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Direito Penal
SEÇÃO 4
ESPELHO DE CORREÇÃO
Seção 4
Direito Penal
Na prática!
Agora vamos à resolução comentada da resposta à acusação? 
Por se tratar de denúncia pela suposta prática de crime previsto 
no artigo 317 do CP, o procedimento adotado é o comum 
(artigos 394 a 405 do CPP).
Assim, a presente resposta à acusação tem como fundamento, 
os artigos 396 e 396-A do CPP. 
Tal peça deve ser endereçada para o mesmo juiz ao qual a 
denúncia foi oferecida (Juiz de Direito da Vara Criminal da 
Comarca de Conceição do Agreste/CE).
Por meio de uma análise das informações que possuímos fi ca 
clara a existência de uma tese preliminar: a nulidade do termo 
de colaboração premiada fi rmado entre o Ministério Público e o 
acusado João Santos. 
Isso porque o presente acordo foi celebrado sem a presença de 
um advogado (o acusado estava acompanhado apenas de sua 
esposa). Assim, ocorreu uma violação ao §15 do art. 4º da Lei n.º 
12.850/13. Trata-se, portanto, de prova ilícita.
Deve-se, assim, requerer a declaração de nulidade do acordo de 
colaboração, com o seu consequente desentranhamento dos autos.
Por fi m, não se pode esquecer dos requerimentos de provas 
(documental, testemunhal, pericial) e o rol de testemunhas.
2
NPJ – NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA VIRTUAL
DIREITO PENAL - ESPELHO DE CORREÇÃO - SEÇÃO 4
Com relação à data, nos termos do art. 798, caput, §1º e §5º, “a” 
do CPP, o prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 396 do CPP terá 
início do dia 05 de setembro, terminando, assim, no dia 14 de 
setembro de 2017.
Questão de ordem!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) JUIZ DE DIREITO DA VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE CONCEIÇÃO DO AGRESTE/CE. 
[10 linhas]
JOSÉ PERCIVAL DA SILVA, já qualifi cado nos autos em epígrafe, 
vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio 
de seu advogado infra-assinado, apresentar RESPOSTA À 
ACUSAÇÃO, com fundamento nos artigos 396 e 396-A do CPP 
pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I- DOS FATOS
Segundo consta da inicial acusatória, os denunciados, sob a 
liderança do acusado José Percival da Silva (Zé da Farmácia, 
Presidente da Câmara dos Vereadores e liderança política do 
Município), valendo-se da qualidade de vereadores do Munícipio, 
associaram-se em unidade de desígnios, com o fi m específi co 
de cometer crimes. 
33
Direito Penal - Espelho de correção - Seção 4NPJ 
E, dentro deste propósito, no dia 03 de fevereiro de 2018, na sede 
da Câmara dos Vereadores desta Comarca, durante uma reunião 
da Comissão de Finanças e Contratos da Câmara, teriam exigido 
do Sr. Paulo Matos, empresário sócio de uma empresa interessada 
em participar das contratações a serem realizadas pela Câmara 
de Vereadores, o pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) 
para que sua empresa pudesse participar de um procedimento 
licitatório que estava agendado para o dia seguinte. 
Por este motivo, os réus foram denunciados pela suposta prática 
dos delitos previstos artigos 288 e 317, na forma do art. 69, todos 
do Código Penal. Entretanto, a denúncia foi recebida apenas em 
relação ao crime do art. 317 do CP. É um breve resumo dos fatos. 
 
II – DA NULIDADE DO ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA 
FIRMADO ENTRE O MINISTÉRIO PÚBLICO E O ACUSADO 
JOÃO SANTOS 
Preliminarmente, verifica-se a nulidade do Termo de Acordo de 
Colaboração Premiada, firmado entre o Ministério Público e o 
acusado João Santos. Trata-se de vício insanável, gerador de 
nulidade absoluta para os posteriores atos praticados no processo 
(art. 573, § 1º do CPP), a partir de sua juntada. E, tratando-se 
de prova ilícita, deve ser ela imediatamente desentranhada nos 
autos. Explica-se. 
Conforme consta dos autos, o acusado João Santos assinou Termo 
de Acordo de Colaboração Premiada com o Ministério Público. 
Ocorre que, da forma narrada nos autos toda a negociação foi 
realizada sem a presença de advogado. 
Ora, a legislação atinente ao instituto da colaboração premiada 
(Lei n.º 12.850/2013), exige que em todos os atos de negociação, 
confirmação e execução, o colaborador esteja acompanhado e 
assistido pelo advogado (art. 4º, §15º). 
É a chamada “dupla garantia”, indicando a necessidade de que 
haja consenso do colaborador e do advogado, sobretudo para 
44
Direito Penal - Espelho de correção - Seção 4NPJ 
que o colaborador tenha consciência das implicações penais, 
processuais e pessoais do ato de colaboração. E, por óbvio, 
trata-se de requisito indisponível e irrenunciável. 
Assim, não restam dúvidas de que o presente Termo de Acordo 
de Colaboração Premiada, firmado entre o Ministério Público e 
o Acusado João Santos é nulo, por absoluta violação aos artigos 
4º, §15 da Lei n.ª 12.850/2013.
Por todo o exposto, requer-se a declaração da ilegalidade do 
referido acordo com seu consequente desentranhamento dos 
autos, em conformidade com a CF/88 (art. 5º, LVI) e CPP (art. 157).
Manter tal prova nos autos, entendendo-a como válida, 
ocasionará vício insanável, gerador de nulidade absoluta para os 
posteriores atos praticados no processo (art. 573, § 1º do CPP), 
que ofende aos princípios constitucionais da vedação às provas 
obtidas por meios ilícitos, da ampla defesa e do contraditório 
(art. 5º, LVI e LV da CF). 
III. DOS REQUERIMENTOS DE PROVA
Protesta o denunciado pela produção de todas as provas em 
direito admitidas, em especial, prova documental, testemunhal 
e pericial. Aproveita a oportunidade para apresentar seu rol de 
testemunhas, que, desde já, requer a intimação: 
1- Nome, endereço.
2- Nome, endereço.
3- Nome, endereço.
4- Nome, endereço.
IV. DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, requer-se a declaração da ilegalidade 
do referido acordo com seu consequente desentranhamento 
55
Direito Penal - Espelho de correção - Seção 4NPJ 
dos autos, em conformidade com a CF/88 (art. 5º, LVI) e CPP 
(art. 157).
Termos em que, 
 Pede e espera deferimento. 
(LOCAL), 14 de setembro de 2017.
_________________________________________________
[NOME COMPLETO DO ADVOGADO]
[OAB]
Perguntas:
1- Em que consiste a colaboração premiada?
2- Há diferença entre a colaboração e a delação premiada?
3- Cabe delação premiada para qualquer tipo de crime?
4- Quais os requisitos para a celebração de um acordo de 
colaboração premiada? 
Resolução comentada
666
Direito Penal - Espelho de correção - Seção 4NPJ

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