Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 1 Nesse quadro, em regra: A força de contração do coração está diminuída. O débito cardíaco (DC) está diminuído, fazendo com que o coração não seja capaz de distribuir a quantidade de sangue necessária aos órgãos. Pode também ser problema no enchimento ventricular. As CAUSAS responsáveis por fazer com que a força de contração do músculo esteja deprimida podem ser: Infarto agudo do miocárdio (morte de tecido contrátil no local que enfartou). Doença de Chagas. Insuficiência coronariana (IC). Hipertensão. Etilista crônico. Usuário crônico de cocaína e anfetaminas. Porque ambas as drogas podem causar ICC? A Cocaína e a anfetamina sobrecarregam o efeito de Noradrenalina (NOR), bloqueado o up-take (degradação do neurônio pelo MAO). Além disso, a anfetamina pode aumentar a liberação de NOR, isso faz com que o miocárdio perca massa contrátil, levando a ICC. Miocardite. Infecção bacteriana. Toxoplasmose. CONSEQUÊNCIA (Mecanismo compensatório do organismo): Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 2 1. O sistema simpático é ativado. Para tentar compensar a ICC, catecolaminas são ativadas para aumentar e regular o DC, porém, aumenta também a frequência cardíaca (efeito não desejado pois piora o enchimento ventricular). 2. Ativação do Sistema Renina- Angiotensina Aldosterona (SRAA): Como o fluxo sanguíneo renal está reduzido, o organismo libera RENINA. A Renina transforma angiotensinogênio em angiotensina I. A ECA do pulmão transforma a angiotensina I em angiotensina II. EFEITOS DA ANGIO II: VASOCONSTRIÇÃO ARTERIOLAR (aumenta pós-carga) e VENOSA (aumente pré-carga). REMODELAGEM CARDÍACA: A angiotensina II estimula a produção de Aldosterona (retém sódio e água), a qual estimula fibroblastos a produzirem um colágeno que vai dando massa morta (fibrose) ao coração, causando hipertrofia cardíaca ou Cardiomegalia. Esse quadro não auxilia no aumento da força de contração cardíaca (o que piora a ICC e aumenta a mortalidade). SINTOMAS: Taquicardia (devido à ativação do simpático); Fadiga muscular rápida (débito cardíaco reduzido, menos sangue chega aos músculos); Edema periférico; Edema pulmonar; Dispneia; Tosse noturna; Cardiomegalia; Porque a patologia do IC é CONGESTIVA? Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 3 O coração está insuficiente e, por isso, o sangue acumula no ventrículo. A pressão interna acaba aumentando e, quando chega sangue lá, a tendência é regurgitar, fazendo com que o indivíduo tenha os edemas: do lado esquerdo (congestão pulmonar) e do lado direito (congestão periférica). O SRAA também contribui para esse quadro já que a Aldosterona retém sódio e água. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO PARA ICC. O indivíduo com ICC está com a força contrátil debilitada, frequência cardíaca aumentada (que prejudica o enchimento ventricular) e pode causar edema O que pode ser feito farmacologicamente? Os medicamentos para ICC visam diminuir a MORTALIDADE (para o indivíduo não morrer antes da hora) e MORBIDADE (para melhorar a qualidade de vida do indivíduo). **Existem medicamentos que auxiliam na diminuição da morbidade muito bem, ou seja, eles melhoram muito o indivíduo no dia-a-dia, porém não diminui a mortalidade. Ou ainda existem medicamentos que diminuem a morbidade e até aumentam a mortalidade. O INTUITO GERAL É DIMINUIR TANTO A MORTALIDADE QUANTO A MORBIDADE. PARA DIMINUIR A MORBIDADE (sintomas): O medicamento deverá: 1. Aumentar o DC: como a bomba está fraca/insuficiente porque perdeu massa contrátil, deve dar um jeito então dessa bomba trabalhar melhor. Sendo assim o primeiro passo é aumentar o débito para melhorar a performance desse coração. 2. Diminuir a frequência cárdiaca (FC): deve desacelerar esse coração para melhorar o enchimento ventricular. 3. Diminuir Edema: mobilizar líquido de edema, ou seja, diminuir fenômenos congestivos quando estiverem presentes (diuréticos). Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 4 **É muito difícil um medicamento que aumente o débito e diminua a frequência porque geralmente um fator está associado ao outro, se isso acontecer também pode ser que até aumente a mortalidade do indivíduo porque aumenta a frequência (não é efeito desejado). PARA DIMINUIR A MORTALIDADE (progressão da doença): Como a Angiotensina II contribui para a fibrose progressiva, ou seja, aumenta massa morta piorando a ICC. Os medicamentos que irão atuar aqui impedindo a fibrose são aqueles que bloqueiam em algum ponto o SRAA e diminuem a mortalidade do paciente com ICC. I.) DIGITÁLICOS (Digoxina – VO, Digitoxina – VO e Lanatoside C – EV): São medicamentos esteroides de origem natural extraídos de uma planta chamada digitalis ou “Dedaleira”. AGENTES INOTRÓPICOS/CARDIOTÔNICOS: os quais melhoram o desempenho/ força contrátil cardíaca. A Digoxina é o digitálico mais importante. Apesar de ter sido a primeira droga usada no tratamento de ICC, atualmente, não são mais a primeira escolha pois não alteram a mortalidade. São perigosos, tendo o índice terapêutico de 2,5. Só conseguem diminuir muito a morbidade. ESTRUTURA: Eles apresentam três anéis aromáticos de açúcar, que conferem a eles suas características farmacocinéticas, e um núcleo esteroide ligado à aglicona, o qual é essencial à atividade biológica (características farmacodinâmicas). O principal efeito colateral do núcleo esteroide é ginecomastia em homem e dor nas mamas na mulher. FARMACOCINÉTICA DOS DIGITÁLICOS: Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 5 A Ouabaína (glicosídeo cardíaco digitálico) é uma substância que nós produzimos endogenamente em pequena concentração e também é produzida clinicamente. SOLUBILIDADE LIPÍDICA (quanto maior o coeficiente parcial óleo/água mais lipossolúvel é a droga): Não se usa mais Digitoxina, pois a ela possui solubilidade lipídica alta, enquanto que a Digoxina tem média. E solubilidade lipídica alta significa que pode acumular muito em tecido adiposo (tecido de reservatório). Se ficar muita droga acumulada, a meia-vida aumenta (conforme a concentração plasmática cai, o medicamento cai no plasma para manter os níveis do medicamento). DISPONIBILIDADE ORAL (PORCENTAGEM ABSORVIDA): é de 75% para a Digoxina e mais de 90% para a Digitoxina, ou seja, as duas são muito bem absorvidas via oral. A MEIA-VIDA NO ORGANISMO: é de 40 horas a Digoxina e 168 horas a Digitoxina. Isso significa que, quanto maior a meia-vida, mais perigoso o medicamento é, já que ele diminui lentamente no sangue, sendo mais difícil de desintoxicar. LIGAÇÃO A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS: Digoxina de 20 a 40%, e a Digitoxina mais que 90% Esse é outro fator que pode aumentar a meia-vida e qualquer medicamento que também se ligue à albumina, por exemplo, vai haver competição, pode deslocar a Digitoxina de forma significativa e, na forma livre, se dobra o efeito, podendo chegar à toxicidade com mais facilidade. PORCENTAGEM METABOLIZADA: Digoxina é 20% ou menos é metabolizada pelo fígado para poder eliminar, já que a eliminação dela é basicamente renal; enquanto a Digitoxina é mais que 80% eliminada pelo fígado. Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 6 Além disso, a chance de interações farmacológicas com a Digitoxina é maior (os inibidoresconseguem inibir muito mais esse medicamento quando comparado à Digoxina). Antigamente, se o paciente tivesse insuficiência renal, dava para ele Digitoxina e, se ele tivesse insuficiência hepática ou não tinha nenhum problema, dava Digoxina. Hoje, isso mudou, visto que se dá para todo mundo Digoxina e, se o paciente tem insuficiência renal, de acordo com a sua filtração glomerular, altera a dose para menos. FARMACODINÂMICA DOS DIGITÁLICOS (mecanismo de ação que justifica o efeito): A Digoxina, apesar de melhorar a morbidade, não altera a mortalidade. Para melhorar a mortalidade, o medicamento teria que impedir a piora da fibrose e paralisar deposição de massa morta no local, que aumenta o tamanho do coração e diminui a força contrátil do coração. A fim de alcançar esse resultado, deve-se bloquear o sistema renina-angiotensina- Aldosterona (SRAA): INIBIDOR DE ECA: impede a transformação de angiotensina I em angiotensina II. Se tiver menos angiotensina II, não vai haver Aldosterona, a qual é responsável pela estimulação da produção de colágeno pelo fibroblasto, dando fibrose. BRA (Losartana - bloqueador de receptor de angiotensina II): Se bloquear AT1 no córtex da suprarrenal, não libera Aldosterona, revertendo a remodelagem. Antagonista beta 1: antagonista de renina que é primeira linha para tratamento de ICC, bloqueia os receptores presentes nas células justaglomerulares, diminuindo renina. Se diminui renina, reduz angiotensina II e, consequentemente, diminui Aldosterona. Esses medicamentos vão ter Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 7 impacto na progressão da doença, diminuindo mortalidade. Já os digitálicos não fazem nada com o sistema renina-angiotensina-aldosterona. HÁ TRÊS MECANISMOS DE AÇÃO DOS DIGITÁLICOS PARA MELHORAR SINTOMAS (EFEITOS DESEJADOS): 1. Bloqueio da bomba Na+/K+ ATPase (tira sódio e coloca potássio dentro da célula) no músculo cardíaco (ventrículo) PRINCIPAL MECANISMO CARDÍACO. Consequência direta: acúmulo de sódio dentro da célula cardíaca (membrana fica mais positiva). Consequência indireta: esse acumulo de sódio dentro da célula cardíaca faz com que o trocador unidirecional de sódio/cálcio que normalmente manda para fora 1 cálcio para entrar 2 sódios pare de funcionar. Não elimina o cálcio e o mesmo acumula no reticulo sarcoplasmático. Resultado: Chegando um potencial de ação no músculo cardíaco e, tendo mais cálcio para ser liberado na fase de platô do mesmo, haverá o aumento na força de contração do ventrículo (bomba predomina no ventrículo). 2. Estímulo vagal no Sistema Nervoso Central. O nervo vago (X) - inerva átrio, TGI – vai liberar ACh no nodo sinusal. A ACh tem receptores M2 (Gi e Go) nessa região que vão induzir a queda de cálcio no átrio, diminuindo a frequência cardíaca (FC) e melhorando o enchimento ventricular. OBS. O NERVO VAGO não atua só no átrio então, como efeito colateral do parassimpático, ele aumenta o peristaltismo, podendo dar cólicas, diarreia, náusea, vômitos (por aumento de acetilcolina no TGI). 3. Bloqueio da bomba Na+/K+ no túbulo contorcido proximal (menos importante): Esse foi o primeiro efeito do digitálico descoberto, em que se fazia infusão desse medicamento para tratar ascite (muitas pessoas morriam, pois o índice terapêutico dessa droga é muito pequeno). Essa ação diurética, reduz a reabsorção de sódio, o qual vai embora e leva a água junto. No entanto, Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 8 o digitálico sozinho tem uma ação diurética muito leve, não trata edema, mas ajuda a melhorar os fenômenos congestivos. CONCLUSÃO: Esses três efeitos fazem com que se diminua a morbidade, mas ainda permanece a progressão da doença, ou seja, a mortalidade não é reduzida. E o intuito do tratamento é fazer com que o paciente tenha uma vida mais longa, como que se não tivesse ICC. EFEITOS COLATERAIS (NÃO DESEJADOS): 1. INTOXICAÇÃO DIGITÁLICA: A intoxicação digitálica é muito fácil de acontecer, pois o índice terapêutico (é uma divisão entre a dose para matar/letal sobre a dose efetiva) dessas drogas é estreito. Quando tem muito cálcio no retículo, pode ocorrer um mecanismo de arritmia que chamamos de pós despolarização tardia (potencial de ação que interrompe a fase de repouso), causando arritmia ventricular que pode ser fatal. FASE 0: é a de despolarização rápida a partir da abertura de canal rápido de sódio e o potencial de membrana vai de -90mV a 20 mV. FASE 1: Como entrou muito sódio, há um extravasamento inicial de sódio e começa a repolarizar a membrana. Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 9 FASE 2: No entanto há um atraso nessa repolarização, já que ela depende da abertura de canal de potássio e da saída do potássio. O aumento da condutância ao cálcio e o atraso da abertura do canal de potássio gera esse platô. FASE 3: é o aumento da condutância ao potássio (abre canal de potássio), FASE 4: saindo potássio e fazendo com que o potencial de membrana retorne para o potencial de repouso **Se um indivíduo tomar muito digitálico e a dose sair da janela terapêutica, vai ter cálcio aumentado no platô. E se o cálcio aumenta demais no platô, vai acontecer a pós-despolarização tardia, ou seja, a interrupção da fase 4, que é a de repouso, devido a uma despolarização, gerando um novo potencial de ação antes da hora (imagem abaixo). A consequência disso é arritmia ventricular sustentada, a qual pode ser fatal. 2. NERVO VAGO (X): Nervo Vago não inerva somente o átrio, ele inerva também o TGI (ACh é irritante) que nesse caso poderá apresentar aumento de peristaltismo, cólicas, dores abdominais, náuseas, vomitos (emese) e diarreia. Acetilcolina aumentada atinge também a zona de gatilho, que é uma região cerebral desprovida de barreira hematoencefálica (facilitando a entrada de qualquer substância que está no sangue). Assim, ocorre emese em virtude tanto da ação no TGI, quando da ação na zona de gatilho. Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 10 A nível central, o excesso de ACh pode causar também: desorientação, alucinações (principalmente em idosos), distúrbios visuais (alterações na percepção de cores; escotomas – primeira queixa), podendo chegar a agitações e convulsões. Raramente ocorre ginecomastia (homens) e dores nas mamas (mulheres e homens). Isso acontece porque o anel esteroide na estrutura da digoxina é semelhante ao hormônio sexual feminino. **Existem quatro substâncias endógenas que induzem emese: Acetilcolina Histamina Dopamina Serotonina FATORES QUE PRÉ-DISPÕEM A INTOXICAÇÃO DIGITÁLICA: Na maioria das vezes, o indivíduo que está tratando com um digitálico, está tratando com um diurético também. Esse diurético pode ser: Tiazídico (hidroclorotiazida) ou de alça (Lasix/Furosemida). A Furosemida é o diurético mais eficiente que tem para mobilizar sódio e água, utilizado em casos de moderado a grave. O tiazídico mobiliza menos água e, por isso, possui eficiência de leve a moderada. Usado, por exemplo, para tratar um edema periférico. O tiazídico e o diurético de alça são espoliadores de potássio, isto é, fazem com que haja queda de potássio, sendo que a Furosemida faz perder mais potássio. Assim, se o paciente tem uma queda de potássio e está tratando com um digitálico, sabendo que o sítio de ação do digitálico é a bomba de Na+/K+ ATPase, para ligar na bomba, ele compete com o potássio. Quando a concentração de potássio do indivíduo cai, a ação dodigitálico aumenta, tendo mais digitálico bloqueando bomba. Isso favorece a intoxicação. (HIPOCALEMIA) Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 11 O tiazídico também aumenta cálcio, favorecendo também a intoxicação (arritmia, aumento da peristalse). (HIPERCALCEMIA) O magnésio e o cálcio são opositores fisiológicos, um bloqueia o efeito do outro, e isso quer dizer que, se o cálcio cair, o magnésio aumenta e vice-versa. Assim, a queda de magnésio provocada pelo diurético de alça que favorece os efeitos da intoxicação, pois menos magnésio = mais cálcio. (HIPOMAGNESEMIA) Desse modo, todo mundo que toma diurético pode ter alteração nessas concentrações iônicas (alteração eletrolítica), podendo favorecer ainda mais a intoxicação digitálica. SOLUÇÃO: Para minimizar o risco de intoxicação digitálica deve-se REGULAR OS ELETRÓLITOS no organismo. Ex. Diuréticos + poupadores de potássio. II.) CARDIOTÔNICOS OU IONOTRÓPICOS NÃO-DIGITÁLICOS (Sintéticas) Agonistas beta 1 adrenérgicos (Dopamina, Dobutamina e NOR) Inibidores de Fosfodiesterases (Amrinona Incor e Milrinona Primacor) 1. AGONISTAS β1 ADRENÉRGICOS MECANISMO DE AÇÃO: Agonistas ligam no receptor β1 no coração, ativando-o. A PTN-Gs se liga nesse receptor e estimula a adenilciclase que quebra ATP, formando AMPc que ativa a quinase que ABRE CANAIS DE CÁLCIO, aumentando o cálcio intracelular. EFEITOS: Inotropismo Positivo (aumenta força cardíaca) efeito desejado Cronotropismo Positvo (aumenta frequência cardíaca) efeito indesejado, pois atrapalha o enchimento ventricular. Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 12 USO: No quadro de ICC serão usados APENAS em EMERGÊNCIAS. Ex. Choque cardiogênico = força e frequência cardíacas estão diminuídas. a) DOPAMINA (Revivan): Ela é utiliza via endovenosa e pode ser administrada em três velocidades de infusão diferentes: baixa (dose baixa), intermediária (dose média) e alta (dose alta). Em farmacologia, quando a dose é baixa, o fármaco se liga ao receptor que é mais afim. Assim, na velocidade baixa, a dopamina vai se ligar em receptores dopaminérgicos (DA1 e DA2), nas arteríolas renais aferentes e eferentes, no mesentério e nas coronárias. Porém, nesse contexto, o efeito que vai importar é a vasodilatação renal. A vasodilatação da arteríolas aferentes e eferentes faz com que haja um aumento da filtração glomerular, melhorando a performance renal. Nessa velocidade baixa, usa-se a dopamina para restaurar a resposta diurética da Furosemida nos pacientes que ela não está fazendo efeito (insuficiência cardíaca refratária). O indivíduo está, nesse caso, com insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar, está usando Furosemida e ela não faz mais efeito. Assim, a dopamina vai auxiliar a Furosemida a chagar no seu sítio de ação que é a alça. Dose baixa EV (2 g/Kg/min) liga nos receptores DA1 e DA2 (vasodilatação coronariana, mesentérica e aumento do fluxo plasmático renal) Vasodilatação Renal ( AMPc que Cálcio). Quando a velocidade de infusão é intermediária, a droga vai perdendo a seletividade, atuando no receptores dopaminérgicos e β1 presente no ventrículo. A consequência de pegar beta 1 no ventrículo (inotropismo positivo) é o aumento de força cardíaca. Doses intermediárias (2 a 5 g/Kg/min) receptores 1 (inotropismo +) E, na dose alta, além de pegar receptores dopaminérgicos, β1 adrenérigico (agora no átrio também), vai pegar α1 e α2 também, que está presente nos vasos periféricos (visceral, pele e Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 13 mucosa). Com isso, ocorre vasoconstrição, aumento de resistência periférica (RP) e consequente aumento de pressão arterial (PA). Doses altas (5 a 10 g/Kg/min) receptores 1(inotropismo e cronotropismo +) receptores 1 nos vasos sg de vísceras, pele e mucosas Vasoconstrição RP PA OBS. Choque cardiogênico acontece nas primeiras horas depois do infarto agudo do miocárdio, coração está parando, tendo presença de anúria ou oligúria (diminuição da função renal), e o paciente está com a pressão muito baixa (necessidade de um vasopressor). A dopamina vai melhorar a função renal pela vasodilatação das arteríolas aferentes e eferentes, aumentar o desempenho cardíaco e aumentar a pressão do paciente. Vantagens da Dopamina: 1. Melhora a performance renal pela vasodilatação das arteríolas aferentes e eferentes. 2. Aumenta a força do coração por estimular β1; 3. Estimula α1 em vasos aumentando a resistência periférica; b) DOBUTAMINA (Dobutrex): A Dobutamina na mesma dose (5 a 10 g/Kg/min) estimula α1, β2 e β1. 1 (inotropismo +) 1 nos vasos de vísceras, pele e mucosas Vasoconstrição. 2 nos vasos musculares, coronariano, cerebral Vasodilatação. Dobutamina não é um vasopressor, pois ela estimula Alfa 1 e Beta 2, ou seja, um contrabalanceia o efeito do outro. Quando ela produz uma pequena alteração (muito pequena), causa a queda dessa resistência, e não o aumento dela, podendo causar uma ligeira queda de PA (insignificante). Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 14 A vasoconstrição (α1) e a vasodilatação (β2) simultaneas irá equilibrar a resistência periférica da maioria dos pacientes. Quando há alteração ocorre uma ligeira queda de P.A. A vasodilatação é boa para quem tem ICC, no sentido de que irá desviar sangue do pulmão quando há congestão pulmonar, então a Dobutamina também pode ser usada nesse quadro se a P.A não estiver baixa/indetectável. Muitas vezes no choque cardiogênico se associa a Dobutamina e a Dopamina, isso porque o efeito da Dopamina é de melhorar a perfusão renal, que seria muito desejado. E o efeito cardíaco da Dobutamina é bem característico do aumento de força. CONCLUSÃO: Se houver uma falência cardíaca sem hipotensão usa-se Dobutamina, se há hipotensão a droga e escolha é a Dopamina ou Noradrenalina. 2. INIBIDORES DE FOSFODIESTERASE MECANISMO DE AÇÃO: Agonistas bloqueiam a fosfodiesterase, impedindo a degradação de AMPc. EFEITOS: SIMILARES A DEBUTAMINA Inotropismo positivo Aumenta ao mesmo tempo ou não altera a resistência periférica total. USO: No quadro de ICC grave e refratária serão usados APENAS em EMERGÊNCIAS. Ex. Choque cardiogênico = força e frequência cardíacas estão diminuídas. Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 15 Aumento de AMPc no coração é ação inotrópica e no músculo liso vascular é vasodilatadora periférica. A Milrinona mais potente significa que a dose é menor, o seu uso é endovenoso, usado em ICC grave e refratária. O quer dizer estar refratário? Quando o paciente está refratário ao medicamento que é primeira linha associado a digitálicos e diuréticos, quer dizer que ele não está respondendo ao tratamento, ou seja, precisa tirar o indivíduo dessa crise, e muitas vezes pode se usar o inibidor de fosfodiesterase para isso, nesse paciente com ICC grave e refratária. É usado como fármaco adicional, isso quer dizer, a curto prazo, porque o problema de se usar um inibidor de fosfodiesterase a longo prazo seria o mesmo problema da Dobutamina, eles aumentam a mortalidade, o uso crônico aumenta a mortalidade. III.) DIURÉTICOS Na insuficiência cardíaca congestiva, são usados três diuréticos: Diurético DE ALÇA: Furosemida (principal); Bumetanida; Ácido Etacrinico. Diurético TIAZÍDICO: Hidroclorotiazida; Clortalidona; Clorotiazida; Indapamina. Diurético POUPADOR DE POTÁSSIO: Antagonistasdo canal de sódio (Amilorida e Triantereno). Antagonistas do receptor de Aldosterona (Espirinolactona e Epleronona). Mecanismo de ação dessas drogas: Imaginando um glomérulo renal, arteríolas aferentes e eferentes, vencendo a resistência e fazendo pressão que culmina na filtração glomerular, túbulo contorcido proximal (com o segmento S1 e S2), alça de Henle porção descendente, porção ascendente espessa, túbulo contorcido distal, túbulo coletor. Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 16 Qual seria o mecanismo de ação de um diurético? Um diurético normalmente ele impede o sódio de ser reabsorvido, ele faz o sódio ser eliminado, ai nesse caso a água por osmose vai junto. O diurético quanto mais eficiente ele for, mais sódio ele consegue mandar embora, e mais água vai junto. Ao redor dos Rins conseguimos filtrar por dia uma pessoa que pesa 70kg, filtra mais ou menos 180 L de plasma por dia, desses 180 L a maior parte é reabsorvida, essa pessoa urina em torno de 1,5L, ou seja, de 180 a 1,5L dá menos de 1% eliminado, mais que 99% do ultrafiltrado é reabsorvido, e essa reabsorção é proporcional em cada segmento também do íon sódio. Quanto mais vai caminhando pelo túbulo vai diminuindo a reabsorção. Em cada reabsorção há um co- transporte que faz esse sódio voltar. Como os diuréticos irão atuar na Alça, no Túbulo Distal e no Túbulo Coletor, vamos fixar o estudo para esses locais. 1. ALÇA DE HENLE (porção espessa ascendente): É reabsorvido em torno de 25% a 40% do ultrafiltrado, nesse local existe um co- transporte de Na+/K+/Cl-, que faz com que o sódio volte para o sangue (ao invés de ir Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 17 embora com a urina) e o mecanismo responsável por essa volta é esse co-transportador (não cria gradiente elétrico). Os diuréticos de ALÇA (Furosemida – protótipo), bloqueiam esse co-transporte de sódio/potássio/cloreto, assim 25% - 40% de sódio vão para urina juntamente com muita água. Esses diuréticos são os mais eficazes usados em casos de edema pulmonar. Obs. Co-transporte se refere ao fato de os íons irem todos para um mesmo lado. Na alça, há um co-transporte de 1 sódio, 1 potássio e 2 cloretos. Quando ele funciona, não há a formação de um gradiente elétrico, pois ele faz a reabsorção de dois íons positivos e dois íons negativos, tendo uma consequente neutralização. 2. TÚBULO CONTORCIDO DISTAL É reabsorvido até 10% do sódio filtrado no glomérulo pelo co-transporte de sódio/cloreto (não cria gradiente elétrico), se bloquear esse mecanismo de reabsorção teremos esses 10% de sódio indo embora pela urina e carreando água. Os diuréticos Tiazídicos atuam nesse local e têm uma eficiência de leve a moderada (fenômeno congestivo – Edema Periférico) Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 18 3. TÚBULO COLETOR O sódio será reabsorvido por um canal de sódio operado por voltagem, esse canal de sódio irá reabsorver APENAS sódio, ele cria gradiente elétrico entre sangue e urina, isso ocorre porque quando ele reabsorve ele está reabsorvendo apenas sódio (volta para o sangue). Esse canal reabsorve cerca de 2% a 5% de sódio, quando isso funciona cria gradiente elétrico entre sangue (positivo) e urina (negativo). Como que se mantém o gradiente normal? Vaza um íon positivo (potássio) do sangue para a urina. Isso ocorre toda vez que o sódio é reabsorvido nesse local para manter o gradiente. Além desse canal existe também os famosos receptores de Aldosterona, como consequência disso ela promove a reabsorção de sódio nesse local, nesse caso quando reabsorve sódio nesse local, vaza mais potássio para a urina. 4. DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO: Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 19 Atuam no Túbulo Coletor onde ocorre a reabsorção de Sódio pelo canal de Sódio operados por voltagem. Os diuréticos poupadores de potássio irão atuar de duas formas: Como que os diuréticos poupadores de Potássio vão atuar? 1. Antagonistas do canal de sódio operado por voltagem (Amilorida e Triantereno): Bloqueiam diretamente esse canal de sódio, impedindo o sódio de ser reabsorvido, se o sódio não é reabsorvido ele vai para a urina transportando água, a eficiência diurética é muito pequena, não dá para aliviar fenômenos congestivos nenhum. Em contrapartida, se ele não reabsorve sódio, não existe gradiente elétrico, não vai vazar Potássio para a urina – por isso o nome de poupadores de potássio. 2. Antagonistas do receptor de Aldosterona (Espirinolactona e Epleronona): Bloqueam o receptor da Aldosterona, desse modo, não há reabsorção de sódio e nem a eliminação de Potássio acoplado. Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 20 Obs. Poupadores de Potássio geralmente se usa junto com os Tiazídicos e junto com os de Alça porque os dois podem dar Hipocalemia como efeito colateral, e esse poupador de potássio irá corrigir essa Hipocalemia. IMPORTANTE A eficiência diurética dos poupadores de potássio é muito pequena!!!! Essas drogas não aliviam nem os sintomas leves, elas existem para serem usados associados aos Tiazídicos e aos de Alça, aumentando a eficiência deles e diminuir o efeito colateral da Hipocalemia que eles podem dar. O que o Antagonista de Aldosterona irá fazer nos casos de ICC? Bloquear o receptor de Aldosterona e impedir a remodelagem de acontecer, então nesse caso não estará sendo usada como diurético, vai ser usada para bloquear o sistema Renina- Angiotensina-Aldosterona (SRAA) para evitar a progressão da doença, diminuindo a mortalidade. Ele irá diminuir Fibrose e consequentemente a progressão da doença. Essa seria a primeira linha para evitar a remodelagem, diminuindo a mortalidade do paciente – lembrando que não é o medicamento mais importante, mas é o primeiro que estamos vendo. Antagonista de Aldosterona pode ser usado: Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 21 Associados a Tiazídicos e com os de Alça para aumentar a eficiência e normalizar o Potássio; Pode ser usado não como diurético, e sim como para bloquear o sistema-renina- angiotensina já no grau B, para diminuir a mortalidade Na ICC essas drogas terão outras atividades clínicas, o indivíduo não precisar estar com sintomas, vamos dividir em graus A, B, C, D. Na classe A nem existe insuficiência cardíaca (ele possui apenas pré-disposição a ser portador, exemplo um tabagista, diabético), na classe B é o paciente que tem insuficiência cardíaca assintomática (nesse caso ele não irá usar diuréticos, mas como ele já tem a ICC deve-se usar drogas que diminuem a mortalidade dele) – ai nessa classe já entra no antagonista de Aldosterona. EFEITOS COLATERAIS DOS DIURÉTICOS DE ALÇA: 1- Queda de Sódio (HIPONAMETRIA) 2- Queda de Potássio (HIPOCALEMIA) ** Quanto mais sódio chegar no Túbulo coletor, mais Na+ reabsorvido pelo canal de sódio operado por voltagem, criando um gradiente elétrico entre urina e sangue. Para manter esse gradiente neutro vaza Potássio do sangue para a urina. Portanto, é o aumento no aporte (chegada) de Sódio lá no Túbulo Coletor que faz extravasar Potássio para a urina, o ai o indivíduo pode ter Hipocalemia (mais acentuada com o uso diurético de Alça). 3- Queda de Magnésio (HIPOMAGNESEMIA) 4- Quedade Cálcio (HIPOCALCEMIA) **A Hipocalcemia nesse caso não é tão significativa porque no segmento posterior, ou seja, no Túbulo Distal existe mecanismos ativos de reabsorção de Cálcio, então apesar de depletar Cálcio na Alça, no Túbulo Distal ele volta. Quais seriam os sintomas da Hipocalemia acentuada? Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 22 Câimbra Fraqueza muscular Alterações cardíacas. O que irá ocorrer se houver o bloqueio do canal de Sódio? Nesse caso seria o diurético poupador de Potássio, que vai impedir o Sódio de ser reabsorvido, o Sódio vai ficar na urina, se impede o Sódio de ser reabsorvido irá criar um gradiente elétrico e não vaza Potássio para a urina. Então, existe um leve efeito diurético e aumenta Potássio no sangue. Uma alternativa para quem está com Hipocalemia é usar esse poupador de Potássio. EFEITOS COLATERAIS DOS TIAZÍDICOS: 1- HIPERCALCEMIA (aumenta cácio): quando bloqueia o co-transporte o sódio diminui, quando o sódio diminui, o trocador tende a trabalhar mais e aumenta a reabsorção de cálcio. Quem faz o uso crônico de corticoides precisa usar diurético para aumentar o Cálcio e evitar Osteoporose, os Tiazídicos é um dos medicamentos usados para evitar Osteoporose, porque aumenta a reabsorção de cálcio. Os tiazídicos são muito usados para quem possui NEFROLITÍASE (cálculo renal). 2- HIPONATREMIA (diminui sódio): bloqueia a reabsorção de Sódio. 3- HIPOCALEMIA (diminui potássio): pode acontecer porque está bloqueando a reabsorção de sódio no túbulo distal, esse sódio caminha para o túbulo coletor, aumenta o aporte de sódio ali, com isso mais sódio será reabsorvido pelo canal de sódio operado por voltagem, criando voltagem elétrica. EFEITOS COLATERAIS DOS POUPADORES DE POTÁSSIO: HIPERCALEMIA (aumenta o potássio) Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 23 ** Em um paciente normal é muito irrisório que não causa efeito algum. No entanto em um paciente com insuficiência renal crônica, esse aumento de Potássio pode ser letal, nesse caso ele vai ter que usar outros vasodilatadores que não alteram o SRAA. ** Tudo em Farmacologia é risco benefício – Nesse caso, poderia ser usado por exemplo a HIDRALAZINA (vasodilatador arteriolar). NOTA: Esses íons (Cálcio, Magnésio, Potássio) podem, dependendo da concentração, FAVORECER a intoxicação digitálica - tudo é risco benefício. Pode sim se usar Diuréticos com Digitálicos, porém devido o desbalanço eletrolítico causado pelos diuréticos deve - se sempre estar de olho nesses íons, pois se diurético causa a queda de Potássio e favorecendo o digitálico a liga-se mais no sitio do potássio e bloquear a bomba. Além de causar hipocalemia, o efeito do digitálico fica exacerbado e causando a intoxicação digitálica. IV.) IECA – INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA Captopril (6/6 hrs ou 8/8 hrs) Enalapril (1 x por dia) Ramipril (diabéticos) Lisinopril Fosinopril Cilazapril Trandolapril Fisinopril Mecanismo de ação da ECA: Ela transforma a Angiotensina I em Angiotensina II e degrada a Bradicinina em uma substância inativa. MECANISMO DE AÇÃO DO IECA: Inibe a transformação de Angiotensina I em Angiotensina II a degradação de bradicinina ( bradicinina e Angio II). São gratuitos na rede pública. A diferença entre eles é a farmacocinética, e não a farmacodinâmica Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 24 Em vasos sanguíneos a Angiotensina II possui receptores para ela chamado de AT1 (acoplado a Gq), quando esse receptor é estimulado pela Angiotensina II forma IP3, DAG, Cálcio, promovendo a vasoconstrição em artérias e veias. Com a diminuição de Angiotensina II devido ao IECA o efeito será a VASODILATAÇÃO. A Bradicinina que também está sendo acumulada, ela também promove efeitos em vasos (no endotélio), ela estimula receptores nesse local liberando NO pelo endotélio, que nesse caso também teria o efeito vasodilatador. Nesse caso, sobre efeito do IECA as duas substâncias ( bradicinina e Angio II) vão causar a VASODILATAÇÃO MISTA DE ARTÉRIAS E VEIAS ( pré-carga e pós-carga). Dilatando veia, chega menos sangue para o ventrículo bombear e, dilatando artéria, o coração bombeia sangue contra um regime de pressão menor. Desse modo, a performance cardíaca melhora. Eles não são cardiotônicos, não aumentando diretamente a força de contração do coração. Porém, eles melhoram significativamente o desempenho cardíaco por meio da dilatação de artéria e veia, diminuindo a morbidade. Além disso, menos angiotensina II, a qual é um estímulo para o córtex da suprarrenal (presença de receptor AT1), ocorre uma diminuição de aldosterona. Se reduz aldosterona, vai haver uma leve ação diurética, já que a aldosterona promove retenção de sódio e eliminação de potássio, e também vai ocorrer diminuição da remodelagem cardíaca, fazendo com que diminua também a mortalidade do paciente. Assim, são drogas de primeira linha utilizadas na insuficiência cardíaca, as quais diminuem morbidade e mortalidade. Desde o grau B, em que o paciente não apresenta sintoma nenhum, já é utilizado para diminuir a mortalidade do paciente. OS EFEITOS COLATERAIS MAIS PROEMINENTES DO IECA: Porém existe um paciente que não vai poder usar esse IECA, isso porque quando diminui a Aldosterona desse indivíduo, acaba aumentando o Potássio, esse aumento de Potássio em um paciente normal é muito irrisório que não causa efeito algum. No entanto em um paciente com INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA, esse aumento de Potássio pode ser letal, nesse caso ele vai ter que usar outros vasodilatadores que não alteram o SRAA como, por exemplo a HIDRALAZINA (vasodilatador arteriolar). Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 25 Em diabéticos a droga dessa classe mais usada é o RAMIPRIL, qualquer inibidor de ECA é muito bem- vindo no diabético, eles são muito bem-vindos porque o diabético se ele está descontrolado por exemplo ele vai tendo perda de função renal. O uso de IECA nesse caso é para EVITAR a perda da função renal. Fala-se que IECA por diminuir fibrose, não só do coração, mas de outros órgãos alvos também, ele acaba protegendo o órgão alvo do diabético (coração, cérebro, rins), ele previne a aterosclerose desse paciente – então ele é bem-vindo no diabético. Diabético com uma perda de função renal pequena o IECA irá prevenir e melhorar o quadro. Diabético com insuficiência renal crônica não se pode usar, porque o aumento de Potássio nesse paciente pode ser perigoso. Enalapril é um protetor renal, ele só não pode ser usado quando esse indivíduo já está com perda total dessa função renal!! EFEITOS COLATERAIS DO IECA: TOSSE INCOMODATIVA NOTURNA: Impede o indivíduo (principalmente mulheres) até de dormir; Ocorre em 15-20% dos pacientes; MECANISMO: ocorre devido ao acúmulo de bradicinina que faz com que, no pulmão, seja liberada substância P que faz a desgranulação de mastócitos e aumenta histamina que sensibiliza as terminações nervosas brônquicas responsáveis pela tosse. É o efeito mais prevalecente. HIPERCALEMIA (aumento de Potássio): Essa Hipercalemia é perigosa se esse paciente, concomitantemente, estiver usando medicamento que aumente mais ainda esse Potássio. Ex. Espironolactona (antagonista de Aldosterona). Para contornar esse problema se dá metade da dose do antagonista de Aldosterona (deve-se ajustar a dose). Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 26 ALTERAÇÃO NO PALADAR: alguns pacientes reclamam que deixam de sentir gosto, mas isso é bem raro. ANGIOEDEMA: isso seria edemas em algumas mucosas, inchaço perto do olho, boca, extremidades, e isso seria sinal de Histamina aumentada e que pode gerar uma reação anafilática. Nesse caso se faz a troca do medicamento. PROTEINÚRIA (excesso de PTN na urina): isso é bem raro. Em regra os IECA fazem os rins funcionarem melhor, não deveria dar proteinúria. Porém casos, já foram relatados. NOTA: Quem possui ação trófica no músculo cardíaco é Angiotensina II, Aldosterona estimulando produção de Fibroblasto, então vai diminuir essa ação trófica do coração. V.) BLOQUEADORES DE RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II (BRA) Losartana (única gratuita). Valsartana Irbesartana Candesartana A única que está em domínio público e é gratuita para o paciente é a losartana, a qual é antagonista de receptor de angiotensina II (AT1), o que está presente em vasos e no córtex da suprarrenal. Assim, apresenta os mesmos benefícios de IECA, mas não há o acúmulo de bradicinina. Ocorre, portanto, vasodilatação arteriolar e venosa, diminuindo pós e pré- carga, respectivamente, e melhorando a performance cardíaca. Bloqueando AT1 no córtex da suprarrenal, produz menos aldosterona, resultando em efeito diurético leve e na não remodelagem cardíaca. São droga que, assim como o IECA, são muito bem toleradas, com poucos efeitos colaterais e primeira linha para tratamento de insuficiência cardíaca. Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 27 *Qual é melhor: IECA ou bloqueadores de receptores de angiotensina II? É variável para cada tipo de paciente. O IECA é mais velho e, quanto mais antiga é uma droga, mais segura ela é, devido ao maior tempo de uso. Os BRAs também estão mostrando ser seguros, mas o tempo de uso é menor. Os dois são primeira linha para tratamento de insuficiência cardíaca congestiva desde o grau B, diminuindo morbidade e mortalidade. Mecanismo de ação dos BRA: diferentes dos IECA, não se altera as quantidades de Bradicinina e nem de Angiotensina II, nessa classe há o bloqueio do receptor, nesse caso a Angiotensina II é formada só que ela não consegue atuar no receptor, isso ocorre em vasos e na supra renal – isso leva a vasodilatação também, melhorando a performance do coração por diminuir pré e pós carga, e menos Aldosterona, então os benefícios são os mesmos. EFEITOS COLATERAIS DOS BRA: 1. Hipercalemia. 2. Contraindicado na insuficiência renal crônica. 3. Angioedema. 4. Cefaléia. 5. Distúrbios gastrointestinais. DIFERENÇA ENTRE BRA X IECA **Com BRA o indivíduo não terá acumulo de Bradicinina, então a probabilidade de causar aquela tosse incomodativa (que tinha nos IECA) é irrisória, nesse caso é o medicamento de escolha e até mesmo de troca para aquele indivíduo que está apresentando tosse; VI.) AGENTES VASODILATADORES As classes que falamos até agora também são vasodilatadores mistos (artéria e veia), acontece que os livros colocam como vasodilatadores aqueles medicamentos que tem como mecanismo Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 28 de ação ou fazer no endotélio o NO ou abrir canal de Potássio; Então agora vamos ver a classe que fazem esse mecanismo de ação. Vasodilatadores Venosos ( pré-carga): Nitratos – Nitroglicerina (é um nitrato) Vasodilatadores Mistos ( pré-carga e pós-carga): Nitroprussiato de Sódio Vasodilatadores Arteriolar ( pós-carga): Minoxidil Hidralazina 1. VASODILATADORES VENOSOS ( PRÉ-CARGA): Nos venosos temos um Nitrato que é a Nitroglicerina, esse Nitrato tem um NO3 (3 oxigênio e 1 nitrogênio) na molécula, eles são doadores de NO, essa substância ela não vai lá no endotélio interage com ele e faz liberar NO, essa substância a própria molécula de Nitrato tem contida lá dentro NO, então eles são doadores de NO. Porém para doar esse NO tem que haver uma reação química no organismo, o Nitrato então ele interage com um agrupamento chamado de Sulfidrila que temos em vários tecidos, quando interage com essa Sulfidrila existe uma reação química e há a doação desse NO, o pré requisito para que isso ocorra é a Sulfidrila. NITRATO + SULFIDRILA (presente nos tecidos) = DOAÇÃO DE NO. 1.1 MECANISMO DE ACÃO DA NITROCLICERINA: A partir do momento que é Nitrato doar NO, o receptor de NO é uma enzima chamado de Guanilato Ciclase (o NO vai doar seu NO e estimula a Guanilato Ciclase), essa Guanilato Ciclase Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 29 transforma o GTP em GMPc que ativa quinase G que o Cálcio intracelular, promovendo a VASODILATAÇÃO VENOSA. 1.2 USO: Paciente que está infartando por isquemia miocárdica. Nessa situação, ele usa nitroglicerina endovenosa, a qual é um nitrato que dilata preferencialmente veias. Por que que a Nitroglicerina melhora a perfusão no músculo cardíaco? Ela dilata preferencialmente veias, nesse caso diminui a pré-carga, ou seja, diminui a quantidade de sangue que está chegando no coração, a pressão diastólica então diminui. Quando a pressão diastólica reduz as áreas coronarianas que estão menos irrigadas, acabam melhorando também. 2. VASODILATADORES MISTOS ( PRÉ-CARGA E PÓS-CARGA): Esse Nitroprussiato de Sódio (Nipride) também é um Nitrato também só que diferente, pois é o único que é VASODILATADOR MISTO, ele irá fazer o mesmo mecanismo, ele irá interagir com a Sulfidrila e vai doar NO. Só que esse NO doado por ele, ele irá fazer ativação da Guanilato Ciclase em artérias e veias, ai nesse caso a vasodilatação é mista. Haverá diminuição da pré e pós carga. NITRATO + SULFIDRILA (presente nos tecidos) = DOAÇÃO DE NO. 2.1 MECANISMO DE ACÃO DO NITROPRUSSIATO DE SÓDIO: A partir do momento que é Nitrato doar NO, o receptor de NO é uma enzima chamado de Guanilato Ciclase (o NO vai doar seu NO e estimula a Guanilato Ciclase), essa Guanilato Ciclase transforma o GTP em GMPc que ativa quinase G que o Cálcio intracelular, promovendo a VASODILATAÇÃO MISTA. 2.2 USO: Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 30 É ministrado por infusão venosa contínua e utilizado em EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS nas quais é vital abaixar a P.A imediatamente. Hipertensão arterial sistêmica grave Hipertensão pulmonar Insuficiência mitral ou aórtica aguda 3. VASODILATADORES ARTERIOLAR ( PÓS-CARGA): Ambos (Hidralazina e Minoxidil) fazem uma VASODILATAÇÃO RENAL PRONUNCIADA, são de escolhas Via Oral, porém os dois medicamentos possuem Via Endovenosa também. NOTA: As drogas usadas como primeira linha são os BRA e os IECA como vasodilatadores, a exceção de se usar esses medicamentos é o indivíduo com perda da função renal pela hipercalemia, ai nesse caso se usa cronicamente a Hidralazina ou Minoxidil. 3.1 MECANISMO DE AÇÃO DA HIDRALIZINA: A Hidralazina (não é Nitrato mais), possui dois mecanismos de ação: (a) Faz o endotélio vascular liberar NO que estimula a Guanilato Ciclase, essa Guanilato Ciclase transforma o GTP em GMPc que ativa quinase G que o Cálcio intracelular, promovendo a VASODILATAÇÃO ARTERIOLAR. (b) Receptor ativado se liga a PTN-Go (sai GDP entra GTP) que abre canais de Potássio, sai potássio, a célula hiperpolariza, causa o fechamento dos VOC´s, diminui o cálcio intracelular que promove a VASODILATAÇÃO ARTERIOLAR 3.2 MECANISMO DE AÇÃO DA MINOXIDIL: Receptor ativado se liga a PTN-Go (sai GDP entra GTP) que abre canais de Potássio, sai potássio, a célula hiperpolariza, causa o fechamentodos VOC´s, diminui o cálcio intracelular que promove a VASODILATAÇÃO ARTERIOLAR. Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 31 Quando diminui a pós carga melhora a performance do coração também, o coração consegue bombear contra um regime de pressão menor. A Hidralazina e o Minoxidil eles são os medicamentos de escolha, usados Via Oral cronicamente para quem tem insuficiência renal e não pode usar os BRA e nem os IECA, ou seja, não se pode usar nenhum que bloqueie o sistema SRAA. A Hidralazina e o Minoxidil diminuem a morbidade porque melhoram a performance do coração (diminui sintomas), porém eles NÃO diminuem mortalidade. VII.) BETABLOQUEADORES METOPROLOL (antagonista β1 seletivo) CARVEDILOL (antagonista β1 não-seletivo): diminui pré e pós carga (arteriolar e venosa) – bloqueia β1 e α1 (em vasos) BISOPROLOL (antagonista β1 seletivo) NEBIVOLOL (antagonista β1 não-seletivo): também faz aumento de NO (vasodilatasor) O Carvedilol e o Nebivolol tem mecanismos adicionais ao bloqueio Beta 1 e isso faz eles serem mais eficientes na ICC. Acreditava-se que não poderia usar β-bloqueadores para tratar ICC, já que β1 nos ventrículos seriam bloqueados, impedindo o estimulo de NOR e ADR, causando em força de contração cardíaca em um paciente com o coração já debilitado. Depois de alguns anos, os β-bloqueadores foram prescritos para pacientes com ICC e observou- se que na primeira semana o quadro piorava, mas depois na 2 -3 semanas o paciente apresentava uma melhora significativa superior em relação ao tratamento com IECA e BRA. MECANISMO DE AÇÃO: Quando o antagonista está ligado cronicamente no receptor, o mesmo não é estimulado ai o organismo para compensar faz um UP-REGULATION, aumentando a quantidade de receptores Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 32 β1, gera uma supraexpressão desses receptores, que consequentemente, induz a melhora e aumento da contratilidade cardíaca. No caso dos β-Bloqueadores eles fazem o que chamamos de REMODELAGEM NEGATIVA, diminuem o tamanho, diminuem a fibrose (mas não se sabe o mecanismo). Obs. BRA e o IECA não diminuem o tamanho do coração, eles apenas estabilizam, fazem a fibrose se manter. Onde que eles bloqueiam o SRAA para fazer essa Remodelagem Negativa? Fazendo o bloqueio de Beta 1 nas células justaglomerulares renais, diminui liberação de Renina. São também contraindicados para pacientes com insuficiência renal crônica? SIM!!!! Existe duas considerações que devem ser feitas: (1) No início do tratamento (dose subterapêutica) e no final da 1ª ou 2ª semana já consegue atingir a dose terapêutica. (2) A segunda consideração é que não se pode iniciar o tratamento com β-Bloqueador num quadro de ICC DESCOMPENSADO (grau D). Se esse paciente já for usuário de β- Bloqueador não precisa suspender, porém não se pode começar o tratamento com esse paciente que está com o coração parando. Por que não se pode dar Beta Bloqueador para o paciente descompensado? Porque essa piora que ocorre no início do tratamento pode ser fatal para esse paciente. CONCLUSÃO: Os β-Bloqueadores podem ser usados nos graus B, C, D (se já for usuário). Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 33 Fora essas duas considerações acima, os Β-BLOQUEADORES SÃO PRIMEIRA LINHA. Eles são considerados iguais ou até superiores aos IECA e aos BRA. Eles diminuem a Mortalidade e a Morbidade. TODOS OS MEDICAMENTOS QUE BLOQUEIAM O SRAA TEM COMO EFEITO COLATERAL A HIPERCALEMIA. No paciente com insuficiência renal não tem como ele liberar esse Potássio, o Potássio vai acumulando.Se chegar a bloquear um pouco de Beta 2 (dependendo da dose), poderemos ter alguns efeitos colaterais: Cansaço na hora do exercício: porque está impedindo a adrenalina de estimular o Beta 2 ali e fazer vasodilatação muscular. A chance disso acontecer É MUITO BAIXA porque nenhum bloqueia Beta 2 de forma significativa. Qual é a vantagem do Carvedilol e do Nebivolol? Diminuem pós carga, melhorando a performance. Uma queixa que ocorre em alguns dos pacientes que usam β-bloqueadores, é a impotência de homens. **O Nebivolol como ele tem esse adentro de doar NO, e o NO é afrodisíaco ele gera uma menor chance de impotência sexual masculina. Então quando o paciente possui essa queixa de impotência, o Nebivolol é uma droga bem-vinda. EFEITOS COLATERAIS DOS β-BLOQUEADORES: (a) Hipercalemia (b) Contraindicado para o insuficiente renal crônico BRA, β-Bloqueador e IECA SÃO OS MEDICAMENTOS DE PRIMEIRA LINHA NO TRATAMENTO DE ICC, porque eles diminuem a Mortalidade e a Morbidade. Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 34 Estágios da ICC crônica no Adulto TRATAMENTO: Estágio A: Nesse caso se trata a doença base que ele apresenta (HAS, Diabetes). Estágio B: Possui as alterações estruturais e funcionais, porém ele ainda está compensado. Nesse caso como ele ainda não tem sintomas, deve tratar com β-Bloqueador ou IECA ou BRA ou Antagonista de Aldosterona (uma dessas quatro drogas que vão impedir a remodelagem de progredir e da doença progredir – diminuem a mortalidade), nesse caso não precisa de diuréticos porque ele não apresenta sintomas. Estágio C: Paciente pode estar sem sintomas porque ele está sob um tratamento com IECA ou BRA ou Antagonista de Aldosterona ou Beta Bloqueador. Nesse caso ele já vai estar usando um desses medicamentos, se mesmo assim ele estiver apresentando sintomas, devo acrescer um Claire Rodrigues da Cunha Heinerich N1 – Farmacologia 5ºperíodo 35 diurético ou a Digoxina (Digitálico) – O diurético e os digitálicos devem ser associados quando já está sendo usado um medicamento e mesmo assim está apresentando sintomas. O diurético a ser usado depende do grau de congestão, se o grau de congestão for leve a moderado se usa os Tiazídicos, se for uma congestão grave se usa os de Alça. Estágio D: Nesse caso ele está tomando um daqueles de primeira linha, ele está tomando diurético e Digoxina, e mesmo assim ele ainda está descompensado, nesse caso para tirar ele dessa crise deve-se usar mais vasodilatadores. Vamos supor que esse paciente descompensado esteja com um choque cardiogênico, nesse caso quem será usado será a Dobutamina, Dopamina (usada para aumentar P.A), muitas vezes associadas as duas. Se o paciente tiver uma hipertensão pulmonar nesse caso o Nitroprussiato de Sódio. Se o paciente tiver infartando se usa a Nitroglicerina endovenosa - tudo vai depender da descompensação do paciente.
Compartilhar