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Modais e terminais de transporte

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MODAIS E TERMINAIS DE TRANSPORTE
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Modais e Terminais de Transporte – Prof. Ms. Jeovan de Carvalho Figueiredo e Prof. Antonio Sérgio 
Brejão 
Meu nome é Jeovan de Carvalho Figueiredo. Sou mestre em 
Engenharia de Produção pela UFSCar – Universidade Federal 
de São Carlos (SP). Atualmente, estou cursando o doutorado 
na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio 
Vargas (EAESP-FGV). Atuo como professor universitário em cursos 
de Graduação em Administração de Empresas e em cursos de 
Especialização em Sustentabilidade e Operações Industriais.
E-mail: jeovan.figueiredo@fgv.br
Meu nome é Antonio Sérgio Brejão. Sou graduado em Comércio 
Exterior pela Uninove – Universidade Nove de Julho, com 
Especialização em Administração Logística e Supply Chain pela mesma 
Instituição. Possuo, também, Especialização em Política e Relações 
Internacionais pela Fesp – Fundação Escola de Sociologia e Política 
de São Paulo. Atualmente, estou concluindo o curso de MBA em 
Administração Geral e Estratégica pela Fappes – Faculdade Paulista 
de Pesquisa e Ensino Superior. Atuo como professor universitário 
em renomadas instituições de Ensino Superior, tais como Fatec, 
Claretiano, Unisantanna e Fappes, onde leciono as disciplinas de 
Logística, Materiais, Qualidade e Operações.
E-mail: prof.sergiobrejao@uol.com.br
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
MODAIS E TERMINAIS DE TRANSPORTE
Jeovan de Carvalho Figueiredo
Antonio Sérgio Brejão 
Batatais
Claretiano
2013
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
© Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
 
388.47 F488m 
 Figueiredo, Jeovan de Carvalho 
 Modais e terminais de transporte / Jeovan de Carvalho Figueiredo, 
 Antonio Sérgio Brejão – Batatais, SP : Claretiano, 2013. 
 210 p. 
 ISBN: 978-85-8377-047-3 
 
 1. Transporte. 2. Modais. 3. Serviços. 4. Custos. 5. Terminais de 
 transporte. I. Brejão, Antonio Sérgio. II. Modais e terminais de 
 transporte. 
 CDD 388.47 
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza
Patrícia Alves Veronez Montera
Raquel Baptista Meneses Frata
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO ......................................................................... 12
UNIDADE 1 – MODAIS DE TRANSPORTE
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 37
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 37
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 37
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 38
5 MODAIS DE TRANSPORTE DE CARGA: UMA VISÃO GERAL .......................... 39
6 DIVERSIDADE DE MODALIDADES DE TRANSPORTE DE CARGA .................... 40
7 CARACTERÍSTICAS DOS MODAIS DE TRANSPORTE ...................................... 40
8 COMPETIÇÃO DOS MODAIS ............................................................................ 43
9 MODAIS E COMPETIÇÃO INTERNACIONAL .................................................... 45
10 PICKING PARA O TRANSPORTE DE CARGA .................................................... 47
11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 49
12 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 49
13 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 50
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 51
UNIDADE 2 – OS PRINCIPAIS MODAIS TERRESTRES
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 53
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 53
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 54
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 54
5 MODAL RODOVIÁRIO ....................................................................................... 54
6 CARACTERÍSTICAS DO MODAL RODOVIÁRIO ................................................ 57
7 MODAL FERROVIÁRIO ...................................................................................... 63
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 69
9 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 69
10 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 70
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 71
UNIDADE 3 – MODAL AÉREO, AQUAVIÁRIO E DUTOVIÁRIO
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 73
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 73
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 74
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 74
5 MODAL AÉREO.................................................................................................. 74
6 MODAL AQUAVIÁRIO ....................................................................................... 78
7 MODAL DUTOVIÁRIO ....................................................................................... 86
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 88
9 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 88
10 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................89
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 89
UNIDADE 4 – SERVIÇO INTERMODAL E MULTIMODAL DE TRANSPORTE
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 91
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 91
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 92
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .............................................................................. 92
5 TRANSPORTE INTERMODAL ........................................................................... 92
6 UNITIZAÇÃO DE CARGAS ................................................................................ 100
7 TRANSPORTE MULTIMODAL .......................................................................... 105
8 DIVERSAS MODALIDADES PARA TRANSPORTE .............................................. 107
9 ESPECIFICIDADES DO SERVIÇO MODAL ......................................................... 107
10 MULTIMODAL E INTERMODAL ........................................................................ 110
11 COMBINAÇÕES ENTRE OS MODAIS ................................................................ 113
12 INFORMAÇÕES IMPORTANTES ANTES DA ESCOLHA DO MODAL NO 
TRANSPORTE DE CARGA .................................................................................. 114
13 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 115
14 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 116
15 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 116
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 117
UNIDADE 5 – CUSTOS E SERVIÇOS DE TRANSPORTE
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 119
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 119
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 120
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 120
5 NEGOCIAÇÃO DE FRETES E A IMPORTÂNCIA DO OPERADOR LOGÍSTICO ... 121
6 SELEÇÃO E NEGOCIAÇÃO COM TRANSPORTADORES ................................... 122
7 INCOTERMS ...................................................................................................... 125
8 CUSTOS E SEUS COMPONENTES ..................................................................... 130
9 CUSTOS DOS TRANSPORTES DE CARGA: VOLUME, DISTÂNCIA, PRODUTO, 
TAMANHO E ROTEIRO ...................................................................................... 133
10 TRANSPORTES TERRESTRES DE PRODUTOS PERIGOSOS .............................. 136
11 TRADE-OFF NO TRANSPORTE LOGÍSTICO DE CARGA.................................... 144
12 TOMADA DE DECISÃO DO MODAL NO TRANSPORTE DE CARGA ................. 147
13 GESTÃO ESTRATÉGICA NA ESCOLHA DOS MODAIS PARA O TRANSPORTE 
DE CARGA.......................................................................................................... 150
14 SERVIÇOS INTERMODAIS ................................................................................ 151
15 TIPOS E COMPARAÇÃO DE CUSTOS DE TRANSPORTES: BRASIL E EUA ........ 153
16 CARACTERÍSTICAS DOS FRETES POR MODAL ................................................ 156
17 SERVIÇOS DE TRANSPORTE ............................................................................. 160
18 CASOS ................................................................................................................ 166
19 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 169
20 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 169
21 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 170
22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 171
UNIDADE 6 – TERMINAIS DE TRANSPORTE
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 173
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 173
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 174
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 174
5 TERMINAIS DE TRANSPORTE E SUAS FUNÇÕES ............................................ 174
6 TERMINAIS DE CONTÊINERES DE USO PÚBLICO ........................................... 178
7 IMPACTO E CONFORMIDADE AMBIENTAL ..................................................... 180
8 MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NOS TERMINAIS DE TRANSPORTES ............. 181
9 TIPO DE NAVEGAÇÃO....................................................................................... 184
10 CUSTOS DOS TERMINAIS DE TRANSPORTE.................................................... 185
11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 187
12 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 188
13 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 188
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 189
UNIDADE 7 – TIPOS DE TERMINAIS DE TRANSPORTE
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 191
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 191
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 192
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 192
5 TERMINAIS E SUA LOCALIZAÇÃO ................................................................... 192
6 TERMINAIS TERRESTRES .................................................................................. 194
7 MOVIMENTAÇÃO ............................................................................................ 196
8 TERMINAIS AÉREOS ......................................................................................... 197
Claretiano - Centro Universitário
9 TERMINAIS AQUAVIÁRIOS............................................................................... 202
10 ESTUDO DE CASO ............................................................................................. 206
11 QUESTÃO AUTOAVALIATIVA ............................................................................ 208
12 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 208
13 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 208
14 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 209
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 209
EA
D
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
Ementa –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Modais de transporte. Modais terrestres. Modal aéreo, aquaviário e dutoviário. 
Serviço inter e multimodal de transporte. Serviços e custos de transporte. Termi-
nais de transporte. Tipos de terminais de transportes.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––1. INTRODUÇÃO 
O Caderno de Referência de Conteúdo Modais e Terminais 
de Transporte tem como objetivo apresentar os modais de trans-
porte, os custos e os serviços de transporte, bem como os tipos de 
terminais de transporte que podem ser utilizados pelas empresas 
para melhorar sua performance no segmento logístico. 
Durante nossos estudos, você será capaz de identificar a me-
lhor alternativa de modais de transporte a ser utilizada pelas em-
presas para diminuir tempo e custo na movimentação de transpor-
te dos produtos, com a finalidade de obter lucro, tornando essas 
empresas mais competitivas. 
CRC
© Modais e Terminais de Transporte10
Para que sejam alcançados os objetivos propostos, estudare-
mos sete unidades, que abordarão os seguintes conteúdos: 
•	 Modais de transporte. 
•	 Principais modais terrestres. 
• Modal aéreo, aquaviário e dutoviário. 
• Serviço inter e multimodal de transporte. 
• Custos e serviços de transporte. 
• Terminais de transporte.
• Tipos de terminais de transporte. 
Na primeira unidade, você estudará quais são as modalida-
des de transporte, suas características, bem como a competição dos 
modais e a estratégia de picking aplicada ao transporte de carga. 
Em seguida, na Unidade 2, você conhecerá os principais mo-
dais terrestres: o rodoviário e o ferroviário. Além disso, estudará as 
suas principais vantagens e desvantagens, bem como as recomen-
dações para a sua utilização, tendo em vista o tipo de mercadoria 
a ser transportada e os problemas de infraestrutura das rodovias 
brasileiras, identificando no mapa os postos de fronteiras. 
Na terceira unidade, você estudará os mesmos princípios 
para os modais aéreo, aquaviário e dutoviário, os modelos de con-
têineres aéreo e marítimo e, também, o sistema portuário nacio-
nal, conhecendo o que é porto seco. 
A Unidade 4 vai levar você a conhecer dois tipos de serviços 
de transporte que utilizam um conjunto de modalidades diferen-
tes: o inter e o multimodal; além disso, você aprenderá a forma de 
diferenciá-los. Entenderá, ainda, o papel do operador multimodal 
e a importância de se fazer uma combinação de modais e, tam-
bém, conhecerá quais são os mecanismos de gestão dos sistemas 
de transportes. 
Na quinta unidade, serão apresentados os custos, os seus 
principais componentes e os tipos de serviços que interferem na es-
Claretiano - Centro Universitário
11© Caderno de Referência de Conteúdo
colha da modalidade de transporte utilizada pelas empresas. Diante 
disso, aprenderá: como são efetuadas as negociações de fretes; a 
caracterização do operador logístico; a seleção e a negociação com 
transportadores; os incoterms; o nível de serviço logístico; os cus-
tos dos transportes; a classificação de carga perigosa; o que significa 
trade off; a tomada de decisão do modal no transporte de carga; os 
principais problemas nos modais de transporte de carga; a gestão 
estratégica na escolha dos modais para o transporte de carga; os 
serviços intermodais; e as análises de estudos de caso.
Na Unidade 6, será explicado o que é terminal de transpor-
te, bem como quais são as suas funções e a importância da per-
formance e da interferência nos custos de transporte. Além disso, 
verá como são caracterizados os terminais de contêineres de uso 
público e os tipos de cargas que são movimentados. 
Finalmente, na sétima e última unidade, você conhecerá os 
tipos de terminais de transporte, analisará a matriz de transportes 
do Brasil, verá como é composto o sistema de tarifas aeroportuá-
rio e realizará um estudo de caso. 
No transcorrer de nossos estudos, para sua melhor com-
preensão, apresentamos casos reais para que você relacione os 
conceitos com as práticas das empresas, pois consideramos que a 
relação entre a teoria e a prática auxilia não só na aprendizagem, 
mas, principalmente, na interação e na discussão entre os alunos. 
Aproveite bem o seu curso, pois a Logística está presente em 
todos os setores empresariais, bem como no nosso dia a dia.
Após esta introdução aos conceitos principais deste Caderno 
de Referência de Conteúdo, apresentaremos, a seguir, no Tópico 
Orientações para estudo, algumas orientações de caráter motiva-
cional, dicas e estratégias de aprendizagem que poderão facilitar 
o seu estudo.
 
© Modais e Terminais de Transporte12
2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO
Abordagem Geral
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estu-
dado neste Caderno de Referência de Conteúdo. Aqui, você entrará 
em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma 
breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas questões 
no estudo de cada unidade. No entanto, essa Abordagem Geral 
visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a partir do 
qual você possa construir um referencial teórico com base sólida 
– científica e cultural – para que, no futuro exercício de sua profis-
são, você a exerça com competência cognitiva, ética e responsabi-
lidade social. 
Em Modais e Terminais de Transporte, abordaremos os se-
guintes conteúdos:
• Modais de transporte: terrestre, aéreo, aquaviário.
• Serviços de intermodalidade e multimodalidade.
• Serviços e custos logísticos.
• Trade off.
• Terminais de transportes.
• Picking.
• Tomada de decisão do modal de transporte.
• Problemas nos modais de transporte. 
• Negociação de fretes.
• Gestão estratégica nos transportes.
É importante ressaltar que, em cada unidade, serão expostos 
assuntos de ordem técnica que poderão sofrer alterações devido às 
legislações e normas, tanto nacional como internacionalmente.
O setor logístico vive um momento de adequação e implan-
tação de novas tecnologias, com o objetivo de que sejam trazidos 
benefícios a toda a cadeia produtiva.
Claretiano - Centro Universitário
13© Caderno de Referência de Conteúdo
Atualmente, dá-se muita ênfase ao crescimento econômico 
do país; contudo, é preciso ter consciência de que não há cresci-
mento sem investimentos em infraestrutura logística.
Uma expressão bastante utilizada no setor é o temido "apa-
gão logístico", em que a ineficiência dos modais dos transportes de 
cargas associada à burocracia nos processos pode trazer grandes 
prejuízos e sérios problemas a todos os seguimentos econômicos 
do país.
Hoje, em um mundo tão globalizado, o profissional de Lo-
gística deve ter uma visão holística em todos os setores da Econo-
mia. Em virtude dessa exigência, abordaremos a importância de 
uma tomada de decisão estratégica para os modais de transporte 
de carga em se tratando de um país com dimensões continentais 
como é o nosso.
Dando continuidade aos nossos estudos, veremos como são 
os modais de transporte e por que é tão necessário investirmos 
em infraestrutura e em novas tecnologias ligadas ao setor, para 
que nossos portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, entre outros, 
sejam mais eficientes.
Com isso, seria garantida uma maior fluidez no escoamento 
dos processos de transporte, de movimentação, de armazenagem 
e de distribuição de cargas, a fim de se suportarem os volumes de 
bens produzidos. No entanto, toda decisão estratégica deve ser 
acompanhada de um bom planejamento. De um modo geral, pa-
recem questões óbvias falarmos de estratégias para melhorias em 
cada modal de transporte, ou seja, vemos, dia a dia, o quanto o 
Brasil tem a melhorar no segmento logístico – além disso, esse as-
sunto tem um impacto direto no chamado “Custo Brasil”.
Cabe, pois, ao profissional de Logística ter uma visão crítica 
em todos os setores produtivos do país e, também, no contexto 
internacional, tendo em vista que uma decisão equivocada poderá 
inviabilizar as estratégias empresariais.
© Modais e Terminais de Transporte14
Modais de transporte: terrestre, aéreo, aquaviário
Você estudará os diferentes modais de transporte. O primeiro 
deles será o modal marítimo, o qual,desde os primórdios, impulsio-
na a economia brasileira. Nesse sentido, devemos mencionar que os 
aproximadamente oito mil quilômetros de costa marítima brasileira 
são pouco utilizados, até porque as normas exigidas para cabota-
gem são as mesmas para navios do exterior. 
O correto seria, então, desvincular o transporte de cabota-
gem do mesmo tratamento que é dado às exportações e às impor-
tações, uma vez que esse sistema é responsável pela movimenta-
ção de mercadorias na área interna do país; ele poderia auxiliar 
ainda mais nos processos produtivos, melhorando a competitivi-
dade dos produtos brasileiros no mercado internacional.
Além disso, o alto custo com a documentação dos navios faz 
que estes cheguem a ficar até cinco dias atracados esperando pela 
liberação. Vale ressaltar que o custo de cada dia em que o navio 
fica atracado é muito elevado; a isso tudo soma-se, também, a fal-
ta de investimentos, o que acarreta portos precários, maquinários 
inferiores (se comparados a outros países), calados inferiores às 
exigências de grandes embarcações, entre outros. 
Em um recente estudo, foi abordada a questão do ônus da 
burocracia dos portos brasileiros. Analisando o porto de Santos, 
mencionou-se que 17 toneladas de documentos em papel são ge-
radas anualmente, pois muitos deles são emitidos em duplicidade, 
devido à exigência dos órgãos envolvidos na liberação das embar-
cações, como, por exemplo, a Receita Federal, a Anvisa, a Marinha, 
a Polícia Federal etc.
Com o intuito de resolver o problema com a documentação 
e de facilitar a burocracia desse setor tão importante para a eco-
nomia brasileira, a SEP (Secretaria Especial dos Portos) desenvolve 
um programa chamado "Porto sem Papel", no qual tenta integrar 
as informações de forma eletrônica, disponibilizando-as para os 
vários órgãos gestores sem a emissão de papéis. 
Claretiano - Centro Universitário
15© Caderno de Referência de Conteúdo
Se considerarmos que são 37 portos utilizados, o que corres-
ponde a 95% do total das exportações, dá para imaginar o tama-
nho da economia de papel: aproximadamente, 619 toneladas por 
ano; todavia, esse ainda não é o maior problema a ser soluciona-
do. Considerando que o Brasil leva em média 5,8 dias para liberar 
um navio no porto de Santos, com a integração de informações 
eletrônicas, haveria uma redução nessa espera de 1,4 dias; apesar 
de ser uma melhora considerável, mesmo assim, estaríamos longe 
de alcançar, por exemplo, a marca da Alemanha, que é de 0,7 dia 
para liberação de suas embarcações. 
Portanto, essa ideia de integrar os órgãos responsáveis pelo 
recebimento desses documentos, para que não haja mais docu-
mentos duplicados, diminuiria muito o temido "Custo Brasil".
Outro problema a ser solucionado é o da demanda intensa, 
tendo em vista que temos poucos portos capazes de atingir uma 
eficiência completa. Seria necessário investirmos, também, em 
outros portos, adequando suas estruturas e modernizando-os tec-
nologicamente, a fim de que as embarcações encontrassem mais 
facilidade na atracação e para que os contêineres pudessem ser 
movimentados com maior facilidade, rapidez e segurança. 
Outro modal que consideraremos neste estudo é o rodo-
viário, o qual predomina amplamente sobre os demais, uma vez 
que o transporte por caminhão tem um custo de aquisição rela-
tivamente baixo e, por ser mais adequado para a distribuição de 
pequenos volumes, pode circular em áreas mais abrangentes. Por 
essa flexibilidade, ele tem sido considerado como o meio de trans-
porte mais comum e eficiente, apesar do custo do frete, do trânsi-
to, e do fato de o Brasil possuir uma malha rodoviária em péssimas 
condições em algumas localidades, o que pode aumentar os cus-
tos nas operações.
Faltam, nesse sentido, investimentos em inovações tecnoló-
gicas para melhorar a infraestrutura no país. Caso isso não seja 
feito, será natural haver um maior desestímulo de as empresas 
© Modais e Terminais de Transporte16
renovarem suas frotas (terceirizadas ou não) e, até mesmo, faltar 
incentivo nas fábricas de caminhões e veículos de grande porte. 
Ao observar tais fatores, cabe ao profissional de Logística 
fazer "milagres" para que os custos com movimentação de mer-
cadorias não tenham tanto impacto no custo final dos produtos. 
Como você pode imaginar, isso não é uma tarefa fácil, tendo em 
vista que as empresas ficam dependentes do Governo no que diz 
respeito à manutenção das rodovias e estradas, dificultando, com 
isso, o trabalho das empresas e dos operadores logísticos. Excetu-
ando a região sudeste, na qual as estradas e as rodovias possuem 
uma infraestrutura melhor (em virtude de algumas delas serem 
privatizadas), as estradas das regiões norte e nordeste estão em 
estado precário. 
Na sequência de nossos estudos, apresentaremos o modal 
ferroviário. Sabemos que a malha ferroviária no Brasil é conside-
rada pequena, levando-se em conta sua extensão territorial e seu 
alto potencial produtivo na área agrícola, de minérios etc.
Esse é um meio de transporte com um alto potencial para 
crescimento; no entanto, evidencia-se cada vez mais que há a falta 
de investimento nesse modal, gerando, com isso, um baixo cresci-
mento desse meio de transporte, que é muito útil, especialmente 
pela sua capacidade de transportar grandes volumes de cargas. 
Apesar de tudo isso, há que se considerar que, desde a déca-
da de 1990, a malha ferroviária vem sendo revitalizada. A retoma-
da do crescimento no setor ferroviário brasileiro tem sido liderada 
pela iniciativa privada, que deu uma impulsionada nesse setor; po-
rém, ainda há um longo caminho que precisa ser percorrido para 
que possamos dizer que dispomos de uma malha ferroviária digna 
e à altura de suprir as necessidades de um país grandioso como o 
Brasil.
Não podemos negar, portanto, que esforços têm sido feitos, 
como, por exemplo, a retomada de discussões acerca do corredor 
bioceânico, que liga os países do Mercosul, Chile e toda a Região 
Claretiano - Centro Universitário
17© Caderno de Referência de Conteúdo
Central do Brasil, na qual se concentra grande parte da produção 
agrícola e pecuária – esse pode ser considerado como um marco 
para o aumento das exportações e para o desenvolvimento de to-
das as regiões envolvidas. É necessário, porém, haver uma melho-
ria nas condições dos trilhos, passando segurança e confiabilidade. 
Como os custos de transportes por ferrovias são mais baixos que 
os de outros modais, poderia explorar-se mais esse tipo de trans-
porte.
Uma vez apresentado o meio ferroviário de transporte, pas-
saremos a discutir o modal aéreo, no qual se pode observar que 
há novas tecnologias voltadas à rastreabilidade e à maior segu-
rança dos aviões. Entretanto, a implantação dessas novas tecnolo-
gias em nosso país, que deveria acontecer ainda no ano de 2010, 
esbarra em questões políticas. Sabe-se que a implantação de sua 
infraestrutura é muito cara para ser desenvolvida, e o custo do 
transporte por meio desse modal limita-se a produtos de alto valor 
agregado ou que tenha urgência de entrega e que se submetam a 
pagar ônus. 
Contudo, se houvesse esforços integrados entre Governo e 
iniciativa privada, os custos decorrentes dessa atividade poderiam 
se tornar mais acessíveis.
Os maiores problemas desse modal são: o caos nos aeropor-
tos por conta de atrasos nos voos, os extravios e as perdas com 
avarias nos materiais (produtos). O clima é, também, um dos fato-
res que podem atrapalhar, apesar de a tecnologia estar crescendo 
muito nesse sentido. 
Encerrando os tipos de modais de transporte, apresentare-
mos o dutoviário, que é muito específico com relação aos demais 
modais, pois ele se caracteriza pela sua grande participação na 
expansão da economia – isso porque trabalha com produtos de 
alto valor agregado, como petróleo e gás (e até porquestões do 
projeto do pré-sal). Diante disso, somos muito limitados quanto ao 
seu uso, tendo em vista que as maiores redes são de propriedade 
© Modais e Terminais de Transporte18
particular, de uso exclusivo, como, por exemplo, os dutos da Petro-
bras. Certamente, esse seria um modal muito mais bem aprovei-
tado se desenvolvido de forma estratégica, direcionando-se dos 
principais polos produtivos aos portos brasileiros. 
O problema desse modal está na sua implantação, que é 
muito cara, visto que é utilizado em cargas de grande quantidade 
e para longas distâncias. No transporte dessas cargas, é necessário 
que haja muito cuidado, pois, se danificadas, podem causar preju-
ízos e perdas, aliado ao fato da complexidade de se fazer reparos. 
Em virtude de alguns trechos serem subterrâneos, para que fun-
cione eficientemente, é preciso ter uma infraestrutura boa, dura-
doura e com manutenção constante. Pode-se dizer que ele possui 
um custo de movimentação mais barato que os outros modais e há 
diversas obras para implantação sendo feitas no país.
 É importante ressaltar que o uso desse modal está cres-
cendo muito e, por meio da implantação de novas tecnologias, ele 
pode se tornar ainda melhor. 
A seguir, veremos como é estruturada a matriz de transpor-
tes do Brasil e do Estado de São Paulo, as quais demonstram um 
desequilíbrio entre os diferentes modais, o que aponta a necessi-
dade de haver readequações para que se promovam maior com-
petitividade e um desenvolvimento econômico sustentável. 
Tabela 1 Estrutura da matriz de transportes do Brasil e do Estado 
de São Paulo.
Modal Brasil (%)* São Paulo (%)**
Rodoviário 59,0 93,1
Ferroviário 24,0 5,3
Aquaviário 13,0 0,5
Aeroviário 0,3 0,3
Dutoviário 3,7 0,8
Fonte: FIESP. Classificação de Transportes por Modalidade. Disponível em: <http://www.fiesp.com.
br/infra-estrutura/distribuicao.aspx>. Acesso em: 1 jul. 2010.
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19© Caderno de Referência de Conteúdo
Serviços de intermodalidade e multimodalidade
 Na sequência de nossos estudos, abordaremos os serviços 
de intermodalidade e de multimodalidade. 
Veremos que o serviço de intermodalidade vem alcançan-
do destaque, uma vez que se caracteriza pela utilização de dois 
ou mais modais, em que cada operador logístico se responsabili-
za pelo seu tipo de transporte. Assim, torna-se um processo mais 
ágil e que reduz os custos quando bem implantado. Nesse tipo de 
serviço, os modais podem trabalhar juntos ou individualmente, 
tendo, sempre, o mesmo objetivo: a satisfação do cliente, com ra-
pidez e segurança nas entregas. 
O serviço de multimodalidade, por sua vez, também se ca-
racteriza pela utilização de dois ou mais modais; contudo, nesse 
tipo de serviço, todo o processo é responsabilizado e designado 
a um Operador de Transporte Multimodal (OTM). Nesse caso, os 
modais, quando bem alinhados, têm uma interação mais eficiente, 
tornando o sistema mais qualificado. 
 Os impactos dos custos operacionais em todo processo lo-
gístico impulsionam toda a cadeia a alinhar suas forças para dimi-
nuí-los. Embora o custo operacional seja inevitável, ele não pode 
ser recorrente, pois trará prejuízos às empresas nos mais variados 
setores. Tudo isso se relaciona com a capacidade de se criarem 
novas tecnologias e avanços para manter o sistema operando de 
forma satisfatória.
 A divisão dos terminais de carga, por exemplo, facilitaria 
todo o processo logístico. Quando se divide o sistema em proces-
sos, evita-se a criação de gargalos, os quais adicionam custos e 
delimitam os modais de transporte. 
Por exemplo, podemos dizer que seria inviável transportar 
soja do estado de Mato Grosso até o porto de Santos (SP) por meio 
do modal rodoferroviário, uma vez que se gasta muito tempo com 
transbordo (ou seja, passar mercadorias de um tipo de meio de 
© Modais e Terminais de Transporte20
transporte para outro) e, além disso, há um custo elevado gerado 
por esse tipo de transporte. Logo, seria mais viável dar preferên-
cia, apenas, ao uso do modal rodoviário.
Temos de ressaltar, ainda nesse sentido, que a construção 
de plataformas logísticas é outra ferramenta indispensável para se 
obter desenvolvimento no país. Essas plataformas trariam muitos 
benefícios, com estrutura suficiente para escoar produtos, utili-
zando a intermodalidade e a multimodalidade. Sabe-se que exis-
tem projetos sendo desenvolvidos, como por exemplo, no estado 
de Goiás. Isso é um pequeno avanço, dadas as proporções do pro-
blema, o qual pode ser sanado com a integração de modais e das 
regiões produtivas do país. 
Essa questão da intermodalidade e da multimodalidade é um 
assunto ainda polêmico, em virtude do custos operacionais e da 
falta de infraestrutura nesse seguimento; em contrapartida, pode 
ser positiva, por exemplo, na contratação dos modais na hora de 
os transportes acontecerem.
É importante salientar que há uma preocupação nesse sen-
tido, e, além disso, estudos apontam que a integração dos modais 
pode ser uma saída para o desenvolvimento do país. 
Serviços e custos logísticos
Os custos operacionais dificultam os processos de inovação 
de recursos oferecidos em novas tecnologias, pois, quanto maior o 
custo, mais inviável ele torna-se, tanto para os clientes como para 
os modais.
O impacto dos custos operacionais poderia ser melhor apro-
veitado em desenvolvimentos de novas tecnologias e melhores 
produtos para fazermos frente à globalização.
Uma análise preliminar nos custos logístico de transporte 
é avaliar o nível de serviço logístico X custo do transporte, bem 
como o volume X demanda X tamanho X distância.
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21© Caderno de Referência de Conteúdo
Trade off
A finalidade do trade off é diminuir o custo de transporte 
para compensar o preço de venda do produto, ou seja, perder de 
um lado e ganhar do outro. São, pois, medidas estratégicas com 
retorno de longo prazo.
Como se trata de um termo diferente e complicado para os 
profissionais da área de Logística, é importante citar os conceitos do 
que seja o trade off, para, assim, incorporá-lo à cadeia logística.
Trade off é a troca de um nível de serviço logístico elevado 
com custo operacional reduzido. Com isso, as empresas buscam 
alternativas que possam ajustar seus processos de entrega de pro-
dutos. Essa troca envolve não só a tomada de decisão estratégica 
de entrega de mercadorias, como também o estudo de localização 
dos armazéns, o nível de serviço logístico, a produção etc.
Terminais de transportes de carga
Os terminais de carga fazem parte do panorama do transpor-
te desde seu início, facilitando a movimentação entre as diversas 
regiões e, até mesmo, entre os países. Os terminais assumem uma 
importância crescente, pois é cada vez maior a necessidade de 
eficiência e competitividade entre os modos de transporte, assim 
como o incremento da intermodalidade.
Um dos atributos dos terminais de transportes, internacio-
nal ou regional, é a convergência. Trata-se de pontos obrigatórios 
de passagem que são, geralmente, localizações geográficas inter-
mediárias aos fluxos comerciais. Assim, os terminais de transpor-
te são criados para centralizar ou intermediar as suas respectivas 
localizações. 
Os terminais de transporte requerem facilidades específicas 
para o tráfego tranquilo de mercadorias. Eles podem ser pontos 
do intercâmbio dentro do mesmo sistema modal, assegurando, 
assim, uma continuidade dos fluxos de mercadorias. Esse é o caso 
dos modernos aeroportos e das operações portuárias. Os termi-
© Modais e Terminais de Transporte22
nais podem ser, ainda, pontos importantes de transferência entre 
os diferentes modos de transportes. 
Funções dos terminais de transporte 
De forma simplificada, podemos dizer que os terminais de 
transportes possuem como funçãoessencial permitir que passa-
geiros ou cargas possam entrar ou sair de um sistema de transpor-
tes (GUALDA, 1995).
Maas (2001) menciona que esses terminais possuem algu-
mas importantes funções, dentre as quais podemos listar as se-
guintes:
• carregar e descarregar cargas (ou passageiros) nos veículos de 
transporte;
• realizar transferências de um veículo para outro;
• estocar cargas desde o momento da chegada até a saída;
• processar mercadorias, embalar para movimentá-las;
• guardar, dar manutenção e fazer a designação de veículos;
• prover documentação necessária ao movimento de cargas;
• concentrar cargas (ou passageiros) em grupos de tamanhos eco-
nomicamente viáveis para movimentação (MORLOK apud MAAS, 
2001, p. 19). 
Estratégia de Picking
Inicialmente, é importante definir o que é picking. Os proces-
sos de picking ou separação de pedidos e de cargas são atividades 
importantes para a eficiência logística, pois agilizam a entrega de 
materiais, diminuindo o risco de extravio e de avaria no transporte 
de carga. Além disso, eles são a maneira de compensar ou diminuir 
os prejuízos focados na gestão interna dos processos. 
Com uma boa estrutura em equipamentos de movimenta-
ção e armazenagem, softwares (como o WMS, que auxilia o pro-
cesso) e pessoal treinado, é possível ganhar tempo nas operações 
de separação e expedição dos pedidos na tentativa de equalizar os 
custos totais.
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23© Caderno de Referência de Conteúdo
O gestor precisa conhecer todo o sistema de separação de 
pedido/carga aliado ao conhecimento das demais áreas, buscando 
novas informações e tecnologias. 
Tomada de decisão do modal de transporte
Atualmente, a Logística vem sendo tratada como um setor 
estratégico, a fim de facilitar a tomada de decisão nos mais diver-
sos seguimentos industriais e empresarias, objetivando sempre a 
redução de custos logísticos sem perder a eficiência e a qualidade 
em seus produtos e processos. Desse modo, ao otimizar os pro-
cessos logísticos, as empresas conseguem ser mais competitivas, 
fidelizando, assim, seus clientes – e isso traz um impacto positivo a 
toda a cadeia logística e produtiva. 
A atividade básica antes da tomada de decisão para escolha do 
modal de transporte é avaliar a necessidade do cliente. Depois de de-
finido o prazo de entrega do material, deve-se fazer um planejamen-
to de custo do melhor modal de entrega; para isso, faz-se necessário 
analisar as características da carga, sua unitização, bem como o seu 
destino. Um estudo de roteirização também é de grande importância, 
pois, para cada modalidade, existe um lead time de entrega.
É preciso dar ênfase ao fato de que a escolha do modal de 
transporte depende não só do tipo da carga, mas também da ne-
cessidade do destinatário.
 Em alguns casos, é mais vantajoso para a empresa contra-
tar um operador logístico especialista no assunto.
Problemas nos modais de transporte
Como em todos os setores, sejam eles administrativos, se-
jam produtivos, existem problemas a serem solucionados. Com a 
área da Logística não é diferente, pois cabe ao profissional da área 
propor alternativas preventivas e até mesmo corretivas para evitar 
ou solucionar possíveis problemas, seja com a carga, seja com o 
meio de transporte utilizado.
© Modais e Terminais de Transporte24
Para qualquer modal de transporte, existem inúmeros pro-
blemas, tais como: frequência nas entregas, veículos antigos e 
com falta de manutenção, tipo de material transportado, periculo-
sidade da carga, roteirização, profundidade de calado, capacidade 
dos terminais portuários e aeroportuários, falta de infraestrutura 
rodoviária e ferroviária etc. Esses problemas devem ser analisados 
e solucionados pelo profissional de Logística. 
Para termos uma noção de como devemos conhecer os as-
pectos técnicos da carga a ser transportada em qualquer modali-
dade de transporte, Bertaglia (2006) reafirma que os custos logísti-
cos são muito afetados na realização de operações extremamente 
manuais, nas quais a carga é manuseada volume a volume.
Com essa definição, fica evidente que, para uma eficiência 
na movimentação de carga, se faz necessário o estudo de viabili-
dade de aplicação de equipamentos específicos, a fim de agilizar o 
processo, reduzindo, assim, a probabilidade de avarias nas cargas.
Negociação de fretes
Para Ballou (2007), negociar fretes favoráveis com os trans-
portadores é atividade que costuma consumir boa parte do tempo 
de tráfego. Fretes publicados por transportadores nunca devem 
ser considerados como fixos. Muitos deles são valores médios de-
rivados de condições médias. Portanto, se o gerente de transporte 
considera que existe uma condição que favorece as circunstâncias 
operacionais, esse é o caso de solicitar redução nos fretes. 
Com essa definição, fica claro que o profissional da área pre-
cisa ter o conhecimento dos componentes que integram a forma-
ção de preços dos fretes, pois algumas alterações nos preços de 
insumos básicos do seguimento de transporte vão impactar no 
custo do frete. Nas negociações de qualquer segmento empresa-
rial, exige-se uma análise criteriosa de todos os fatores que envol-
vem o processo decisivo, isto é, a melhor aquisição de um bem ou 
de um serviço. 
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25© Caderno de Referência de Conteúdo
A aquisição de frete é considerada como uma prestação de 
serviço e, por essa razão, faz-se necessário conhecer profunda-
mente qual será a empresa escolhida para executar o transporte 
da mercadoria. Algumas empresas optam por contratar um ope-
rador logístico para administrar seus processos de estocagem e 
distribuição.
A seguir, vamos entender qual é a função de um operador 
logístico:
Operador logístico é a empresa prestadora de serviços, especializa-
da em gerenciar e executar todas ou parte das atividades logísticas, 
nas várias fases da cadeia de abastecimento de seus clientes, agre-
gando valor aos produtos dos mesmos. 
Caracterização do Operador Logístico 
Para que uma empresa prestadora de serviços logísticos possa ser 
classificada como Operador Logístico, a mesma deve, no mínimo, 
prestar simultaneamente serviços nas três atividades básicas se-
guintes: 
• Controle de estoque. 
• Armazenagem.
• Gestão de transportes (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MOVIMENTA-
ÇÃO E LOGÍSTICA. Conceito do operador logístico. Disponível em: 
<http://www.abml.org.br/website/downloads/conceitoDoOpera-
dorLogistico.pdf>. Acesso em: 29 jun. 2010).
Gestão estratégica nos transportes
Para que o profissional de Logística possa tomar a melhor 
decisão quanto à escolha do modal de transporte de carga, vários 
fatores e indicadores deverão ser levados em consideração para 
que não haja problemas com a carga, bem como desperdícios de 
tempo e dinheiro.
Os modais possuem particularidades que, se não analisadas 
e levadas em consideração no momento de sua escolha, poderão 
acarretar prejuízos financeiros às empresas, pois, como já estuda-
mos, o tempo de percurso, a necessidade do cliente e o tipo de 
produto a ser transportado devem ser minuciosamente analisados 
antes da tomada de decisão do meio de transporte.
© Modais e Terminais de Transporte26
 Glossário de Conceitos 
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápi-
da e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom 
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de co-
nhecimento dos temas tratados em Modais e Terminais de Trans-
porte. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos: 
1) Administração da logística: é o processo de planejamen-
to, implementação, controle do fluxo e armazenagem 
eficientes de matérias-primas, estoque em processo, 
produto acabado e informações relacionadas, desde o 
ponto de origem até o ponto de consumo, com o ob-jetivo de atender aos requisitos do cliente. Para Ballou 
(2007), a Logística empresarial estuda como a adminis-
tração pode prover melhor nível de rentabilidade nos 
serviços de distribuição aos clientes e consumidores, 
mediante planejamento, organização e controle efetivos 
para as atividades de movimentação e armazenagem 
que visam facilitar o fluxo de produtos. A Logística é um 
assunto vital; é um fato econômico, em que tanto os re-
cursos quanto os seus consumidores estão espalhados 
numa ampla área geográfica. Além disso, os consumido-
res não residem próximos de onde os bens ou produtos 
estão localizados. Este é o problema enfrentado pela Lo-
gística: diminuir o hiato entre a produção e a demanda, 
de modo que os consumidores tenham bens e serviços 
quando e onde quiserem e na condição física que dese-
jarem.
2) Aduaneiro: corresponde a recinto alfandegário que fis-
caliza as mercadorias que entram ou saem do país e co-
bra as taxas de importação e exportação. 
3) Alfândega: é repartição pública encarregada de vistoriar 
bagagens em trânsito e cobrar os direitos de entrada e 
saída.
4) Alfandegado: é a estocagem de produtos em custódia 
do governo em armazéns alfandegados ou transporta-
dor de onde os produtos podem ser retirados após o pa-
gamento de taxas ou impostos para uma agência gover-
namental apropriada.
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27© Caderno de Referência de Conteúdo
5) Armazém: é o local onde os produtos são recebidos, es-
tocados e expedidos, além de outras atividades.
6) Armazenagem de transporte: representa um custo de 
armazenagem economizado. A roteirização sobre cir-
cunstâncias diversas oferece oportunidades para maxi-
mizar o tempo em trânsito e, assim, o recebimento de 
um serviço de armazenagem sem ônus.
7) Avaria: de acordo com o dicionário Michaelis, é o dano 
causado a um veículo, sobretudo a um navio ou à sua 
carga. É o estrago de qualquer natureza, deterioração e 
desgaste.
8) Bitola: é a distância entre as faces internas de duas fia-
das de trilhos de uma via férrea.
9) Cabotagem: é a navegação costeira que tem lugar entre 
portos de um mesmo país ou região.
10) Conforme a Fiesp (2010),
Cadeia de Abastecimento ou Supply Chain Management: é a abor-
dagem que visa oferecer o máximo valor ao cliente e o máximo re-
torno sobre o ativo fixo, através da gestão efetiva dos fluxos de ma-
teriais, produtos, informações e recursos financeiros, de extremo a 
extremo da cadeia, desde as fontes de suprimento até o consumidor 
final (Disponível em: <http://www.fiesp.com.br/infra-estrutura/con-
ceitos.aspx>. Acesso em: 28 jun. 2010).
11) Calado: é a distância vertical entre a superfície da água 
em que a embarcação flutua e a face inferior da sua qui-
lha. 
12) Canal logístico: é a rede de intermediários envolvidos na 
armazenagem, movimentação e comunicação em fun-
ções que contribuem para o fluxo eficiente de produtos.
13) Capatazia: é o serviço utilizado geralmente em portos 
e estações/terminais ferroviários, em que profissionais 
autônomos, ligados a sindicatos ou empresas particula-
res, executam o trabalho de carregamento/descarrega-
mento, movimentação e armazenagem de cargas.
14) CD: é um Centro de Distribuição.
15) Conhecimento de embarque: é um documento que evi-
dencia o contrato de transporte e prova o direito sobre 
as mercadorias.
© Modais e Terminais de Transporte28
16) Custo de transporte: são os custos incorridos nas opera-
ções dos veículos e demais modos de transporte. Com-
posto normalmente de custo fixo.
17) Doca: é a interface entre a expedição e o transporte, 
com a finalidade de facilitar o carregamento e o descar-
regamento de mercadorias.
18) Embarcador: é o dono da carga que receberá os docu-
mentos de cada um dos transportadores envolvidos, re-
ferentes a cada um dos trajetos/modais utilizados para 
o transporte.
19) Estufar: atividade de carregamento e proteção da carga 
em contêineres ou em um meio de transporte.
20) Estufamento: é ato de encher o contêiner com merca-
dorias, podendo ser a granel (sem embalagens), emba-
ladas ou paletizadas (PEREIRA, 2007).
21) Frete: quantia em dinheiro a ser paga pelo transporte de 
produtos, adiantado ou mediante entrega.
22) Granel sólido: de acordo com a Antaq, é toda carga seca 
fragmentada ou em grãos, transportada diretamente 
nos porões do navio, sem embalagem e em grandes 
quantidades, que é movimentada por transportadores 
automáticos ou mecânicos, como manganês, soja em 
grãos, trigo, cimento, minério de ferro, gusa, cavacos de 
madeira, entre outros.
23) Granel líquido: é o tipo de carga líquida transportada di-
retamente nos porões do navio, sem embalagem e em 
grandes quantidades, que é movimentada em dutos por 
meio de bombas, como petróleo e seus derivados, óleos 
vegetais, sucos de laranja, entre outros.
24) Hiato: corresponde a um intervalo.
25) IATA ou Internatinal Air Transport Association: pode ser 
definida como uma entidade internacional que incorpo-
ra a maioria das transportadoras aéreas do mundo. Tem 
como finalidade conhecer e dar soluções para problemas 
técnicos, administrativos, econômicos ou políticos surgi-
dos com o desenvolvimento do transporte aéreo. Em ou-
tras palavras, ela regulamenta o transporte aéreo Interna-
Claretiano - Centro Universitário
29© Caderno de Referência de Conteúdo
cional. No Brasil, o órgão regulador é o Departamento de 
Aviação Civil – DAC, do Comando da Aeronáutica. 
26) Içamento: de acordo com o dicionário Michaelis, iça-
mento deriva do verbo “içar”, que significa “erguer” e 
“levantar”.
27) Incoterms: Termos de Comércio Internacional.
28) Infraestrutura: é a estrutura básica de uma organização, 
sistema etc.
29) Intermodalidade: sistema pelo qual as mercadorias são 
transportadas por dois ou mais modos, por diferentes 
transportadores, que são responsáveis, cada qual, pelo 
seu trecho de transporte.
30) Segundo a Fiesp (2010),
logística: é o processo de planejar, implementar e controlar eficiente-
mente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matérias-primas 
e estoque durante a fabricação de produtos acabados, e as informa-
ções relativas a essas atividades, desde o ponto de origem até o lo-
cal de consumo, visando atender aos requisitos do cliente (Disponí-
vel em: <http://www.fiesp.com.br/infra-estrutura/conceitos.aspx>. 
Acesso em: 28 jun. 2010).
31) Modal: é o uso que as empresas fazem das alternativas 
de transporte.
32) Multimodalidade: é o sistema pelo qual as mercadorias 
são transportadas, por diversos modos de transporte, 
sob a responsabilidade de um único operador (legal e 
contratual).
33) OGMO: Órgão Gestor de Mão de Obra criado pela Lei n. 
8630/93, constituído pelos operadores portuários para 
solicitação de trabalhadores avulsos para as operações 
portuárias e no navio.
34) Operador logístico: responsável pela movimentação, ar-
mazenagem, transporte, processamento de pedidos e 
controle de estoques.
35) Operador portuário: empresa criada pela Lei n. 8630/93, 
constituída para realizar as operações portuárias ou ope-
rar instalações públicas ou de outrem.
36) PBR: padrão de pallet brasileiro criado pela ABRAS –As-
sociação Brasileira de Supermercados.
© Modais e Terminais de Transporte30
37) Picking: é a separação de mercadorias.
38) Trade off: é a troca compensatória.
39) Trasnporte: é o ato, efeito ou operação de transportar. 
Para BALLOU (2007, p.137): 
a administração de tráfego ou de transportes é o braço operacional 
da função de movimentação realizada pela atividade logística. Sua 
principal responsabilidade é garantir, todo dia, que as operações de 
transporte sejam executadas eficaz e eficientemente. 
40) Já para Fiesp (2010), 
transporte: é o deslocamento de bens de um ponto a outro da rede 
logística, respeitando as restrições de integridade da cargae de con-
fiabilidade de prazos. Não agrega valor aos produtos, mas é funda-
mental para que os mesmos cheguem ao seu ponto de aplicação, 
de forma a garantir o melhor desempenho dos investimentos dos 
diversos agentes econômicos envolvidos no processo (Disponível em: 
<http://www.fiesp.com.br/infra-estrutura/conceitos.aspx>. Acesso 
em: 28 jun. 2010).
41) Unitização: é a conversão de diversas unidades de carga 
fracionada numa única unidade, para movimentação e es-
tocagem, por meio de contêineres intermodais ou pallets.
Esquema dos Conceitos-chave 
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais 
importantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um 
Esquema dos Conceitos-chave. O mais aconselhável é que você 
mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até mesmo o 
seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você construir o 
seu conhecimento, ressignificando as informações a partir de suas 
próprias percepções. 
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema é re-
presentar, de maneira gráfica, as relações entre os conceitos por 
meio de palavras-chave, partindo dos mais complexos para os 
mais simples. Esse recurso pode auxiliar você na ordenação e na 
sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino. 
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31© Caderno de Referência de Conteúdo
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-
-se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em 
esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu co-
nhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pe-
dagógicos significativos no seu processo de ensino e aprendiza-
gem. 
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, 
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem. 
Tem-se de destacar que “aprendizagem” não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
que, ao fixar esses conceitos nas suas estruturas cognitivas já exis-
tentes, outros serão, também, relembrados. 
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é 
você o principal agente da construção do próprio conhecimento, 
por meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas 
e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tornar 
significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhecimen-
to sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabelecendo 
uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com o que 
já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do site dis-
ponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/
utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010). 
© Modais e Terminais de Transporte32
 
 
Modais de transporte de 
carga 
Essencial Economia de um país 
Distribuição da 
produção 
Diversidade de 
modalidades de 
transportes 
Terrestre, 
aquático e 
aéreo 
Multimodalidade e 
Intermodalidade 
Características 
próprias 
Vantagens e 
desvantagens 
Competição do 
modal 
 Trade off 
Custo Logístico 
Uso do modal 
da infraestrutura 
e da área de 
mercado Tipo de Produto Custos de seguro 
Incoterms 
Terminais de 
transportes Função e 
localização 
Administração 
da Logística 
BALLOU 
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteúdo Modais e 
Terminais de Transporte. 
Como você pode observar, esse Esquema dá a você, como 
dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar entre 
um e outro conceito e descobrir o caminho para construir o seu 
processo de ensino-aprendizagem. 
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33© Caderno de Referência de Conteúdo
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de 
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambiente 
virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como àqueles 
relacionados às atividades didático-pedagógicas realizadas presen-
cialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EAD, deve valer-se 
da sua autonomia na construção de seu próprio conhecimento. 
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem 
ser de múltipla escolha ou abertas com respostas objetivas ou dis-
sertativas. Vale ressaltar que se entendem as respostas objetivas 
como as que se referem aos conteúdos matemáticos ou àqueles 
que exigem uma resposta determinada, inalterada. 
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como 
relacioná-las com a prática de Logística pode ser uma forma de 
você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a resolução de 
questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se preparan-
do para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso, essa 
é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos e 
adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional. 
Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabari-
to, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões 
autoavaliativas (as de múltipla escolha e as abertas objetivas).
As questões dissertativas obtêm por resposta uma interpretação 
pessoal sobre o tema tratado. Por isso, não há nada relacionado a 
elas no item Gabarito. Você pode comentar suas respostas com o 
seu tutor ou com seus colegas de turma.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
© Modais e Terminais de Transporte34
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos abordados, pois relacionar aquilo que está no campo visual 
com o conceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
Esse estudo convida você a olhar, de forma mais apurada, 
a Educação como processo de emancipação do ser humano. É 
importante que você se atente às explicações teóricas, práticas 
e científicas que estão presentes nos meios de comunicação, 
bem como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, 
ao compartilhar com outras pessoas aquilo que você observa, 
permite-se descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo 
a ver e a notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, 
portanto, uma capacidade que nos impele à maturidade. 
Você, como aluno dos Curso de Graduação na modalidade 
EAD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente. 
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor 
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades 
nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, paraque você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discu-
ta a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoau-
las. 
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35© Caderno de Referência de Conteúdo
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, 
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
 
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1
EA
D
Modais de Transporte 
1. OBJETIVOS
• Identificar e interpretar os modais de transporte.
• Reconhecer e interpretar as características e as particula-
ridades dos modais. 
2. CONTEÚDOS
• Modais de transporte.
• Características dos modais de transporte.
• Competição dos modais de transporte.
• Picking aplicado ao transporte de carga. 
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
© Modais e Terminais de Transporte38
1) Tenha sempre à mão um dicionário bem como o significa-
do dos conceitos explicitados no Glossário e suas ligações 
pelo Esquema de Conceitos-chave para o estudo de todas 
as unidades deste CRC. Isso poderá facilitar sua aprendiza-
gem e seu desempenho.
2) Lembre-se de que, devido à amplitude dos conceitos logís-
ticos, se faz necessária a pesquisa em livros ou na internet. 
Caso você encontre algo interessante, disponibilize tal in-
formação para seus colegas na Lista. 
3) Leia os livros da bibliografia indicada para que você amplie 
seus conhecimentos teóricos. Coteje-os com o material di-
dático e discuta a unidade com seus colegas e com o tutor. 
4) Antes de iniciar os estudos desta unidade, pode ser inte-
ressante conhecer um pouco da biografia do autor Ronald 
Ballou, tido como referência para os profissionais de Logís-
tica. 
Ronald H. Ballou
É professor de Operações da Weatherhead School Ma-
nagement, Case Western Reserve University, Cleveland, 
Ohio, EUA. Dr. Ballou recebeu BME, MBA e doutorado nas 
áreas de engenharia e administração de negócios, com es-
pecialização em negócios logísticos. Ele tem publicado mais 
de 50 artigos na área de logística e é o autor de Business 
Logistics/Supply Chain Management e Basic Business Lo-
gistics. Também tem desenvolvido softwares de computador 
para localizar instalações e redes de logística, amplamente 
utilizados por companhias ao redor do mundo. O professor 
Ballou é consultor em diversas companhias, especialmente 
na área de projeto de redes logísticas (adaptado do site disponível em: <http://
supplychainassoc.com/BALLOU.htm>. Acesso em: 3 set. 2010).
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Nesta primeira unidade, estudaremos as diferentes modali-
dades de transportes de carga que podem ser utilizadas pelas em-
presas para o transporte de seus produtos. Ao todo, são cinco os 
modais de transporte:
1) Rodoviário. 
2) Ferroviário. 
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39© U1 - Modais de Transporte
3) Aquaviário. 
4) Aéreo. 
5) Dutoviário. 
Cada modal possui características específicas, como custos, 
vantagens e desvantagens para a sua utilização. 
Por esse motivo, é importante que se tenha conhecimento 
dos tipos de modais disponíveis, pois a principal decisão relativa 
ao transporte de cargas é a escolha dos modais de transporte (FI-
GUEIREDO; FLEURY; WANKE, 2003).
5. MODAIS DE TRANSPORTE DE CARGA: UMA VISÃO 
GERAL
O sistema de transporte de carga é essencial para a dinâmica 
da economia de um país, pois, sem ele, os produtos não chegariam 
até os consumidores, sejam eles pessoas físicas, sejam pessoas ju-
rídicas. Além disso, as indústrias não teriam acesso às matérias-
-primas nem teriam condições de distribuir sua produção. Desse 
modo, pode-se dizer que o sistema de transporte de carga é o se-
tor que viabiliza todos os outros setores da Economia. 
Como você pode notar, sem transporte não há logística. Po-
demos fazer essa afirmação porque o setor de transportes fornece 
seus serviços para a maioria dos outros setores, como agricultura, 
mineração, comércio, serviços, entre outros. Assim, o transporte 
repercute em todas as atividades e acaba por expandir o mercado. 
Por exemplo, a produção, o uso de infraestrutura e o de 
equipamentos de transporte correspondem a uma parcela con-
siderável do Produto Interno Bruto (PIB), de 4 a 8% de diversos 
países, além de gerar em torno de 2 a 4% dos empregos (ALBANO; 
SENNA, 2007).
© Modais e Terminais de Transporte40
6. DIVERSIDADE DE MODALIDADES DE TRANSPORTE 
DE CARGA
É salutar considerar que há uma diversidade de modalidades 
de transporte. No entanto, antes de conhecê-las, é preciso respon-
der às seguintes questões: o que é modal? O que é modalidade?
Modal é o que diz respeito ao modo particular de fazer algu-
ma coisa, a maneira como se executa algo. Já as modalidades são 
os meios pelos quais se processam determinada ação. Assim, mo-
dalidade de transporte ou modal de transporte são os meios dis-
poníveis para se utilizar e transportar produtos (FERREIRA, 2001).
O transporte pode ser feito por meio de três modalidades 
diferentes:
• Terrestre: estradas, rodovias, trilhos e dutos. 
• Aquático: rios navegáveis, lagos e oceanos. 
• Aéreo: aviões, aeronaves entre outros. 
Cada uma dessas modalidades possui suas próprias caracte-
rísticas, vantagens, desvantagens e custos logísticos. Seus modelos 
são adaptados para servir às demandas específicas do tráfego de 
transporte de mercadorias nacional e internacional. 
Na modalidade terrestre, temos:
• Transporte por meio de rodovias: o modal rodoviário. 
• Transporte feito por ferrovias: o modal ferroviário. 
• Transporte feito por meio de dutos: o modal dutoviário. 
Na modalidade em que se utiliza a água como superfície, te-
mos o modal aquaviário e, pelo ar, o modal aéreo.
7. CARACTERÍSTICAS DOS MODAIS DE TRANSPORTE 
Cada modalidade é caracterizada por um rol de característi-
cas técnicas, operacionais e comerciais que diferenciam cada um 
dos modais (BALLOU, 2001; RODRIGUE; COMTOIS; SLACK, 2006).
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41© U1 - Modais de Transporte
Assim, para uma escolha do modal de transporte mais ade-
quado, é importante saber quais modais são mais vantajosos em 
cada percurso, situação e tipo de produto a ser transportado. Ao 
contrário do que muitos pensam, não basta apenas escolher o tipo 
de transporte, uma vez que podem existir restrições a algum tipo 
de carga a ser transportada..
Alguns critérios para essa escolha são importantes, como, 
por exemplo, menor custo, capacidade de transporte, natureza da 
carga, versatilidade, segurança e rapidez. 
Vejamos, a seguir, algumas características relacionadas com 
os tipos de modais de transporte. 
Transporte rodoviário 
O transporte rodoviário exige a maior infraestrutura e es-
paço físico entre as modalidades do transporte. O transporte por 
meio de estrada possui uma flexibilidade operacional de nível alto, 
pois garante agilidade no deslocamento de cargas, possui simplici-
dade de funcionamento e permite embarques urgentes em qual-
quer momento e lugar (BRASIL, 2007a). 
Ao mesmo tempo, o sistema de transporte rodoviário pos-
sui custos de manutenção elevados, tanto para os veículos quanto 
para os reparos de infraestrutura logística. O transporte rodoviário 
nacional e internacional é fundamental para interligar as opera-
cionalizações das indústrias, em que se exigem entregas rápidas e 
seguras em curtas distâncias, e nas quaisas pequenas frotas são 
as mais comuns. 
Transporte ferroviário
As ferrovias são compostas por um trajeto pelo qual os veí-
culos não percorrem. Possuem um nível médio de extensão física, 
mas não possuem flexibilidade e agilidade no percurso. No en-
tanto, se comparadas ao rodoviário, possuem um custo menor de 
transporte e não apresentam problemas de congestionamento. 
© Modais e Terminais de Transporte42
Segundo Ballou (2003), indústrias pesadas são tradicional-
mente ligadas por sistemas de transporte ferroviário, pois essa é 
a modalidade de transporte que alcança maiores distâncias e ofe-
rece melhor opção para transporte de cargas pesadas em terra. O 
transporte ferroviário é apropriado para o transporte de mercado-
rias agrícolas a granel, derivados de petróleo, produtos siderúrgi-
cos e movimentação de contêineres. 
Para Keedi (2007), a malha ferroviária brasileira apresenta 
um problema sério, que é o de bitolas, que são diferentes entre 
os vários países com quem o Brasil faz fronteiras. Além disso, esse 
problema ocorre mesmo internamente, podendo variar desde a 
estreita de 1,0m até 1,676m, passando pelas de 1,435m e 1,6m, 
esta última sendo considerada como bitola larga. 
Transporte aquaviário 
O transporte aquaviário é a modalidade mais eficaz para 
mover grandes quantidades de cargas, sendo o mais utilizado no 
comércio internacional. Esse modal não apresenta limites sobre 
o tipo de produto que pode transportar. O volume de mercadoria 
transportada pode atingir centenas de milhares de toneladas. As 
principais rotas marítimas são realizadas em oceanos, entre costas 
marítimas e em mares.
Contudo, o transporte aquaviário tem altos custos, uma vez 
que as construções portuárias estão entre as mais caras, assim 
como a manutenção, a construção e a melhoria de sua infraestru-
tura (BALLOU, 2003; GEPOI, 2007). 
Outro problema são os elevados custos dos estoques que 
caracterizam o transporte aquaviário. Mais do que todas as outras 
modalidades, esse transporte é importante para a indústria pesa-
da, como o aço e o petróleo.
Transporte aéreo 
As rotas aéreas são praticamente ilimitadas. São ideais para 
remessa de mercadorias com pouco volume e muito eficazes quan-
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43© U1 - Modais de Transporte
do se trata de entregas urgentes. Elas possibilitam, ainda, o alcan-
ce de mercados de difícil acesso por outros meios de transporte. 
As atividades aéreas estão ligadas ao setor terciário, prin-
cipalmente com o fluxo de turistas. Recentemente, o transporte 
aéreo tem sido utilizado para movimentar produtos de alto valor 
agregado. Obteve, nos últimos anos, um aumento do número de 
frotas e rotas, apresentando um papel importante na logística glo-
bal (GUIMARÃES, 2003).
Transporte dutoriávio
O transporte dutoviário tem uma capacidade ilimitada. O 
maior trajeto de encanamento de gás, por exemplo, fica em Alber-
ta (no Canadá), com 2.911 quilômetros de comprimento. O enca-
namento de óleo mais longo está na Transibéria, estendendo-se 
9.344 quilômetros na Europa Ocidental do campo petrolífero da 
Sibéria oriental, na Rússia.
Os limites físicos desse tipo de transporte são baixos, incluin-
do possibilidade de estabelecimento em regiões árticas. Os custos 
para construção dos encanamentos variam de acordo com o diâ-
metro e aumentam proporcionalmente com a distância e com a 
viscosidade dos líquidos (do gás ao óleo).
Assim, os transportes por dutos são muito importantes, des-
de que correspondam às refinarias e aos portos. 
8. COMPETIÇÃO DOS MODAIS
Uma análise geral dos modais de transporte revela que cada 
um deles possui vantagens operacionais, comerciais e suas pró-
prias propriedades. No entanto, hoje, a demanda é influenciada 
pela integração dos sistemas de transporte, a qual requer máxima 
flexibilidade. 
Como resultado disso, existe uma competição dos modais 
em vários níveis e em diversas dimensões. 
© Modais e Terminais de Transporte44
Nesse sentido, os modais podem competir ou complemen-
tar um ao outro, em termos de custos, acessibilidade, frequência, 
segurança, agilidade, conforto, entre outros. Para essa competi-
ção, o transporte intermodal está aberto a muitas oportunidades 
e, para a complementaridade entre os modais, existe, atualmente, 
uma intensa competição no ramo empresarial relacionada à ca-
deia de transporte de carga. 
Transporte Intermodal é, portanto, o uso de mais de um mo-
dal, possibilitando a troca livre de equipamentos entre os modais. 
A competição modal ocorre em três dimensões (RODRIGUE; 
COMTOIS; SLACK, 2006):
• Uso do modal: competição que envolve a comparação 
das vantagens quanto ao uso. A distância que pode ser 
percorrida utilizando determinado modal é um fator rele-
vante na tomada de decisão. Outros fatores como custo, 
velocidade e agilidade também são significantes para es-
colha de um modal.
• Uso de infraestrutura: a competição resulta, também, na 
possibilidade de utilização da mesma infraestrutura para o 
transporte de mercadoria e passageiros no mesmo trajeto, 
conciliando, assim, o uso da mesma estrutura de rede. 
• Área de mercado: trata-se da competição existente entre 
os terminais de transporte para alocar novos espaços ou 
conquistar novos mercados.
Todavia, como a demanda por transporte deriva de indiví-
duos, grupos ou indústrias, o sistema pode ser adaptado para aten-
der a diversas necessidades, por meio de técnicas de transporte, 
veículos e infraestrutura. Além disso, o crescimento da complexi-
dade na economia e, também, da sociedade demanda mudanças 
tecnológicas nos modais de transporte de carga. 
A evolução tecnológica na indústria do transporte tem como 
objetivo adaptar a infraestrutura para necessidades e exigência de 
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45© U1 - Modais de Transporte
crescimento. Quando um modal de transporte começa ser mais 
vantajoso que outro, apresentando desempenho superior na mes-
ma rota ou mercado, uma opção diferente de modal pode ser es-
colhida (BALLOU, 2003). 
Dessa maneira, uma mudança no modal é provinda do cres-
cimento da demanda por modais com menores custos, maior con-
veniência, maior velocidade ou confiabilidade. Para transporte de 
mercadoria, isso implica a mudança para um modal mais flexível 
com melhor custo efetivo. 
Vejamos, agora, um texto sobre os modais no Brasil, que 
aborda os usos indevidos de alguns modais que geram dependên-
cia do modal rodoviário.
Modais no Brasil ––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 
No Brasil, o uso inadequado dos modais gerou uma enorme dependência do mo-
dal rodoviário, que acaba suprindo lacunas dos demais modais. Porém, apresen-
ta uma frota ultrapassada e as rodovias em condições precárias. A participação 
dos modais hidroviário e aéreo é praticamente inexistente.
Aproximadamente 58% dos fluxos de carga são realizados pelo transporte ro-
doviário (sem contar o transporte de minério de ferro, que aumentaria para 70% 
essa participação), enquanto o ferroviário é de 25% e as hidrovias 13%, os mo-
dos aéreos e dutoviário não passam de 3,6% e 0,4%.
Existe uma sobrecarga no transporte rodoviário, em função dos baixos preços 
de frete, o que acaba servindo como uma barreira ao uso dos demais modais 
(BRASIL, 2007b).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
9. MODAIS E COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
Um estudo realizado pela Confederação Nacional do Trans-
porte (CNT) e o Centro de Estudos em Logística (CEL) do COPPEAD-
-UFRJ revela alguns dados referentes à utilização dos modais bra-
sileiros para transporte de cargas comparados com outros países, 
mostrando a eficiência em cada um deles.
Comparando a produtividade global do sistema de trans-
porte de cargas brasileiro com o americano, nota-se que a produ-
tividade brasileira é mais baixa que a produtividade dos Estados 
©