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Cadeias Produtivas - II - Livro-Texto - Unidade I

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Autor: Prof. Aldo Francisco Alves Neto 
Colaboradores: Prof. Rogério Traballi
 Profa. Laura Cristina da Cruz Dominciano
Cadeias Produtivas II
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Professor conteudista: Aldo Francisco Alves Neto
Aldo Francisco Alves Neto é natural de São Paulo-SP. Em 2006, graduou-se em Medicina Veterinária pela 
Universidade Paulista (UNIP) e, em 2009, concluiu o Mestrado em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). 
É docente na UNIP desde 2007 nas áreas de Parasitologia, Doenças Parasitárias, Melhoramento Genético e Produção 
Animal, mesmas disciplinas que ministra na Universidade de Guarulhos (UnG), desde 2011.
Realizou diversos cursos de aprimoramento em produção animal e melhoramento genético. Possui também 
experiência como médico veterinário consultor em fazendas de bovinos com aptidão leiteira e corte desde 2007. 
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A474c Alves Neto, Aldo Francisco.
Cadeias Produtivas II. / Aldo Francisco Alves Neto. – São Paulo: 
Editora Sol, 2015.
120 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXI, n. 2-095/15, ISSN 1517-9230.
1. Suinocultura. 2. Avicultura. 3. Equinocultura. I. Título.
CDU 637.5
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
Material Didático – EaD
Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
 Marina Bueno
 Cristina Z. Fraracio
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Sumário
Cadeias Produtivas II
APRESENTAçãO ......................................................................................................................................................9
INTRODUçãO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 SUINOCULTURA ............................................................................................................................................... 11
1.1 Introdução geral .................................................................................................................................. 11
1.2 Manejo geral de suínos, do nascimento ao abate .................................................................. 11
1.2.1 Manejo maternidade .............................................................................................................................11
1.2.2 Manejo do parto até sete dias de idade ....................................................................................... 12
1.2.3 Creche .......................................................................................................................................................... 13
1.2.4 Fase de terminação ............................................................................................................................... 14
1.2.5 Abate em suínos ...................................................................................................................................... 15
1.3 Criação de javalis .................................................................................................................................. 17
1.3.1 Introdução ................................................................................................................................................. 17
1.3.2 Manejo reprodutivo .............................................................................................................................. 17
1.3.3 Manejo nutricional ............................................................................................................................... 17
1.3.4 Manejo geral ............................................................................................................................................ 17
1.3.5 Javaporco .................................................................................................................................................. 18
2 DIMENSIONAMENTO E ESCALONAMENTO DE GRANJAS DE SUíNOS ........................................ 18
2.1 Introdução ............................................................................................................................................... 18
2.1.1 Tipos de produção .................................................................................................................................. 19
2.1.2 Modelos de criação ................................................................................................................................ 19
2.1.3 DNP = Dias não produtivos ................................................................................................................ 19
2.1.4 Dimensionamento .................................................................................................................................. 20
2.2 Manejo alimentar – nutricional em suínos ............................................................................... 22
2.2.1 Fase reprodutiva ...................................................................................................................................... 22
2.2.2 Gestação ................................................................................................................................................... 23
2.2.3 Lactação .................................................................................................................................................... 23
2.2.4 Cachaços .................................................................................................................................................... 23
2.2.5 Leitões no aleitamento e creche ..................................................................................................... 24
2.2.6 Suínos em crescimento e terminação ............................................................................................ 24
2.3 Manejo reprodutivo em suínos ....................................................................................................... 25
2.3.1 Introdução/seleção de reprodutores .............................................................................................. 25
2.3.2 Puberdade .................................................................................................................................................. 25
2.3.3 Ciclo estral .................................................................................................................................................26
2.3.4 Gestação ..................................................................................................................................................... 26
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2.3.5 Parto ............................................................................................................................................................. 26
2.3.6 Reposição do plantel ............................................................................................................................. 27
2.4 Manejo sanitário em suínos ............................................................................................................. 27
2.4.1 Introdução ................................................................................................................................................ 27
2.4.2 Sistema de manejo ................................................................................................................................. 27
2.4.3 Limpeza e desinfecção de setores específicos ............................................................................ 28
2.4.4 Manejo e tratamento de dejetos ...................................................................................................... 29
2.4.5 Efeito de fatores ambientais sobre a produção de suínos ..................................................... 31
2.4.6 Princípios da utilização de vacinas em suínos ............................................................................ 32
2.4.7 Pragas gerais na produção de suínos ............................................................................................. 32
2.5 Melhoramento genético em suínos .............................................................................................. 33
2.5.1 Introdução ................................................................................................................................................. 33
2.5.2 Princípios do melhoramento genético em suínos ..................................................................... 34
2.5.3 Principais raças de suínos .................................................................................................................... 35
Unidade II
3 AVICULTURA: ..................................................................................................................................................... 39
3.1 Avicultura de corte .............................................................................................................................. 39
3.1.1 Manejo de frangos de corte ............................................................................................................... 39
3.2 Sistema de postura- produção de ovos ...................................................................................... 43
3.2.1 Fases de criação ...................................................................................................................................... 43
3.2.2 Manejo em cada fase ........................................................................................................................... 43
3.2.3 Sistema de postura automática ou dark house ........................................................................ 44
3.2.4 Esquema de muda forçada ................................................................................................................ 44
3.3 Criação de avestruz ............................................................................................................................. 45
3.3.1 Introdução/principais características sobre a espécie ............................................................ 45
3.3.2 Principais raças ....................................................................................................................................... 46
3.3.3 Instalações ................................................................................................................................................ 46
3.3.4 Contenção ................................................................................................................................................ 46
3.3.5 Manejo sanitário/vacinação .............................................................................................................. 46
3.3.6 Manejo nutricional ............................................................................................................................... 47
3.3.7 Manejo reprodutivo .............................................................................................................................. 47
3.3.8 Manejo dos ovos .................................................................................................................................... 47
3.4 Criação de codornas .......................................................................................................................... 47
3.4.1 Introdução ................................................................................................................................................. 47
3.4.2 Dados gerais .............................................................................................................................................. 47
3.4.3 Instalações e grupos ............................................................................................................................. 48
3.4.4 Alimentações para codornas .............................................................................................................. 48
3.4.5 Manejo da criação .................................................................................................................................. 49
3.5 Melhoramento Genético em aves de produção ...................................................................... 50
3.5.1 Introdução ................................................................................................................................................. 50
3.5.2 Melhoramento genético em aves de corte .................................................................................. 50
3.5.3 Melhoramento genético em aves de postura ............................................................................. 51
3.5.4 Chester ........................................................................................................................................................ 51
3.6 Manejo para o abate de aves (frangos de corte) ..................................................................... 52
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3.6.1 Fluxograma operacional de abate de aves – frango ................................................................ 52
3.7 Manejo sanitário em aves ................................................................................................................. 53
3.7.1 Introdução ................................................................................................................................................ 53
3.7.2 Definições gerais ..................................................................................................................................... 53
3.7.3 Procedimentos adequados quanto à biosseguridade em granjas ...................................... 54
4 BIOLOGIA E CONTROLE DE ALPhITOBIUS DIAPERINUS (CASCUDINhO) ................................... 55
4.1 Introdução e biologia ........................................................................................................................ 55
4.2 Importância econômica e sanitária ............................................................................................. 55
4.3Controle integrado ............................................................................................................................. 56
Unidade III
5 EQUINOCULTURA ............................................................................................................................................ 60
5.1 Introdução e importância econômica ......................................................................................... 60
5.1.1 Produção de soro antiofídico ............................................................................................................. 60
5.2 Instalações para os equinos ............................................................................................................. 61
5.2.1 Curral .......................................................................................................................................................... 61
5.2.2 Piquetes, formação de pastagens e plantas tóxicas ................................................................. 61
5.3 Manejo de potros ................................................................................................................................. 62
5.3.1 Gestação e parto ..................................................................................................................................... 62
5.3.2 Potro e doenças ....................................................................................................................................... 62
5.3.3 Manejo geral do potro .......................................................................................................................... 62
5.3.4 Programa de vacinação ........................................................................................................................ 62
5.3.5 Manejo do desmame ............................................................................................................................. 63
5.3.6 Aspectos gerais do manejo reprodutivo ........................................................................................ 63
5.3.7 Cuidados com éguas gestantes......................................................................................................... 63
5.4 Melhoramento genético em equinos ........................................................................................... 63
5.4.1 Introdução ................................................................................................................................................. 63
5.4.2 hibridação ................................................................................................................................................ 64
5.4.3 Escolha da égua ....................................................................................................................................... 65
5.4.4 Marcas ......................................................................................................................................................... 65
5.4.5 Cores ............................................................................................................................................................ 66
5.5 Principais raças: tipo sela/tração ................................................................................................... 66
5.5.1 Tipo sela ...................................................................................................................................................... 66
5.5.2 Raças de tração ...................................................................................................................................... 69
5.5.3 Raças de pônei ......................................................................................................................................... 70
5.5.4 Raças de asininos .................................................................................................................................... 71
6 AQUICULTURA .................................................................................................................................................. 72
6.1 Introdução ............................................................................................................................................. 72
6.2 Tipos de aquicultura ............................................................................................................................ 72
6.3 Tipos de piscicultura ............................................................................................................................ 72
6.4 Principais espécies ............................................................................................................................... 72
6.4.1 Peixes tropicais ....................................................................................................................................... 72
6.4.2 Peixes de clima temperado ................................................................................................................. 73
6.4.3 Peixes ornamentais ................................................................................................................................ 73
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6.4.4 Características gerais ............................................................................................................................. 73
6.4.5 Características do local de criação .................................................................................................. 73
6.4.6 Sistemas de produção ........................................................................................................................... 74
6.4.7 Manejo geral da criação ..................................................................................................................... 74
6.4.8 Abate ........................................................................................................................................................... 75
Unidade IV
7 CUNICULTURA .................................................................................................................................................. 79
7.1 Introdução ............................................................................................................................................. 79
7.2 Manejo ..................................................................................................................................................... 79
7.3 Características básicas ...................................................................................................................... 79
8 PRODUçãO DE GRãOS ................................................................................................................................. 80
8.1 Produção de milho ............................................................................................................................... 80
8.2 Produção de sorgo ............................................................................................................................... 90
8.3 Produção de Soja .................................................................................................................................. 98
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APreseNtAção
Partiremos do princípio de que a cadeia produtiva leva em consideração a produção de elementos 
para o consumo humano, desde seu início até seu destino final (mesa do consumidor). Nesta disciplina, 
Cadeias Produtivas II, iremos tratar o início desse aspecto produtivo ainda no campo, no que se refere à 
produção de espécies animais não ruminantese produção de alguns grãos.
Inicialmente será abordada a suinocultura e a avicultura, de forma mais detalhada, por tratarem-
se de espécies muito importantes ao agronegócio brasileiro. Na parte de avicultura, além da produção 
de carne, também discuriremos a produção de ovos, outro importante alimento para humanos, rico 
em proteína. 
Depois, serão tratados os métodos de manejo e criação de outras espécies, tais como equinos e 
peixes, também importantes ao agronegócio nacional. Embora os equinos não tenham importância na 
produção de alimentos para humanos em nosso país, é muito utilizado para o trabalho e manuseio com 
outras espécies animais. 
Por fim, será abordada a produção de diferentes tipos de grãos, os quais são o ponto chave para a 
alimentação da maior parte das espécies abordadas anteriormente.
INtrodução
Neste livro-texto não trataremos sobre produção de animais ruminantes. Trataremos das criações de 
suínos, aves, equinos, peixes e coelhos, destacando principalmente a suinocultura e a avicultura. Além da 
produção animal, também falaremos sobre a produção de grãos, tais como milho, sorgo e soja.
A produção de equinos (equinocultura) é de suma importância por serem animais amplamente 
utilizados na lida com o gado, as criações e quantidade de animais dessa espécie concentram-se, no 
Brasil, em áreas onde a bovinocultura é mais explorada. Além dos equinos, outra espécie não ruminante 
de importância na produção animal são os peixes, sendo abordadas diferentes modalidades de cultura. 
Ainda entraremos em detalhes sobre a suinocultura e avicultura, esses dois modelos de produção 
geram muitos empregos para profissionais de diferentes áreas no País e possuem posição de destaque 
no mercado mundial, principalmente de carnes. 
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Cadeias Produtivas ii
Unidade I
1 suINoCulturA
1.1 Introdução geral 
Os suínos são mamíferos que apareceram na região do velho mundo. Eles pertencem à ordem dos 
ungulados (dedos providos de cascos) e subordem dos artiodáctilos (número par de dedos), família 
suideos, subfamília suinae e espécie Sus scrofa. 
Devido ao melhoramento genético, houve aumento da deposição de carne em áreas nobres (lombo 
e pernil, principalmente). Antes os suínos possuíam 70% de peso na porção anterior do corpo e 30% na 
parte posterior. Depois, passaram para 50% em cada parte. hoje, os suínos possuem cerca de 70% na 
parte posterior e 30% na anterior.
O número de leitões por leitegada (por parto ou ninhada) aumentou mais de 30%, chegando em 
alguns casos a 21 leitões por parto. 
houve também melhoria em termos de idade ao abate. Atualmente, os leitões são abatidos aos 5 
meses de vida e não mais com 6 meses. houve melhoria também da conversão alimentar, o quanto o 
animal consegue “aproveitar” do alimento.
No sistema de produção intensivo, os suínos são mantidos em baias chamadas de celas. há 
cinco categorias de celas, são elas: celas de gestação, celas de maternidade, celas de creche, celas 
de terminação e celas de cachaço (reprodutor). Cada uma delas será abordada com mais detalhes 
ao longo do texto.
1.2 Manejo geral de suínos, do nascimento ao abate
1.2.1 Manejo maternidade 
Para as celas de maternidade, deve ser realizado um período de vazio sanitário de sete dias. As 
fêmeas devem ser encaminhadas para essas celas cerca de sete dias antes do parto por questão de 
adaptação. Para cada cinco celas, deve haver um kit de parição.
As celas de maternidade devem ter temperatura média entre 16 e 22 ºC. Os animais ficam 28 dias 
nessas celas, sendo sete dias de adaptação e 21 dias para o desmame dos leitões.
Nesta fase, o consumo diário de água é ao redor de 25 l por matriz (porca).
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Unidade I
Ao nascimento, os leitões apresentam entre 1,2 e 1,5 kg de peso vivo, e ao desmame (por volta de 21 
dias) costumam apresentar peso médio entre 6 e 7 kg.
Nesse período deve-se ter bastante atenção, uma vez que cerca de 70% das taxas de mortalidade 
ocorrem na primeira semana. Os recém-nascidos possuem sistema termorregulador inativo, por isso, 
deve haver sistemas de aquecimento (abrigo escamoteador), pois precisam de temperatura ambiental 
ao redor de 32 ºC.
Figura 1 – Ao fundo, abrigo escamoteador 
Figura 2 – Filhotes de suínos dentro do abrigo escamoteador 
1.2.2 Manejo do parto até sete dias de idade 
Em primeiro lugar, devem-se enxugar os leitões, realizar “corte” e antissepsia do umbigo. Faz-se 
necessário treinar os leitões ao uso do abrigo escamoteador. Neste, o ideal é utilizar lâmpada de 40 W.
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Cadeias Produtivas ii
Nas primeiras 24 horas, deve-se ter cuidado e observar a ingestão de colostro (primeiro leite, rico em 
anticorpos) para a ingestão de imunoglobulinas (anticorpos), principalmente IgG. No colostro predomina 
IgG e no leite, IgA. O leitão mama cerca de 20 vezes ao dia, durando em média 25 segundos a mamada. 
Caso a porca apresente leitões mais fracos e um grande número de leitões, pode ser realizada a 
transferência dos leitões entre as porcas até o terceiro dia de vida.
O peso do leitão ao nascimento influencia na taxa de mortalidade, não devendo manter no plantel 
matrizes que tenham filhotes com baixo peso ao nascimento.
Pode-se realizar o corte da cauda em seu último terço nos primeiros dias de vida com alicate 
cauterizador para prevenir o canibalismo (associado ao estresse, devido à alta densidade populacional).
No terceiro dia de vida deve-se realizar medicação ferropriva para evitar a anemia ferropriva. A 
dose é aplicada no pescoço por medicação injetável, pois, o leite materno oferece apenas 20% das 
necessidades de manutenção vital.
O fornecimento de água é indispensável aos leitões, auxiliando na composição muscular e na 
ingestão de dietas sólidas pelos leitões, pois o leite da porca não oferece toda a água requerida pelos 
filhotes. À medida que o peso do animal aumenta, deve aumentar o contato com alimentação sólida e 
a quantidade de ingestão de água.
Ainda na primeira semana de vida deve ser realizada a castração, momento em que há menor chance 
de hemorragia, maior facilidade de operação e menor estresse aos animais. O material para o processo 
tem de ser limpo e deve-se aplicar cicatrizante (geralmente pó, spray serve apenas como repelente). A 
castração visa à eliminação de odores da carne, devido principalmente ao escatol. Porém, recentemente 
alguns estudos sustentam que machos inteiros (não castrados) apresentam maior desempenho no 
rendimento.
A ordem de desempenho é: em primeiro lugar machos inteiros, segundo fêmeas e em terceiro os 
machos castrados. Sendo assim, existem granjas diferenciadas hoje que abatem machos inteiros. Para 
isso, em algumas fases diminuem a dosagem de triptofano (manejo do triptofano), reduzindo assim o 
nível de escatol, o que por sua vez reduz o odor. 
há também ração apropriada para os leitões, e devem-se mesclar as necessidades entre ingestão de 
leite e fornecimento de ração. A produção de leite pela porca diminui durante a lactação e as necessidades 
nutritivas dos leitões aumenta. O oferecimento de ração diminui o estresse no momento da desmama.
1.2.3 Creche
1.2.3.1 Manejo de desmame 
O desmame é o momento em que ocorre a separação entre os leitões e a porca. Antes da separação, 
deve haver um período adequado para adaptações de sete dias, chamado de pré-desmame.
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Unidade I
No desmame pode haver perdas devido às trocas de alimentação, alteração de ambiente (ambos 
geram estresse), entrada em novo grupo social de uniformização dos lotes (ao desmame são montados 
lotes, separados de acordo com tamanho e sexo, unindo filhotes de diferentes matrizes).
Os tipos de desmame em granjas tecnificadas podem ser considerados o chamado desmame 
precoce ou ainda o desmame precoce segregado. O desmame precoce segregado ocorre entre 5 e 21 
dias de idade, porém há um custo muito alto para a sua implantação e muitas controvérsias sobre a sua 
aplicabilidade. O mais utilizado é o desmame precoce, o qual ocorre entre 21 e 35 dias de vida, havendo 
melhor aproveitamento geral e menor consumo de ração. 
É ideal que o desmame seja realizado próximo ao período noturno, fazendo a junção de lotes 
homogêneos e se possível separando também por sexo.
Na creche os leitões entram em média com 21 dias, apresentando ao redor de 6 kg, e saem com 70 
dias, com cerca de 20 kg.
Os lotes são compostos por aproximadamente 20 leitões, respeitando a lotação média de 3 leitões/m2.
1.2.3.2 Manejo da fase de crescimento 
Neste período, há elevado desenvolvimento, devendo ser observados principalmente os cascos. 
Nesta fase, deve-se tomar bastante cuidado com a densidade animal (quantidade de animais por 
área), ocorrendo mortalidade de 1% dos leitões devido a brigas. Por isso que ao desmame deve haver 
um rigoroso critério na formação dos lotes homogêneos. O vazio sanitário para as creches também 
compreende um período de 7 dias. 
1.2.4 Fase de terminação 
1.2.4.1 Manejo da fase de terminação 
Os leitões entram nas celas de terminação aos 70 dias com aproximadamente 20 kg de peso vivo 
e saem para o abate com 150 dias, com aproximadamente 100 kg. Nesta fase, deve-se ter bastante 
atenção aos cascos dos animais. Caso desejem carcaça mais pesada, deve-se manter o animal mais 
um mês.
Deve haver iguais cuidados para a fase de crescimento (creche), porém, nesta fase recomenda-se 1 
animal/ m2, devido exclusivamente ao tamanho dos animais, uma vez que aqui não é comum ocorrer 
mortalidade por brigas.
 lembrete
O modelo intensivo de produção de suínos é realizado em baias ou celas.
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1.2.4.2 Manejo da fase pré‑abate 
Deve ser realizado jejum de 12 horas, o trajeto no transporte deve ser curto, não devendo ser realizado 
em horas quentes do dia. É necessário espaço no caminhão de 1 animal/m2. A rampa de embarque deve 
ter inclinação de 20º.
O transporte inadequado pode causar lesões, perdas na qualidade e até mortalidade, chegando a 
0,3% de mortes. 
 saiba mais
Para saber mais, assista ao vídeo sobre suínos e aves disponível no site 
da Embrapa. 
MODELO de gestão ambiental para a suinocultura brasileira. Prod. 
Núcleo de Comunicação Organizacional Embrapa Suínos e Aves. Brasília: 
Embrapa, 2015. 29 minutos. Disponível em: <www.embrapa.br/suinos-e-
aves>. Acesso em: 21 jul. 2015.
1.2.5 Abate em suínos
No abatedouro, há instalações chamadas de pocilgas de chegada e seleção, assim como existem os 
currais de chegada e seleção para bovinos. Porém, as instalações para suínos são estruturas cobertas, 
diferentemente de bovinos, que são estruturas abertas. Os suínos, assim como os bovinos, são separados 
por tamanho, idade ou proprietário. 
Entre o desembarque e a pocilga de chegada, há uma balança para a chegada do animal, pois alguns 
locais pagam pelo animal vivo. 
Nas pocilgas de chegada e seleção é realizada a primeira avaliação clínica do exame ante mortem. 
Assim como para os bovinos, há uma sala de necropsia para os animais que chegarem mortos.
Existe também a pocilga de observação ou de sequestro para abater animais que não podem ser 
abatidos junto com o lote. Nesse momento, pode-se observar prenhez, postura inadequada, dentre 
outros.
Após o primeiro exame clínico, os animais vão para a pocilga de matança, que devem ter no mínimo 
a mesma dimensão das pocilgas de chegada e seleção. Os animais permanecem nessas pocilgas durante 
24 horas, realizam jejum e dieta hídrica (descanso regulamentar pelo Riispoa – Regulamento da Inspeção 
Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal). Nesse momento, ocorre o segundo exame 
clínico de inspeção ante mortem, cerca de 30 minutos antes do abate.
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Unidade I
Em seguida vem a seringa (corredor suspenso em aclive) na qual os animais devem caminhar em fila 
única. Nesses espaços, há chuveiros que lavam os animais e isso também facilita a insensibilização, que 
ocorre por meio de eletronarcose. Nesse momento do abate há, no máximo, 30 segundos para iniciar a 
sangria, como no abate bovino, só não há a praia de vômito. O animal é puxado pela nória e começa a 
fase aérea da matança, começando a sangria com o animal suspenso, que dura 3 minutos.
Após isso, há a escaldagem, que serve para a abertura dos folículos pilosos. Em bovinos isso 
não é feito. A escaldagem pode ser realizada de duas maneiras: uma com o animal suspenso no 
trilho, de forma contínua (ocorrendo mais no RS), e outra sem os trilhos aéreos, (ocorrendo no 
estado de SP). Na primeira, o animal é colocado em um tanque que escalda entre 65 e 68 ºC e, 
depois, o animal deve voltar aos trilhos aéreos para ser depilado. Quando feita no tanque, naquele 
momento, retira-se as unhas com alicate. Também há a flambagem que é um acabamento da 
depilação, retirando as cerdas indesejadas. 
Depois, faz-se a segunda toalete com chuveiro de alta pressão, e dá-se início à área limpa, onde há 
abertura da linha alba que vai desde a sínfise ísquio púbica até a papada. Como nos bovinos, ocorre a 
amarração do reto e as fezes vão para canaleta. Depois vem a pré evisceração, que retira os genitais 
que vão para graxaria, junto com a unha, cerdas e sangue. O sangue pode ir para alimentação humana, 
desde que se use uma faca vampiro. 
A cabeça sai junto à banda e há inspeção da cabeça (linfonodos, masséteres e pterigoides). Depois 
ocorre a evisceração tanto de vísceras vermelhas (pulmão, coração, fígado, diafragma, traqueia, esôfago 
e língua) e vísceras brancas (TGI, bexiga e baço). Tanto as vísceras vermelhas quanto as brancas e bandas 
andam em sincronismo na esteira, se aprovadas. Desse ponto em diante podem ir para ambientes 
diferentes. As vísceras brancas vão para sala de triparia, as vermelhas para sala de frissura; se houver 
alguma alteração nelas, elas irão para o DIF (Departamento de Inspeção Final). 
Serra-se a carcaça ao meio para inspecionar as duas bandas em suas partes laterais e mediais. Depois 
há a toalete final, tiram-se os rins (geralmente vão para graxaria), medula, aderências, cérebro. Realiza-
se outra inspeção no cérebro; depois vai para balança, chuveiro, carimbagem (é realizada na lateral da 
carcaça, como paleta, lombo e pernil) e vão para a câmara fria. 
O tempo na sala de matança (começa na insensibilização) é igual no abate bovino, cerca de 
45 minutos.
Para abatedouros pequenos ou de médio porte, a matança começa às 4 horas da manhã e termina 
por volta de 6 ou 7 horas, onde o caminhão já leva para o açougue a carne ainda quente. Se o matadouro 
for grande, vai para a câmara fria. 
 observação
Atualmente, os suínos são abatidos com cerca de 100 kg e ao redor dos 
cinco meses de idade. 
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1.3 Criação de javalis
1.3.1 Introdução
O manejo da criação de javalis é muito semelhante ao de suínos, com algumas adaptações. O sistemade 
criação em geral é semiconfinamento para que os animais tenham condições mais próximas com as que teriam 
na natureza. Isso em geral evita problemas de casco e acarreta melhor performance reprodutiva. 
A criação precisa ser localizada em terreno alto, de fácil acesso, afastado de centros urbanos, com 
boa drenagem e água em abundância. O consumo médio de água é por volta de 8 a 16 litros/dia para 
animais adultos e 3 a 5 litros/dia para animais em crescimento.
1.3.2 Manejo reprodutivo 
São em média dois partos/ano, com período de gestação semelhante aos suínos, cerca de 115 dias. 
Ciclo de 21 dias. O número de filhotes/parto é de 1 a 12, sendo em média 4 a 8. A idade para o desmame 
é por volta de 3 meses.
Podem entrar em reprodução por volta de 8 meses de idade.
1.3.3 Manejo nutricional 
O fornecimento de água deve ser à vontade. Em relação ao fornecimento de alimentos, devemos 
pensar em primeiro lugar que são animais onívoros, de uma forma geral, podemos conceber um manejo 
nutricional semelhante ao manejo para suínos.
Para os reprodutores deverá ser fornecido 1 a 2 kg de ração por dia, em dois momentos distintos. Cerca 
de 25% da dieta para animais em reprodução, tanto machos quanto fêmeas, é composta por volumosos, 
como cana-de-açúcar, silagem de milho ou sorgo, napier, capim elefante, e isso ajuda a diminuir os gastos 
com alimentação, evita o perigo dos animais em reprodução engordarem muito e melhora a carcaça.
Para fêmeas que irão entrar em reprodução, a ração deverá ter 14% de Pb.
1.3.4 Manejo geral 
Em geral, utiliza-se uma densidade de 50 m2/animal, e a idade de abate varia dos 180 aos 300 
dias, com peso vivo ao redor de 40 kg. Animais cruzados com suínos (javaporco) apresentam taxa de 
crescimento mais acelerado, porém, possuem exigência nutricional muito maior.
É ideal que a castração seja realizada na primeira semana de vida para facilitar no manejo.
Quanto à marcação, pode ser feita com brincos plásticos, que também são utilizados para suínos. 
Devem ser colocados na parte central da orelha para evitar que caiam ao chão ou pode ser feito o 
esquema australiano de marcação, igual àquele feito para suínos. 
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100
400 800
200
3
1 10
30
Figura 3 – Esquema de marcação em suínos
 observação
•	 Os	piques	3	e	30	podem	ser	usados	3	vezes.
•	 Os	piques	1	e	10	podem	ser	usados	2	vezes.
•	 Os	piques	100-200-400-800	podem	ser	usados	1	vez.
•	 Os	piques	400-800	estão	em	1/3	da	orelha,	de	baixo	para	cima.
Deve-se fazer a limpeza das instalações e utensílios como comedouros e bebedouros, diariamente. 
1.3.5 Javaporco 
O javaporco é o híbrido entre porco e javali. híbrido é o animal resultante da reprodução entre 
espécies diferentes, porém são férteis, uma vez que pertencem a mesma espécie e subespécies diferentes, 
da mesma forma que taurinos e zebuínos. 
2 dIMeNsIoNAMeNto e esCAloNAMeNto de GrANjAs de suíNos
2.1 Introdução
O dimensionamento serve para obtermos conhecimento sobre o funcionamento de determinada 
granja. É um pré-projeto do SPS – Sistema de Produção de Suínos. 
No final é que recomendamos o nº de baias dos cachaços (reprodutores), sendo a relação de um macho 
para 80 fêmeas quando se utiliza IA (Inseminação Artificial) e um para 20 fêmeas em monta natural.
Nas granjas há atividades diárias e de rotina, como verificação do plantel, alimentação, treinamento 
de funcionários. 
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Em relação ao escalonamento, a divisão ocorre em: pequeno, médio e grande porte.
Granjas de pequeno porte são aquelas que possuem até 40 matrizes e tem fluxo mensal.
Médio porte apresenta entre 41 a 100 matrizes, tendo fluxo quinzenal.
Grande porte apresenta acima de 100 matrizes, tendo fluxo semanal.
Em granjas de pequeno porte, no escalonamento, utilizam-se 6 blocos, pois são 12 meses dividido 
por 2 partos ao ano. Em médio porte, ou seja, esquema quinzenal, é o dobro, ou seja, são 12 blocos. E, 
em grande porte, ou seja, esquema semanal, são 26 blocos, pois são 52 semanas/2.
2.1.1 Tipos de produção
No Brasil, há as granjas núcleos, que são aquelas de base genética. hoje, existem por volta de seis 
no Brasil. Em relação à produção comercial, há as granjas de ciclo completo, há aquelas que possuem 
leitões desmamados e leitões em terminação. 
2.1.2 Modelos de criação
há o modelo intensivo, que é aquele que possui alta tecnificação e controle zootécnico apurado; e 
o modelo extensivo, que tem baixa tecnificação, baixa produtividade como consequência e, geralmente, 
ocorre em cultura de subsistência (consumo familiar). 
2.1.3 DNP = Dias não produtivos
São os dias em que a fêmea não está gestando, nem lactando. 
O DNP pode aumentar devido ao intervalo de desmama/cobrição, à repetição de cio e ao intervalo 
entre abortamento e cobrição.
1 DNP= 0,06 leitões/porca.
Fórmulas:
PFA (Partos/fêmea/ano)
PFA = 365/dias de gestação + dias de lactação
PFA = 365/114 + 21
PFA = 2 partos/ano
DNP = 365 + (PIP + PDC) – [PFA x (PG + PL) =
PFA = partos/fêmea/ano
PG: Período de gestação = 114 dias
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PL: Período de lactação = (depende do modelo de criação, em geral são 21 dias)
PDC: Período de desmame – Cio (variável)
PIP: Período de identificação de prenhes (variável) 
Exemplo: deseja-se saber o DNP, em uma produção onde o PFA = 2; PG = 115; PL = 21; PDC= 8 e PIP= 8
DNP = 365 + (PIP + PDC) – [PFA x (PG + PL) =
DNP = 365 + (8 + 8) – [2 x (115 + 21) =
DNP = 365 + (16) – [2 x 136] =
DNP = 381 – 272
DNP = 109
1 DNP------ 0,06 leitões
109 DNP----- x
X= 6,54. 
Isso é o que cada porca deixa de produzir. Se forem 100 porcas, ao final há uma perda de 654 leitões/ano.
2.1.4 Dimensionamento
Cálculo do número de celas por setor.
O primeiro passo em todos os setores é calcular o SO (semanas de ocupação).
2.1.4.1 Celas de gestação
SO = 107 + 7/7
•	 107	é	o	tempo	que	permanece,	pois	uma	semana	antes,	a	fêmea	vai	para	cela	maternidade;	
•	 7	é	o	período	de	vazio	sanitário.
SO = 17
NC = Nº de fêmeas x PFA x SO/52 
NC = Nº de celas
52 = 52 semanas do ano produtivo 
Supondo que sejam 100 fêmeas, ficaria:
NCg = 100 x 2 x 17/ 52
NCg = 65,38, ou seja, aproximadamente 66 celas de gestação
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2.1.4.2 Celas de maternidade
SO= Período antes de parir + PL +VS/7
PL = Período de lactação
VS = Vazio sanitário
SO = 7 + 21+ 7/7
SO = 5
Ncm = Nº fêmeas x PFA x SO/ 52
Ncm = 100 x 2 x 5/ 52
Ncm = 19,23 
Portanto aproximadamente 20 celas de maternidade.
2.1.4.3 Celas de creche
SO = Período de permanência na creche + VS/7
SO = 49 +7 / 7
SO = 8.
Ncc = Nº de fêmeas x PFA x LD x SO/ 52 x TG
LD = Nº de leitões desmamados
TG = Tamanho do grupo
Supomos que foram 12 leitões desmamados e o tamanho do grupo é de 40 animais, fica:
Ncc = 100 x 2 x 12 x 8/ 52 x 40
Ncc = 9,2 
Ou seja, são necessárias 10 celas de creche.
2.1.4.4 Celas de terminação
SO é o mesmo princípio anterior.
SO = 80 + 7/7
SO = 12,4; 
Ou seja, aproximadamente 13 semanas.
Nct = Nº de fêmeas x PFA x LD x SO/52 x TG
Nct = 15
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2.1.4.5 Celas de cachaço
Será 1 macho para 20 fêmeas em monta natural.1 macho para 80 fêmeas em IA.
Nc para 100 fêmeas será = 5 MN, ou 2 IA (aqui é um animal por cela).
 lembrete
O setor que precisa de maior número de celas é o de gestação.
 observação
Celas de terminação e celas de creche são locais onde os animais são 
mantidos em grupos; as celas dos demais setores são individuais.
2.2 Manejo alimentar – nutricional em suínos
2.2.1 Fase reprodutiva
Atualmente, os animais apresentam menor taxa de gordura corporal e a tendência é que as fêmeas 
desmamem uma quantidade cada vez maior de leitões e com peso também maior ao desmame. A 
produção anual de uma porca é em média 22 leitões/ano; devido a todos esses motivos, deve-se ter uma 
alimentação diferenciada para as matrizes.
2.2.1.1 Leitoas de reposição
As leitoas destinadas à reprodução devem apresentar, no intervalo entre 20 e 90 kg, um ganho 
de peso diário entre 650 e 720 g. Isso significa que aos 90 kg terão uma idade aproximada de 155 
dias. Até os 100 kg, o consumo diário de ração das fêmeas deve ser à vontade. Chegando aos 100 kg, 
deve haver certa restrição, dependendo das raças e cruzamentos envolvidos. Porém, mesmo quando 
realizada, a restrição não deve ser reduzida em mais de 70%, pois entre os 5 e 6 meses de idade elas 
devem apresentar por volta de 120 kg de peso vivo, nunca menos que isso.
2.2.1.2 Efeito flushing 
Em suínos, o efeito flushing é realizado quando se observa baixa taxa ovulatória, tendendo a voltar 
aos níveis normais. Significa fornecimento de alto nível de energia, cerca de 10 a 14 dias (pré-cobrição) 
até o dia da reprodução, daí a taxa de ovulação aumenta, elevando o número de leitões nascidos. 
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Deve ser realizado em fêmeas jovens até o segundo parto. Para essas, é recomendável que continuem 
recebendo ração de lactação à vontade até o dia da cobrição ou inseminação. Entretanto, para isso, o cio 
deve ocorrer no máximo até 10 dias após o desmame. 
2.2.2 Gestação 
Se comparada com a fase de lactação, na fase de gestação, as exigências nutricionais são bem inferiores. A 
função principal da alimentação durante a gestação deve ser para influenciar no tamanho, peso e uniformidade 
da leitegada (filhotes nascidos por parto). Nos dois primeiros terços da gestação, as necessidades nutricionais 
são levemente superiores às de mantença, uma vez que os fetos apresentam somente 8% do peso que terão 
ao nascimento. Então, logo após a cobrição as fêmeas devem ser alimentadas com ração de gestação, com 
nível energético baixo. Nesse início, a taxa de ração por fêmea deve ser entre 1,8 e 2,0 kg de ração/dia. 
Entre o 7º e o 90º dia, o fornecimento de ração deve ser de acordo com o escore corporal da fêmea, 
tendo uma escala de 1 a 5. O mais comum são valores 3 e 4 de escore, para os quais a ração fornecida 
deve ser entre 2,2 kg e 2,5 kg/dia. 
No último terço de gestação, ou seja, no último mês ou últimas 3 semanas, o peso dos fetos duplica 
e qualquer deficiência no fornecimento diário de alimentos afeta negativamente o peso dos leitões ao 
nascer. Por esse motivo, no último mês de gestação deve-se aumentar a quantidade diária de ração 
e utilizar uma dieta mais energética, como a da lactação. É importante fornecer nessa fase ração de 
lactação porque contém gordura suplementar que é importante para aumentar a produção de leite e o 
conteúdo de gordura no colostro, com consequente aumento na taxa de sobrevivência dos leitões.
2.2.3 Lactação 
O objetivo da alimentação da fêmea durante a lactação é maximizar a produção de leite, minimizar 
a perda de peso corporal para controlar o intervalo desmame–cio, garantir taxa de ovulação adequada 
e promover a longevidade da fêmea. 
O suprimento diário de energia e nutrientes durante a lactação deve ser suficiente para a mantença 
e garantia de crescimento dos leitões através do leite. Assim, as exigências nutricionais dependem 
basicamente do peso da porca para evitar mobilização das reservas corporais. O consumo de ração pelas 
matrizes durante a lactação deve ser estimulado. É fundamental o consumo satisfatório de ração na 
última semana de lactação por apresentar maior relação com o peso dos leitões.
2.2.4 Cachaços
Machos inteiros em desenvolvimento apresentam exigências nutricionais diferentes dos machos 
castrados e das fêmeas. A partir dos 50 kg de peso vivo, deve-se haver uma criação diferenciada para 
machos inteiros, que apresentam maior taxa de crescimento que as demais categorias. 
Os machos adultos também necessitam de alimentação diferenciada, pois devem apresentar ótimo 
desempenho reprodutivo e evitar o excesso de peso, restringindo, por exemplo, as taxas de energia 
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na dieta. Esse procedimento visa evitar o excesso de peso, reduzindo assim problemas de aprumos e 
facilitando a monta natural. 
A quantidade de ração fornecida é de acordo com o peso dos reprodutores, devendo ser cerca de 2,40 
kg/dia. Para cachaços com pesos de 200, 250 e 300 kg, devem ser 2,63 e 2,86 kg/dia, respectivamente. 
2.2.5 Leitões no aleitamento e creche 
A alimentação é variável de acordo com o período de realização do desmame. Para o desmame 
precoce segregado, dividimos os tipos de dietas em quatro fases, sendo entre 2,5 a 5,5 kg de peso vivo 
18 a 25% de lactose, 7 a 10% de plasma suíno, 10 a 15% de farelo de soja, 1 a 2% de farinha de sangue 
e 3 a 6% de farinha de peixe, sendo na forma peletizada. 
Quando tiverem entre 5,5 e 7,5 kg de PV, 15 a 25% de lactose, 2 a 3% de plasma suíno, 2 a 3% de 
farinha de sangue ou farinha de peixe e 3 a 5% de gordura, sendo na forma peletizada ou farelada. 
Entre 7,5 a 12,5 kg de PV deve ser 10% de soro de leite em pó, 2 a 3% de farinha de sangue ou 
de peixe, e 0 a 3% de gordura, sempre na forma farelada. A partir de 12,5 kg de PV não há nenhum 
ingrediente especial. 
Produtos à base de sangue, por serem difíceis de serem encontrados no Brasil, podem ser substituídos 
por leite desnatado em pó.
Em relação ao desmame comum atual com cerca de 21 dias, separamos em três fases, sendo até os 
35 dias de idade 20 a 25% de soro de leite em pó, 5 a 10% de leite desnatado em pó ou outra fonte de 
proteína de origem animal e 2 a 4% de óleo bruto de soja.
Entre 35 e 49 dias de idade 10% de soro de leite em pó e 1 a 3% de óleo bruto de soja e, a partir dos 
49 dias de vida, não há inclusão de produtos lácteos ou outros ingredientes especiais. 
2.2.6 Suínos em crescimento e terminação
Os suínos apresentam peso entre 20 e 100 kg de peso vivo, costumam representar cerca de 70% dos 
animais do plantel, e são responsáveis por cerca de 60% dos gastos da ração total consumida na granja. 
A alimentação pode ser dividida em alguns tipos, descritos a seguir.
2.2.6.1 Fase única
Os animais recebem a mesma dieta entre os 20 kg até o abate, mas não é adequado, porque os 
animais acabam recebendo uma dieta que não é apropriada durante bastante tempo.
2.2.6.2 Duas fases ou convencional
Esse é o modelo proposto pela NRC. Os animais recebem uma dieta de crescimento (quando 
apresentam entre 20 e 50 kg) e dos 50 kg até o abate recebem dieta de terminação.
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2.2.6.3 Três fases
São duas fases de crescimento, uma entre 20 e 40 kg e a outra entre 40 e 70 kg e uma fase de 
terminação, dos 70 kg até o abate, sendo esta a fase de terminação. Cada fase dura cerca de 28 dias, e 
na última fase deve-se reduzir a taxa de energia e permitir a utilização de alimentos mais fibrosos.
2.2.6.4Quatro fases
São as fases entre 20 e 40 kg, 40 e 60 kg, 60 a 90 kg e dos 90 kg até o abate. As exigências 
nutricionais são adequadas de acordo com o peso em questão, e deve haver maior concentração de 
proteínas e aminoácidos na fase final. 
É importante a utilização de várias fases de alimentação, pois visa maior eficiência de produção, 
redução de custos, maior facilidade de formulação de acordo com a faixa etária e melhor adequação da 
composição dos premix em cada fase. 
2.3 Manejo reprodutivo em suínos
2.3.1 Introdução/seleção de reprodutores 
Na década de 1960, as matrizes de suínos produziam em média 14 leitões/ano, e o consumo era de 
900 libras de milho para produzir 75 libras de carne.
1 libra= 0,453 kg.
Atualmente, as matrizes produzem 21 leitões por ano e, com um consumo de 600 libras de milho, é 
possível produzir 100 libras de carne. 
O primeiro passo é a seleção dos animais para reprodução. Para isso, é preciso conhecer a vida 
reprodutiva dos pais e o desempenho de carcaças na terminação.
Em relação às fêmeas, aos cinco meses, precisam pesar no mínimo 90 kg, ter bons aprumos, não ter 
irmãos com defeitos de nascença e possuírem pelo menos sete pares de tetas funcionais.
Em relação aos cachaços, devem ter no mínimo 110 kg aos 5 meses de vida, possuir comportamento 
sexual ativo, testículos salientes, pernil desenvolvido, bons aprumos e boa largura de lombo. 
2.3.2 Puberdade
As fêmeas atingem a puberdade entre 5 meses e meio e 6 meses e meio, e os machos por volta dos 
7 meses de idade. Geralmente quando as fêmeas são expostas aos machos, criadas em baias entre os 
reprodutores, apresentam antecipação na puberdade.
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2.3.3 Ciclo estral
É dividido em proestro, estro (cio), metaestro e diestro. 
Suínos são poliéstricas anuais, com ciclo estral de 21 em 21 dias.
O proestro dura de 2 a 3 dias e as fêmeas montam em outras fêmeas, há edema de vulva e não 
aceitam a monta (RTh e RTM -).
O estro dura cerca de 60 horas, aqui ocorre reflexo de tolerância aos machos positivos (RTh e RTM +), 
e a vulva é vermelho intenso.
O metaestro é uma fase de transição, e as fêmeas não aceitam monta.
Diestro é a última fase e ocorre de 8 a 17 dias após o cio. 
O correto é fecundar umas 24 horas após o cio (a ovulação ocorre 24 a 48 horas após o início do cio). 
O número de coberturas ideal é dois. Deve-se inseminar, por exemplo, 24 horas após o início do cio 
e a segunda vez deve ser de 12 a 24 horas após a primeira inseminação/cobertura. 
Pode ser feito de duas formas: a primeira IA no momento do RTM + e a segunda 24 horas após, ou 
então, a primeira IA 12 horas após a aceitação do macho e a segunda 12 horas após esta.
Com apenas uma cobertura, em nulíparas (fêmeas que nunca haviam criado) há 72% de prenhês e 
78% em pluríparas (fêmeas que já criaram). Já com duas coberturas, em nulíparas há de 83 a 85% e em 
pluríparas de 85 a 88%.
Com duas coberturas, o nº de leitões nascidos é maior.
O cio pós-desmame ocorre de 3 a 10 dias e nesse momento será realizada a monta natural ou IA.
2.3.4 Gestação
A gestação dura 3/3/3, ou seja, 3 meses, 3 semanas e 3 dias.
É importante passear com o cachaço todos os dias, durante uns 15 a 30 minutos, pois será possível 
identificar as fêmeas vazias (que não emprenharam), que retornam ao cio após uns 21 dias.
2.3.5 Parto
As fêmeas ficam com as tetas cheias de leite cerca de 48 horas antes do parto.
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Em relação ao parto, este dura por volta de 3 horas, havendo um intervalo médio de 15 minutos 
entre um leitão e outro, sendo mais longo do primeiro para o segundo e do penúltimo para o último. Os 
leitões devem ser enxugados ao nascimento e mamam cerca de 20 minutos após o parto. 
2.3.6 Reposição do plantel
Deve haver uma reposição anual de 30 a 40% do plantel/ano e trocar as fêmeas com índices 
reprodutivos abaixo do esperado. 
Geralmente, são retirados de reprodução os animais com problemas de aprumos, que apresentam 
redução no número de leitões por parto, dificuldade de parto, pouca habilidade materna.
Por exemplo, em uma granja de 100 matrizes, caso as fêmeas tenham uma longevidade de 4 partos, 
faz-se necessária uma quantidade de 50 leitoas de reposição/ano. Se forem 5 partos, 40 leitoas e, 6 
partos, 33 leitoas. Além destas, é necessário um acréscimo de 20% de fêmeas, por segurança, que serão 
eliminadas por motivos diversos.
Em relação aos machos, eles devem ser trocados ao redor de dois anos, uma vez que produzem igual 
machos de um ano, mas consomem mais alimento. 
2.4 Manejo sanitário em suínos
2.4.1 Introdução 
A sanidade é um dos principais aspectos para a sustentação da produção intensiva de suínos. É necessário 
maximizar as medidas preventivas para diminuir riscos e reduzir custos. É preciso, então, utilizar programas de 
vacinação, medidas profiláticas, programas de limpeza e desinfecção (vazio sanitário) e biosseguridade.
No manejo sanitário de suínos, é importante ter em mente a tríade epidemiológica e a prevenção. 
Atualmente, a eficiência nas criações aumentou muito devido ao fato de os programas de limpeza 
e desinfecção serem adotados como medidas preventivas e não mais apenas quando surgir alguma 
doença contagiosa. Quanto à tríade epidemiológica (interação entre o agente de doença, hospedeiro e o 
meio ambiente), esta é quebrada quando adotam-se corretas medidas sanitárias dirigidas ao ambiente, 
locais utilizados pelos agentes de doença como via de transmissão.
2.4.2 Sistema de manejo
 Todos dentro – todos fora – vazio sanitário
Esse sistema de manejo é baseado na formação de grupos de animais em que todos são transferidos 
de uma instalação para outra dentro da granja ao mesmo tempo. 
Por exemplo, em celas de maternidade, em que um grupo de porcas parem no mesmo período de tempo 
e são desmamadas simultaneamente. Com isso, facilita-se o manejo geral, há melhor índice nos parâmetros 
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produtivos e reduz-se a possibilidade de infecções pelo fato da realização de vazio sanitário, que é um período 
de tempo em que a instalação permanece vazia após a realização de desinfecção, visando à eliminação de 
microrganismos resistentes a agentes químicos, porém, sensíveis à ação de agentes físicos naturais.
2.4.3 Limpeza e desinfecção de setores específicos
2.4.3.1 Cela de cachaços
As baias devem ser limpas uma a duas vezes/dia com pá e vassoura. Uma vez por semana, a baia 
deverá ser pulverizada com desinfetante (cresol), logo após a limpeza. Uma vez por mês, as baias devem 
ser lavadas e desinfetadas, nesta ocasião, deve-se dar banho com água morna e sabão nos cachaços. 
2.4.3.2 Celas de gestação 
A desinfecção completa deve ser realizada após a transferência de cada lote de fêmeas para as celas 
de maternidade. 
Na rotina diária, para granjas com piso compactado: com a presença das porcas, devem ser retirados 
os excrementos da região posterior da fêmea duas vezes ao dia. Já para as granjas com piso ripado, uma 
vez ao dia é suficiente. 
Cerca de uma vez por semana, quando da presença das porcas, deve-se pulverizar com desinfetante 
a parte do piso na região posterior da baia das porcas. 
Figura 4 – Celas de gestação
2.4.3.3 Celas de creche
Durante o período de ocupação, a área abaixo das celas de creche devem ser limpas com água sob 
pressão duas a três vezes por semana. Quando as baias forem de piso compactado, deverão ser varridas 
diariamente e os resíduos devemser empurrados para a canaleta ou vala. 
Quando os leitões são retirados da sala, as paredes, o piso, a parte interna dos telhados e equipamentos 
devem ser lavados com água sob pressão e desinfetados.
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Figura 5 – Celas de creche 
2.4.3.4 Celas de terminação
As baias devem ser varridas diariamente e os resíduos devem ser varridos para as canaletas ou valas. 
O restante do manejo é semelhante às celas de creche.
2.4.3.5 Celas de maternidade
Remoção de fezes e desinfecção geral após saída dos animais.
Figura 6 – Cela de maternidade 
2.4.4 Manejo e tratamento de dejetos
2.4.4.1 Aspectos gerais sobre os dejetos
Primeiramente, faz-se necessário estabelecer a diferença entre esterco e dejeto. Dejeto é constituído 
por fezes + urina + água + resíduos de ração. Já o esterco é a parte sólida dos dejetos, ou seja, fezes + 
resíduos de cama e ração.
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Os dejetos apresentam importância sanitária, pois, quando em manejo inadequado, podem 
acarretar difusão de microrganismos patogênicos, proliferação de moscas e parasitas em geral, odores 
desagradáveis e gases nocivos, como o gás de amônia e o gás sulfídrico. Além disso, os dejetos podem 
contaminar águas superficiais e subterrâneas (lençol freático).
Um suíno adulto produz cerca de 2 kg de dejeto/dia (valor variável), cada 1000 kg de peso vivo de 
suíno produz cerca de 15 toneladas de dejeto/ano. 
2.4.4.2 Manejo dos dejetos 
Os dejetos podem ser destinados à decantação, que é um processo que consiste em armazenar 
dejetos em um reservatório por um determinado período para que a fração sólida decante, podendo, 
desta forma, separar a fase líquida da fase sólida.
Outra técnica é o peneiramento, também visando separar a parte líquida da sólida.
E outra forma é o armazenamento dos dejetos. Os principais modelos são as esterqueiras e lagoas. 
A esterqueira ou estrumeira visa ao armazenamento e fermentação do esterco ou dejetos liquefeitos. 
Quanto à lagoa, existe a lagoa de estabilização anaeróbia, que tem profundidade superior a 2,5 m, e a 
lagoa de estabilização aeróbia, que tem profundidade inferior a 1 m e possui sistema de agitação para 
incorporar O2.
O objetivo do tratamento dos dejetos é utilizá-lo na agricultura, melhorando as propriedades física, 
química e biológica do solo. Já os dejetos não tratados e lançados ao solo e mananciais de água podem 
causar graves desequilíbrios ambientais.
Figura 7 – Fermentação das fezes - esquema de tratamento dos dejetos 
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2.4.5 Efeito de fatores ambientais sobre a produção de suínos
2.4.5.1 Umidade
Para condições satisfatórias de higiene e desempenho de suínos, a umidade ideal é entre 50 e 75%, 
pois umidade muito elevada favorece a sobrevivência de organismos patogênicos (mais comuns são 
doenças parasitárias e infecciosas), e umidade abaixo disso traz problemas respiratórios.
2.4.5.2 Temperatura 
Em relação à temperatura, o cuidado voltado para os filhotes é muito grande, sendo imprescindível 
o uso de abrigo escamoteador para manter a temperatura entre 30 e 32 ºC. Alguns relatos mostram 
redução de 25% na ingestão de colostro pelos animais em temperaturas mais baixas que as indicadas. 
A redução da ingestão de colostro determina uma baixa concentração de anticorpos, trazendo maior 
susceptibilidade do leitão à doenças. 
Já para animais adultos, há efeito contrário. A temperatura ideal é mais baixa (15 a 20 ºC), pois 
temperaturas elevadas trazem redução da eficiência reprodutiva, uma vez que há redução do consumo 
alimentar, que provoca diminuição no ganho de peso para os animais para o abate e atraso no ciclo 
estral, havendo decréscimo na taxa de concepção.
2.4.5.3 Densidade populacional
A densidade populacional está relacionada às celas de creche e terminação, pois nas demais fases 
cada animal possui sua cela (baia). Quanto maior o grupo, menor a taxa de ganho de peso. A lotação 
máxima ideal são três animais/m2 nas celas de creche e um animal/m2 nas celas de terminação.
2.4.5.4 Bebedouros
É importante ter em mente o modelo, o número e o posicionamento dos bebedouros, que devem 
estar ajustados à pressão da água do sistema. Lembrando que a relação aproximada é entre 2 a 2,5 L de 
água/kg de ração consumida. Os bebedouros tipo nipple são adequados, mas devem ter angulação de 
50º e ser localizados entre 15 e 20 cm acima da altura do lombo dos animais. 
Cada cela deve ter o seu bebedouro, exceto para creche que deve ser 1 para cada 10 animais e na 
terminação 1 para cada 12 ou 15 animais.
2.4.5.5 Comedouros
Os comedouros devem ser projetados de forma a evitar desperdícios de ração, bem como competição 
entre os animais para o acesso. Os comedouros devem estar em linha reta, respeitando um espaçamento 
entre 20 a 25 cm lineares/animal.
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2.4.6 Princípios da utilização de vacinas em suínos
A imunidade fornecida pela vacina deve durar por toda a vida econômica do animal ou pelo menos 
por seis meses. A utilização de vacinas varia de uma granja para outra, dependendo do local e das 
doenças que são endêmicas na área e, ainda assim, se a granja possui risco ou não para tal infecção. 
Depende então das próprias condições da granja e ainda da própria legislação regional.
Ou seja, a decisão de aplicar ou não uma vacina depende então de variáveis econômicas, sanitárias, 
epidemiológicas e governamentais presentes em cada situação.
As principais vacinas utilizadas em suínos são contra a: colibacilose, doença de Aujeszky, erisipela 
suína, febre aftosa, gastroenterite transmissível, leptospirose, meningite estreptocócica, peste suína 
clássica, pleuropneumonia, pneumonia enzoótica, rinite atrófica progressiva e salmonelose. 
2.4.7 Pragas gerais na produção de suínos
2.4.7.1 Moscas
As mais comuns são a mosca do estábulo, doméstica e varejeiras. As varejeiras também são comuns 
porque parte do seu ciclo se desenvolve no esterco dos suínos, rico em proteínas. Já a Stomoxys 
calcitrans (mosca dos estábulos) cria-se na cama da maternidade, pois lá o esterco é úmido e arejado. 
Em relação à mosca doméstica, para o desenvolvimento de uma larva é necessário 1 g de esterco de 
suíno e, como um suíno adulto produz em média 2 kg de esterco/dia, é esterco suficiente para criar 
até 2 mil moscas domésticas.
Os principais problemas trazidos pelas moscas são o estresse aos animais e a veiculação de doenças.
Como controle para mosca, existe controle químico, físico, biológico e integrado.
2.4.7.2 Roedores
Quanto aos roedores, há três espécies: Mus musculus (camundongo), Rattus rattus (rato preto) e Rattus 
norvegicus (ratazana), que trazem grandes prejuízos às granjas. A começar pela grande quantidade de ração 
que ingerem, além disso, trazem danos às estruturas e transmitem mais de vinte moléstias ao homem e aos 
animais.
A doença mais preocupante na suinocultura é a leptospirose, à qual os suínos são sensíveis; ela causa 
por exemplo perda de peso, abortamento e mortalidade em leitões. 
Como controle para roedores de uma forma geral há a antirratização, que previne a instalação do 
roedor, e a desratização, que pode ser física e/ou química (morte do roedor).
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Figura 8 – Presença de entulho favorece vinda de roedores
2.4.7.3 Ectoparasitas
Os principais problemas em suínos são as sarnas e piolhos, que realizam seu ciclo inteiro sobre o 
hospedeiro. Sendo assim, torna-se fácil o controle de tais agentes.
A sarna é comum ao realizar junção para homogeneizar os lotes de desmame.
Figura 9 – Raspado para diagnóstico de sarna
2.5 Melhoramento genético em suínos
2.5.1 Introdução
Por volta de 75% dos gastos de produção é com ração, que é composta 60% por milho.
O mercado de carnes gera muito emprego do abate para frente. Já os suínos e aves geram mais 
empregos na própria produção em si (segmento dentro da porteira).
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Os suínos têm como tipos zootécnicos (finalidade comercial de determinada espécie) a carne e a 
banha.
2.5.2 Princípios do melhoramento genético em suínos
2.5.2.1 Reprodução
O desempenho zootécnico dos suínos apresentou melhoras significativas nas últimas décadas. A 
idade de entrada na puberdade de fêmeas e machos foi reduzida dos 8 meses para 5 meses. O número de 
leitões por leitegada aumentou de 6 a 8 para 12 leitões. O aumento da prolificidade associado à redução 
dos períodos de aleitamento – do nascimento ao desmame, dependendo do sistema de produção, mas, 
o desmame é por volta de 21 dias – permitiu aumentar a produtividade das porcas de 15 a 16 para 22 
a 24 leitões/ano.
A melhoria na eficiência de produção de suínos deve-se às mudanças nas condições de criação, 
como das instalações, do nível nutricional dos alimentos, do manejo, do controle de doenças, controle 
sanitário e, também, ao melhoramento genético.
A eficiência reprodutiva em suínos inclui a idade de início da puberdade, número de leitões/leitegada e o 
intervalo entre parto das fêmeas. A idade da puberdade em fêmeas de suínos varia entre raças e entre animais 
de diferentes linhas de seleção na mesma raça. Do ponto de vista econômico, a redução da idade para a entrada 
na puberdade significa menor idade ao acasalamento e primeiro parto, aumentando a produção de leitões. 
Entretanto, o emprego muito precoce das fêmeas na reprodução produz algumas vezes limitações 
econômicas. Em alguns casos, fêmeas de determinadas raças apresentam no primeiro parto três a seis 
leitões/leitegada. Já nas raças Landrace e Large White produzem a primeira leitegada de tamanho 
aceitável, mas, podem apresentar redução na produção de leitões na primeira leitegada, devido ao fato 
de sofrerem um desgaste físico acentuado durante sua primeira lactação e, assim, apresentam menor 
taxa ovulatória e de fertilização no cio que dará origem à próxima leitegada.
Muitos projetos de seleção têm sido realizados com o objetivo de aumentar a fertilidade em suínos, mas o 
ganho genético obtido não tem sido muito satisfatório, devido à baixa herdabilidade, que é por volta de 10%.
A raça Meishan produz 3 a 4 leitões a mais por leitegada do que outras raças, devido ao fato de essa 
raça apresentar fetos menores. Sendo assim, a prolificidade dessa raça é alta, mas é acompanhada por 
menor peso dos leitões ao nascer, menor taxa de crescimento e rendimento de carne menor do que raças 
menos prolíferas. O que fazem é cruzar Meishan com outras raças (este é o objetivo na reprodução).
2.5.2.2 Crescimento e consumo de ração
As características de crescimento dos suínos apresentam herdabilidade de 20% a 50%. Devido ao 
crescimento e ganho de peso muito rápido, ocorrem disfunções anatômicas e fisiológicas, como a produção 
de quantidades indesejáveis de gordura e problemas de aprumos que podem ser agravados em decorrência 
das condições do piso no qual os animais se deslocam, que pode limitar a exploração comercial.
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A taxa de crescimento e o consumo diário de ração estão geneticamente associados em suínos. 
A seleção para aumento da taxa de crescimento com ração à vontade pode resultar em aumento de 
apetite e deposição de gordura e, consequentemente, na redução da deposição de carne na carcaça.
2.5.2.3 Produção de carne
Na década de 1970, os suínos alcançavam os 100 kg de peso vivo aos 6 meses de idade e com rendimento 
de carne inferior a 48% (47 kg portanto). hoje, os suínos atingem os 100 kg aos 5 meses de idade e com 
rendimento de 54% (54 kg, com 1 mês a menos, ganha-se 7 kg de peso a mais por animal).
O aumento do rendimento e da qualidade de carne nas carcaças de suínos tem sido obtido graças 
à seleção para a redução de espessura do toucinho subcutâneo (correlação negativa). Através disso, 
tem-se conseguido ganhos genéticos significativos no aumento de deposição de carne nas carcaças, 
apenas com a redução da espessura do toucinho.
Mas, com a redução da espessura do toucinho, há redução da gordura intramuscular, tendendo a 
reduzir a qualidade organoléptica (característica sensorial) da carne. Então, é importante um pouco de 
gordura na carne para favorecer o sabor. Deve-se selecionar deixando um pouco de toucinho.
2.5.3 Principais raças de suínos
Os suínos são divididos em raças nacionais e estrangeiras. Dentre as raças estrangeiras, há aquelas 
já adaptadas ao Brasil. A diferença entre as raças, além da cor de pelagem e tipo zootécnico, é o perfil 
cefálico e o comprimento da orelha. 
A principal raça de perfil retilíneo (Piau) é a Landrace. As raças hampshire, Wessex, Duroc apresentam 
perfil subconcavilíneo. Já a Large White apresenta perfil concavilíneo mais acentuado (Pietran).
Raças de orelha curta (ponta voltada para cima) são a hampshire e Large White. Com orelhas 
medianas (horizontais e dirigidas para frente) há Duroc, Piau, Pietran e Moura. Com orelhas longas (com 
a ponta voltada para o chão) há Wessex e Landrace.
2.5.3.1 Raças tipo banha
São raças estrangeiras: Thuoc Nhieu (perfil retilíneo) e Middle White (côncavo). Ambas tem 
coloração branca.
2.5.3.2 Raças tipo carne
•	 Nacionais:	Piau	(pintado)	e	Moura	(preta,	não	muito	comprida).
•	 Estrangeiras	criadas	no	Brasil:	Duroc	 (orelha	mediana,	corpo	mais	comprido	que	a	Moura;	cor	
preta ou escura); Large White (branca, com orelha curta); hampshire (preta com mancha branca 
na paleta, com orelha curta); Wessex (preta, com mancha branca na paleta, com orelha longa); 
Landrace (branca, com orelha longa). Pietran: pintada, orelha média.
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Figura 10 – Suínos das raças Landrace e Large White 
 saiba mais
Para saber mais sobre manejo, criação, nutrição e reprodução de suínos, 
consulte os texto disponíveis em: <http://www.suinos.com/>. 
 resumo
A suinocultura brasileira tem grande destaque no cenário produtivo 
mundial. Obteve um enorme progresso nos últimos anos, abatendo hoje 
animais aos cinco meses de idade com peso médio de 100 kg, além do 
enorme rendimento de carcaça (produção de carnes com ossos, que serão 
destinadas aos consumidores) que possui.
O manejo da suinocultura intensiva é praticamente todo realizado em 
celas ou baias, sendo considerado modelo intensivo. São separadas em cinco 
segmentos, sendo as celas de gestação onde as matrizes ficam a maior parte 
do tempo, celas de maternidade, em que ficam o período de aleitamento (três 
semanas) acrescendo uma semana pré-parto para adaptações. há celas dos 
cachaços (reprodutores), lembrando que o número de cachaços por fêmeas, 
depende do manejo; caso utilizem inseminação artificial é utilizado um 
macho para cada oitenta fêmeas, caso usem monta natural, então é utilizado 
um macho para cada vinte fêmeas. Os

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