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LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA x COMUNIDADE (PE:IEC) POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE João Henrique Rodrigues de Camargo RA: 1765629 Polo Jundiaí 2018 Sumário 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 2 2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 3 2.1 Objetivo geral .................................................................................................... 3 2.2 Objetivos específicos......................................................................................... 3 3 DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 4 3.1 Referencial teórico .............................................................................................4 3.2 Procedimentos metodológicos.......................................................................... 6 3.2.1 Ambientes e Público Alvo ............................................................................. 6 3.3Resultados esperados ........................................................................................ 6 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................7 1 INTRODUÇÃO O aprendizado engloba todo um conjunto de conhecimentos de diversas áreas do saber, sendo que o cumprimento desta nobre missão é uma tarefa desafiadora, sendo necessários conhecimentos técnicos de outras áreas para nortear o trabalho. Além disso, a sociedade atual está em constante mudança, interferindo diretamente nas relações de ensino. Imperioso é que se compreenda que a escola não é capaz de realizar esta missão sozinha, sendo fundamental que a escola e todos os envolvidos no processo educativo, como os pais e a comunidade local. A escola e a comunidade do entorno, devem buscar formas de se encontrar e conviver, estabelecendo conexões importantes, para que ambas, atinjam suas metas, cujo objeto é a melhora na qualidade da educação dos alunos e consequentemente de seus membros. Sob esta ótica, surge a proposta deste Projeto de Integração entre a Escola EMEB Ranieri Mazzilli e a comunidade de seu entorno, o bairro da Vila Esperança em Jundiaí-SP. Pretende-se oportunizar um momento de convivência e encontro entre a escola e a comunidade, através da realização de um Evento Cultural através de uma prática de releitura de um artista, em esculturas e pinturas com técnicas e materiais diversos, junto aos alunos, pretendendo través de uma bem elaborada e organizada exposição dos trabalhos, promover um espaço e momento de convivência entre escola e comunidade, trazendo um envolvimento maior dessa mesma comunidade na inserção das crianças no universo das Artes Visuais. 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Criar espaço para promoção e estímulo à arte-educação através de releituras, apresentando às crianças o universo das Artes Visuais, suas técnicas e materiais, auxiliando-as a manifestar o potencial criativo delas mesmas e estimulando a compreensão da linguagem própria das Artes Visuais. Fazer artístico – centrado na exploração, expressão e comunicação de produção de trabalhos de arte por meio de práticas artísticas, propiciando o desenvolvimento de um percurso de criação pessoal; Apreciação — percepção do sentido que o objeto propõe, articulando-o tanto aos elementos da linguagem visual quanto aos mate riais e suportes utilizados, visando desenvolver, por meio da observação e da fruição, a capacidade de construção de sentido, reconhecimento, análise e identificação de obras de arte e de seus produtores; Reflexão — considerada tanto no fazer artístico como na apreciação, é um pensar sobre todos os conteúdos do objeto artístico que se manifesta em sala, compartilhando perguntas e afirmações que a criança realiza instigada pelo professor e no contato com suas próprias produções e as dos artistas . (BRASIL. 1998, p.89). Posteriormente, fomentar a integração da escola com a comunidade , convidando-a a uma exposição dos trabalhos de releitura de determinado artista, uma vez a cada bimestre ou semestre, produzidos junto aos alunos e familiarizando -a também com os elementos já citados que compõem a linguaguem das Artes Visuais. Realizar a integração da escola com a comunidade local, oportunizando um momento de encontro e convivência, através de um Evento Cultural que apresentará as produções artísticas dos alunos do 1º e 5º anos matutino e vespertino do Ensino fundamental. 2.2 Objetivos específicos - conhecer mais profundamente, por parte da comunidade local, todos os trabalhos artísticos que são realizados na escola; - reconhecer a importância da escola na formação integral dos estudantes; - fortalecer vínculos e favorecer o melhoramento do método do ensino- aprendizagem da escola através do conhecimento da realidade dos estudantes; - oportunizar situações para o aluno criar, produzir e executar produções artísticas que estimulem sua capacidade de expressão e comunicação. 3 DESENVOLVIMENTO 3.1. Referencial Teórico A educação passa por um momento de transição, onde devemos obter outras possibilidades de ensino. Mister se faz abandonar a concepção pedagógica onde o professor é o único responsável pelo educar . Observa-se a cada dia a obsolescência de tal modelo , pois o mesmo exclui os pais e a comunidade como parte integrante do processo. Acreditamos que tal exclusão dos elementos ou seu distanciamento em relação à escola tem influência negativa sobre o processo ensino - aprendizagem . Para Cody e Siqueira (1997) : É preciso participar da vida escolar dos filhos e da escola. A contínua colaboração entre escola e os pais faz com que se tornem parceiros no processo educacional. A falta de comunicação entre a escola e os pais leva ao comprometimento d o sucesso escolar ( CODY; SIQUEIRA , 1997, p. 15 ). É muito pouco dentro do processo educativo, cingir-se apenas dentro das dependências físicas da instituição, vez que fora da escola, o aluno vive em comunidade. Dessa forma, a arte como projeto aberto à comunidade tem a missão de expandir os horizontes culturais dos alunos e da comunidade que reside . É essencial na arte como educação que haja estimulo a criatividade, pois o realizar artístico faz com que o indivíduo volte-se a si mesmo , assim fomentando a percepção e a autoestima. Para Barbosa: Através da Arte, é possível desenvolver a percepção e a imaginação para apreender a realidade d o meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo analisar a realidade percebida e desenvolver a capacidade criadora de maneira a mudar a realidade que foi analisada. [ . . . ] Desconstruir para reconstruir, selecionar, reelaborar, partir do conhecido e modificá-los de acordo com o contexto e a necessidade são processos criadores desenvolvidos pelo fazer e ver a arte, e decodificadores fundamentais para a sobrevivência no mundo cotidiano ( 2005, p. 100). É primordial a participação dos pais e a comunidade neste processodo educando, e trará benefícios a todos estes elementos envolvidos. Dessa forma, considera-se que toda nova produção oriunda de uma imagem referente é construção de um novo texto, no qual o sujeito produtor elabora uma interpretação, podendo até mesmo participar da criação. (BUORO, 2002, p. 23). Não obstante , nos alerta ao possível risco de a releitura transformar -se em mera reprodução , sem o desenvolvimento da criatividade ou qualquer utilidade de construção de conhecimento. A releitura da obra de arte é entendida por muitos como cópia elaborada pelos alunos com base na imagem que lhes é oferecida. Se realiza dentro desse modelo, pouco ou nada acrescenta ao conhecimento da construção da imagem produzida pelo artista. (BUORO, 2002, p. 22). Destarte, o trabalho de releitura de obras de artes como prática pedagógica, conduz o educando a analisar e compreender o contexto social e estético de uma época e sociedade e ou cultura e assim relacionar isso a sua própria realidade. Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista percebe o mundo, reflete sua realidade, sua cultura e sua época, dentre outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a leitura da obra componha a prática pedagógica, que inclui a experiência do aluno e a aprendizagem pelos elementos percebi dos por ele na obra de arte. Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma a discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a realidade humano -social, e as possibilidades de transformação dessa realidade. (PARANÁ, 2008, p. 72). Três propostas norteiam o futuro da arte-educação (segundo Barbosa): primeira seria reconhecer o quão é de fundamental importância o estudo da imagem no ensino da arte; a segunda é o reforço , através de teorias várias e a relação imagem-cognição, da necessidade de o educando ser capaz de ler imagens. A terceira, é a ideia de reforçar a herança da arte e estética dos educandos, considerando-se seu meio-ambiente. Sobre isso, Barbosa diz: [ . . . ] Poderia dizer que o futuro da Arte -Educação no Brasil está liga do a três propostas complementares : uma primeira proposta seria o reconheci mento da importância do estudo da imagem no ensino da arte em particular e na educação em geral. A necessidade da capacidade de leitura de imagens poderia ser reforçada através de diferentes teorias da imagem e também da relação entre imagem e cognição. Outra proposta que estará presente na arte- educação no Brasil do futuro é a ideia de reforçar a herança artística e estética dos alunos, levando em consideração o seu meio ambiente ( 1978. p.181). Assim, o projeto de releitura , dialoga, com tais propostas , uma vez que fomenta a importância do ensino da arte com base nisto as releituras de obras de um determinado artista escolhido previamente , tem como intuito, auxiliar tanto no estudo da imagem, como na necessidade de o educando ser capaz de ler uma imagem. 3.2. Procedimentos Metodológicos 3.2.1 Ambientes e Público – Alvo O projeto colocará os alunos da EMEB em contato com a obra de determinado artista, interpretando-as dentro de sua realidade através do uso do guache têmpera, tecidos, papéis, materiais reciclados diversos e argila em trabalhos de pintura, escultura e colagem. A partir disso , uma exposição com os trabalhos dos alunos será aberta aos pais e amigos dos alunos e à comunidade, que terá também, contato com a obra do autor escolhido e com o saber artístico. A escola se localiza na Rua Araraquara, 185 - Vila Esperanca, Jundiaí – SP. O evento cultural poderá acontecer nas dependências da própria escola. 3.3 . Resultados esperados Com a exposição das obras no pátio da escola, ao lado da reprodução da obra escolhida por cada aluno, certamente haverá uma integração maior entre educadores e comunidade e a inserção da mesma, juntamente com os alunos na leitura das obras do artista escolhido. Ainda, certamente será uma valioso oportunidade de educadores e a comunidade entenderem a realidade dos alunos, sob o ponto de vista de suas obras artísticas, sejam elas colagens, esculturas ou pinturas. Ademais, a escola poderá passar a incluir a participação da comunidade local, em alguns eventos internos do calendário anual, assim, promoverá um número maior de momentos de integração. 4. Considerações finais A realização do evento, proporcionará ao educando a oportunidade de aprender a ler imagens e exercitar sua criatividade e visão de mundo, promovendo a inserção da comunidade que o permeia. Todos serão convidados a explorarem o tema, e ampliar este contato com as artes visuais além das dependências da instituição escolar, fazendo com que a escola e a comunidade, caminhem juntas no processo educativo. 5. Referências bibliográficas BRASIL, Secretaria de Educação Básica: Lei Federal no 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Disponível em : <http: //portal .mec .go v.br /seed/arquivos /pdf/ tvescola/ leis/ lei n9394 .pdf >. A cesso: em 22 de abril 2018. BRASIL . Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental . Referencial curricular nacional para a educação infantil/ Ministério da Educação e do Desporto , Secretaria de Educação Fundamental l. — Brasília : ME C /SE F, 1998 . BRASIL . Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica . Caderno 1 - Conselhos Escolares: democratização da escola e construção da cidadania. Brasília – D F, 2004 Disponível em: <http: //portal.mec.gov.br /seb/arquivos /pdf/consescolares/ce_cad1.pdf > . A cesso em : 22 de abril de 2018. BUORO, Anamelia Bueno. Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte . São Paulo: Cortez Editora, 2002. C OD Y, Frank ; S IQ UE IRA, S i lvi a . Escola e Comunidade : Uma parceria necessária . São Paulo : IBIS , 1997. BARBOSA , Ana Mae. Arte educação no Brasil . São Paulo: Perspectiva, 1978. BARBOSA , Ana Mae . Arte: educação contemporânea: consonâncias internacionais. São Paulo : Cortez, 2005.
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