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Treinamento a longo prazo

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TREINAMENTO A LONGO PRAZO 
Weineck 
(2003) 
Formação básica geral - 
desenvolvimento das 
capacidades 
coordenativas. 
Básico - formação de 
uma ampla base 
motora para 
iniciantes. 
Formação - 
especialização 
esportiva. 
Conexão - transição 
entre formação e alto 
desempenho; Alto 
desempenho 
rendimento com 
treinamento máximo. 
Bompa 
(2002) 
Iniciação 
 (6 aos 10 anos) – 
desenvolvimento de 
habilidades desportivas 
fundamentais de forma 
lúdica, adequando regras, 
equipamento e ambiente 
de jogo. 
Formação atlética 
(11 aos 14 anos) -
desenvolvimento de 
exercícios específicos 
da modalidade e das 
capacidades motoras. 
Especialização 
(15 aos 18 anos) – 
elevação da 
capacidade de 
treinamento físico, 
técnico e tático. 
Alto desempenho 
(19 anos em diante) – 
treinamento voltado 
para a intensidade da 
competição e 
obtenção de 
performance. 
Dantas 
(2003) 
Formação Básica 
 (10 aos 12 anos) – dentro 
da educação física escolar, 
desenvolvimento de 
técnicas, regras e 
capacidades motoras 
básicas. 
Especialização 
(homens – 14/17 
anos e mulheres – 
12/15 anos) – 
elevação das 
capacidades 
funcionais e 
aperfeiçoamento das 
habilidades motoras. 
Performance 
(homens – 17/20 
anos e mulheres – 
15/18 anos) – o 
atleta é levado ao 
limite técnico, 
físico e psicológico 
para alcançar 
performances 
crescentes. 
 
Manutenção 
(35/40 anos) – perda 
da capacidade 
competitiva e 
preparação para uma 
aposentadoria 
saudável. 
Treinamento a longo prazo para as diversas modalidades esportivas 
(HARRE, 1976) 
Modalidades 
Esportivas 
Ênfase da técnica 
(ginástica olímpica) 
Força com ênfase 
da velocidade 
(sprint, saltos) 
Força com ênfase 
 da resistência 
(remo) 
Natação 
Treinamento de 
iniciantes 
5 e 7 anos 8 e 10 anos 
10 e 12 anos 
 
Aproximadamente 
6 anos 
 
 
Treinamento 
avançado 
Aproximadamente 
10 anos 
13 e 14 anos 14 anos 
Aproximadamente 
9 anos 
Treinamento de 
 alto desempenho 
13 e 15 anos 
(meninas) 
18 e 20 anos 
(homens) 
Aproximadamente 
18 anos 
Aproximadamente 
18 anos 
 
Aproximadamente 
 14 anos 
 
Orientações gerais para o treinamento 
de crianças 
• Exames médicos periódicos; 
• Treinamento adequado a idade; 
• Não deve comprometer os estudos; 
• Deve possibilitar o interesse por 
outra modalidade. 
Alterações das Dimensões Corporais 
• Cérebro – apresenta 90-95% do tamanho adulto aos 6 anos, enquanto que 
o corpo apresenta só 50% com a mesma idade; 
 
• Crescente número de sinapses no sistema nervoso central durante os 
primeiros anos de vida, que deve ser estimulada com exercícios 
determinados para uma boa maturação funcional; 
 
• Segmentos isolados do esqueleto sofrem surtos de crescimento em faixas 
etárias diferentes; 
 
• Crescimento descontínuo, exceto durante a puberdade (meninas entre 12 
e 13 anos e meninos entre 13 e 15 anos); 
 
• Crescimento retardado, normal e acelerado – influência nas competições 
em categorias de base, as quais peso e estatura são determinantes. 
 
Crescimento 
Crescimento e aparelho motor passivo (ossos, 
cartilagens, tendões e ligamentos) 
• Os ossos na infância são muito sensíveis pela contínua 
sedimentação, logo deve-se evitar muita sobrecarga; 
• Tendões e ligamentos não são suficientemente tensos; 
• O tecido cartilaginoso é sensível a excesso de pressão ou 
força; 
• A intensidade de treinamento favorável ao crescimento é 
definida por estímulos submáximos; 
• A recuperação a estímulos é mais rápida no aparelho 
motor ativo do que no passivo. O tempo de recuperação 
deve ser suficiente após um treinamento intenso; 
• Não submeter o organismo a mudança abrupta de 
estímulos; 
• Evitar exercícios com halteres na puberdade, 
principalmente acima da cabeça, pois podem causar 
danos a coluna. O estímulo do peso corporal é o mais 
adequado. 
• Evitar estímulos unilaterais; 
• Evitar estimulação estática prolongada. 
 
 
 
 
Crescimento 
Crescimento e aparelho motor ativo 
(músculos): 
 
Crianças apresentam reduzida capacidade 
glicolítica (anaeróbica lática) e grande 
capacidade oxidativa (aeróbica); A reduzida 
capacidade glicolítica parece ser 
decorrente da menor atividade das 
enzimas lactato desidrogenase (LDH) e 
fosfofrutoquinase (PFK). 
 
Até a puberdade não há grandes 
diferenças de força muscular entre 
meninos e meninas; 
 
A brusca elevação da testosterona em 
meninos púberes associado a ação de 
outros hormônios produz o dimorfismo 
sexual em relação as meninas. O ganho de 
massa muscular é visível. 
 
 
 
O Treinamento Geral (BOMPA, 2002) 
Iniciação (6 aos 10 anos) 
 
O treinamento deve ser de baixa 
intensidade; 
 
Desenvolvimento multilateral – 
habilidades desportivas 
fundamentais e movimentos 
básicos; 
 
Desenvolvimento das capacidades 
coordenativas: flexibilidade, 
coordenação e equilíbrio; 
 
Adaptação do equipamento, 
ambiente e regras; 
 
Utilização de atividades lúdicas. 
 
O Treinamento Geral (BOMPA, 2002) 
Formação Atlética (11 aos 14 anos) 
 
Utilização de vários exercícios específicos da própria 
modalidade e de outras; 
 
Melhor momento para aprendizagem: reforço da parte 
técnica e fundamentação tática; 
 
Continuar o desenvolvimento das capacidades 
coordenativas: flexibilidade, coordenação e equilíbrio; 
 
Introdução ao treinamento de força geral – utilizar peso 
corporal, equipamentos leves (ex.: medicine ball) ou 
pesos com cargas baixas e muita repetição; 
 
Continuidade do trabalho de capacidade aeróbia; 
 
Introdução do treinamento anaeróbio moderado; 
 
Evitar competições que possam estressar 
demasiadamente as estruturas anatômicas do atleta; 
 
Apresentar uma variedade de situações competitivas de 
cunho recreativo. 
 
 
 
 
O Treinamento Especializado (BOMPA, 2002) 
Especialização (15 aos 18 anos) 
Ênfase nos exercícios do desporto escolhido. 
Aperfeiçoamento do gesto técnico, da tática 
individual e coletiva; 
 
Tolerância a cargas maiores de treinamento e 
competição; 
 
Elevação do volume e intensidade de treinamento. O 
treinamento deve simular as situações de 
competição; 
 
Reforçar a musculatura primária da atividade. O 
treinamento de força deve refletir as necessidades 
da modalidade. Evitar o treinamento de força 
máxima; 
 
Manutenção da capacidade aeróbia e elevação da 
anaeróbia (volume e intensidade), pois os atletas já 
são capazes de suportar o acúmulo de ácido lático; 
 
Aumentar progressivamente o número de 
competições; 
 
Exercitar a preparação psicológica. 
 
 
 
 
O Treinamento Especializado (BOMPA, 2002) 
Alto Desempenho (19 anos ou mais) 
 
Não há correlação resultados precoces com 
os da fase adulta; 
 
O treinamento deve ser progressivo 
respeitando o estágio do atleta; 
 
Exercícios específicos devem ser prioridade 
sem abandonar os multilaterais no período 
preparatório; 
 
Usar a velocidade e o ritmo da competição 
nas sessões de treinamento; 
 
Aperfeiçoamento das habilidades técnicas, 
táticas e psicológicas; 
 
Fundamentação científica do treinamento. 
 
Características do treinamento de acordo 
com a faixa etária 
Idade pré-escolar (3 a 7 anos) 
• Motivação para o movimento; 
• Orientação lúdica e variada (jogos e brincadeiras); 
• Atividades que desenvolvam os movimentos básicos 
(correr, saltar, pular, puxar, empurrar, agarrar e outros). 
 
Primeira idade escolar (7 aos 10 anos) 
• A boa condição psicofísica permite uma orientação 
poliesportiva; 
• Atividades lúdicas e técnicas com repetição para 
incorporação ao movimento da criança. 
 
 
 
Característicasdo treinamento de acordo 
com a faixa etária 
Idade escolar tardia (10 até o início da puberdade) 
• Melhor fase do aprendizado; 
• Consolidação da técnica desportiva superficial; 
 
Primeira fase puberal (meninas dos 11 aos 14 anos 
e meninos dos 12 aos 15 anos) 
• Grande aumento do peso e altura; 
• Prejuízo na coordenação; 
• Bom momento para iniciar o desenvolvimento 
das capacidades condicionantes. 
 
 
Características do treinamento de acordo 
com a faixa etária 
 
Segunda Fase Puberal (Adolescência: meninas – 
13 aos 18 anos e meninos – 14 aos 19 anos) 
• Proporção corporal harmoniosa; 
• Aperfeiçoamento de técnicas esportivas 
específicas e do condicionamento.

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