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FISIOTERAPIA NO A.V.C. Profª Edna Uematsu Referência básica: O'SULLIVAN, Susan B. Fisioterapia: avaliação e tratamento, cap 18. 5ª Ed Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. O AVC, é definido como “o rápido desenvolvimento de sinais clínicos de distúrbio focal (por vezes global) da função cerebral, durando mais de 24 horas ou levando à morte sem nenhuma outra causa aparente que a origem vascular”. (OMS) (Rowland, 2002; Umphred, 2004; Gordon, 2004) Vascularização do encéfalo Somente o encéfalo é responsável pelo consumo de 15% do débito cardíaco (sangue arterial). Além disso, é responsável pelo consumo de 20 % de O2, no adulto, e até 50% do consumo de O2, em crianças. Edna Uematsu Vascularização do encéfalo O fluxo sanguineo cerebral (FSC) da substância cinzenta é maior que o FSC da substância branca, devido à alta atividade e alto consumo energético dos neurônios. Assim, um indivíduo com falha no fluxo sanguíneo para o encéfalo, tem perda da consciência após somente 5 segundos! Edna Uematsu Edna Uematsu Vascularização do encéfalo É realizada: Sistemas Carotídeo Interno Vértebro-Basilar. Edna Uematsu O encéfalo depende do suprimento sanguíneo de: – 2 artérias carótidas internas (sistema carotídeo ou anterior) – 2 artérias vertebrais (sistema vértebro-basilar ou posterior) Edna Uematsu Edna Uematsu Edna Uematsu Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. A artéria carótida interna (ACI) penetra no encéfalo pelo canal carotídeo do osso temporal, atravessa o seio cavernoso na região do esfenóide e emite dois ramos terminais , quatro ramos colaterais e os ramos centrais (Perfurantes). Os ramos terminais são as ARTÉRIAS CEREBRAL ANTERIOR E CEREBRAL MÉDIA. Os ramos colaterais são as artérias oftálmica, hipofisária, coróidea anterior e comunicante posterior. Edna Uematsu Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. As artérias vertebrais são ramos da subclávia e ascendem pelos forames transversos das vértebras cervicais passando pela membrana atlanto- occipital e penetrando no espaço intracraniano através do forame magno. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Originam as duas artérias espinhais posteriores e a artéria espinhal anterior que vascularizam a medula. Percorrem a face ventral do bulbo e originam as artérias cerebelares inferiores posteriores, que irrigam a porção lateral do bulbo e as porções posteriores e inferiores do cerebelo. Ao nível do sulco bulbo-pontino unem- se para formar a ARTÉRIA BASILAR que ao longo de seu trajeto origina as artérias cerebelares superiores, as artérias cerebelares inferiores anteriores, as artérias do labirinto e a artérias cerebrais posteriores. Edna Uematsu As artérias cerebelares inferiores anteriores (irrigam a porção anterior da face inferior do cerebelo), as artérias cerebelares superiores (irrigam o mesencéfalo e face superior do cerebelo), artérias do labirinto (irrigam orelha interna), e termina nas duas artérias cerebrais posteriores (D e E). A artéria basilar ainda dá origem a ramos circunferenciais curtos e médios, para nutrição da ponte. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. A base do encéfalo possui um complexo sistema arterial anastomótico: o polígono de Willys, formado pelos ramos das artérias carótida interna e vertebral. Nesse polígono, as duas artérias cerebrais anteriores são interligadas pela artéria comunicante anterior. A artéria basilar bifurca-se para formar as duas artérias cerebrais posteriores, as quais se unem à carótida interna através das artérias comunicantes posteriores. Edna Uematsu Territórios Vasculares: Amarelo: art. Cerebral Anterior Azul: art. Cerebral Posterior Rosa: art. Cerebral Média Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Artéria Cerebral Anterior - face interna do lobo frontal, porção anterior da face interna do lobo parietal, capsula interna anterior, núcleo caudado inferior, fórnix anterior, 4/5 anteriores do corpo caloso, região anterior dos gânglios da base. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Artéria Cerebral Posterior - face interna do lobo occipital, porção posterior da face interna do lobo temporal, porção posterior do corpo caloso, mesencéfalo, grande parte do tálamo óptico. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Artéria Cerebral Média - face externa do hemisfério cerebral(lobos frontal, parietal e temporal), porção posterior da cápsula interna, cápsula externa, parte externa do globo pálido, maior parte do núcleo caudado e putamen. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Drenagem Venosa: O sistema de drenagem sanguínea do encéfalo é composto por veias e pelos seios da dura-máter onde essas veias liberam o sangue. Vascularização Venosa do EncéfaloVascularização Venosa do Encéfalo Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. As veias corticais drenam para o seio Sagital superior. As veias mais profundas drenam o diencéfalo, o corpo estriado, a cápsula interna e a maior parte do centro branco medular do cérebro para o seio Sagital inferior e para a grande veia cerebral magna ou de Galleno, que se unem ao Seio Reto. Este corre posteriormente ao longo da intersecção da Foice Cerebral e do Tentório unindo-se ao Seio sagital superior dos quais surgem os 2 seios transversos que por sua vez formam o seio Sigmóide que drena na Jugular interna. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Epidemiologia: Principais causas de morte no Brasil. AVC: Uma morte a cada 5 minutos (100.000/ano). Maior causa de deficiência em adultos no mundo. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. - Incidência aumenta com a idade. - Dois terços são maiores de 65 anos - Risco dobra a cada 10 anos. - Sobrevida 80 %. - 1 anos após AVC de 20 a 50% ficam parcial ou completamente dependentes. Fatores de Risco para AVC Não modificáveis Idade Sexo Fatores racias Fatores genéticos Modificáveis Hipertensão arterial Diabetes mellitus Doenças cardíacas Fatores de Risco para AVC Modificáveis Tabagismo Etilismo Dislipidemia Acidente isquêmico transitório Obesidade Enxaqueca Inatividade física Uso de anticoncepcionais Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Tipos de AVC: Os AVC se classificam em dois grandes grupos: AVC isquêmico (chamado de infarto cerebral) e AVC hemorrágico (chamado de hemorragia cerebral). Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Aproximadamente 80% dos AVC são causados por um baixo fluxo sanguíneo cerebral (Isquemia) e outros 20% por hemorragias. Edna Uematsu AVCs isquêmicos ou infartos cerebrais: infarto aterotrombótico (35%) a embolia de origem cardíaca (25%) infarto lacunar (15%) causa indeterminada (15 a 20%) Edna Uematsu Infarto Lacunar infarto de pequeno tamanho (chamado de lacuna), menor do que 1,5 cm, secundário a uma doença de pequenos vasos, como as que acometem as artérias cerebrais lenticuloestriadas, talamoperfurantes e talamogeniculadas. •O paciente apresentar: hemiparesia motora pura, síndrome sensitiva pura, hemiparesia-ataxia, síndrome de disartria- mão torpe ou síndrome sensitivomotora. Edna Uematsu •exames complementares devem afastar cardiopatia produtora de êmbolos ou estenose arterial maior que 50% nas artérias extracranianas ipsilaterais. Edna Uematsu AVCs hemorrágicos: hemorragia subaracnóideia (após ruptura de aneurisma ou malformação arteriovenosa) hemorragiaintra-parenquimatosa (em pacientes com H.A. crônica). Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Classificação: - Acidente Isquêmico Transitório (AIT): sintomas neurológicos que duram menos de 24 horas. Apresentam resolução completa. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. AVC COMPLETO (instalado) - Quadro durando mais que 24 horas com alterações histopatológicas de causa vascular. - Comprometimento cognitivo, motor e sensitivo. - Incapacidade e dependência Edna Uematsu A mortalidade na fase aguda, nos primeiros 30 dias, oscila entre 8 a 20%. O risco de mortalidade no final do primeiro ano é de 22%. - Sobrevida 80 % -1 anos após AVC de 20 a 50% ficam parcial ou completamente dependentes Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. O risco de recorrência de um AVC é maior nos primeiros 30 dias após um infarto cerebral. As taxas de recorrência a longo prazo oscilam entre 4 a 14% ao ano. Os fatores de risco de recorrência do AVC são: diabetes e hipertensão arterial. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. O AVC tem como consequências prejuízos neurológicos e funcionais que limitam significativamente as atividades pessoais no âmbito: familiar, social e profissional. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. - Acarreta transtornos: Físicos (motor, tônico, sensorial) sendo a hemiplegia ou hemiparesia contralateral o mais frequente. Espasticidade ou rigidez, padrões anormais de movimentos e postura, alterações do equilíbrio e coordenação, tremores, déficits sensoriais e esfincterianas; Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Hemiplegia - Perda de tônus (Paralisia Flácida) - Aumento gradual do tônus - Instalação da Espasticidade - Flexão do membro superior - Extensão do membro Inferior - Fraqueza muscular e movimentos estereotipados - Limitação das atividades Fraqueza Muscular - Repouso excessivo no leito - Desuso do membro acometido - Atrofia e perda de unidades motoras - Aumento do gasto energético - Maior fadiga e déficit na resistência - Comprometimento da marcha Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Psicoafetivos: depressão, ansiedade, agressividade, labilidade emocional,... Cognitivos: memória, atenção e concentração, déficits perceptuais, ... Alterações da liguagem: Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Os efeitos de um AVC dependem da etiologia, da gravidade, da localização do acidente vascular cerebral e da disponibilidade de fluxo sanguíneo colateral. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. - Síndromes clínicas: Território da A. Carótida Interna: - cefaléia ocular precedendo ao quadro - vertigens, síncope e lipotímia - queixas oftálmicas contralaterais ao déficit se não ocorrer compensação pela ACE - Hemiplegia ou hemiparesia contralateral - afasias de diversos tipos se obstrução for em ACI esquerda - Crises convulsivas focais ou generalizadas - Raramente anisocoria, nistagmo e ptose palpebral Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. • Território da artéria carótida interna: oclusão completa geralmente leva ao coma e a morte. Oclusão parcial pode acarretar hemiplegia com envolvimento facial e hemianestesia. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Território da artéria cerebral anterior: hemiparesia e hemi- hipoestesia contralateral de predomínio crural associado, muitas vezes, a transtornos da personalidade e do comportamento motor e liberação de reflexos primitivos. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. • Território da artéria cerebral média: hemiparesia contralateral de distribuição braquiofacial associada a uma hemianestesia contralateral e a uma hemianopsia homônima lateral. A maioria dos AVEs isquêmicos ocorrem neste território. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. • Território vertebrobasilar: oclusões parciais podem causar tetraplegia, perda da sensibilidade, coma e alterações de nervos cranianos. Oclusões completas levam ao óbito. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Fatores prognósticos: condições presentes no momento da hospitalização e que afetam negativamente a recuperação funciona; 1. Idade 2. AVC anterior 3. Incontinência urinária 4. Alterações da percepção visual Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. A reabilitação-readaptação pós AVC deve ser, sempre que possível, integral, ou seja, multiprofissional e interprofissional, sendo a família um membro imprescindível na equipe. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Princípios da avaliação: - Estabelecer, o quanto antes, a gravidade da lesão e a extensão das deficiências e incapacidades; - Determinar o potencial de readaptação e o prognóstico funcional; Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. - Planejar um programa de tratamento individualizado e acompanhar a evolução; - Possibilitar informações e orientações ao doente, familiares, cuidadores e membros da equipe de reabilitação. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. *Muitas vezes, o fato de descobrir a perda de uma função particular tem menos importância do que comprovar a presença de uma capacidade que possa favorecer a reabilitação. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Avaliação das funções superiores (funções cognitivas): - Atenção e cálculo, - Memória e orientação - Capacidade de juízo e abstração - Habilidades perceptivas - praxia Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Avaliação da comunicação: - afasia - disartria Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Avaliação neurofísica: - Avaliação musculoesquelética:padrões posturais, retrações, dor, edema, subluxações, transtornos vasomotores,... - Avaliação sensitivomotora: tônus, motricidade voluntária, coordenação, equilíbrio, deficiências sensoriais Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.E. Além de avaliar a capacidade de realizar ou não uma determinada tarefa, avalia-se a necessidade de supervisão ou assistência, o tempo gasto para realizar cada tarefa e a necessidade de adaptações e modificações no ambiente. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.EC. * É importante avaliar enfermidades concomitantes, como hipertensão, insuficiência cardíaca, diabete mélitus, doença pulmonar crônica, doença vascular periférica,... Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Alterações Comportamentais: Agitação, irritabilidade, falta de iniciativa, apatia, agressividade e desinibição. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Alterações Afetivas: A depressão é o transtorno afetivo mais frequente após um acidente vascular cerebral. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Dificuldades para a Alimentação: - disfagia - Constipação Intestinal Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Epilepsia Vascular: Alguns doentes, que sofreram infarto ou hemorragia cerebral, podem desenvolver crises epilépticas, tanto na fase aguda (nos primeiros 15 dias pós- AVC) quanto tardiamente (meses ou anos após o derrame). A repetição de crises caracteriza a epilepsia Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Complicações Decorrentes da Imobilidade por Hemiparesia: As complicações mais frequentemente relacionadas com a imobilidade são: posturas anormais nas extremidades, dor no ombro parético, escaras de decúbito e risco de trombose no membro inferior paralisado. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. A espasticidade: Predominantemente flexora nos MMSS e extensora nos MMII. ESTÁGIOS SEQUENCIAIS DA RECUPERAÇÃO NA HEMIPLEGIA Descrito por Twitcchell e Brunnstrom Estágio I – A recuperação na hemiplegia da-se em uma sequenciaesteriotipada de episodios, que começa com um breve periodo de flacidez imediatamente após o episodio agudo. Não e possivel elicitar nenhum movimento dos membros. Edna Uematsu Estágio 2 – A medida que a recuperação começa, os sinergismos basicos do membro, ou alguns de seus componentes, podem surgir como reações associadas ou então pode haver respostas de movimento voluntario minimo. Nesse ponto, a Espasticidade começa a se desenvolver. Edna Uematsu Estágio 3 – Deste ponto em diante, o paciente obtém controle voluntário dos sinergismos de movimento, embora não ocorra necessariamente o desenvolvimento de toda a serie de componentes do sinergismo. A Espasticidade aumenta mais e pode se tornar grave. Edna Uematsu Estágio 4 – Algumas combinações de movimento que não seguem nenhum sinergismo são denominadas, primeiramente com dificuldade e, em seguida, com mais facilidade. A Espasticidade começa declinar. Edna Uematsu Estagio 5 – Se a evolução continuar, o paciente aprende combinações mais difíceis de movimentos, a medida que os sinergismos básicos do membro perdem o domínio sobre os atos motores. Edna Uematsu Estagio 6 – Com o “desaparecimento da espasticidade”, tornam-se possíveis os movimentos de articulações individuais, e a coordenação se aproxima do normal. Deste ponto em diante, como ultima etapa da recuperação, recupera-se a função motora normal. Entretanto, nem todos chegam a esse estagio final, já que o processo de recuperação pode se estagnar em qualquer estagio. Edna Uematsu Três Estagios Principais de Recuperação Bobath dividiu a sequência em três estágios 1. O Estágio inicial flacido (2,3 meses) 2. O Estágio transitório para Espasticidade, 3. O Estágio da recuperação relativa. O’Sullivan,S., Schmitz, T., 2004 Edna Uematsu Recuperação da Função Motora 58 % dos pacientes – recuperam a independência nas AVD’s, 82 % dos pacientes – aprendem a caminhar, 30 a 60 % dos pacientes – não tem função no MS. (Umphred, D. , 2004) Edna Uematsu Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Reabilitação: Fase aguda: deve ter início no primeiro dia pós AVC, inicialmente visando a prevenção de complicações e, assim que possível, estimular o retorno das funções. Escala de avaliação funcional pós-AVC – Escala de Rankin modificada Grau Descrição 0 Sem sintomas 1 Nenhuma deficiência significativa, a despeito dos sintomas. Capaz de conduzir todos os deveres e atividades habituais 2 Leve deficiência. Incapaz conduzir todas as atividades de antes, mas é capaz de cuidar dos próprios interesses sem assistência Edna Uematsu Escala de avaliação funcional pós-AVC – Escala de Rankin modificada Grau Descrição 3 Deficiência moderada. Requer alguma ajuda mas é capaz de caminhar sem assistência (pode usar bengala ou andador) 4 Deficiência moderadamente grave. Incapaz de caminhar sem assistência e incapaz de atender às próprias necessidades fisiológicas sem assistência 5 Deficiência grave. Confinado à cama, incontinente, requerendo cuidados e atenção constante de enfermagem 6 Óbito Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Embora após um AVC, normalmente, ocorra certo grau de retorno motor e funcional, muitos sobreviventes apresentam consequências crônicas que são, usualmente, complexas e heterogêneas, podendo resultar problemas em vários domínios da funcionalidade. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Essa funcionalidade se refere à capacidade de realizar atividades do dia-a-dia, seja no aprendizado e aplicação de conhecimentos (atenção, pensamento, cálculos, resolução de problemas); na comunicação (linguagem falada, escrita); na mobilidade (manutenção da posição corporal, transferências, deambulação); no autocuidado, vida doméstica, interação interpessoal e social . (Scheper et al, 2007, apud Almeida, 2012). Posicionamento no leito: Decúbito Dorsal Decúbito Lateral – sobre o lado afetado Decúbito Lateral – sobe o lado não afetado Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Fase subaguda e crônica: o tratamento nesta fase tem por objetivo a aprendizagem. “o sistema nervoso aprende fazendo”(Moore,1980) Recuperação neurológica ou intrínseca Recuperação funcional ou extrínseca Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. O retorno dos movimentos depende da reorganização neurológica. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. O objetivo fundamental do programa de reabilitação é ajudar o paciente a adaptar-se às suas deficiências, favorecer sua recuperação funcional, motora e neuropsicológica, e promover sua integração familiar, social e profissional Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Os programas de reabilitação incluem a terapia física e ocupacional, e também a reabilitação cognitiva e da linguagem. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Os primeiros três a seis meses após o AVC são importantes no processo de readaptação. A maioria dos movimentos voluntários se recuperam nos primeiros seis meses. “Movimentos, linguagem, equilíbrio e habilidades funcionais continuam melhorando ao longo dos anos.” Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Um AVC envolve não somente o paciente, mas também sua família e amigos próximos. Quem sofreu o AVC deve perceber que familiares, amigos e pessoas próximas são inseridas, na medida de suas possibilidades, ao programa de reabilitação. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Atividades Físicas: Têm por finalidade manter as amplitudes articulares, melhorar a flexibilidade e a força muscular, estimular o equilíbrio e a coordenação motora, prevenir distúrbios circulatórios, favorecer a percepção corporal e estimular o uso da motricidade voluntária preservada. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Sempre que possível, os exercícios devem ser direcionados a atividades funcionais do dia-a-dia da pessoa visando maior independência. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. De acordo com o interesse e a motivação, o paciente poderá realizar atividades lúdico-desportivas adaptadas, natação e caminhadas, com objetivo de melhorar o condicionamento físico geral, reduzir os fatores de risco do AVC e proporcionar vivência e experiência em atividades em grupo, favorecendo a reinserção social. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Treinamento nas A.V.Ds: Atividades de vida diária (AVD) inclui: alimentação, vestuário, toalete, banho, transferências do leito e da cadeira e para a cadeira de rodas, locomoção, comunicação e interação social. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. O treinamento nas AVDs implica a adaptação à condição atual e às sequelas que o indivíduo apresenta (hemiplegia, déficit de coordenação e equilíbrio, alterações cognitivas e visoespaciais, entre outras). Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. Os indivíduos são estimulados a realizar as atividades de forma mais independente possível, dentro de sua nova condição motora e cognitiva. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. A indicação de andadores, muletas e bengalas para o treino de locomoção depende da motricidade, do equilíbrio e das condições cognitivas do paciente. Edna Uematsu Fisioterapia no A.V.C. O ganho de independência nas AVDs requer perseverança e um treinamento sistemático diário, além da valorização das aquisições. Edna Uematsu Obrigada!!!
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