Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Curso: Medicina Disciplina de Patologia Professora: Pricila W. B. Macedo Manoel Melo Manaus - 2014 * Anatomia Órgão sacular, com volume de 1200 a 1500 mL Curvatura maior e curvatura menor Regiões: Cárdia, Fundo, Corpo (2/3), Antro (1/3 distal), Esfíncter pilórico * Histologia Parede: Mucosa, Muscular da mucosa, Submucosa, Muscular e Serosa Glândulas Gástricas: Cárdia Oxínticas (Parietais) – corpo e fundo Pilóricas – antro e canal pilórico Tipos Celulares: Revestimento superficial Regeneradoras Zimogênicas ou PRINCIPAIS – pepsinogênio PARIETAIS ou Oxínticas - ácido clorídrico, fator Intrínseco (vit B12) Cervicais Mucosas – secreção ativa de muco Endócrinas – serotonina, gastrina, somastostatina,histamina * Histologia * Histologia * Histologia * Proteção da mucosa gástrica BARREIRA DA MUCOSA Secreção de muco – coeficiente de difusão do H+ 4 X < água; Secreção de Bicarbonato – neutraliza a secreção ácida; Barreira Epitelial – junções intercelulares apertadas – diminui a difusão retrograda dos íons de H+ Fluxo sanguíneo mucoso – nutrientes para as células epiteliais; Síntese de prostaglandinas – favorece produção de muco e bicabornato, inibem a secreção ácida pelas células parietais e aumentem fluxo sanguíneo. * Introdução Gastrite é diagnostico endoscópico em cerca de 59% dos estômagos; Anormalidade histopatológica encontrada em 62-73%; Obrigatório – Endoscopia acompanhada com biópsia; “Lesão epitelial na mucosa gástrica com presença de infiltrado inflamatório” Dispepsia: Dor epigástrica; Dor retroesternal; Pirose (ou queimação); Empachamento (ou ‘peso no estômago’); Saciedade precoce; Eructação; Náuseas e vômitos; * Em 1972, com base na morfologia histológica - as foram divididas em superficial e atrófica, antral e do corpo e em ativas e inativas. Em 1973, as gastrites crônicas foram classificadas em tipos A e B, sendo relacionadas com critérios etiopatogenéticos, denominando-se A a gastrite atrófica do corpo relacionada com a anemia perniciosa, de origem imunológica; e B as gastrites do antro de origem ambiental. O Helicobacter pylori foi descrito em estômagos humanos em 1906, sendo considerado um comensal até 1983. Hoje – relacionado ao mecanismo patogênico de gastrite, úlcera péptica, carcinoma gástrico e linfoma malt. Sistema de Sydney - melhores critérios diagnósticos e classificatórios para a gastrite crônica - Congresso Mundial de Gastroenterologia realizado em Sydney, Austrália, em 1990. Utilizando critérios morfológicos, topográficos e etiológicos; Associado a um protocolo para o diagnóstico endoscópico e definição dos locais da biópsia; Introdução * Locais para biópsia – preconizou 4 locais de amostra para biópsia gastrica: Pequena e grande curvatura no antro, pequena e grande curvatura no corpo. Determinantes morfológico de gastrite: Sistema de Sydney Localização: Localização: Predominantemente antral, predominantemente do corpo, pangastrite Distribuição: Focal ou difuso Profundidade: Superficial, atinge toda a espessura * 1994 – Revisão do Sistema de Sydney durante o “Houston Gastritis Workshop” em Houston, Texas, Estados Unidos da América (EUA). Distinção entre mucosa gástrica atrófica e não-atrófica * Escala Visual de Houston * FIGURA 3 – Pequeno foco de metaplasia intestinal incompleta. Coloração: PAS, Aumento: 400 X. FIGURA 2 – Pequeno foco de metaplasia intestinal incompleta. Coloração: HE, Aumento: 400 X. * Etiopatogênese: Aumento da secreção ácida Redução da produção de íons bicabornato Lesão direta da barreira da mucosa gástrica – retrodifusão de íons H+ Inibição da síntese de prostaglandinas – estimulam a renovação do epitélio e produção de muco. CONSIDERAÇÕES GERAIS * * * Classificação das Gastrites GASTRITE AGUDA Gastrite aguda H. pylori Gastrite erosiva / hemorrágica Gastrite flegmonosa GASTRITE CRÔNICA Gastrite crônica superficial com H. pylori Gastrite atrófica multifocal Gastrite autoimune Gastrite granulomatosa Gastrite eosinofílica Gastrite linfocítica Gastropatia reativa Gastrite por citomegalovirus Outro DAVID, A.; OWEN, M.B. Gastritis and carditis. Mod Pathol 2003;16(4):325–341. * Gastrite por H. Pylori Bacilo Gram negativo , espiralado, flagelado; Crescimento lento, requer meio complexo, microaerófilo; Não invasivo, prolifera no muco sobre a mucosa gástrica;; Acredita-se que a principal via de transmissão é a FECAL-ORAL Prevalência da infecção está relacionado com as más condições de higiene, pobreza e sanitárias; A infecção através do meio ambiente e outras animais não está completamente descardata. * gastrite por H pylori PATOGÊNESE: Flagelos – Facilita a penetração na camada de muco; Mucinases e fosfolipases – destroem a camada de muco; Adesinas – facilitam a ligação às células hospedeiras; A proteína ácida inibidora – bloqueia a secreção ácida durante a infecção aguda. Urease – neutraliza o ácido gástrico produzindo AMÔNIA. Promove quimiotaxia para neutrófilos, monócitos; estimula citocinas inflamatórias; Proteina urel – aumenta a expressão da urease. Superóxido desmutase (SOD) e catalase – impedem a fagocitose e a morte celular. Estimulação secreção de IL-8 que induz a produção de Óxido nítrico. Citotoxina vacuolizante – Induz vacuolização das células epiteliais que resulta em lesão celular. Patogenicidade do Cag - inclui genes que aumentam a patogenicidade, em parte pela indução da produção de fatores pro inflamatórios pelas células epiteliais. * gastrite por H. pylori * Gastrite Por H. Pylori * HP determina inflamação superficial da mucosa gástrica Envolve principalmente o antro Gastrite aguda – infiltrado polimorformos nucleares Gastrite crônica – infiltrado mononuclear, às vezes forma folículos linfóides – relacionado com Linfoma MALT gástrico. Pode evoluir para pangastrite Atrofia das glândulas parietais ou Oxínticas – hipocloridria – Adenocarcinoma gástrico Gastrite por H. Pylori * Gastrite Por H. Pylori * Gastrite por H. Pylori * Gastrite por H. Pylori O ESTOMAGO APÓS A ERRADICAÇÃO DO H. PYLORI H. pylori desaparece 1 semana após o inicio do tratamento; Podem assumir a forma cocóide; Podem apresentar formas anômalas que são reconhecida somente pela IHQ; Neutrofilos desaparecem 6 -8 semanas após tratamento; A presença e neutrófilos após este periodo indica falha de tratamento; A inflamação crônica demora em desaparecer, em média 1 ano; * GASTRITE EROSIVA / HEMORRÁGICA ANTIINFLAMATÓRIOS NÂO-HORMONAIS: Petéquias, erosões e úlceras Sangramento crônico > 60 anos Tabagismo, etilismo História prévia de úlcera ÁLCOOL: Hemorragia subepiteliais puntiformes Sangramentos graves (úlcera péptica, hipertensão porta, síndrome de Mallory-weiss,...) Gastropatia alcoolica * * Gastrite Autoimune < 10% das gastrite crônica Acomete FUNDO E CORPO gástrico – poupa o antro Idade média de 60 anos Leve predomínio no sexo feminino Associação com : Tireoidite de Hashimoto, Diabetes tipo I, Doença de Addison, deficiência ovariana primária, hipoparatireoidismo primário, Doença de Graves, vitiligo, miastenia gravis. * Gastrite Autoimune Morfologia: Lesão e atrofia da mucosa oxíntica (corpo e fundo) Infiltrado inflamatório (linfócitos, macrófago e plasmócitos) Hiperplasia de células endócrinas antrais (células G) Patogenia: Anticorpos para células parietais e fator intrínseco Concentração reduzida de pepsinogênio I Hipergastrinemia (hiperplasia de células endócrinas antrais) Secreção deficiente de ácido gástrico Deficiência de Fator intrínseco Deficiência de Vitamina B12 * GASTRITE ATRÓFICA Estágio final da gastrite crônica Secundária a infecção crônica pelo H. pylori ou Gastrite autoimune, Inflamação – destruição glandular – fibrose – metaplasia intestinal - H. pylori indetectável. Sequência: Metaplasia – displasia – carcinoma; Inibidores da bomba de próton de uso prolongado pode induzir metaplasia e portanto ao câncer; Uso restrito do termo Gastrite atrofica: a) presença de metaplasia intestinal; b) perda e substituição das glândulas pela matriz extracelular e fibroblastos. A simples separação das glândulas por infiltrado inflamatório não traduz G. atrófica. * GASTRITE ATRÓFICA * GASTRITE ATRÓFICA * GASTRITE ATRÓFICA * GASTRITE ATRÓFICA * GASTRITE EOSINOFÍLICA Pode estar associada a doença do tecido conjuntivo (escleroderma ou polimiosite). Pode ser secundária a infiltração da parede do estômago por larvas parasitárias. Etiologia desconhecida. Eosinofilia no sangue periférico ≥ 75%. Inflamação pode ser panmural, na mucosa, muscular própria, túnica serosa. crianças < 2anos – alergia ao leite de vaca. * GASTRITE LINFOCÍTICA Morfologia varia com a gravidade. Gastrites linfocíticas de baixo-grau endocopicamente normal e assintomática Casos mais graves erosões difusas. Forma mais grave aumento das pregas mucosas. Padrão diagnóstico essencial presença de linfócitos na lâmina própria e epitélio foveolar. 25 LINFÓCITOS /100 CÉLULAS EPITELIAIS mínimo para o diagnóstico. Pregas mucosas gigantes: - Gastrite linfocítica hipertrófica. - Hiperplasia foveolar maciça. Gastrite linfocítica pacientes com H. pylori e pacientes com doença celíaca. 10-45% dos pacientes com doença celíaca têm gastrite linfocítica. Diagnóstico diferencial com Linfoma MALT. * GASTRITE LINFOCÍTICA * Bibliografia 1. DAVID, A.; OWEN, M.B. Gastritis and carditis. Mod Pathol 2003;16(4):325–341. 2. KHAKOO, S.I.; LOBO, A.J.; SHEPHERD, N.A.; WILKINSON, S.P. Histological assessment of the Sydney classification of endoscopic gastritis. Gut 1994;35:1172–5. 3. KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N. (eds) Robbins and Cotran Bases Patológicas das Doenças. 7ª ed, Elsevier, Rio de Janeiro, 2005. 4. GARTNER, L.P.; HIATT, J. L. Tratado de Histologia. 2ªed, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2003. 5. LADEIRA, M. S.P.; SALVADOR, D. M. F.; RODRIGUES, M. A. M. Biopatologia do Helicobacter pylori. Jornal brasileiro de patologia e medicina laboratoial. Rio de janeiro, v.39, p.335-342, 2003. 6. MACIEL, R.A.R.S; Estudo Inter e Intraobservadores da Reprodutibilidade do Diagnóstico Histológico da Gastrite Crônica, de Acordo Com o Sistema Sydney Atualizado. Belorizonte, 2010. Patogenia y fisiología de la infección por Helicobacter pylori. Disponível no endereço eletrônico:http://www.compumedicina.com/gastroenterologia/gastro_100901.html em 09/08/06. Bactéria de gastrite pode ser transmitida pela família. Disponível no endereço eletrônico: http://www..unifesp.com.br/comunicação/falecom.htm em 21/03/06. * * * *
Compartilhar