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05- Execução Trabalhista Parte II

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05- Execução Trabalhista: Parte II
EXECUÇÃO DA SENTENÇA
 DEFINIÇÃO
“Conjunto de atos praticados pela Justiça do Trabalho destinados a satisfação de uma obrigação consagrada num título executivo judicial ou extrajudicial, da competência da Justiça do Trabalho, não voluntariamente satisfeita pelo devedor, contra a vontade deste último.” (Mauro Schiavi)
Pressupostos.
A existência de título executivo judicial (sentença)  e o inadimplemento do devedor.
TÍTULO EXECUTIVO: DEFINIÇÃO
Documento (ato jurisdicional ou ato jurídico) que autoriza a promover a execução. (Nulla executio sine titulo)
art. 586 CPC : condiciona o processo de execução à existência de um título executivo (nulidade do processo);
REQUISITOS DO TÍTULO
Segundo dispõe o art. 586 do CPC, a obrigação representada no título deve ser dotada das seguintes características:
A) Liquidez;
B) Certeza;
C) Exigibilidade .
A falta d e qualquer um dos requisitos acima acarreta a nulidade da execução (art. 618,I do CPC).
Sendo ilíquida a sentença o Juiz ordenará previamente a sua liquidação que poderá ser feita, como já exposto, por cálculos, por arbitramento ou por artigos.
Homologada a conta, por sentença, o Juiz mandará citar o devedor, expedindo mandado.
ART. 876 DA CLT: ELENCO DOS TÍTULOS COM FORÇA EXECUTIVA
OBS: Parte da Doutrina admite a existência de outros dois títulos executivos, quais sejam:
A) Certidão de inscrição na dívida ativa na União, referente às penalidades administrativas impostas ao empregador pelos órgão de fiscalização do trabalho;
B) Sentença penal condenatória que atribui responsabilidade penal ao empregador, transitada em julgado.
Assim, são TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAS no processo do Trabalho:
A) sentença trabalhista transitada em julgado;
B) sentença trabalhista pendente de julgamento de recurso recebido apenas no efeito devolutivo;
C) acordos homologados pela J.T;
D) sentença penal condenatória, transitada em julgado;
OBS: aplicabilidade do art. 475,N, II do CPC, tendo em vista que compete a Justiça do Trabalho julgar as ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho (Aplicação do art. 935 do C. Civil).
 
São TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (prescinde de prévia ação condenatória): 
A) Termos de Ajustes de Condutas firmados perante o MPT;
B) Os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia;
C) Certidão de inscrição na dívida ativa na União, referente às penalidades administrativas impostas ao empregador pelos órgão de fiscalização do trabalho (art. 114 da CF redação EC 45/04);
Execução Definitiva
Regulamentada pelo art. 876 e seguintes da CLT, fundamenta-se na sentença irrecorrível, transitada em julgado, tendo como objetivo fazer com que a obrigação decorrente da sentença judicial seja satisfeita pelo devedor, integralmente, utilizando-se as medidas coercitivas previstas em lei.
O pressuposto legal para que a execução do título judicial seja definitiva é o trânsito em julgado da sentença. O princípio da imutabilidade da coisa julgada é que autoriza a execução definitiva do julgado. Esta será efetuada sempre nos autos principais, isto é, aqueles em que foi prolatada a sentença exequenda. (CPC, art. 589, 1ª parte).
Execução Provisória
Fundamenta-se no artigo 899 da CLT e 475-O do CPC.
Realizar-se-á do mesmo modo que a definitiva, no que couber (art. 475-O CPC); processamento se dá através de instrumento semelhante à carta de sentença, que não mais existe (antigo art. 589, revogado pela lei 11.232/05); geralmente autos apartados 
Requisitos para formação do instrumento - art. 475-O, parágrafo 3º: (antigo artigo 590 CPC):
 
Este instrumento é despido de formalismo, como era a carta de sentença, tanto que acrescentou o inciso V, em que o advogado pode dar por autêntica as peças (art. 544, parágrafo 1º);
A extração do Instrumento (antiga carta de Sentença) para execução provisória cabe a qualquer momento em face do efeito devolutivo do recurso ordinário.
 Permite, também, a apresentação e julgamento dos embargos à execução e “realizar todos os atos que têm função preparatória”.
Os autos principais sobem à Instância Superior com o recurso admitido no efeito devolutivo.
A respeito da possibilidade de PENHORA DE DINHEIRO EM EXECUÇÃO PROVISÓRIA, vide a Súmula 417 do TST, item III:
“Em se tratando de execução provisória, fere direito líquido e certo do impetrante a determinação de penhora em dinheiro, quando nomeados outros bens à penhora, pois o executado tem direito a que a execução se processe da forma que lhe seja menos gravosa, nos termos do art. 620 do CPC.”
Já a respeito da EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, vide a O.J. 142 DA SDI-2 DO TST: (permitiu a execução provisória em sede de liminar, ainda mais em grau de sentença)
“Inexiste direito líquido e certo a ser oposto contra ato do juiz que, antecipando a tutela jurisdicional, determina a reintegração do empregado até a decisão final do processo, quando demonstrada a razoabilidade do direito subjetivo material, como nos casos de anistiado pela Lei n° 8.878/94, aposentado, integrante de comissão de fábrica, dirigente sindical, portador de doença profissional, portador de vírus HIV ou detentor de estabilidade provisória prevista em norma coletiva.”
 
FORMAS DE EXECUÇÃO
Execução por Quantia Certa
Consiste em expropriar bens do devedor para apurar judicialmente recursos necessários ao pagamento do credor.
Art. 880 da CLT : citação do executado para pagamento (48 horas) ou garantia da execução.
Art. 882 da CLT : garantia da execução.
Art. 883 da CLT : não havendo pagamento nem declinando bens, seguir-se-á a penhora de bens do executado.
Fixado o valor devido, seguem-se os atos executórios. 
Na hipótese de ter sido depositada a importância, e, sendo definitiva a execução, o juiz ordenará o levantamento imediato do depósito, em favor da parte vencedora. 
Caso não haja depósito será emitido o Mandado de Citação e Penhora.
Requerida ou determinada “ex officio” a execução e fixado o “quantum
debeatur” mandará o juiz expedir mandado de citação ao executado, a fim de que cumpra a decisão ou acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas, ou, em se tratando de pagamento em dinheiro, para que pague em 48 horas ou garanta a execução, sob pena de penhora (CLT, art. 880).
GARANTIA DA EXECUÇÃO – PENHORA
Se o executado não quiser pagar a importância exigida, poderá garantir a execução, mediante o depósito da mesma, nos termos do art. 882 da CLT, nomeando bens à penhora, no prazo de 48 hs da citação, observada a ordem de preferência estabelecida no art. 655 do CPC.
Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á a penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida das custas, juros de mora, etc.
Para garantia da execução mediante depósito da importância devida, deverá ser retirada a guia de depósito fornecida pela secretaria da Vara, com valor devidamente atualizado, efetuando-se o depósito numa agência do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal , sempre à disposição do Juiz do Trabalho. Poderá também ser efetuado na conta vinculada já existente ou que seja aberta em nome do credor, na CEF.
 
A indicação de bens é efetuada em petição dirigida ao juiz da VT com a descrição detalhada dos bens , se forem móveis. Se forem imóveis, além da descrição detalhada das confrontações, deverá ser juntada a cópia autenticada da matrícula do imóvel oferecido em garantia. Se for nomeação em dinheiro, a petição deverá conter o valor, a data do depósito e informar que se encontra à disposição do Juiz da execução.
Ao receber a indicação do bem à penhora, o juiz abrirá vista à parte contrária, para impugnação.
Desse modo, na nomeação de bens à penhora pelo devedor merecem ser sublinhados os seguintes aspectos.
I.                   o ordem de gradação de bens para nomeação á a do art. 655 do CPC (art. 882 da CLT);
II.                havendo impugnação do credor, a nomeação será tida por ineficazse deixar de observar o disposto no art. 656, I a VI, do CPC;
III.             se o credor não impugnar a nomeação, a penhora só se formalizará sobre o bem indicado após a comprovação, pelo devedor, da propriedade e da inexistência de gravames, quando for o caso;
IV.            se a nomeação for impugnada pelo credor, com amparo na inobservância da gradação estabelecida pelo art. 655 do CPC, ou  a nomeação for efetuado fora do prazo, perde o devedor o direito à nova nomeação, devolvendo-se ao credor o direito à nomeação, que o exercitará livremente. Mas, se a penhora deixar de dar-se por falta de comprovação de domínio ou ausência de encargos sobre o bem nomeado, o devedor conservará o direito à nomeação, repetindo-se o procedimento (CPC, art. 657).
NOVA ORDEM DE PENHORA
Alteração na ordem de preferência do artigo 655 do CPC: 
I – dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira (em relação ao item anterior, incluiu-se o dinheiro em depósito, viabilizando-se, como preferência, a denominada penhora on line regida pelo artigo 655-A do CPC);
(combinado com o art. 649, X: qualquer numerário que não em caderneta de poupança pode ser penhorado);
II- veículos de via terrestre (na anterior ordem os veículos estavam somente em 6º na ordem de preferência);
III- bens móveis em geral (ocupavam somente a 5ª posição na ordem anterior);
IV - bens imóveis (ocupavam somente a 8ª posição na ordem anterior);
V - navios e aeronaves (ocupavam somente a 9ª posição na ordem anterior);
VI - ações e quotas de sociedades empresárias (ocupavam, sob outra redação, a 10ª posição na ordem anterior);
VII - percentual do faturamento de empresa devedora;
VIII - pedras e metais preciosos (ocupavam a 2ª posição na ordem anterior)
IX - títulos da dívida pública da União, Estados e Distrito Federal com cotação em mercado (ocupavam, com outra redação, a 3ª posição na ordem anterior);
X - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
XI - outros direitos.
APLICAÇÃO DO ART. 475-J DO CPC?
CORRENTE FAVORÁVEL À APLICAÇÃO:
a) ausência de autonomia da execução em face do processo de conhecimento;
b) lacuna de efetividade da legislação trabalhista;
c) celeridade, efetividade e acesso real do trabalhador à Justiça do Trabalho;
d) interpretação sistemática dos arts. 841 e 880 da CLT
CORRENTE CONTRÁRIA A APLICAÇÃO:
a) não existe omissão da CLT quanto à matéria;
b) norma apresenta incompatibilidade com a letra ou com o espírito do processo do trabalho.
Excesso de Execução e Excesso de Penhora
No primeiro caso, procede-se à execução de quantia maior do que a prevista na sentença executada. No segundo caso, penhoram-se bens de valor muito superior que o necessário para atender-se ao fixado na sentença exequenda.
Das sentenças de liquidação cabe Embargos à Execução (pelo Réu) ou Impugnação à Sentença de Liquidação (pelo credor), ou ainda, Embargos à Penhora, caso haja irregularidade na penhora.
O Embargos à Execução é considerado uma nova ação, cuja sentença pode ser atacada por Agravo de Petição ou se for o caso, Embargos de Declaração.
Finalmente, cabível a proposição de Ação Rescisória para desconstituição da sentença que julgou a liquidação, pois reconhecida como sentença de mérito.
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Manoel Antonio Teixeira Filho conceitua os Embargos à Execução  “como a ação do devedor, ajuizada em face do credor, no prazo e formas legais, com o objetivo de extinguir, no todo ou em parte, a execução, desconstituindo, ou não, o título em que esta se funda.”
Natureza Jurídica dos embargos
Sobre a natureza jurídica dos Embargos à Execução, a doutrina e a jurisprudência consideram-no uma ação autônoma, incidente na execução, e não um recurso, porque configuram um ataque ao título executivo.
Os embargos à execução não se voltam necessariamente para invalidar o título executivo. Tem como objetivo, trazer a matéria objeto das impugnações, durante a fase de liquidação, e que não foi considerada pelo juiz, forçando, assim, uma nova sentença, que poderá ser recorrida por meio do Agravo de Petição, devolvendo a matéria impugnada , ao Tribunal ad quem.
   2.2.Pressupostos de Admissibilidade
De acordo com o artigo 844, caput, da CLT, os pressupostos de admissibilidade dos embargos, na execução trabalhista – é a garantia do juízo e o requisito fundamental para o recebimento dos Embargos à Execução é que a matéria já tenha sido objeto de impugnação, sob pena de preclusão.
   Somente a Fazenda Pública está dispensada do cumprimento a essa exigência. (Art. 730 do CPC).
A jurisprudência dominante entende incabível impugnar-se, através de Embargos à Execução, os valores fixados na condenação, se o Embargante não se manifestou tempestivamente sobre o cálculo do contador , ou mesmo, se não tiver sido matéria atacada na fase de conhecimento. 
Existem entendimentos contrários em que os doutrinadores entendem não ser possível que a formalidade processual se sobreponha à coisa julgada material.
Estando equivocados os cálculos de liquidação -erro material-, e não tendo sido impugnado tempestivamente, ou tendo sido indeferida a manifestação, por genérica, ainda haverá a oportunidade de manifestar a inconformidade, após a homologação, através de embargos à execução, apesar de ser entendimento minoritário. 
Efeitos na Execução
Segundo o CPC, artigo 739, par. 1º, os embargos serão sempre recebidos com efeito suspensivo. 
 Cabimento dos Embargos à Execução
O artigo 741 do CPC, aplicado subsidiariamente na Justiça do trabalho determina que, os embargos à execução fundados em título judicial poderão versar sobre:
a)    falta ou nulidade  de citação, no processo de conhecimento, se a ação lhe correr à revelia;
b)    inexigibilidade do título
c)    ilegitimidade das partes
d)    cumulação indevida de execuções
e)    excesso da execução ou nulidade desta até a penhora
f)      qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva de  obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença
g)    incompetência do juízo da execução bem como suspeição ou impedimento do juiz.
    Nos embargos à execução, no processo trabalhista, pode ainda o executado impugnar a sentença de liquidação, isto é, evidenciar vícios no processo de liquidação e equívocos no mérito da sentença, como erros de cálculo,  critérios incorretos, etc. em princípio, toda a defesa do executado, na fase de liquidação pode ser renovada mediante os embargos à execução.
    Se os embargos apresentarem alguma irregularidade grave, o juiz poderá indeferi-los liminarmente, segundo a lei determina. Se contiverem vícios sanáveis, por ex. ilegibilidade de documentos, o juiz poderá determinar que o Embargante supra a falha.
    O Embargante pode requerer a desistência dos embargos, prosseguindo-se a execução.
 AGRAVO DE PETIÇÃO
    O Agravo de Petição é recurso específico contra qualquer decisão do Juiz, na execução, após o julgamento dos embargos do executado.
O Agravo é espécie de recurso, cujas subespécies são: a de instrumento, a de petição e a regimental.
Assim como a apelação (appelatio) surgiu no processo romano, também os agravos aí tiveram sua origem, sendo recurso amplamente regulado e aplicado no Direito português.
Não existe apelo similar no processo comum.
No Processo do Trabalho, os recursos são bem distintos no que diz respeito aos seus objetivos, notadamente os agravos de petição e de instrumento.
Formalmente, distingue-se o agravo de petição por ser interposto nos autos principais da ação, quando o agravo de instrumento forma-se em autos apartados.
O Agravo de Petição tem na execução trabalhista a limitação de sua área.
Tem como requisito fundamental e absolutamente indispensável, a delimitação dos valores incontroversos e, da matéria, que deverá ser efetuada em tópico específico. 
 Na delimitação dos valores, deverão ser transcritos todos os valores incorretos e as razões da impugnação. Mesmo quando houver impugnação total do cálculo, deverão ser transcritosos valores impugnados e as razões.
 A delimitação de valores tem o objetivo de possibilitar o levantamento dos valores incontroversos, pelo Exequente.
O agravo de petição é cabível, sem estar seguro o juízo, nas hipóteses em que o juiz considerar não provada a liquidação ou quando trancar a execução, julgando-a extinta.
A regra do art. 899 é a de que todos os recursos no Processo Trabalhista têm efeito apenas devolutivo.
O agravo de petição, não obstante os termos da lei, tem efeito suspensivo porque, ao ser interposto já existe penhora e, ainda que ao apelo seja atribuído efeito apenas devolutivo, a execução será provisória e assim não poderá ir além da penhora. 
Ressalte-se, porém, que, a parte líquida, não devidamente impugnada, é exequível imediatamente após os embargos, mesmo que, contra aquela parte, ou contra o todo, se tenha interposto o agravo.
Previsto no artigo 897, letra “a”  e  §§ 1º e 3º, da CLT, deve ser interposto no prazo de 8 dias, cabendo em geral, das decisões dos juízes na execução, podendo ser abordados os mesmos pontos que foram objeto dos embargos à execução, além de irregularidades no julgamento dos embargos, como o indeferimento de provas.
O Agravo de Petição também poderá ser interposto contra outras decisões proferidas na fase executória para as quais a lei não preveja expressamente outro recurso como, por exemplo, o Mandado de Segurança.
O Agravo de Petição será julgado , quando proferida decisão pelo Juiz do trabalho de 1ª Instância, por uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o juiz prolator da sentença, observadas as regras do artigo 897 e parágrafos.
Se a decisão for agravável, mas a parte opõe embargos à execução, perde o prazo para a interposição do Agravo de Petição.
Da decisão que simplesmente homologa os cálculos de liquidação, não cabe  agravo de Petição, que só é interponível, após apresentação e decisão dos Embargos à Execução.
O prazo para interposição do Agravo de Petição é de oito dias (CLT, 897, § 1º ), da decisão dos Embargos e da Impugnação à Sentença de Liquidação.
	O Juiz de determinada Vara do Trabalho abriu vista às partes para se manifestarem sobre o cálculo de liquidação. No momento oportuno, o executado opôs embargos à penhora impugnando a sentença de liquidação. Manifestando-se sobre os embargos, o exeqüente alegou que ficara preclusa a possibilidade de impugnação, tendo em vista o silêncio do executado quando lhe fora aberta vista do cálculo. Assinale a solução mais de acordo com a lei aplicável:
 
	A 
	 
o Juiz não considerou preclusa a possibilidade de impugnação porque somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação;
	B 
	 
o Juiz considerou preclusa a possibilidade de impugnação porque, aberta vista do cálculo ao exeqüente, seu silêncio importou concordância com o cálculo;
	C 
	 
o Juiz considerou preclusa a possibilidade de impugnação porque, além do silêncio do executado ao lhe ser aberta vista do cálculo de liquidação, a providência adotada pelo Juiz (abertura de vista do cálculo) está prevista no Código de Processo Civil;
	D 
	 
O Juiz, embora considerando preclusa a possibilidade de impugnação da sentença de liquidação, houve por bem apreciar os embargos por economia processual, dado, além de outros, o risco de nulidade.
	E 
	nenhuma das alternativas anteriores.
Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: B. 
	Empregado e empregador celebraram acordo, nos autos da reclamação trabalhista, obrigando-se o empregador a pagar R$ 100.000,00 (cem mil reais), em 5 (cinco) parcelas iguais, mensais e sucessivas de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), cada uma, com datas certas para os vencimentos. No acordo pactua​ram, também, multa de 40%, no caso de inadimplemento. Na data do vencimento da 1a parcela o em​pregador não efetua o pagamento. Em face do ex​posto, assinale a resposta correta:
 
	A 
	 
a execução far-se-á pelo valor da parcela insatisfeita com o acréscimo da multa calculada sobre ela;
	B 
	 
a execução far-se-á pelo valor total, incluindo-se as parcelas vincendas e o valor da multa;
	C 
	 
a execução far-se-á pelo valor das parcelas vencidas, até a data da expedição do mandado, acrescida da multa calculada sobre estas parcelas;
	D 
	 
dar-se-á início à execução após o vencimento da última parcela do acordo inadimplido;
	E 
	 
poderá o executado, mesmo após iniciativa da execução, depositar o valor das prestações vencidas, acrescidas da multa e prosseguir com o parcelamento das prestações futuras.
Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: B. 
	Mônica foi casada com Cebolinha e tiveram duas filhas, Magali e Rosinha. Em Janeiro de 1996, Mônica e Cebolinha divorciaram-se. Na partilha de bens foram destinados à Mônica dois imóveis, um à Rua 13 de Maio n° 10.215, onde Mônica e as duas filhas continuaram residindo, e outro à Rua 14 de julho n° 15.315. Em abril de 2000, Mônica, em sociedade com seu irmão Cascão, constituiu uma empresa denominada Construtora Turma da Mônica Ltda., na qual Mônica é titular de 50% das cotas sociais. O imóvel da Rua 14 de Julho foi por ela vendido, em maio de 2001, para fins de investimento na empresa. Em março de 2005, Mônica transferiu, à título de doação, a propriedade do imóvel da Rua 13 de Maio para suas filhas Magali e Rosinha, assegurando no negócio jurídico o usufruto dela sobre o bem. Em dezembro de 2005, Chico Bento ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa Construtora Turma da Mônica Ltda., pleiteando direitos decorrentes do contrato de trabalho mantido com a referida empresa no período de 10.02.2003 a 12.09.2005. Os pedidos formulados foram julgados procedentes, ocorrendo o transito em julgado da sentença condenatória em fevereiro de 2007. Após instaurada a execução da sentença, foi desconsiderada a personalidade jurídica da sociedade em razão da inexistência de bens penhoráveis, com o consequente direcionamento dos atos executivos contra os sócios. Com isso, Chico Bento indicou à penhora o imóvel da Rua 13 de Maio. Seu requerimento foi deferido pelo Juiz da execução e a constrição foi efetivada.
Considerando a situação fática descrita, assinale a alternativa correta:
	A 
	A doação feita por Mônica configura fraude à execução, pois foi gratuita e em benefício das suas filhas;
	B 
	A doação feita por Mônica configura fraude contra credores, pois foi gratuita e em benefício de suas filhas;
	C 
	A cláusula de usufruto na doação do imóvel caracteriza o consilium fraudis indispensável à configuração da fraude à execução;
	D 
	A penhora é nula, pois o imóvel constrito caracteriza-se como bem de família, nos termos da lei n° 8.009/90;
	E 
	A penhora é válida, pois tendo sido desconsiderada a personalidade jurídica da empresa por absoluta inexistência de bens, são cabíveis todas as medidas executórias em desfavor dos sócios para satisfação do crédito trabalhista, dada sua notória natureza alimentar.
Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: D. 
	Em determinada reclamação trabalhista já em fase de execução de sentença, foi desconsiderada a personalidade jurídica da empresa reclamada e penhorado bem pertencente ao sócio. Nesse caso, e considerando quem a penhora ocorreu ontem, o sócio deverá interpor:
	A 
	Mandado de Segurança no prazo máximo de noventa dias da efetivação da penhora;
	B 
	Embargos de Terceiro no prazo de cinco dias;
	C 
	Embargos à Execução;
	D 
	Embargos de Terceiro no prazo de oito dias;
	E 
	Embargos de Terceiro no prazo de dez dias
Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: C. 
_1490623493.unknown
_1490623513.unknown
_1490623530.unknown
_1490623532.unknown
_1490623533.unknown
_1490623534.unknown
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_1490623467.unknown_1490623491.unknown
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