - Boa conversão alimentar; - Ganho de peso diário: 690 g (100 kg aos 145 dias); - Aquisição de animais mais velhos que as fêmeas (7/8 meses); - A reposição anual (80%), equivalente a 2 anos. PROPORÇÃO ENTRE MACHOS E FÊMEAS NO PLANTEL • 1/20, mínimo 2 machos na granja; • Inseminação artificial: número de machos pode ser reduzido; • Manejo reprodutivo (detecção de cio) e para a realização de algumas montas naturais em dias que possam dificultar o uso da inseminação artificial. VACINAÇÃO - Temperatura entre 4 a 8°C. - Jamais deixar congelar as vacinas. Tipo de agulha 50/15 45/15 30/15 25/15 25/08 25/07 15/15 15/10 15/09 Via de aplicação Intra muscular Intra muscular Intra venosa Sub cutânea Intra muscular Categorias de animais Adultos Crescimento Terminação Crescimento Terminação Adultos Crescimento Terminação Adultos Leitões Programa básico de Vacinação na Suinocultura Programa mínimo de vacinação para um rebanho suíno. Doenças Categoria Período Parvovirose Colibacilose Rinite atrófica Pneumonia Enzoótica Leitoas Quarentena ou chegada na granja 1a dose - - - 20 a 30 dias após 2a dose - - - 70 dias de gestação - 1a dose 1adose 1a dose 90 dias de gestação - 2a dose 2a dose 2a dose Porcas 90 dias de gestação - Uma dose Uma dose Uma dose 10-15 dias após o parto Uma dose - - - Cachaços Quarentena ou chegada na granja Uma dose - Uma dose - Semestralmente - - Uma dose - Anualmente Uma dose - - - Leitões Depende do fabricante ou recomendação veterinária - - - Uma ou duas doses LIMPEZA E DESINFECÇÃO • Limpeza seca, com pá e vassoura de 1 a 3 x dia; • Esvaziar as calhas ou fossas existentes. Desmontar e lavar todos os equipamentos da sala; • Iniciar a limpeza úmida com lava jato de alta pressão (1000 a 2000 libras) 3 horas após a saída dos animais; • Aplicar o desinfetante no dia seguinte ao da lavagem, com a instalação totalmente seca, usando cerca de 400ml da solução/m2 de superfície. • Nos meses de inverno, usar água a 37°C para diluir o desinfetante. • Opcionalmente pode ser feita uma segunda desinfecção, usando pulverização ou nebulização, cerca de duas horas antes do alojamento do próximo lote animais; • No caso de sala de maternidade, fazer essa segunda desinfecção com vassoura lança chamas (controle da coccidiose). Aguardar vazio sanitário mínimo de 5 dias. MONITORIAS SANITÁRIAS Tipos de monitoria Métodos Vantagens Desvantagens Clínico-patológica Exame clínico e necropsia Praticidade Subjetividade Laboratorial Sorológico, bacteriológico, virológico, parasitológico, histopatológico Sensibilidade, especificidade, objetividade Alto custo, demora Abatedouro Anatomopatológico Baixo custo, avaliação de maior número de animais, avaliação de várias enfermidades em um mesmo momento Pouco preciso MONITORIAS CLÍNICAS Feitas pelo mesmo avaliador a cada 15/30 dias. Observar: - DIARRÉIA : Fezes: normais=1; pastosas=2 e líquidas=3. • Quando mais de 20% dos animais estão com diarreia, considerar o lote como afetado ( + 3 dias/semana). • ONFALITE: reflete a qualidade do manejo do recém nascido e a limpeza e desinfecção da maternidade. - Examinar no mínimo cinco leitegadas, entre 15 e 20 dias de idade, por sala de maternidade, quanto a presença de nódulo ou má cicatrização umbilical por inspeção e palpação (leitão em decúbito dorsal). • Freqüência: Nº de leitões afetados/ Nº de examinados x 100 • Não deve ser superior a 10%. • TOSSE E ESPIRRO: estimar a ocorrência de rinite atrófica e de pneumonias. Um índice é estabelecido para tosse e outro para espirro, em três contagens consecutivas de dois minutos cada: • a) movimentar os animais durante um minuto; b) aguardar por um minuto; c) realizar a contagem de tosse e espirro simultaneamente; d) movimentar os animais e contar novamente; f) movimentar os animais e contar novamente. • A freqüência é determinada pela seguinte fórmula: Média das três contagens / Nº de animais no lote x 100 • Freqüência de espirro menorque 10% indica pouco problema de rinite atrófica. • Freqüência de tosse menor que 2% indica pouco problema de pneumonias. MONITORIAS LABORATORIAIS - Testes sorológicos, microbiológicos, parasitológicos e histopatológicos com diagnóstico preciso; - Avaliação sobre o efeito da vacinação; - Avaliação da duração dos anticorpos maternos; - Teste da tuberculina pareada: indireto imuno- alérgico, classifica o rebanho quanto a infecção por microbactérias. MONITORIAS NO ABATEDOURO - Acompanhamento do abate de lotes de interesse para monitoria de doenças através da determinação da prevalência e gravidade de lesões observadas ao abate. - Depende das condições sob as quais os animais foram submetidos; - Útil pelo seu baixo custo e praticidade, mas necessita de pessoa treinada para executá-la. TRATAMENTOS • Sistema de registros de todas as medicações feitas; • Suínos doentes: imediata medicação e remoção para uma baia "hospital“; • Baias "hospital" : + - 35 suínos para uma granja de 200 porcos, (2 a 3 suínos por baia); • Piso compacto e espessa camada de maravalha para o conforto dos animais em recuperação. FATORES DE RISCO 1) DOENÇAS EPIZOÓTICAS: causadas por agentes infecciosos específicos, alto índice de contágio, morbidade e mortalidade; 2) DOENÇAS MULTIFATORIAIS: etiologia complexa, em que um ou mais agentes infecciosos exercem seu efeito patogênico em animais ou rebanhos submetidos a situações de risco – Doenças de rebanho. • Mudança de ambiente na desmama; • Estresse do leitão pela separação da mãe; • Mudança brusca de alimentação(alto teor proteico); • • Mistura de mais de 4 leitegadas na mesma baia; • Lotação excessiva (mais de 3,5 leitões/m²); • Baixa higiene, desinfecção mal realizada, ausência de vazio sanitário entre os lotes; • Variações de temperatura (+ de 6°), excesso de umidade nas baias, etc. FASE DE MATERNIDADE • Esmagamento e inanição; • Diarréias: Coccidiose - protozoário Isospora suis • Colibacilose neonatal bactéria Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC) – Doença do Edema; • Apramicina, neomicina, tiamulina e sulfonamidas. Para prevenir novos surtos, pode ser necessária a introdução de óxido de zinco na ração; • Aplicação preventiva de toltrazuril na dose de 20mg/kg via oral, entre o 3º e 4º dia de vida; • Forma subclínica, causando prejuízos no desenvolvimento dos leitões, sem a manifestação de diarreia. FASE DE CRECHE • Diarréias, a doença do edema e a infecção por estreptococos - Streptococcus suis (Meningite, artrite, septicemia neonatal, pneumonias e problemas na reprodução) ; • O vício de sucção é uma alteração psíquica que leva os leitões a sugar o umbigo, a vulva ou a prega das orelhas logo após o desmame, sendo considerada uma doença multifatorial; • Causa prejuízo para o desempenho, pode ocorrer em alguns rebanhos, onde os leitões são submetidos a situações de risco. FASE DE CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO • Doenças respiratórias (rinite atrófica e pneumonias) e as infecções por estreptococos, porém, as diarréias como a ileite e as colites também merecem atenção; • Linfadenite granulomatosa Mycobacterium avium : origem multifatorial; • Prejudica a carcaça, não o desenvolvimento. FASE DE REPRODUÇÃO - Infecções inespecíficas do aparelho genital e urinário e a parvovirose; - Saúde da porca: parto e puerpério. PARVOVIROSE • Transmissão horizontal: secreções contaminadas, fezes do ambiente; • Vertical: transmissão via intra-uterina (WHITTEMORE, 1993). Natimortos, baixa leitegada; • A vacinação é realizada a cada 6 meses no macho e nas fêmeas é feita à aplicação de uma dose antes e após a cobertura (SOBESTYANSKY, 1999). ERISIPELA (Erysipelothrix rhusiopathiae) • Forma aguda: – Febre alta (até 42ºC); – Conjuntivite; – Andar cambaleante; – Aparecem lesões cutâneas em forma de eritema e urticária, lembrando contornos em losango. Esses sinais desaparecem entre 4 a 7 dias ou podem dar origem a áreas de necrose devido à infecção secundária. • Forma crônica: – Artrite; – Insuficiência cardíaca; – Leitões novos são mais resistentes por adquirirem imunidade através do colostro. • Forma hiperaguda: - Ocorre morte súbita. MANEJO DE PRODUÇÃO • Macho • Detecção do cio • Cobrição • Gestação • Maternidade • Creche • Crescimento e terminação MANEJO PRÉ – ABATE • Alimentação e água; • Embarque e transporte. GERENCIAMENTO • COMO produzir • PARA QUEM produzir • Mudanças no mercado - - - - - menos riscos e incertezas MERCADO E COMERCIALIZACAO • Peso da carcaça: maior oferta de carne com o mesmo numero de animais. Peso médio em kg das carcaças de suínos no Brasil. Anos 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001(*) 2002(**) Peso 73,1 75,3 75,5 75,8 78,0 79,0 81,5 83,2 Fonte: ABIPECS. (*) Estimativa, (**) Dados de Setembro/2002 BIBLIOGRAFIA • http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/Font esHTML/Suinos/SPSuinos/ • AMARAL, A. L. do; MORES, N.; BARIONI JUNIOR, W.; VENTURA, L.; SILVA, R. A. M. da; SILVA, V. S. da. Fatores de risco, na fase de crescimento- terminação, associados a ocorrência de linfadenite em suínos. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2002. 4 p. (Embrapa Suínos e Aves. Comunicado Técnico, 297). OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!! ;-)
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