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Caso Concreto 10 - Direito do Trabalho 1 (2019)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA
DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO 1
ALUNO: RUDOLF MATEUS DE JESUS SPECHT
CASO CONCRETO 10
Marilene foi admitida em 01 do corrente ano e trabalha na Sociedade Empresária ABC Ltda., e, mensalmente faz viagens a trabalho. O valor das diárias é variável, mas a média que ela recebe é no importe de 70% do salário do seu salário. O empregador informou que as diárias para a viagem não são consideradas salário, e, portanto não constituem base de incidência. Marilene disse que o empregador esta errado, tendo em vista que a lei estabelece que se o percentual ultrapassar 50% os valores devem ser considerados salário. Analisando o caso concreto, e, com base nas alterações trazidas pela Lei 13467/2017, esclareça se Marilene possui ou não razão em sua argumentação?
 Não, não há razão na argumentação de Marilene.
 Com o advento da Lei 13.467/2017, o legislador revogou a previsão citada por Marilene (Se o percentual ultrapassar 50% dos valores deveria ser considerado salário – Art. 457, § 3º, que foi revogado). E estabeleceu que diárias para viagem não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário, conforme o Art. 457, § 2º.
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) 
§ 2o  As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
 De igual modo, o jurista Sérgio Pinto Martins diz: “[...] que as diárias para viagem não integram o salário. Pouco importa que elas sejam superiores ou inferiores a 50%, pois a lei não faz mais essa distinção.”. (Manual de Direito do Trabalho – 12ª edição, p. 129)

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