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Glicólise e Fermentação Professora: Fernanda Patti Nakamoto Bioquímica Via Glicolítica • Maneira pela qual a glicose, frutose e galactose são degradadas pelos organismos vivos, com o principal propósito de liberar energia. • Via citoplasmática • Pode funcionar tanto na presença de oxigênio quanto na sua ausência Via Glicolítica Glicólise Aeróbia Degradação de glicose com consumo de O2 Glicólise Anaeróbia Degradação de glicose sem presença de O2 Produto: piruvato (ácido pirúvico), que deve ser trasportado para dentro da mitocôndria para completa oxidação a CO2 e H2O pelo Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória. Produto final: lactato (ácido lático) em animais superiores e algumas bactérias. Fermentação Lática Via Glicolítica – Fase Preparatória A sequência de reações até a formação de piruvato é igual tanto na presença quanto na ausência de oxigênio Etapa I: Ativação da glicose • Reação Irreversível* • Enzimas: Hexoquinase (tecido muscular)* Glicoquinase (tecido hepático) • Consumo de 1 ATP Etapa II: Conversão da glicose-6-fosfato em frutose-6-fosfato Via Glicolítica – Fase Preparatória • Reação Reversível • Enzima: Fosfoexose IsomeraseFosfoexose Isomerase Etapa III: Fosforilação da frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato • Reação Irreversível* • Enzima: Fosfofrutoquinase 1 Via Glicolítica – Fase Preparatória (PFK-1)* Enzima reguladora da via: Atividade aumentada pela ↓ [ATP] ou excesso dos produtos de sua hidrólise Etapa IV: Clivagem da frutose-1,6-bifosfato • Reação Reversível • Enzima: (Frutose-1,6-bifosfato) Aldolase Via Glicolítica – Fase Preparatória Aldolase (cetose) (aldose) Etapa V: Interconversão entre Diidroxiacetona fosfato e Gliceraldeído- 3-fosfato Via Glicolítica – Fase Preparatória • Reação Reversível • Enzima: Triose fosfato isomerase Apenas o gliceraldeído-3-fosfato pode ser diretamente degradado nas reações subsequentes da via Toda a fase de pagamento da via glicolítica acontece de forma duplicada, uma vez que a molécula de glicose deu origem a duas trioses, que seguem o mesmo caminho Via Glicolítica – Fase de Pagamento Etapa VI: Oxidação do Gliceraldeído-3-fosfato em 1,3-bifosfoglicerato • Reação Reversível • Enzima: Gliceraldeído-3- fosfato desidrogenase (NAD+ dependente) • Reação Reversível Via Glicolítica – Fase de Pagamento Etapa VII: Transferência do fosfato do 1,3 Bifosfoglicerato para o ADP • Reação Reversível • Enzima: Fosfoglicerato quinase (catalisa nas duas direções) • Formação de 1 ATP Via Glicolítica – Fase de Pagamento Etapas VI e VII: Processo acoplador de transferência de energia • Reação Reversível • Fosforilação em nível do substrato • Intermediário comum: 1,3-bifosfoglicerato Via Glicolítica – Fase de Pagamento Etapa VIII: Conversão do 3-fosfoglicerato em 2-fosfoglicerato • Reação Reversível • Enzima: Fosfoglicerato mutase • Aumento do potencial de transferência de fosfato Via Glicolítica – Fase de Pagamento Etapa IX: Desidratação do 2-fosfoglicerato para fosfoenolpiruvato • Reação Reversível • Enzima: Enolase • Aumento do potencial de transferência de fosfato Via Glicolítica – Fase de Pagamento Etapa X: Transferência do grupo fosforil do fosfoenolpiruvato para o ADP • Reação Irreversível • Enzima: Piruvato quinase • Fosforilação em nível • Fosforilação em nível do substrato Via Glicolítica Balanço Final • Uma molécula de GLICOSE é convertida em 2 de PIRUVATO; • 2 moléculas de ADP e 2 de Pi são convertidas em 2 de ATP; • 4 ELÉTRONS (2 íons hidreto) são transferidos de 2 moléculas de GLICERALDEÍDO-3-FOSFATO para 2 moléculas de NAD+. (líquido) Via Glicolítica Via Glicolítica Participação da frutoseParticipação da frutose D-frutose: proveniente de muitas frutas na forma livre ou formada pela hidrólise da sacarose no intestino delgado. (Fosforilação pela hexoquinase) VIA GLICOLÍTICA Via Glicolítica Participação da frutoseParticipação da frutose (Fosforilação da frutose em C-1 pela frutoquinase) (Conversão em gliceraldeído-3-fosfato) VIA GLICOLÍTICA Via Glicolítica Participação da galactoseParticipação da galactose D-galactose: proveniente da hidrólise da lactose. • Série de reações • Uridina difosfato (UDP): funciona de forma semelhante a uma coenzima como transportadora de hexoses • Galactose-1-fosfato desloca a glicose- 1-fosfato da UDP-glicose • Transformação de glicose-1-fosfato em glicose-6-fosfato pela fosfoglico mutase VIA GLICOLÍTICA Intolerância à frutose ou frutosemia: Problemas metabólicos FrutoseFrutose Fígado: Concentração muito alta frutosemia: • Deficiência da enzima frutose-1-fosfato aldolase • Doença genética autossômica recessiva Concentração muito alta de frutose: a frutose-1- fosfato é produzida mais rapidamente do que a enzima aldolase consegue degradá-la, acarretando no esgotamento de Pi. Problemas metabólicos FrutosemiaFrutosemia: sintomas: sintomas • Dor abdominal, vômitos, letargia, sudorese, hipoglicemia após ingestão de frutose ou outros açúcares que utilizem a via da frutose-1-fosfato aldolase (sacarose, sorbitol). • Pacientes desenvolvem aversão a doces, sucos, frutas. • A prolongada ingestão de frutose leva a falência hepática e/ou renal ou morte. • Hipoglicemia: resultado da inibição da glicogenólise pela frutose-1-fosfato ao nível da fosforilase e da gliconeogênese ao nível da aldolase mutante. Problemas metabólicos FrutosemiaFrutosemia: tratamento: tratamento • Exclusão da frutose e sacarose da dieta o que deve ser mantido por toda a vida. • A dieta deve ser suplementada com vitamina C, pois muitos alimentos que a contém serão eliminados por conter frutose e sacarose. a contém serão eliminados por conter frutose e sacarose. Problemas metabólicos FrutosemiaFrutosemia: tratamento: tratamento Problemas metabólicos FrutosemiaFrutosemia: tratamento: tratamento Problemas metabólicos GalactoseGalactose Galactosemia: • Deficiência de uma das Dependendo da enzima • Deficiência de uma das enzimas responsáveis pela conversão de galactose em glicose • Doença genética (autossômica recessiva) enzima defeituosa, a doença se manifesta de maneira diferente. Problemas metabólicos GalactosemiaGalactosemia • Preferencialmente neonatos (assim que se introduz a lactose na sua dieta). • Acúmulo de galactose-1-fosfato causa danos às células Problemas metabólicos GalactosemiaGalactosemia tipo 1tipo 1 • Acúmulo de galactose-1-fosfato causa danos às células parenquimais dos rins e fígado, cérebro, ovários e olhos: Fígado → Cirrose Rins → Síndrome de Fanconi Cérebro → Retardo mental Ovários → Amenorréia primária ou secundária Olhos → Catarata (o excesso de galactose é convertido em galactitol, um álcool que é o responsável pela catarata) • A galactose inibe a atividade anti-bacteriana dos leucócitos e isso aumenta a freqüência de mortes neonatais por infecção por E. coli. Problemas metabólicos GalactosemiaGalactosemia tipo 1tipo 1 neonatais por infecção por E. coli. • Os danos podem se iniciar na fase pré-natal a partir da galactose transplacentária vinda da mãe heterozigota. • Características clínicas: presença de catarata e inteligência normal. Problemas metabólicos GalactosemiaGalactosemia tipo 2tipo 2 • Dieta livre de galactose e lactose. Problemas metabólicos GalactosemiaGalactosemia: tratamento: tratamento Problemas metabólicos GalactosemiaGalactosemia: tratamento: tratamento Deficiência ou inexistência na atividade da lactase intestinal• A lactose não pode ser completamente digerida e absorvida no intestino delgado; Problemas metabólicos Intolerância à lactoseIntolerância à lactose absorvida no intestino delgado; • É convertida, por bactérias, em produtos tóxicos que causam cólicas abdominais e diarréias. Lactose Glicose Galactose+ Lactase Destinos do Piruvato Na presença de oxigênio: • O PIRUVATO é oxidado a acetato, o qual entra no CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO (Ciclo de Krebs) e é oxidado a CO2 e H2O. • O NADH é reoxidado a NAD+ pela passagem de seus elétrons ao O2 no processo de respiração mitocondrial. Destinos do Piruvato Na ausência de oxigênio: A regeneração do NAD+ se dá pela redução do PIRUVATO a LACTATO PIRUVATO a LACTATO FERMENTAÇÃO LÁTICA Não ocorre formação adicional de ATP!!! Destinos do Piruvato Fermentação Lática: Microorganismos: fermentam glicose e outras hexoses em lactato • Lactobacilos e streptococos: lactose do leite em ácido lático• Lactobacilos e streptococos: lactose do leite em ácido lático • Produção de iogurtes e queijos Fermentação AlcoólicaFermentação Alcoólica Levedura e outros microorganismos fermentam a glicose em etanol e CO2 Descarboxilação do piruvato Enzima: piruvato descarboxilase Enzima: piruvato descarboxilase (coenzima tiamina pirofosfato) Redução do acetaldeído a etanol Enzima: álcool desidrogenase NADH derivado da glicólise Fermentação AlcoólicaFermentação Alcoólica • Piruvato descarboxilase: caracteristicamente presente nas leveduras de cervejaria e padaria e nos outros organismos que promovem a fermentação alcoólica, incluindo algumas plantas; • O CO2 produzido é responsável pela carbonatação característica do champanhe;característica do champanhe; • A fermentação da cerveja envolve outros processos enzimáticos; • Panificação: levedura + açúcar fermentável → CO2 provoca aumento de volume da massa panificada; Fermentação AlcoólicaFermentação Alcoólica • Piruvato descarboxilase: ausente em vertebrados e outros organismos; • Álcool desidrogenase: presente em muitos organismos que metabolizam álcool; • Fígado humano: catalisa a oxidação do etanol (ingerido ou produzido por microorganismos intestinais) Resumindo... Glicólise ou Via Glicolítica Fermentação Lática Fermentação Alcoólica Lática Via Aeróbia
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