Prévia do material em texto
CIRURGIA GERAL Ricardo N. Scheiner Membro Acadêmico do Colégio Brasileiro de Cirurgiões ( AcCBC) Membro Aspirante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica ( SOBRACIL) Enfermeiro – Instrumentador Cirúrgico Cruz Vermelha Brasileira - RJ Universidade Severino Sombra – USS Cirurgia Geral • Anatomia do Sistema • Hérnias Inguinais e Umbilicais • Apendicectomias • Laparotomias • Obstrução Intestinal • Laparotomia exploratória • Colecistectomias • Colonoscopias • Colostomias Cirurgia Geral Anatomia do Sistema Cirurgia Geral Anatomia do Sistema COLECISTECTOMIA APENDICECTOMIA COLECTOMIA Cirurgia Geral Anatomia do Sistema Cirurgia Geral Anatomia HIPOCÔNDRIO DIR E ESQ FLANCO DIR E ESQ FOSSA ILÍACA DIR E ESQ Hérnias Inguinais Camadas: 1. Pele 2. Tecido Celular Subcutâneo 3. Aponeurose 4. Músculo 5. Peritônio 6. Fáscia transversalis ( fibrosa) 7. Canal inguinal O anel inguinal dá passagem, no homem, ao cordão espermático, e na mulher, ao ligamento redondo (útero). As hérnias são mais frequentes nos homens do que nas mulheres. No primeiro ano de vida são mais frequentes nos meninos do que nas meninas. Hérnias inguinais e umbilicais HÉRNIA INGUINAL TIPOS ▪ HÉRNIA DIRETA ▪ HÉRNIA OBLÍQUA EXTERNA / INDIRETA HÉRNIA INGUINAL EIAs Púbis arcada crural HÉRNIA INGUINAL HÉRNIA INGUINAL HÉRNIA INGUINAL HÉRNIA INGUINAL IRREDUTÍVEL HÉRNIA INGUINAL BILATERAL HÉRNIA INGUINAL HÉRNIA INGUINAL HÉRNIA INGUINAL Diagnostico diferencial HÉRNIA INGUINAL Diagnostico diferencial Transiluminação - Hidrocele HÉRNIA INGUINAL Recidiva da cirurgia HÉRNIA INGUINAL GIGANTE Classificam-se : • Congênitas ou adquiridas • Simples ou complicadas • Diretas ou indiretas • Redutíveis ou irredutíveis Hérnias abdominais Hérnias abdominais Hérnias abdominais Hérnias inguinais Hérnias Inguinais Hérnias inguinais PRINCIPAIS INCISÕES: A – MEDIANA B – PARAMEDIANA PARARRETAL INTERNA C – TRANSRETAL E – ROBERTSON ( PILOROTOMIA) F – MEDIANA INTRA-UMBILICAL G – PARARRETAL INTERNA INFRA- UMBILICAL H – TRANSRRETAL INFRA-UMBILICAL I – SUBCOSTAL ( KOCHER) K – OBLÍQUA BAIXA ( MCBURNEY) L – OBLIQUA ALTA Hérnias inguinais e abdominais PRINCIPAIS INCISÕES: A – MEDIANA B – PARAMEDIANA PARARRETAL INTERNA C – TRANSRETAL E – ROBERTSON ( PILOROTOMIA) F – MEDIANA INTRA-UMBILICAL G – PARARRETAL INTERNA INFRA- UMBILICAL H – TRANSRRETAL INFRA-UMBILICAL I – SUBCOSTAL ( KOCHER) K – OBLÍQUA BAIXA ( MCBURNEY) L – OBLIQUA ALTA Hérnias inguinais e abdominais PRINCIPAIS INCISÕES: A – MEDIANA B – PARAMEDIANA PARARRETAL INTERNA C – TRANSRETAL E – ROBERTSON ( PILOROTOMIA) F – MEDIANA INTRA-UMBILICAL G – PARARRETAL INTERNA INFRA- UMBILICAL H – TRANSRRETAL INFRA-UMBILICAL I – SUBCOSTAL ( KOCHER) K – OBLÍQUA BAIXA ( MCBURNEY) L – OBLIQUA ALTA Hérnias inguinais e abdominais PRINCIPAIS INCISÕES: A – MEDIANA B – PARAMEDIANA PARARRETAL INTERNA C – TRANSRETAL E – ROBERTSON ( PILOROTOMIA) F – MEDIANA INFRA-UMBILICAL G – PARARRETAL INTERNA INFRA- UMBILICAL H – TRANSRRETAL INFRA-UMBILICAL I – SUBCOSTAL ( KOCHER) K – OBLÍQUA BAIXA ( MCBURNEY) L – OBLIQUA ALTA Hérnias inguinais e umbilicais PRINCIPAIS INCISÕES: A – MEDIANA B – PARAMEDIANA PARARRETAL INTERNA C – TRANSRETAL E – ROBERTSON ( PILOROTOMIA) F – MEDIANA INFRA-UMBILICAL G – PARARRETAL INTERNA INFRA- UMBILICAL H – TRANSRRETAL INFRA-UMBILICAL I – SUBCOSTAL ( KOCHER) K – OBLÍQUA BAIXA ( MCBURNEY) L – OBLIQUA ALTA Hérnias inguinais e umbilicais PRINCIPAIS INCISÕES: A – MEDIANA B – PARAMEDIANA PARARRETAL INTERNA C – TRANSRETAL E – ROBERTSON ( PILOROTOMIA) F – MEDIANA INFRA-UMBILICAL G – PARARRETAL INTERNA INFRA- UMBILICAL H – TRANSRRETAL INFRA-UMBILICAL I – SUBCOSTAL ( KOCHER) K – OBLÍQUA BAIXA ( MCBURNEY) L – OBLIQUA ALTA Hérnias inguinais e abdominais PRINCIPAIS INCISÕES: A – MEDIANA B – PARAMEDIANA PARARRETAL INTERNA C – TRANSRETAL E – ROBERTSON ( PILOROTOMIA) F – MEDIANA INFRA-UMBILICAL G – PARARRETAL INTERNA INFRA- UMBILICAL H – TRANSRRETAL INFRA-UMBILICAL I – SUBCOSTAL ( KOCHER) K – OBLÍQUA BAIXA ( MCBURNEY) L – OBLIQUA ALTA Hérnias inguinais e abdominais PRINCIPAIS INCISÕES: A – MEDIANA B – PARAMEDIANA PARARRETAL INTERNA C – TRANSRETAL E – ROBERTSON ( PILOROTOMIA) F – MEDIANA INFRA-UMBILICAL G – PARARRETAL INTERNA INFRA- UMBILICAL H – TRANSRRETAL INFRA-UMBILICAL I – SUBCOSTAL ( KOCHER) K – OBLÍQUA BAIXA ( MCBURNEY) L – OBLIQUA ALTA Hérnias inguinais e abdominais PRINCIPAIS INCISÕES: A – MEDIANA B – PARAMEDIANA PARARRETAL INTERNA C – TRANSRETAL E – ROBERTSON ( PILOROTOMIA) F – MEDIANA INFRA-UMBILICAL G – PARARRETAL INTERNA INFRA- UMBILICAL H – TRANSRRETAL INFRA-UMBILICAL I – SUBCOSTAL ( KOCHER) K – OBLÍQUA BAIXA ( MCBURNEY) L – OBLIQUA ALTA Hérnias inguinais e umbilicais PRINCIPAIS INCISÕES: A – MEDIANA B – PARAMEDIANA PARARRETAL INTERNA C – TRANSRETAL E – ROBERTSON ( PILOROTOMIA) F – MEDIANA INFRA-UMBILICAL G – PARARRETAL INTERNA INFRA- UMBILICAL H – TRANSRRETAL INFRA-UMBILICAL I – SUBCOSTAL ( KOCHER) K – OBLÍQUA BAIXA ( MCBURNEY) L – OBLIQUA ALTA Hérnias inguinais e abdominais A - TRANSVERSA PARCIAL OU TOTAL B – TRANSVERSA INFRA- UMBILICAL, PROLONGANDO PARA O GURD C – PFANISTHIEL D – TORACO LAPAROTOMIA DIREITA E – TRANSVERSA ( PARA COLOSTOMIA) F – PARA GASTROSTOMIA G – TOTACOLAPAROTOMIA H – PARA TRANSVERSOSTOMIA I – ROCKEY DAVIS ( PARA Hérnias inguinais e abdominais A - TRANSVERSA PARCIAL OU TOTAL B – TRANSVERSA INFRA- UMBILICAL, PROLONGANDO PARA O GURD C – PFANISTHIEL D – TORACO LAPAROTOMIA DIREITA E – TRANSVERSA ( PARA COLOSTOMIA) F – PARA GASTROSTOMIA G – TOTACOLAPAROTOMIA H – PARA TRANSVERSOSTOMIA I – ROCKEY DAVIS ( PARA Hérnias inguinais e umbilicais A - TRANSVERSA PARCIAL OU TOTAL B – TRANSVERSA INFRA- UMBILICAL, PROLONGANDO PARA O GURD C – PFANISTHIEL D – TORACO LAPAROTOMIA DIREITA E – TRANSVERSA ( PARA COLOSTOMIA) F – PARA GASTROSTOMIA G – TOTACOLAPAROTOMIA H – PARA TRANSVERSOSTOMIA I – ROCKEY DAVIS ( PARA Hérnias inguinais e abdominais A - TRANSVERSA PARCIAL OU TOTAL B – TRANSVERSA INFRA- UMBILICAL, PROLONGANDO PARA O GURD C – PFANISTHIEL D – TORACO LAPAROTOMIA DIREITA E – TRANSVERSA ( PARA COLOSTOMIA) F – PARA GASTROSTOMIA G – TOTACOLAPAROTOMIA H – PARA TRANSVERSOSTOMIA I – ROCKEY DAVIS ( PARA Hérnias inguinais e abdominais A - TRANSVERSA PARCIAL OU TOTAL B – TRANSVERSA INFRA- UMBILICAL, PROLONGANDO PARA O GURD C – PFANISTHIEL D – TORACO LAPAROTOMIA DIREITA E – TRANSVERSA ( PARA COLOSTOMIA) F – PARA GASTROSTOMIA G – TOTACOLAPAROTOMIA H – PARA TRANSVERSOSTOMIA I – ROCKEY DAVIS ( PARA Hérnias inguinais e abdominais A - TRANSVERSA PARCIAL OU TOTAL B – TRANSVERSA INFRA- UMBILICAL, PROLONGANDO PARA O GURD C – PFANISTHIEL D – TORACO LAPAROTOMIA DIREITA E – TRANSVERSA ( PARA COLOSTOMIA) F – PARA GASTROSTOMIA G – TOTACOLAPAROTOMIA H – PARA TRANSVERSOSTOMIA I – ROCKEY DAVIS ( PARA Hérnias inguinais e abdominais A - TRANSVERSA PARCIAL OU TOTAL B – TRANSVERSA INFRA- UMBILICAL, PROLONGANDO PARA O GURD C – PFANISTHIEL D – TORACO LAPAROTOMIADIREITA E – TRANSVERSA ( PARA COLOSTOMIA) F – PARA GASTROSTOMIA G – TOTACOLAPAROTOMIA H – PARA TRANSVERSOSTOMIA I – ROCKEY DAVIS ( PARA Hérnias inguinais e abdominais A - TRANSVERSA PARCIAL OU TOTAL B – TRANSVERSA INFRA- UMBILICAL, PROLONGANDO PARA O GURD C – PFANISTHIEL D – TORACO LAPAROTOMIA DIREITA E – TRANSVERSA ( PARA COLOSTOMIA) F – PARA GASTROSTOMIA G – TOTACOLAPAROTOMIA H – PARA TRANSVERSOSTOMIA I – ROCKEY DAVIS ( PARA Hérnias inguinais e abdominais A - TRANSVERSA PARCIAL OU TOTAL B – TRANSVERSA INFRA-UMBILICAL, PROLONGANDO PARA O GURD C – PFANISTHIEL D – TORACO LAPAROTOMIA DIREITA E – TRANSVERSA ( PARA COLOSTOMIA) F – PARA GASTROSTOMIA G – TOTACOLAPAROTOMIA H – PARA TRANSVERSOSTOMIA I – ROCKEY DAVIS ( ELLIOT BABCOK) Hérnias inguinais e abdominais A – RIO BRANCO B – BAIONETA ( KEHR ) C – MAYO ROBSON D – ALFREDO MONTEIRO E – LOMBO ABDOMINAL Hérnias inguinais e abdominais A – RIO BRANCO B – BAIONETA ( KEHR ) C – MAYO ROBSON D – ALFREDO MONTEIRO E – LOMBO ABDOMINAL Hérnias inguinais e abdominais A – RIO BRANCO B – BAIONETA ( KEHR ) C – MAYO ROBSON D – ALFREDO MONTEIRO E – LOMBO ABDOMINAL Hérnias inguinais e abdominais A – RIO BRANCO B – BAIONETA ( KEHR ) C – MAYO ROBSON D – ALFREDO MONTEIRO E – LOMBO ABDOMINAL Hérnias inguinais e abdominais A – RIO BRANCO B – BAIONETA ( KEHR ) C – MAYO ROBSON D – ALFREDO MONTEIRO E – LOMBO ABDOMINAL Hérnias inguinais e abdominais ▪ INSTRUMENTAL: ▪ Mesa de Mayo ▪ Mesa Auxiliar : pinças fenestradas, dreno de pen rose, Tela Marlex ▪ FIOS: ▪ ALGODÃO 2-0 não agulhado, para hemostasias. ▪ Catgut simples 0 para ligaduras do saco herniário e transfixações do mesmo. ▪ Cargut simples para aproximação do músculo e tecido subcutâneo ▪ Prolene 2-0 para Tela de Marlex ▪ Fio inabsorvível para aponeurose ( nylon ou mononylon) ▪ INSTRUMENTAL: ▪ PINÇAS FENESTRADAS: PINÇA COLLIN/ CORAÇÃO ▪ INSTRUMENTAL: ▪ PINÇAS FENESTRADAS: PINÇA DUVAL ▪ INSTRUMENTAL: ▪ PINÇAS FENESTRADAS: PINÇA FOERSTER ▪ INSTRUMENTAL: ▪ PINÇAS FENESTRADAS: PINÇA BABOCK ▪ POSIÇÃO CIRÚRGICA : decúbito dorsal ▪ INCISÃO: oblíqua e paralela a arcada inguinal • cirurgião atinge a aponeurose e isola o cordão espermático com uma gaze torcida ou um dreno de penrose. • Abre a aponeurose e reduz o saco herniário, reforçando a parede abdominal. Se houver conteúdo no saco herniário este e reduzido , ligado com catgut simples 2-0 e removido. • A fáscia é reforçada com um fio vicryl 0 para que a parede fique resistente. Hérnias inguinais e abdominais Tela Marlex para cirurgias de Hérnia Hérnias inguinais e abdominais Hérniasde Hiato Hérniasde Hiato Hérniasde Hiato HÉRNIA POR DESLIZAMENTO: é a mais comum (mais de 90% dos casos); o estômago desliza para dentro. A junção esofagogástrica está acima do hiato diafragmático. HÉRNIA POR ROLAMENTO OU PARAESOFÁGICA: a junção esofagogástrica está na sua posição normal, ao nível do hiato diafragmático, mas o estômago está acima do hiato diafragmático, na cavidade torácica. HÉRNIA MISTA: junção esofagogástrica e estômago acima do hiato diafragmático. Hérniasde Hiato Laparotomias Laparotomias ▪ Etapas da laparotomia: 1. Laparotomia - abertura cirúrgica da cavidade abdominal 2. Exploração da cavidade abdominal para avaliar a extensão da patologia e para identificar outras possíveis patologias não diagnosticadas previamente 3. Realização da cirurgia propriamente dita 4. Inventário ou revisão da cavidade abdominal para verificar se não foram esquecidos corpos estranhos na cavidade (compressas, gazes, agulhas, etc) Laparotomia ▪ Camadas de Acesso: • Pele ▪ • Subcutâneo ▪ Fáscias: ▪ • Fáscia superficial ▪ • Fáscia profunda ▪ Músculos: ▪ • Retos abdominais ▪ • Oblíquos interno e externo ▪ • Transverso ▪ • Fáscia transversa ▪ • Peritôneo ▪ • Irrigação sanguínea e inervação Laparotomia Laparotomia • Pele • Subcutâneo • Fáscia Muscular • Fáscia superficial • Fáscia profunda • Músculo Laparotomia ▪ Camadas de Acesso: ▪ Músculos: ▪ • Retos abdominais ▪ • Oblíquos externo e interno ▪ • Transverso ▪ • Fáscia transversa Laparotomia ▪ Camadas de Acesso: ▪ Músculos: ▪ • Retos abdominais ▪ • Oblíquos externo e interno ▪ • Transverso ▪ • Fáscia transversa Laparotomia ▪ Camadas de Acesso: ▪ Músculos: ▪ • Retos abdominais ▪ • Oblíquos externo e interno ▪ • Transverso ▪ • Fáscia transversa Laparotomia ▪ Camadas de Acesso: ▪ • Peritôneo ▪ • Irrigação sanguínea e inervação Laparotomia Laparotomia ▪ Orgãos de acesso: Laparotomia ▪ Orgãos de acesso: Fígado, Baço Vesícula biliar Estômago Intestino Delgado Intestino Grosso Pâncreas Rim, ureteres Útero, ovários e Bexiga Laparotomia ▪ Quadrantes: • Superior direito e esquerdo • Inferior direito e esquerdo Laparotomia • Hipocôndrio direito e esquerdo • Flanco Lateral direito e esquerdo • Fossa Ilíaca direita e esquerda • Epigastro • Mesogastro • Hipogastro Laparotomia Classificação das Laparotomias quanto à finalidade: • Eletivas: quando têm um objetivo definido e conhecido. • Exploradoras: quando o objetivo é definir diagnóstico. • Via de drenagem de coleções líquidas. Laparotomia ▪ Com relação à cicatriz umbilical: • Supra-umbilical • Peri-umbilical • Infra-umbilical • Xifo-púbica Laparotomia Laparotomia Laparotomia Laparotomia Longitudinais: • Rápidas • Universais • Inestáticas • Menor Resistência ( apenas um plano de sutura) Transversas: • Estéticas • Fechamento com vários planos de sutura • Respeitam a inervação da parede • Demoradas • Exposição Relativamente Limitada • Maior sangramento Laparotomia O compromisso do cirurgião é com o doente, não com a via de acesso. • A escolha da via depende da proposição cirúrgica. • Grandes cirurgiões, grandes incisões? • Não se deve dar maior importância à via de acesso que à própria cirurgia • Dor pós-operatória / interferência com respiração Laparotomia Incisão ideal: – Rápido acesso à cavidade abdominal – Permitir boa amplitude de movimentos por parte do cirurgião – Reconstituição perfeita da parede sob o aspecto anatômico,funcional e estético – Permitir ampliação, se necessária – Gerar o mínimo de trauma Laparotomia Procedimentos do Instrumentador Cirúrgico: • Procurar colocar compressas de 10 em 10 , dessa forma, vc saberá quantas compressas existem na cavidade. • Contar o número de compressas entregues e devolvidas • Contar o número de Kellys e hemostáticas entregues e devolvidas ( fazer a contagem antes da cirurgia). • Informar ao cirurgião se existe algum instrumento que não foi devolvido , ao término da cirurgia Laparotomia Materiais Essenciais: • Gaze Montada • Turunda • Fio Solto ( algodão 2-0 ou 3-0) • Vicryl 1, 0 , 2-0 • Pinças longas, tesouras longas • Dreno Emovac / Portovac • Dreno Calhado ( feito com equipo de soro , 4 calhas, suturadas por nylon 2-0 • Pen Rose / Pinça anatômica encapada com pen Rose Laparotomia Materiais Essenciais: • Turunda • Dreno Calhado Laparotomia LIGASURE Laparotomia • LIGASURE Pinça para selagem de vasos, artérias e feixes teciduais de té 7 mm, com lâmina para corte, ideal para cirurgias abertas. Compatível exclusivamente com a Plataforma de Energia Force Triad.Laparotomia Tecnologia LigaSure™ A tecnologia de selagem de vasos LigaSure™ com a plataforma de energia ForceTriad™, controlada pela tecnologia sensora TissueFect™, usa o próprio colágeno e a elastina do corpo para criar uma zona permanente de fusão. Essa tecnologia pode unir vasos de até 7 mm, inclusive, do sistema linfático, feixes de tecido e da vasculatura pulmonar e apresenta um ciclo de selagem média de dois a quatro segundos na maioria das situações cirúrgicas. A tecnologia LigaSure™ abrange um portfólio completo de instrumentos para procedimentos laparoscópicos e abertos em muitas especialidades, como bariátrica, gástrica, geral, ginecológica, cabeça , pescoço, oncologia e cólon. Laparotomia Miguel Couto – Cirurgia Geral – Laparotomia Exploradora 04/07/2016 Retirada de um Liposarcoma da cavidade Abdominal – Rim direito internamente Apendicectomia Laparoscópica Apendicectomia A apendicectomia é uma intervenção cirúrgica destinada a proceder à remoção do apêndice vermicular (também designado de ileocecal), uma pequena estrutura tubular, que se constitui como um pequeno prolongamento do ceco, a porção inicial do intestino grosso. Apendicectomia Os seres humanos e os macacos são os únicos seres vivos que possuem apêndice. Não se sabe ao certo que função ele exerce, porém sabemos que ele possui grande quantidade de tecido linfoide, importante para atuar como defesa de infecções locais. Apendicectomia Incisão: Oblíqua baixa (MacBurney) Apendicectomia Incisão: Transversa direita (Rockey Davis) Apendicectomia INCISÕES VERTICAIS SÃO UTILIZADAS EM: • DÚVIDAS DIAGNÓSTICAS • SINAIS CLÍNICOS DE PERITONITE GENERALIZADA Apendicectomia ANESTESIA: GERAL PRÉ-OPERATÓRIO: ❖ Jejum ❖ Antimicrobiano de amplo espectro ( bactérias anaeróbias e Gram negativas) no período pré-operatório por via endovenosa • apendicites não complicadas – suspensão no 1o dia pós operatório • Apendicites complicadas - manutenção de 7 a 10 dias Apendicectomia Materiais: • Gaze Montada • Fio Solto ( Algodão) • Pinça Anatômica encapada com PenRose • Soro morno • Cuba Rim • Pinça Fenestrada ( Babcock ) IMPORTANTE: Ao receber o Apêndice Supurado, NÃO RETORNÁ-LO À MESA. Encaminhá-lo para a circulante de sala na cuba rim. TODOS OS INSTRUMENTOS QUE FORAM USADOS NÃO DEVEM RETORNAR A MESA DO INSTRUMENTADOR POIS ESTÃO CONTAMINADOS. Apendicectomia Posições do apêndice: • Lateral externa • Lateral interna • Retrocecal Apendicectomia TÉCNICA CIRÚRGICA: 1. Exposição do mesoapêndice e visualização da artéria apendicular 2. Pinçamento da aertéria apendicular, seccionada e ligada 3. Ligamento com fio categute 2-0 4. Sutura em bolsa aplicada a camada seromuscular do ceco 5. Secção e exérese do apêndice Apendicectomia TÉCNICA CIRÚRGICA: 6. Ivaginação do colo apendicular 7. Limpeza da cavidade abdominal com gaze montada 8. Fechamento da cavidade por planos 9. Curativo 10. Drenagem para cirurgias que apresentem abscesso. ( tubos laminares como o Emovac ou Portovac). Nas incisões de MacBurney não se faz lavagem pois o líquido instilado dificilmente será recuperado, propiciando a disseminação da infecção. Apendicectomia TÉCNICA CIRÚRGICA: Nas incisões de MacBurney não se faz lavagem pois o líquido instilado dificilmente será recuperado, propiciando a disseminação da infecção. Obstrução Intestinal Obstrução intestinal é uma situação na qual a passagem de alimentos ou líquidos pelo intestino é dificultada ou bloqueada. A obstrução intestinal pode ser causada por : Obstrução Intestinal A obstrução intestinal pode ser causada por : • faixas fibrosas cicatriciais de tecido no interior do abdômen (aderências) que se formam após uma cirurgia • “bolsas” inflamadas ou infectadas em seu intestino (diverticulite) • Hérnias • tumores • Verminoses Sem tratamento, as partes bloqueadas do intestino podem morrer (necrose), levando a problemas graves. Com cuidados médicos imediatos, a obstrução intestinal muitas vezes pode ser tratada com sucesso. Obstrução Intestinal Obstrução Intestinal Obstrução Intestinal Obstrução Intestinal Obstrução Intestinal por Ascaris Lumbricóides Causas de Obstrução Intestinal: As causas mais comuns de obstrução mecânica, que ocorre quando há uma obstrução física do intestino delgado, podem ser: • Aderências intestinais, faixas de tecido fibroso cicatricial na cavidade abdominal que podem se formar após uma cirurgia abdominal ou pélvica. • Hérnias, porções do intestino que se projetam em outra parte do seu corpo e que ficam dobradas. • Tumores do intestino delgado. Obstrução Intestinal • Torção do intestino. • Cálculos biliares podem pressionar o seu intestino, bloqueando o fluxo de seu conteúdo. • Invaginação. É definida como a entrada de um segmento do intestino dentro de outro segmento do intestino que esta a sua frente, fazendo uma invaginação (encassapamento) TAMBEM CONHECIDO COMO INTUSSUCEPÇÃO Obstrução Intestinal Obstrução Intestinal Obstrução Intestinal Materiais: • Soro Morno • Clamps Intestinais ( sempre em PARES) • Gaze montada, turundas, clamps intestinais • Fio Solto ( Algodão) • Pinça Anatômica encapada com dreno Pen Rose • Cuba Rim • Ponta do Aspirador Extra Obstrução Intestinal Obstrução Intestinal Obstrução Intestinal Obstrução Intestinal Colecistectomia Colecistectomia: Colecistectomia é a retirada cirúrgica da vesícula biliar. Apesar do desenvolvimento de técnicas não-cirúrgicas, ela é o melhor e mais comum método de se tratar a colelitíase (pedra na vesícula) e colecistite (infecção da vesicula biliar), embora existam outras razões pela qual a cirurgia deva ser realizada. Todo ano mais de 500.000 norte-americanos fazem a cirurgia da vesícula biliar. As opções cirúrgicas incluem o procedimento padrão, chamado de colecistectomia laparoscópica, e um método mais invasivo e mais antigo, chamado de colecistectomia convencional. Colecistectomia: SISTEMA PORTA : ARTÉRIA HEPÁTICA + VEIA PORTA + DUCTO COLÉDOCO Colecistectomia: Colecistectomia: A colecistectomia geralmente é indicada : • pela presença de cálculos dentro da vesícula biliar causando colecistite aguda ou crônica • por colecistite alitiásica • por pólipos da vesícula biliar • por neoplasias • dismotilidade vesicular sintomática Colecistectomia: Técnicas cirúrgicas: ➢Videolaparoscopia - minimamente invasiva , na qual são realizadas pequenas incisões de 5-10 mm ➢ técnica convencional ( laparotomia ) - realizada uma incisão no abdómen de tamanho variável dependendo das características biotípicas do paciente e dos achados intraoperatórios. Colecistectomia: Técnicas cirúrgicas: • incisão de Kocher (subcostal direita) • incisão subcostal transversa • incisões longitudinais (paramediana ou mediana) Na ausência de contraindicações, atualmente a via de acesso padrão ouro é a laparoscópica. Colecistectomia: POSICAO: Decúbito Dorsal ANESTESIA : geral MATERIAIS: • Mesa de Mayo • Pinças Fenestradas ( Duval, Collin, Babcock ) • Gaze Montada • Soro Morno • Afastadores Doyen • Lâmina maleável ( podendo ser revestida por compressa ou não) • Dreno De Kehr • Compressas úmidas e secas • Ponta do Aspirador Extra Colecistectomia: FIOS: • Catgut Simples e Cromado ( 1-0, 2-0, 3-0) • Mononylon para a epiderme ( 2-0 ) • Seda ( 1-0, 2-0, 3,0) • Algodão 2-0 ou 3-0 • Subcutâneo – Vycril 2-0 Colecistectomia: KOSCHER À DIREITA (I) PARAMEDIANA OU MEDIANA (A OU B) Colecistectomia:SUBCOSTAL TRANSVERSA Colecistectomia: Colostomia: Colostomia é um procedimento cirúrgico que consiste em fazer-se uma abertura na parede abdominal (estoma ), temporária ou permanente, e ligar nela uma terminação do intestino, pela qual as fezes e gases passam a ser eliminados. A este estoma acopla-se uma bolsa adesiva, coletora dos produtos intestinais. Colostomia: Colostomia: INDICAÇÃO: • Ferimentos Anorretocólicos • Obstrução mecânica • Neoplasias • Processos inflamatórios • Perfurações traumáticas • Perfurações não traumáticas ( Diverticulite ) • Amputação abdominoperineal do reto Colostomia: INDICAÇÃO: • Proteção de anastomoses colocólicas, colorretais e coloanais • Lesões inflamatórias do colon distal, reto e ânus • Fístulas de grandes proporções • Lesões perineais extensas como Síndrome de Fournier Colostomia: MATERIAL: Mesa de Mayo Cuba Rim com soro morno Cuba Rim com soro fisiológico Compressas secas e úmidas Gazes montadas Turundas Colostomia: MATERIAL: Ponta do Aspirador extra Clamps Intestinais ( curvos e retos), sempre em pares Pinças longuette Pinças Fenestradas ( Babcok, Duval , Collin) Bolsa de Colostomia ( Bolsa de Caraia) Colostomia: FIOS: Catgut Simples 1-0, 2-0, 3-0 Catgut Cromado 2-0 Vicryl 1-0, 2-0 Algodão 1-0, 2-0 , 3-0 Nylon para epiderme ( 2-0) Colostomia: TÉCNICA CIRÚRGICA: A abertura da colostomia é feita com bisturi através de incisão transversal, na borda contra-mesentérica. Sonda Foley pode ser solicitada para realização da técnica, que pode permanecer até 10 dias ( até que haja a fixação do estoma à parede abdominal) Colostomia: TÉCNICA CIRÚRGICA: Para melhor desfuncionalização dos segmentos distais: Incisão da alça proximal mais próxima à porção distal do segmento exteriorizado, permitindo que a boca proximal da colostomia , ao ser evertida, fique mais protusa do que a distal. Colonoscopias: Colonoscopias: Função do Endoscópio : • Esôfago • Estômago • duodeno (esofagogastroduodenoscopia) • intestino delgado • cólon (colonoscopia, proctosigmoidoscopia) • ducto biliar Colonoscopias: Função do Endoscópio : • enteroscopia, que é a endoscopia do intestino delgado, podendo interagir colhendo biópsias e efetivando tratamentos terapêuticos através de equipamentos específicos. • colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) • No trato respiratório nariz (rinoscopia) • trato respiratório inferior (broncoscopia) Colonoscopias: • No trato urinário (cistoscopia) No sistema reprodutor feminino, cérvice (colposcopia) • útero (histeroscopia) • trompa de Falópio (Faloscopia) • Interior de um articulação (artroscopia) • Órgãos do peito (toracoscopia e mediastinoscopia) • Durante a gravidez, âmnio (amnioscopia) • feto (fetoscopia) • Cirurgia plástica Panendoscopia (ou endoscopia tripla) - Combina laringoscopia, esofagoscopia e broncoscopia Colonoscopias: 3 lúmens: - Luz - Pinça Hemostática - Câmera Alguns possuem cauterizador Divididos em : endoscópios, colonoscópios, broncoscópios, nasoendoscópios, duodenoscópios, enteroscópios Colonoscopias: Colonoscopias: Colonoscopias: Colonoscopias: Endoscópio: Fibroscópios - transmitem a imagem através de uma fibra ótica. vídeo-endoscópios – transmitem a imagem através de uma câmera Divertículos Intestinais : Presença de um abaulamento da parede do intestino grosso, como se este fosse um pequeno “saco”, e que surge em áreas de maior fraqueza da parede intestinal. Diverticulite aguda é a inflamação do divertículo, e decorre da obstrução dos divertículos por fezes e alimentos, e caracteriza o maior problema relacionado com os divertículos, já que esta inflamação está associada à infecção da região. Divertículos Intestinais: Divertículos Intestinais: Divertículos Intestinais: Divertículos Intestinais: Divertículos Duodenais: Não é comum antes dos 30 anos. A incidência aumenta após os 50 anos de idade. 90% dos casos são assintomáticos. Originam- se de uma falha na canalização luminal. Costumam ocorrer na borda medial da 2a e 3a porções duodenais. Pode complicar com diverticulite, com significativa morbidade. Eventualmente, leva a alterações pancreatobiliares, com comprometimento da drenagem biliar, por causa da proximidade com a papila duodenal. Divertículos Esofágicos: Podem ser classificados de acordo com a localização ou com o mecanismo de formação. O divertículo de punção (epifrênico) ocorre por um aumento da pressão intraluminal somada a uma dismotilidade esofágica, puxando a parede. É mais frequente no terço distal. Divertículos Esofágicos: • Divertículo de Zenker • Divertículo de Tração • Divertículo de Punção Divertículos Esofágicos: • Divertículo de Zenker – forma-se no terço proximal do esôfago • Divertículo de Tração – forma-se no terço medial do esôfago • Divertículo de Punção – forma-se no terço distal do esôfago Divertículos Esofágicos: DIVERTÍCULO DE ZENKER Forma-se um nível de líquido nas imagens e ar. ▪ Ele faz um efeito compressivo sobre o esôfago. Divertículos Esofágicos: • Divertículo de Zenker (faringo-esofageano) é mais comum na transição faringo-esofageana. É uma área de fraqueza do músculo cricofaríngeo (ponto de Killian), ao nível de C5-C6. • Ele é um falso divertículo – possui mucosa e submucosa, mas não tem camada muscular (o divertículo verdadeiro tem todas as camadas do tecido). • Em alguns casos, fica tão grande, que uma refeição pode ficar dentro dele. Divertículos Esofágicos: • Divertículo de Zenker (faringo-esofageano) ▪ Gera: • disfagia alta – dificultade de esgolir • tosse intermitente • Sialorréia – salivação excessiva • Odinofagia – diminuição do apetite • Halitose – mal hálito • mudança da voz • dor retroesternal • sons de borbulhamento à deglutição, aspiração e obstrução respiratória. Divertículos Esofágicos: ▪ Os divertículos que acontecem na porção média do tórax, geralmente são na parede anterior, sendo denominados divertículos de tração. ▪ O divertículo de tração repuxa o esôfago. É mais comum na superfície anterior e no terço médio do esôfago. Relaciona-se a fibrose dos tecidos periesofágicos (como um processo cicatricial de tuberculose linfonodal). Divertículos Esofágicos: ▪ Divertículo epifrênico aparece perto do diafrágma, até 10 cm de distância. ▪ Também chamado de Divertículo de Punção ▪ O divertículo de punção (epifrênico) ocorre por um aumento da pressão intraluminal somada a uma dismotilidade esofágica, puxando a parede. É mais frequente no terço distal. Divertículos Esofágicos: Divertículo de Zenker Divertículo de Tração Divertículo de Punção Estenose Cáustica do Esôfago ▪ Ocorre com ingestão de soda cáustica em tentativa de suicídio. ▪ Geralmente acontece quando o paciente ingere substâncias ácidas ou alcalinas, acidentalmente ou intencionalmente. Estenose Cáustica do Esôfago Formam-se áreas estreitadas no esôfago. BomSábado !!