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A ÉTICA NO ÂMBITO DOCENTE
 Acadêmicas: Patricia Matias
Rosana Cristina Pereira
Prof.ª Orientadora: Lilian Batista Sartori Santos
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
PEDAGOGIA – Turma Flex – FLX0656 (LEE24) Prática Interdisciplinar II
30/05/2018
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A educação como meio de instrução constrói pontes para um futuro de interações, desenvolvimentos e conquistas, e num primeiro momento é essencial, apesar do descaso com a educação pública no Brasil, e a falta de investimentos, conquistas significativas têm sido alcançadas no que se refere à qualidade no ensino. Mas a realidade ainda está distante do idealizado pelas leis, sendo que há muito a ser realizado para que a educação tenha seu real papel desenvolvido.
As dificuldades educacionais são enormes, não somente no que se refere ao pedagógico, mas em grande parte pela falta de estrutura e investimentos do Governo. É necessário um olhar atencioso ao direito à educação de qualidade, para que esta se concretize em sua plenitude, não apenas no papel. 
Valorizar o processo educativo tem um papel primordial, uma vez que ele forma cidadãos para a sociedade. O reconhecimento desse processo é de suma importância, e funciona como uma extensão do aprendizado conquistado, que resultará em experiências sociais de sucesso, com relação na sua valorização por parte da sociedade em geral. 
No contexto sociocultural atual, ser professor não é tão atrativo quantas outras profissões devido a inúmeros fatores, como, principalmente, os baixos salários e o desprestígio da profissão. Porém, a construção desta identidade profissional deve ser um processor que se inicia antes do ingresso à universidade. 
Ao iniciar a sua formação profissional, nesse sentido, a relação do aluno com a profissão docente se torna, aos poucos, mais próxima. Segundo Nóvoa (1992, p. 18), a “[...] formação de professores é o momento-chave da socialização e da configuração profissional”, ou seja, da construção da identidade docente que tem o seu ponto culminante com o início da docência.
Por isso, muito tem se discutido sobre o trabalho docente nas duas últimas décadas, pois muitas transformações têm ocorrido no cenário educacional brasileiro, principalmente no que tange a profissão do professor. Questões sobre o exercício do professor, o que ele deve ou deveria fazer, têm sido levantadas, além de tentar entender a vocação dele, uma vez visto como uma missão, em tempos remotos. 
Sendo assim, percebe-se que a educação é fundamental para transmitir conhecimentos e formar personalidades, mas não exclui a intervenção do meio. É direito de todos, uma educação infantil de qualidade, e é dever do estado garantir isso às famílias. Pois, segundo o Artigo 205, mencionado no Capítulo III, da Educação, Cultura e do Desporto, Seção I da Educação da Constituição Federal:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, se preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A escola não é a principal responsável pela educação da criança e do adolescente, mas a família tem de ter uma árdua participação impondo regras e limites para formar um ser humano ético. (BRASIL, 1998).
A cada dia encontram-se novos desafios na educação, e estes devem ser superados. Levar o conhecimento às crianças de forma prática e lúdica pode não ser tão simples. Porém, buscar meios, alternativas e formas diferenciadas de ensiná-los, de transmitir algo novo, é tarefa do profissional de educação.
A troca de informações, atividades e práticas pedagógicas é o meio mais eficaz, pois reflete o que uma vez já foi trabalhado com estudantes de algum local e período. Também é importante o desenvolvimento, criação, de atividades que competem à turma em que o professor está inserido, relacionando essas ao cotidiano dela.
Para Freire (1996, p. 29):
o que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar. Faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque professor, como pesquisador.
Para muitos parece ser difícil essa busca pelo novo, por maneiras eficazes e práticas de trabalho, que levem a criança ao conhecimento, e que desperte nessa a curiosidade de saber e querer cada vez mais. 
Trabalhar, então, o conhecimento científico, a matéria propriamente dita, e conhecimento cotidiano possuem, sim, suas singularidades e distinções, mas um não torna o outro superior ou inferior. Precisam estar alinhados, na busca incessante pelo aprender. Por isso Santos (2006, p. 108) propõe com a ecologia de saberes:
criar uma nova forma de relacionamento entre o conhecimento científico e outras formas de conhecimento. Consiste em conceder igualdade de oportunidades às diferentes formas de saber envolvidas em disputas epistemológicas cada vez mais amplas, visando à maximização dos seus respectivos contributos para a construção de outro mundo possível. A questão não está em atribuir igual validade a todos os tipos de saber, mas antes em permitir uma discussão paradigmática entre critérios de validade alternativos, uma discussão que não desqualifique a partida tudo o que não se ajusta ao cânone epistemológico da ciência moderna.
As práticas pedagógicas, então, devem estar relacionadas ao cotidiano da criança, fazendo com que esta assimile os dois mundos, casa e escola, e que esta chegue à conclusão de que ambos se tornam um, sociedade. Por meio disto, tornar-se-á visível a construção de saberes da criança.
Escolher meios de trabalhar os mais diversos temas presentes em nossa sociedade, sejam eles estabelecidos pela mídia ou não, implica numa escolha do professor em relação à turma. E estes devem transportar valores, crenças e conhecimento. Ao pesquisar esses meios, se vai além da teoria. Deve-se, então, entrar no campo imaginário, no lúdico, para que a criança se jogue no que lhe é transmitido, e para que isso ocorra, ela precisa ser instigada pelo professor.
Um planejamento constante deve ser realizado, e este deve ser feito com base na proposta pedagógica da escola, nos Parâmetros Curriculares Nacionais e também com base em aspectos da realidade da comunidade.
Sendo assim, a criança poderá se expressar livremente, e refletirá e chegará nas suas conclusões, sendo um verdadeiro exercício de cidadania e ainda podendo expor seu trabalho para toda a classe.
A respeito da sala de aula vista como espaço onde se desenvolve um processo de interação em quem segundo apontam os resultados já obtidos, o menos importante parece ser o processo de ensino aprendizagem de determina do conteúdo [...] (SOARES, 1985).
Com a convivência na sala de aula, de várias culturas tem o professor o desafio de trabalhar temas geradores de conflitos como: gênero, cor, raça, condição social e etc. Que vem da diversidade cultural, que ao invés de ser trabalhada como datas comemorativas, devem ser integradas a grade curricular da escola, promovendo reflexões sobre as ações dos indivíduos.
Partindo desse pressuposto de promover reflexões no âmbito escolar, é necessário refletir também sobre alguns pontos importantes ao trabalho docente, além daqueles mencionados anteriormente. É necessário entender como a ética permeia as relações socioeducativas na escola e qual a função dela nesse âmbito. 
Portanto, seria ético estar de acordo com as obrigatoriedades impostos pelo Governo aos professores? Muitos acreditam que sim, que basta seguir os dogmas impostos pelo Governo, cumprir os horários e um currículo determinado, sem quaisquer intervenções. Outros pensam que ser ético é estar aberto ao diálogo, estar disposto a um mundo de oportunidades e liberdades. Em suma, a ética é responsável por possibilitar à escola e todos os seus envolvidos,a condição de tornar-se um ser crítico, pensante e participante na sociedade, responsável pelos seus atos e pelas tarefas a qual é designado. 
De acordo com Vidari (1922, p. 16): 
A Ética é a ciência que, tendo por objeto essencial o estudo dos sentimentos e juízos de aprovação e desaprovação absoluta realizada pelo homem acerca da conduta e da vontade, propõe-se a determinar: qual é o critério segundo a conduta e a vontade em tal modo aprovada se distinguem, ou ainda, qual é a norma, segundo a qual se opera e deve operar a vontade em tal conduta, e qual o fim que na mesma e para essa se cumpre e se deve cumprir; em que relações de valor estão com observância daquela norma e obtenção daquele fim as diversas formas de conduta, individual ou coletiva, tais como se apresentam na sociedade e na época à qual pertencemos.
Além disso, é necessário respeitar os espaços e a liberdade dos outros, sabendo que assim como você eles também têm seus deveres e direitos, e devem seguir um ritmo também, ao qual se destina uma educação de sucesso.
Cabe a cada um questionar-se sobre suas atividades, e entender qual o seu papel no âmbito escolar, e dentro da sociedade na qual está inserido. Se estiver cumprindo seus deveres como ser participante e ativo dessa sociedade, e se está contribuindo na formação de cidadãos de valores, que posteriormente transmitirão aquilo que aprenderam na escola.
A escola, por sua vez, tem uma vasta cultura, seja ela étnica, religiosa, sexual ou social. Independente disso cabe o diálogo, como dito anteriormente, e a solidariedade, atrelados ao comprometimento com o processo ensino-aprendizagem. É necessário respeitar as diferenças acima de tudo, e trabalha-las de forma que todos venham a entender que elas constituem a nossa sociedade. Essa é uma das tarefas mais árduas diante de uma classe, porém é necessário que os profissionais se empenhem para exercê-la, e assim estarão não só sendo éticos em seus ofícios, mas ensinando outros a exercerem tal prática. 
Há características individuais, além de sociais e ambientais, que concorrem para moldar a personalidade ou definir comportamentos, sobretudo a qualidade dos relacionamentos humanos. (BENEDETTI; URT,2008,p.142).
	Os profissionais da educação necessitam libertar-se daquele trabalho antigo em que consistia andar com livros didáticos e currículos rígidos. É preciso buscar relacionamentos humanos, conforme Bendedetti (2008), para que não se esqueça do papel social da escola, da formação dos alunos como cidadãos	. 
	Os professores precisam buscar orientações sobre suas ações profissionais, com o objetivo de melhorar o trabalho, não só para os discentes, mas para ele mesmo. Desafios são importantes para aprendermos mais, e buscá-los é função do profissional que almeja um trabalho mais eficaz.
Kant, o primeiro pensador iluminista da ética na Idade Moderna, apresenta como o ser humano deve ser encarado como fim e não meio, onde devem ser alcançados alguns interesses. Para Kant (1980) nós deveríamos nos submeter ao dever, onde a principal função seria controlar nossos instintos. Ainda diz que a ética é formal, e que o valor moral que é considerado bom é coberto de restrições, então, não consiste em mais do que uma boa vontade, resultado de consequências de nossos atos. O ponto filosófico sobre a ética de Kant é que estabelece sua ética em termos universais, válida para qualquer ser racional, ou seja, a todos os seres humanos sem qualquer exceção.

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