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Lugar e tempo do pagamento

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PROVA DO PAGAMENTO
	Pagamento é o adimplemento da obrigação, põe fim a relação obrigacional entre o devedor e o credor. Satisfaz tanto o credor, que recebe o objeto da prestação quanto o credor, que ao cumprir com a prestação liberta-se da obrigação. Portanto, o pagamento gera a extinção normal, natural da obrigação.
	No entanto é importante que se comprove o adimplemento da obrigação e o meio normal é a quitação.
Quitação
	Quitação da dívida é a declaração unilateral escrita, emitida pelo credor, de que a prestação foi adimplida. Neste sentido, o devedor que cumprir com a prestação tem o direito de exigir do credor a quitação da dívida, conforme prevê o art. 319 do CC “o devedor que paga tem o direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada”. Caso haja recusa do credor a fornecer o recibo dando quitação, pode o devedor reter o objeto da prestação e consigná-lo, assim dispõe o art. 335, I, do CC “ A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma.”
	A quitação, de acordo com art. 320 do CC deve conter as seguintes especificações:
Nome do devedor;
Valor e a espécie da dívida quitada;
Tempo e lugar do pagamento e;
Assinatura do credor ou de seu representante.
Porém, mesmo sem esses requisitos, o juiz analisando o caso concreto e a boa fé do devedor declarará a extinção da obrigação, art. 320, § único “valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
 Presunção de pagamento
	O recibo de quitação é o meio normal de comprovação de pagamento, porém em alguns casos é possível a comprovação de forma diversa. É o caso de presunção de pagamento em três casos:
Quando a dívida é representada por título de crédito que se encontra na posse do devedor. Art. 324 do CC “ a entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento”. 
No entanto se o credor provar no prazo legal que o título encontra-se nas mãos do devedor de forma indevida, ficará a quitação sem efeito, art 324 § único “ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar em sessenta dias, a falta do pagamento.”
No caso de perda do título por parte do credor, poderá o devedor reter o pagamento e exigir declaração para que o título desaparecido seja inutilizado, art. 321 do CC “nos débitos cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o devedor exigir retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido.”;
Quando o pagamento é feito em cotas sucessivas, existindo a quitação da última, art 322 do CC “quando o pagamento for em cotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores”
Quando há a quitação do capital, sem reserva dos juros que se presumem pagos. Determina a lógica que os juros devem ser pagos em primeiro lugar, art 323 do CC “sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos”. 
LUGAR DO PAGAMENTO
	Lugar do pagamento é o local onde as partes ou seus representantes se encontram, na data aprazada, para o cumprimento da obrigação. 
Regra geral, como forma de facilitar a satisfação obrigacional, o local de pagamento é no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem de forma diversa, se resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias, conforme art. 327 CC. 
	No momento da celebração do contrato as partes podem de livre escolha convencionar um lugar de pagamento da obrigação, se não o fizerem e nem na lei houver estipulado, o lugar de pagamento será no domicílio do devedor.
No caso em que as partes pactuarem mais de um local de pagamento para o adimplemento da obrigação, a escolha do local caberá ao credor (art. 327 parágrafo único). Deverá, este ainda, dar ciência ao devedor, em tempo hábil do local do pagamento sob a pena de, caso o devedor venha cumprir a obrigação em qualquer dos lugares convencionados que não o escolhido, ser válido.
	As dívidas podem ser classificadas quanto ao lugar do pagamento em:	
Portable (portável): quando o local do cumprimento da obrigação é o domicílio do credor; 
Querable (quesível): quando o domicílio a ser realizado o pagamento é o do devedor.
Uma dívida portável pode se tornar quesível e vice versa, como por exemplo o caso de um contrato de aluguel onde foi convencionado que o lugar de pagamento seria o domicilio do credor, no entanto por seis meses consecutivos o pagamento foi realizado e aceito no domicílio do devedor, assim presume-se que o credor renunciou do lugar convencionado no contrato para o domicilio do devedor. É o que se observa no art. 330 do CC.
“Art. 330, O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.”
	Em relação a pagamentos que consistem na tradição (entrega) de um imóvel, ou em prestações relativas à imóvel, nestes casos o lugar do cumprimento da obrigação será onde está situado o imóvel. Art. 328 CC.
	O devedor pode ainda realizar o pagamento em lugar diverso ao convencionado sem prejuízo ao credor desde que, haja ocorrido motivo grave que impeça a realização do pagamento no lugar determinado. Art 329 CC.
TEMPO DO PAGAMENTO
Para que o pagamento tenha força extintiva, deve ser feito no tempo certo. Temos dois tipos de obrigações: Puras e Condicionais
• Obrigações Puras: São aquelas que possuem estipulação de DATA para o pagamento. Devem ser solvidas na ocasião cujo vencimento foi fixado, sob pena de inadimplemento. Como não estão submetidas à condição ou termo, o pagamento será exigido de imediato.
• Obrigações Condicionais: a condição pode ser suspensiva, que suspende a eficácia do negócio jurídico, ou resolutiva, que resolve e põe fim a obrigação. Ambas ficam subordinadas a um evento futuro e incerto.
Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor.
Não é necessário que haja NOTIFICAÇÃO do devedor nas obrigações. A interpelação só será necessária, se não houver prazo assinado.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial.
Uma vez convencionado o dia do vencimento da obrigação, o devedor não pode retardar-lhe a execução e tampouco o credor pode exigir antecipadamente a prestação.
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
Não havendo um prazo estipulado, é necessário que o devedor seja informado do propósito do credor de receber.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial.
Nos contratos, o PRAZO é estabelecido em favor do devedor, porém este, se desejar, poderá antecipar o pagamento.
Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os contratantes.
Se o PRAZO for estipulado em favor do CREDOR, pode este não aceitar o pagamento antecipado.
Se não se ajustou data para o pagamento, o CREDOR pode exigi-lo IMEDIATAMENTE, invocandoo Princípio da Satisfação Imediata, (permite ao devedor satisfazer sua prestação em um tempo razoável). 
Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente.