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Direito Civil II RESUMO

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Direito Civil II
Confusão entre sujeito – É o meio de extinguir a obrigação pela união da posição de devedor e credor na mesma pessoa que não pode ser obrigado a si mesmo, ou seja, extingue-se a obrigação. Ex: O filho que deve o pai e o pai falece, sendo que o filho recebe herança deixada pelo pai e fica impossibilitado de ser credor e devedor ao mesmo tempo.
Figuras Hibridas
É o que se origina do cruzamento ou mistura de espécies diferentes
Espécies 
Propter Rem
Ônus Reais
Obrigações com Eficácia Real
Obrigações Propter Rem
Figura hibrida que tramita entre o direito pessoal e os direitos reais, podendo ser conceituada como uma obrigação que surge com o direito real.
Transmissibilidade automática
Nas obrigações propter REM se transmitem desde de logo ao titular da coisa o que se relaciona.
EX: Taxa de condomínio
Ônus Reais
É um tipo de encargo, ou imposto que coisas móveis e imóveis possuem.
EX: Hipoteca ou penhor
Existe o certificado de ônus reais, que é um documento emitido pelo cartório, que mostra os atos do proprietário do imóvel, se ele possui alguns ônus, ou seja, uma hipoteca, penhora, sobre o bem.
Obrigações com Eficácia Real
 Quando se transmite e é oponível a terceiro que adquira direito sobre determinado bem, como é o caso da locação que é oponível ao adquirente da coisa locada, são obrigações pessoais transmissíveis, e que podem ser opostas contra a dimensão do direito real.
Estrutura das Obrigações
A obrigação se compõe dos elementos próprios da relação jurídica.
Subjetivo ou pessoal
Sujeito Ativo (Credor)
Sujeito Passivo(Devedor)
Objetivo ou Material
Prestação
Ideal, Material ou Espiritual
Vinculo Jurídico
Sujeitos Ativo (Credor)
É aquele em favor de quem o devedor prometeu determinada prestação tem ele, como titular daquela (prestação) o direito de exigir o cumprimento desta.
O sujeito ativo ou credor pode ser pessoa natural ou jurídica.
Determinados ou indetermináveis.
Qualquer pessoa tem qualidade figurar no pólo ativo e passivo da relação obrigacional.
Admite a pluralidade de credores e devedores.
Substituição do sujeito
Na relação obrigacional intervém freqüentemente, tanto na formação quanto na extinção, certas pessoas denominadas auxiliares, não tem a condição de sujeito, mas cooperam ajudando.
São os cooperadores
Representantes (Advogados, procuração)
Núncios (é um mero porta voz da declaração de vontade do interessado, ele não precisa ter capacidade ele pode ser incapaz. 
Auxiliares (auxiliares dos juízes. O escrivão, Oficial de justiça (é quem faz o penhor), o perito, o depositário, o administrador e o interprete.
Quantitativo de credores
Credor Anticrético- é aquele que recebe o bem imóvel; é o que retém ao seu poder a coisa que o devedor entregou em anticrese. Ex: A entrega de um bem imóvel, ou seja, do aluguel de uma casa ( Art. 1.506,CC)
Credor Hipotecário – O bem, ou seja, o objeto está em garantia; Credor que tem uma garantia real (Art. 1.473, CC)
Credor Pignoratício – É o credor que detém ou obrigação seja satisfeita pelo devedor ( Art. 1.433,CC)
Credor Sub-Rogado – É aquele que paga e cumpri a obrigação de outrem. Ex: O fiador, ele não tem obrigação, mas tem responsabilidade.
Credor Putativo – Se tornou credor alheio a sua vontade, mas por uma decisão judicial ele se tornou credor(Falso Credor); Falso credor, é aquele que parece o credor, mas não é. 
Credor Quirografário- Também conhecido como credor ordinário que está de mãos vazias, ou seja, credor de mãos vazias.
Credor Privilegiado – Tem garantia real para satisfazer o seu credor.
Elementos Objetivo
É a prestação, que pode ser positiva (dar e fazer) ou negativa ( não fazer); É ação ou omissão que o devedor fica submetido a pagar e o credor tem direito de exigir; A prestação é o coração da relação obrigacional.
Tipos de objetos de prestação
Objeto direto ou imediato – A atividade do devedor destinada a satisfazer o interesse do credor (a prestação de dar, fazer ou não fazer).
Objeto direto ou mediato – O bem ou serviço a ser prestados, a coisa que se dar ou o ato que se pratica; A obrigação de entregar ( de dar a coisa certa) constitui o objeto imediato da obrigação; A prestação é diferente do objeto ( coisa e bem); O objeto imediato é a prestação; O objeto mediato é a coisa, bem ou serviço.
Requisito de validade
Possibilidade
Liciedade
Determinabilidade
Prestação Possível
Se o comportamento do devedor é impossível, falta objeto a obrigação
Espécies de Impossibilidade
Originária ou Superveniente – É a existente ao tempo que se constitui a obrigação.
Objetiva ou subjetiva 
Objetiva – é a que existe para todos
Subjetiva – é a que diz respeito apenas a que se diz obrigado.
Total ou Parcial
Total – A obrigação não nasce não existe.
Parcial – Não determina necessariamente, a invalidade da relação, por quanto a parte passiva pode ser útil ao credor.
 Prestação Ilícita – Quando contraria a ordem pública, os bons costumes ou normas imperativas.
Vinculo Jurídico – É o elemento espiritual abstrato da relação da obrigação, é o vinculo que une o credor ao devedor.
A relação obrigacional compreende:
O fato jurídico (é a origem da relação)
O objeto dessa relação ( é a prestação patrimonial de interesse do credor)
Sujeito da relação ( o ativo que é o credor e o passivo
Obrigações solidárias
Caracteriza-se pela multiplicidade de credores e ou de devedores, tendo cada credor direito à totalidade da prestação como se fosse credor único ou estando cada devedor obrigado pela dívida toda, como se fosse único devedor.
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
Caracteres da obrigação solidária
Pluralidade de sujeitos ativos e ou passivos;
Multiplicidade de vinculo, sendo distinto ou independente o que une o credor a cada um dos co-devedores solidários e vice versa; existirá tantos vínculos quantos forem os seus titulares;
Unidade de prestação, visto que cada devedor responde pelo debito todo e cada credor pode exigi-lo por inteiro. O debito é sempre único.
Co-responsabilidade dos interessados, já que o pagamento da prestação efetuado por um dos devedores extingue a obrigação dos demais, embora o que tenha pago possa reaver dos outros as quotas de cada um.
Espécies de obrigação solidária 
SOLIDARIEDADE ATIVA: mais de um credor;
SOLIDARIEDADE PASSIVA: mais de um devedor;
SOLIDARIEDADE RECÍPROCA OU MISTA: se houver pluralidade subjetiva ativa e passiva simultaneamente.
Princípios comuns à solidariedade
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 
OBS: Como regra é de que cada devedor responde por sua quota parte e por ser a solidariedade um agravamento da condição dos devedores ela não se presume, deve ser expressa por convenção das partes ou por disposição legal. Ou seja, não havendo previsão legal, nem convenção das ´partes, a obrigação será divisível ou indivisível, dependendo da natureza da coisa a ser prestada.
Ex: Solidariedade legal - Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas.
Ex: Solidariedade convencional – Advinda de contrato, advinda de testamento quanto o testador ao instituir um legado, estabelece que dois dos seus herdeiros , solidariamente, devem ser responsável pelo pagamento.
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co- credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. 
OBS: Lembre-se que a obrigação solidária comporta múltiplos vínculos entre os seus sujeitos, existirá tantos vínculos quantos forem os seus titulares. Cada um dos vínculos pode ser de modalidade diversa dos demais, por exemplo, pode a obrigação ser condicional em relação aum devedor e simples em relação ao outro.
Solidariedade ativa – É a relação jurídica entre credores de uma só obrigação e o devedor comum, em virtude da qual cada um tem o direito de exigir deste o cumprimento da prestação por inteiro. Pagando o debito a qualquer um dos co-credores, o devedor se exonera da obrigação.
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. 
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. 
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago. 
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. 
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. 
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba. 
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros. 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve.
SOLIDARIEDADE PASSIVA: 
Credor tem direito de exigir e receber de um ou de algum devedores, pode cobrar parte de um, continuando credor do restante, que remanescem pela solidariedade.
A obrigação solidária passiva é a relação obrigacional, decorrente de lei ou da vontade das partes, com multiplicidade de devedores, sendo que cada um responderá pelo cumprimento da prestação como se fosse o único devedor. 
Direitos do credor -CC. Art. 275 - O credor terá, sendo a solidariedade passiva, o direito de: escolher, para pagar o débito, o co-devedor que lhe aprouver e, se este não saldar a dívida, poderá voltar contra os demais conjunta ou isoladamente; exigir total ou parcialmente a dívida, embora ao devedor não seja lícito realizar a prestação em parte. Se reclamar de um deles parte da prestação, não se extinguirá a solidariedade, uma vez que os demais co-devedores continuarão obrigados solidariamente pelo restante do débito. 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. 
Parágrafo único - Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
Consequência do pagamento parcial e da remissão
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. 
Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
OBS: A remissão (perdão da dívida) dada a um dos devedores somente aproveita aos demais no montante da quantia remida. Em ambos os casos, remissão ou pagamento parcial, a legislação busca evitar o enriquecimento ilícito do credor.
Cláusula, condição ou obrigação adicional
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
OBS: Ninguém pode ser obrigado a mais do que consentiu ou desejou. No caso, não se comunicam os atos desfavoráveis ou prejudiciais, tão somente os favoráveis.
Ex: Cláusula penal, taxa de juros mais elevada.
Renúncia da solidariedade
A solidariedade é benefício instituído a favor do credor, consequentemente, pode ele renunciá-la, mesmo no caso da solidariedade resultar de lei.
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. 
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
Renúncia absoluta: Quando é efetivada em prol de todos os coobrigados – não haverá mais solidariedade passiva cada devedor passa a responder por sua quota parte, transformando-se a obrigação ou em divisível ou em indivisível, dependendo da qualidade do objeto.
Renúncia relativa: Operada em proveito de um ou de alguns dos devedores. Neste caso há divisão da obrigação em duas partes, uma no qual responde o devedor favorecido somente por sua quota, e outra, na qual os demais se acham vinculados solidariamente pelo restante da dívida.
Efeito da renúncia relativa
a) Os favorecidos continuam devedores, mas das suas respectivas quotas partes;
b) Os não exonerados permanecem na mesma situação de devedores solidários, mas somente poderão ser acionados se for abatido a quota parte correspondente ao dos devedores que não mais são solidários.
Impossibilidade da prestação: 
Sem culpa dos devedores solidários, por ser decorrente de força maior ou caso fortuito, extingue a relação obrigacional, libera todos os co-devedores. 
Por culpa de um ou de alguns devedores solidários, subsiste a solidariedade para todos no que concerne ao encargo de pagar o equivalente, pelas perdas e danos responderá o culpado – CC. art. 279. 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
Relações internas: Entre os co-devedores
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
Obs: Nas relações internas – entre os co-devedores – caberá discutir a apuração dos haveres, ou seja, o rateio da responsabilidade entre os co-devedores, de acordo com as suas respectivas quotas-partes. Por isso, se afirma que a obrigação é pro rata os co-devedores.
Direito de regresso	
O direito do devedor que quitou a dívida de receber as quotas partes dos seus respectivos co-devedores é chamado de direito de regresso, o qual nada mais é do que hipótese de sub-rogação legal.
Consequentemente, o devedor que pagar a dívida fica sub-rogado no direito do credor em relação aos outros coobrigados, dispondo de ação regressiva para cobrar a quota-parte de cada um deles.
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
OBS: Exceção a esta regra, quando a dívida interessava tão somente a um dos devedores, neste caso somente este será obrigado a responder por toda a dívida para aquele devedor que quitou perante o credor comum.
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
Transmissão das obrigações
As obrigações podem ser transmitidas por meio da cessão, a qual consiste na “transferência negocial, a título oneroso ou gratuito, de uma posição na relação jurídica obrigacional, tendo como objeto um direito ou um dever, com todas as características previstas antes da transmissão.”
A obrigação pode ser transmitida por:
- Cessão de Crédito
Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação.
Exceções:
a) Créditos de natureza personalíssima - Ex: Crédito salarial; crédito alimentar.
b) Lei proibir a cessão - Ex1: Art. 298 CC - não é possível ceder crédito penhorado por expressa determinação legal.
c) Acordode vontades - As partes podem acordar a proibição a cessão de crédito 
Partes da Cessão de Crédito: Credor - Cedente Devedor - Cedido 
 │
 Terceiro - Cessionário 
OBS: O crédito é um bem móvel (por imposição legal - art. 83, III do CC) incorpóreo. O negócio jurídico que envolve a transferência de crédito é denominado cessão de crédito.
Requisitos da Cessão de Crédito:
Os requisitos da cessão de crédito abrangem todos os requisitos dos negócios jurídicos em geral: partes capazes e legítimas; objeto lícito, possível e determinado ou determinável; forma prescrita e não defesa em lei; consentimento livre, e consentimento livre, etc.
Forma da Cessão de Crédito:
Consoante o art. 288 CC, a cessão de crédito é um negócio jurídico solene: deve ser realizada de forma expressa, por instrumento público ou particular revestido das solenidades do 654, §1º (contrato de mandato - procuração). Tal remissão é muito criticado pela doutrina, pois o contrato de mandato não tem nenhuma relação com a cessão de crédito.
Se o crédito é um bem móvel para que a cessão de créditos produza efeitos perante terceiros deverá ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos (art. 221 CC c/c art. 129, n.9 da Lei de Registros Públicos).
O Princípio da Gravitação Universal recai sobre a cessão de crédito (art. 287 CC), ou seja, a cessão de crédito abrange o crédito com todos os seus encargos.
O cessionário assumirá o crédito com todos os seus acessórios, ou seja, ele assume a posição creditícia frente ao devedor. Tudo o que o credor originário (cedente) poderia exigir do devedor, o cessionário o fará. A relação obrigacional originária se mantém intacta, apenas com a alteração do polo ativo.
Cessão de Crédito x Novação - na novação há a extinção da obrigação originária, enquanto na cessão de crédito esta se mantém. Notificação do devedor:
É necessário que o devedor autorize a cessão de crédito?
Não é necessária a autorização do devedor, mas tão somente que ele seja notificado (art. 290 CC). A ausência de notificação atua no plano da eficácia do negócio jurídico, tornando-o ineficaz em relação ao devedor. Isso porque o devedor deverá tomar ciência da cessão de crédito para que ela produza efeitos em relação a este.
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita
A notificação poderá ser realizada tanto pelo cedente (credor) quanto pelo cessionário (terceiro). Na prática, normalmente é o próprio cessionário que notifica o devedor (cedido).
A jurisprudência já vem entendendo que a citação na ação de cobrança funciona como uma forma de dar ciência ao devedor sobre a cessão de crédito.
Observe-se que, mesmo antes do devedor tomar ciência da cessão, o cessionário poderá praticar atos para conservar o direito cedido (art. 293 CC).
Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido
 Ex: Em caso de fraude contra credores, a ação pauliana poderá ser proposta pelo cessionário, mesmo que o devedor ainda não tenha sido notificado sobre a cessão.
Se o devedor, antes de tomar ciência da cessão, paga ao credor primitivo (credor putativo), o pagamento produzirá seus efeitos regulares (art. 292 CC) – o pagamento feito de boa fé a credor putativo extingue a obrigação (art. 309 CC).
 Obs1: Despatrimonialização do direito civil alguns autores (Fabrício Carvalho - Direito das Obrigações), invocando o fenômeno da despatrimonialização, defendem ser possível o devedor se opor à cessão de crédito, desde que de forma justificada.
Entretanto, devemos tomar cuidado com tal entendimento, pois não tem previsão legal, tratando-se de uma construção doutrinária com base na despatrimonialização e tutela de situações existenciais / extrapatrimoniais. Obs2: No silêncio do devedor após a notificação considera-se que foi dado-lhe ciência?
O silêncio do devedor não importa em notificação, sendo necessário que o mesmo se declare ciente da cessão em escrito público ou particular.
STJ - A manifestação de conhecimento acerca da cessão pelo devedor supre a necessidade de sua notificação (REsp 588.321)
Exceções Pessoais na Cessão de Crédito (art. 294 CC):
Exceção pessoal é qualquer direito de natureza personalíssima que o devedor pode opor em face do credor (ex: compensação).
A exceção pessoal que o devedor possuía em face do cedente pode ser oposta em relação ao cessionário? Conforme o art. 294 do CC, o devedor poderá opor em face do cessionário as exceções que possuía em relação ao cedente até a data da cessão.
O momento adequado para o devedor opor tais exceções em face do cessionário é quando tomar ciência da cessão, o que ocorre com a sua notificação, caso contrário ocorrerá a preclusão.
O art. 377 do CC prevê expressamente a possibilidade de arguição da compensação na cessão de crédito, desde que o faça na data em que toma ciência da cessão.
Responsabilidade do cedente perante o cessionário:
A cessão de crédito poderá ocorrer a título gratuito ou oneroso.
a) Cessão de crédito onerosa - cedente é responsável pela existência do crédito ao tempo da cessão (art. 295, 1ª parte do CC).
Ex: A cessão onerosa é muito comum em caso de precatórios, caso em que o cedente será responsável pela existência do crédito.
b) Cessão a título gratuito:
Boa fé - cedente não responde por nada;
Má fé - cedente continua responsável pela existência do crédito.
Obs1: Deveres anexos da boa fé objetiva:
A doutrina contemporânea entende que, mesmo diante do silêncio do art. 295 do CC, o cedente responderá pelos deveres anexos da boa fé objetiva (dever de informação, dever de cooperação)
Ex: quando o cedente transfere o crédito ao cessionário deverá repassar todas as informações imprescindíveis para que ele possa cobrar o devedor, sob pena de inadimplemento do cedente. Obs2: Cessão de crédito a non domini:
Trata-se da cessão de crédito por quem não é dono (não é o titular do crédito).
A cessão de crédito a non domini seguirá a mesma lógica da transferência a non domini, aplicando-se por analogia o art. 1268, caput do CC - a cessão de crédito por quem não titulariza o crédito será ineficaz.
Espécies de Cessão de Crédito:
a) Pro soluto (regra geral - art. 296 CC) - É aquela em que o cedente não se responsabiliza perante o cessionário pela solvência do devedor.
b) Pro solvendo - É aquela em que o cedente responderá perante o cessionário pela solvência do devedor, dependendo de acordo de vontade nesse sentido. Neste caso, o cedente terá responsabilidade subsidiária em relação ao que recebeu + juros + despesas com a cessão (art. 297 CC).
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (ou Cessão de Débito):
É a alteração do polo passivo da relação obrigacional devido à celebração de um negócio jurídico.
Natureza Jurídica:
Negócio Jurídico.
Consentimento do Credor:
Na assunção de dívida é necessária a notificação e o consentimento expresso do credor, que poderá se opor a mesma.
Obs: Cessão de crédito - não é necessária a autorização do devedor. Silêncio = Recusa do Credor:
O silêncio deve ser entendido como consentimento ou recusa do credor?
Consoante o art. 299, parágrafo único do CC, o silêncio do credor equivale a uma recusa.
Obs1: Abuso do direito de recusa (art. 187 CC) - O credor deverá justificar a sua recusa, sob pena de exercício abusivo do direito.
Obs2: Aquisição de imóvel hipotecado pelo terceiro - Poderá ser considerada uma assunção de dívida, desde que o credor seja notificado e consinta. Por outro lado, conforme disposto no art. 303 CC, se o credor permanecer em silêncio, não impugnando no prazo de 30 dias contados a partir da notificação, este será considerado como consentimento.
Enunciado 353 CJF - Art. 303. A recusa do credor, quando notificado pelo adquirente de imóvel hipotecado, comunicando-lhe o interesse em assumir a obrigação, deve ser justificada. Portanto, o silêncio do credor na assunção de dívida poderá funcionar como recusa ou anuência. Em regra, o silêncio na assunção de dívida será considerado uma recusa, mas excepcionalmente, no caso de aquisição de imóvel hipotecado, funcionará como anuência
Adimplemento das obrigações
Pagamento Direto 
É a forma direta de adimplemento das obrigações;
O pagamento libera o sujeito passivo da obrigação (extingue a obrigação);
Execução voluntária de qualquer espécie de obrigação (não somente dinheiro);
Pode haver extinção da obrigação sem pagamento. Ex: Prescrição, remissão
Pagamento – Partes
a) Solvens – É o devedor (pessoa que deve pagar)
Além do devedor, podem efetuar o pagamento
1. Interessado na extinção da dívida - Sob-roga-se nos direitos do credor primitivo. Ex: Fiador, avalista.
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. 
2. Terceiro não interessado
Se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste -Não tem direito a reembolso
Se paga em nome próprio, tem direito a reembolso pelo devedor, mas não se sub- roga no direito do credor
O credor não pode recusar o pagamento de terceiro, salvo cláusula ou nas obrigações intitui personae
Art. 304, CC
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
b)Accipiens - É o credor (pessoa que deve receber) 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito
1. O pagamento deve ser feito ao: 
Credor;
Representantes do credor
Sucessores do credor
Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante. 
2. O pagamento não valerá se for feito a: 
Credor incapaz de quitar. Ex: Credor absolutamente incapaz
Credor impedido legalmente de receber. Ex:Credor penhorado 
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
Exceção:
Pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é valido
Credor putativo: Quem apresentava ser credor, mas não o é
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor.
Objeto da prova do pagamento – Objeto do pagamento é a prestação; O credor não é obrigado a aceitar o pagamento parcial.
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada
a) Princípio do nominalismo
O pagamento em dinheiro deve ser feito em moeda corrente e pelo valor nominal
São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira.
b) Princípio da justiça contratual 
Intervenção judicial para correção do valor do pagamento
Ocorre quando, por motivo imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o momento de sua execução.
c) Quitação 
É a prova do pagamento
Documento pelo qual o credor reconhece que recebeu o pagamento e exonera o devedor da obrigação;
Devedor tem o direito de exigir do credor a quitação;
A quitação da última prestação ou quota periódica faz presumir a quitação das anteriores, salvo prova em contrario (Art. 322, CC). 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. 
Lugar do Pagamento: É o local onde deverá a obrigação ser cumprida: onde as partes se reunirão
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles. 
a) Quérable ou quesível
Quando o pagamento se faz no domicílio do devedor;
 Quando não houver nada estipulado, há uma presunção de que o pagamento é quesível (é a regra geral);
 Quérable - devedor 
b) Portáble ou portável
Quando se estipula expressamente que o local do cumprimento da obrigação é o domicílio do credor
Portable ou portável – credor
c) Bens móveis – pagamento há de ser feito no lugar onde estiver situado o bem.
Tempo do pagamento – A fixação do momento em que a obrigação de ve ser cumprida é importante porque, como regra, antes deste momento a obrigação não pode ser exigida. E, ainda, após este prazo a obrigação considerar-se-á inadimplida, com a incidência das consequências do inadimplemento.
a) Vencimento: Momento a partir do qual se verifica a exigibilidade da obrigação.
b) Hipótese de antecipação do vencimento da dívida
Em caso de falência do devedor ou concurso de credores
Se os bens dados em garantia real forem penhorados em execução por outro credor
Cessarem ou tornarem-se insuficientes as garantias reais ou fidejussórias e o devedor se negue a reforça-las
OBS:
Garantia real – Penhor, Hipoteca e anticrese
Garantia fidejussória – é o mesmo que garantia pessoal (fiança e aval)
Modalidades de Pagamentos
Obrigação de Dar
É aquela cuja a prestação consiste na entrega de uma coisa móvel ou imóvel, seja para constituir, um direito real, seja somente para facultar o uso, ou ainda, a simples detenção, seja finalmente, para restituí-la ao seu dono, ou seja, é a obrigação de efetuar a tradição. 
Espécies de obrigação
Obrigação de dar coisa certa; Obrigação de dar coisa incerta; Obrigação de restituir
Obrigação de dar coisa certa: vínculo jurídico pelo qual o devedor se compromete a entregar ao credor determinado bem móvel ou imóvel, perfeitamente individualizado. 
O que vai caracterizar a obrigação de dar coisa certa é porque o objeto da prestação é coisa única e preciosa, ou seja, tem características próprias. Ex: a raquete de Guga, o capacete de Ayrton Senna, a camisa dez de Pelé, etc. (Art. 235). O devedor é obrigado a dar coisa certa e não pode dar coisa diferente, ainda que mais valiosa, salvo acordo com o credor (Art. 313 – mais uma norma supletiva).
A obrigação de dar coisa certa podem ser:
Propriamente dita – Existe transferência de propriedade. Logo, se dar com a tradição.
Propriamente dita: Perda do objeto, antes da tradição – entrega do objeto: 
Com culpa do devedor – Nasce responsabilidade; ter o credor perdas e danos (Art. 402, CC)
Sem culpa do devedor: Não nasce a responsabilidade; A obrigação estará extinta; Resolve-se: significa fazer com que as partes voltem ao status de antes; O credor não pode cobrar as perdas e danos; O prejuízo ficará com o proprietário, ou seja, com o devedor.
Propriamente dita: deterioração do objeto antes da tradição 
Com culpa do devedor - Vai nascer a responsabilidade; O credor pode aceitar o objeto nas condições que se encontra; Pode cobrar por perdas e danos, ou seja, cobrar por ele; Rejeita o objeto, cobrando por perdas e danos já que o objeto está deterioração por culpa do devedor. 
Sem culpa do devedor – Resolve a obrigação; As partes, portanto, retornam ao status de antes; O objeto continua pertencendo ao devedor; O credor pode aceitar o objeto deteriorado, logo, o credor pleiteia um abatimento proporcional no preço.
Obrigação de dar coisa certa - Restituir – Não haverá transferência de propriedade. Envolve uma devolução, como ocorre com o depositário, comodatário que recebida coisa alheia encontra-se adstrito a devolvê-la - o credor é dono da coisa, o que não ocorre na simples obrigação de dar.
Se provar a perda da coisa que deve ser restituída sem que tenha havido culpa do devedor, o credor, por ser proprietárioarcará com todos os prejuízos, e a obrigação se extinguirá (CC. art. 238). Havendo perda da coisa por culpa do devedor, este responderá pelo equivalente mais perdas e danos (CC. arts. 239,583 e 1995)
Vicio Redibitório – São defeitos que diminuem o valor ou prejudicam a utilização da coisa. Ex: Comprou um cavalo puro sangue portador de uma doença, e o cavalo vem a morrer daí a pouco dias- se o comprador soubesse do defeito oculto, não teria realizado o negócio. 
Obrigação de dar a coisa incerta: 
É quando o objeto é fungíveis, ou seja, são fungíveis os bens que podem ser substituído por outros da mesma espécies, quantidade ou qualidade 
Não considerada em sua individualidade, mas no gênero a que pertence. Deve ter dados como gênero e quantidade. No momento em que se efetua a escolha, individualiza o objeto da obrigação, a obrigação de dar a coisa incerta, transforma-se em obrigação de dar a coisa certa. Ex: Se tenho que que entregar uma saca de café no mundo inteiro – Um bem fungíveis.
Características
O objeto é determinável; o objeto não é considerado em sua individualidade, mas no gênero a que pertence; Deve ser indicada pelo gênero e quantidade. Ex: Entregar 10 sacas de feijão.
Gênero: No direito é um conjunto de coisas semelhantes. 
Ex: a) Entregar sacas de feijão (Falta a quantidade)
 b) Quantidade: Ex: 10 sacas (Falta o gênero)
Obs: Na falta de qualquer da especificação do gênero ou da quantidade, a indeterminação será absoluta, não gerando a avença, obrigação. Faltando determinar somente a sua quantidade.
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Direito de escolha - Compete ao devedor
Exceção
a) Se o contrário não resultar do título da obrigação
b) Se o terceiro, a qual o título defere a opção pela escolha, não quiser, ou não puder exercê-lo, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
Para o cumprimento da obrigação a coisa indeterminada deve tornar-se determinada, individualizada; essa individualização se faz através da - ESCOLHA - o ato de seleção das coisas constantes do gênero.
No momento desta escolha é que se aperfeiçoa a obrigação, transformando-se em obrigação de dar coisa incerta em obrigação de dar coisa certa, o devedor não poderá dar coisa pior, nem ser obrigado a prestar a melhor.
Concentração – Denominação dada ao ato unilateral de escolha; Devendo haver a sua exteriorização através da entrega, pelo depósito, pela constituição em mora ou por outro ato jurídico, sendo o credor cientificado.
Limites da atuação do devedor (critérios da escolha)
Não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Perda ou Deterioração
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito 
Pois, o gênero nunca perece (genus nunquam perit).
Exceção – Se trata de gênero limitado, ou seja, circunscrito a coisa que se acham em determinado lugar. Ex: Animais de uma determinada fazenda
Sendo delimitado o Genus, o perecimento de todas as espécies que o componham acarretará a extinção da obrigação.
Obrigação Genérica delimitadas – Entregar coisa oriunda de determinada origem. Ex: Entregar cem quilos de batata da minha fazenda
Admite-se a extinção do gênero como impossibilidade absoluta que, não havendo culpa do devedor, resolve sem criar qualquer espécie de responsabilidade.
Divida genérica restrita – A coisa incerta, sendo uma determinada quantidade de unidade de certa espécie, jamais pode perecer (Genus nunquam perit). Ex: Impossibilidade objetiva – Obrigação de entregar um número elevado de exemplares de livro esgotado.
Admite-se a impossibilidade quando inexiste a coisa no mercado, o bem for restrito.
Obrigação de fazer
Exige um comportamento do devedor; Se associam aos contratos de prestação de serviços, ou seja, a prestação consiste, assim, em atos ou serviços a serem executados pelo devedor. Ex: As pessoas se comprometem a dar uma aula ou dar uma palestra; Um cantor famoso que se compromete a realizar um show.
Princípios:
Princípio da Identidade: A coisa não poderá ser substituída unilateralmente pelo devedor. O credor não é obrigado a receber outra coisa, ainda que mais valiosa, como também não pode exigir coisa diferente, ainda que menos valiosa. Não é lícito o devedor entregar coisa diversa da ajustada, pois estaria alterando unilateralmente o objeto da prestação. De acordo com o Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
Princípio da Acessoriedade: O acessório segue o destino do principal. Se eu quiser que o acessório acompanhe a coisa, terei que fazer uma ressalva, salvo se resultar de uma circunstância. De acordo com o CC-Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. Ex: se eu vendo um terreno, as árvores são os acessórios, podemos fazer uma cláusula dizendo que elas serão retiradas, daí o acessório não vai seguir o item principal, que seria o solo.
OBS: Dentro da ideia de FAZER, encontra-se a ideia de DAR. Quem promete a entrega de determinada prestação, a rigor, vincula-se a fazer referida entrega. Para diferenciar temos obrigação de fazer a entrega (dar) é consequentemente de um fazer, quando não é obrigação de dar.
A obrigação de fazer exige uma atitude humana (ativa, positiva)
Espécies (Divisão)
Obrigação Fungíveis: É aquela cujas qualidades pessoais do devedor não interessam, não são relevantes. Ex: Construção de um muro, qualquer pedreiro poderá fazer, ou seja, ele poderá ser substituído por outro.
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. 
Obrigações Infungíveis - Imaterial ou personalíssima: O devedor tem características personalíssimas, não pode se fazer substituir.
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
Ex: Marisa Monte – Caso ocorra algum problema num show de Marisa Monte, a ausência dela não poderá ser substituída por um outro cantor(a).
Impossibilidade da obrigação de fazer – Não tem como cumprir a prestação, torna-se impossível 
Sem culpa do devedor - Ex: O professor que deveria ministrar a aula e adoece no dia. Solução: Ele apresenta o atestado médico e daí resolve-se a obrigação (retorna ao estado anterior da desavença). Outro exemplo de impossibilidade sem culpa – Seria a apresentação de um show numa festa de aniversário de 50 anos de casamento de um casal. Se o cantor adoecer no dia da festa, não adiantará ele fazer outro show depois, pois o aniversário já passou. Ou seja, tornou impossível a obrigação, não terá como fazê-la depois.
Com culpa do devedor: Se o professor simplesmente faltar (tornando a obrigação impossível), sem uma justificativa, levará falta e não irá receber por aquela aula não ministrada. Ou seja, resolve-se a obrigação + perdas e danos.
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Descumprimento da obrigação de fazer – (há possibilidade de fazer, mas não no prazo convencional, já se caracteriza a má fé)
Sem culpa do devedor: Assim como a impossibilidade sem culpa, a solução do descumprimento sem culpa também ocorre através da resolução da obrigação e retorno ao estado anterior. Ex: A entrega de um a obra em tempo posterior ao acordo a construtora não conseguiu cumprir o prazo estabelecido.
Com culpa do devedor:
Fungível (Art. 249, CC) Quando qualquer pessoa pode realizar a prestação. Solução da Lei (Perdas e Danos + terceiros): Se qualquer pessoa poderá realizar a prestação, o juiz solucionaráo problema estabelecendo que um terceiro cumpra e enviará a conta para o devedor.
Infungíveis: (Art. 247, CC) Se resolve automaticamente com perdas e danos.
OBS 1: Fungível # Infungível: O segundo terá que ser apenas com perdas e danos porque não tem como um terceiro substituir a obrigação de fazer.
OBS 2: Execução de fazer (Art. 632, CPC): Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe assinar, se outro não estiver determinado no título executivo. Pode ainda o credor requerer a conversão em indenização (perdas e danos).
OBS 3: (Art. 466-A, CPC): Condenado o devedor a emitir declaração de vontade, a sentença, uma vez transitada em julgado, produzirá todos os efeitos da declaração não emitida. Ex: Se vc paga o imóvel e o devedor não assina a escritura, o juiz determina que o cartório emita a escritura sem assinatura do devedor.
Obrigação de não fazer
Impõe ao devedor um dever de abstenção: De não praticar o ato que poderia livremente fazer, se não se houvesse obrigado. Ex: Não abrir estabelecimento comercial de determinado ramos; Não divulgar um segredo industrial.
Obrigação de não fazer envolve uma atitude humana (negativa, passiva)
Deve ser licita sem restrição sensível à liberdade individual, sem colidir com os fins da sociedade, não pode ser imoral ou anti-social. Ex: Não casar, não trabalhar, etc.
Inadimplemento das obrigações de não fazer = Inadimplemento das obrigações de fazer
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.
Ex: Se eu possuo terreno que facilita o acesso de uma estrada para a praia e eu me comprometo com meus vizinhos a não permitir que ninguém utilize este terreno como passagem para evitar que pessoas desconhecidas caminhem pela vizinhança e o poder público manda que eu libere para a passagem das pessoas.
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. 
OBS: Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial (cabe o ressarcimento).

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