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Nutrição Entérica e Parentérica
Caso Clínico
Coimbra, Junho de 2019
U.C: Nutrição Entérica e Parentérica
Docente: Helena Loureiro
Discentes: Catarina Camacho, Denira Nunes, Diane Reis
Dados do Paciente
Género: Feminino 
Idade: 38anos
Altura: 1,65m
Peso Habitual: 63Kg
Peso Atual: 52Kg
(%)perda de peso não 
intencional: 17,46%
Profissão: professora do 
Ensino Secundário
História Clínica
• A doente deu entrada no Serviço de Urgências com forte dor epigástrica, náuseas e anorexia;
• A doente foi encaminhada para o internamento no serviço de gastroenterologia com indicação para realizar
uma endoscopia digestiva alta (EDA) e Biópsia;
• Diagnóstico: Adenocarcinoma Intramucoso;
• Cirurgicamente intervencionada: Gastrectomia Total com anastomose em Y de Roux.
Antes da cirurgia a paciente referiu não apresentar dificuldades de mastigação e deglutição, possui boa digestão dos alimentos
consumidos, e hábito intestinal diário e de consistência pastosa.
Referiu falta de apetite, realizando 4 refeições diariamente, sendo estas pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar, todas
preparadas por ela; Consome chá no intervalo das refeições. Além disso, citou ter restrições de qualquer tipo de verduras e
legumes, declarando preferência por massas.
Acrescentou ingerir com alguma frequência produtos industrializados.
A paciente refere não ter hábitos tabágicos nem etílicos.
Consumo diário de água relatado foi de 1L.
• Antecedentes Pessoais: A referida enferma apresentou-se com história de dor epigástrica, sem irradiação, há quatro anos
(2015), nesse período, realizou endoscopia digestiva alta (EDA), que evidenciou úlcera gástrica perfurada. Foi internada na
época e apresentou melhora após uso de medicação, porém sem acompanhamento anual ou realização de novas EDA’s.
• Antecedentes Familiares: Avô paterno falecido devido a cancro gástrico, pai e mãe saudáveis.
História Clínica
Cancro Gástrico - Contexto
• O Adenocarcinoma gástrico é uma das principais causas de morte por cancro em todo mundo, apresenta baixo
prognóstico, e a cirurgia é a única possibilidade de cura realista.
• A Gastrectomia Total é necessária para Tumores localizados no terço proximal do estômago (dessa forma o
esófago é ligado diretamente ao intestino delgado).
• O uso alargado de endoscopia, as técnicas cirúrgicas mais radicais e a melhoria na assistência peri operatória
resultam num aumento da percentagem de ressecções potencialmente curativas e melhores taxas de
sobrevivência.
Fatores de Risco associados: dieta pobre em fruta e vegetais, elevada ingestão de sal, alimentos fumados, alimentos
de conserva, deficit de acesso á refrigeração e infeção por Helicobater Pylori.
Complicações nutricionais no pós-operatório: anorexia, diarreia, síndrome de dumping, perda de peso, anemia e
desnutrição Proteico-energética. Podem ocorrer ainda, deficiências nutricionais agudas ou crônicas.
Hemograma 
Parâmetros Valor Valores de Referência
Eritrócitos 3,4 x 106/µL 3,8 – 4,8 x 106/µL
Hematócrito 30% 36 – 46%
Plaquetas 686 x 103/µL 150 – 400 x 103/L
Leucócitos 26 x 103/µL 4,3 – 10,8 103/µL
Linfócitos 10% 20 – 40%
Ureia 51 mg/dL 7.9 – 20.9 mg/dL
Creatinina 2 mg/dL 0,50 – 1,10 mg/dL
Proteínas Totais 6,9 g/dL 6,0 – 8,0 g/dL
Albumina 2,8 g/dL 3,5 – 5,2
Objetivos da Terapia Nutricional
❖ Modulação da resposta imunitária;
❖ Colmatar as necessidades energéticas;
❖ Reduzir as deficiências nutricionais;
❖ Manutenção da integridade da mucosa intestinal e possível prevenção da translocação
bacteriana;
❖ Garantir o aporte hídrico e nutricional no pós operatório;
❖ Prevenir a perda de peso;
❖ Reduzir a média de duração de estadia hospitalar.
Dados Antropométricos
Altura: 1,65m
Peso Atual: 52Kg
Peso Habitual:63 kg
% peso perdido: 17,46%
IMC: 19,1 Kg/m2 IMC Normal -
Eutrófico
Identificação do Risco Nutricional (Buzby,1988)
Desnutrido grave (risco 
elevado) – I.R.N <83,5%
Cálculo das Necessidades Energéticas
Peso de Referência Necessidades Energéticas Basais
Necessidades Energéticas Totais
Distribuição de 
Macronutrientes
Proteínas
(19,5%)
91,5g
Lípidos (25,5%)
52,9g
Hidratos de Carbono 
(55%)
256,9g
Aporte Hídrico
30mL x 61kg = 1830 mL
Cálculo de gramas de Azoto (N)
100 < 127,65 < 140
Suporte Nutricional - Nasoentérica
Via Nasoentérica – nasojejunal ( < 4 semanas)
Alimentação por via entérica a partir de 12-48h pós cirurgia (dependente de
ordem do médico cirurgião).
Nasojejunal devido:
▪ Gastrectomia Total (alteração do trato GI superior);
▪ Pós operatório;
▪ Menor risco de aspiração;
Método de administração - Contínuo (25ml-150ml/h em 24h):
▪ Inicio da alimentação Enteral;
▪ Menor risco de estases, aspirações e complicações metabólicas;
▪ Baixo risco de intolerância GI;
▪ Diminui o risco de Síndrome de Dumping;
▪ Boa absorção intestinal.
Fórmula Eleita – Survimed OPD 
Fórmula Oligomérica, Normocalórica, Hiperproteica 
com adição de TCM.
Nutrientes especiais ( EPA + DHA e β-caroteno)
Distribuição calórica (P/CHO/L) – (18%/57%/25%);
1Kcal / ml
Kcal não proteicas/gN – 117:1
Survimed OPD
1868,8ml/ 24h = 78ml/h em 24h
O débito deverá aumentar
progressivamente, conforme
tolerância do doente.
Poderemos iniciar com 10cc/h
em 24h devido a SNJ.
Alimentação Enteral – regras gerais
• Verificar a posição da sonda por RX, por auscultação do ar injetado ou aspiração do conteúdo gástrico e
análise do ph<5;
• Ao administrar alimentação pela SNE observar possíveis obstruções ou fístulas;
• Verificar presença de resíduo a cada 4h ou antes de cada administração;
• Se resíduo >150mL suspender a alimentação por 1h e reavaliar;
• Cabeceira elevada >30º (exepto doentes ventilados);
• Por SNG iniciar a administração 25-30cc/h e aumentar a cada 4-6h de acordo com a tolerância do
doente;
• Por SNJ iniciar com 10cc/h.
Evolução
A paciente seguiu o tratamento calma, consciente, orientada, deambulante.
Sem apresentar qualquer fístula ou obstrução, a partir do 10º dia pós cirurgia a paciente pode
iniciar a dieta por via oral.
Dieta por Via Oral: iniciou-se com dieta líquida e depois passou a pastosa;
A paciente permaneceu no hospital mais dois dias e recebeu alta hospitalar, devendo continuar a
evolução da dieta em sua própria residência, com as orientações nutricionais recebidas no
momento da alta.
Um mês depois retornou ao hospital para avaliação e constatou-se que a paciente ganhou 1,5kg.
Gastrectomia Total – Recomendações Pós alta
Cuidados com a Alimentação:
Faça seis refeições por dia ou coma de
2 em 2 horas;
Reduza os líquidos durante a refeição
e beba líquidos fora das refeições;
Introduza, gradualmente, novos
alimentos; Escolha alimentos ricos
em proteínas (carne e peixe) e reduza
os hidratos de carbono (açúcar);
Evite alimentos gordurosos;
Coma devagar, mastigando bem os
alimentos; Evite alimentos muito
quentes ou muito frios; Faça uma
pequena caminhada após as refeições
e deite-se apenas após a digestão.
Alimentos a evitar:
Condimentados (picantes, fumados);
Guisados, fritos e assados;
Refrigerantes e água com gás, álcool;
Frutos secos e café
Sinais de Alerta:
Dor;
Vómitos persistentes;
Diarreias persistentes;
Hemorragias;
Abertura na ferida operatória;
Hérnia abdominal;
Perda de peso acentuada.
Referências Bibliográficas: 
1. Andreia A:, Orientada M, Dra :, Monografia CT. Doentes Gastrectomizados Doentes Gastrectomizados. 2007; Available from: 
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/54576/3/122264_0850TCD50.pdf
2. Coimbra IPODE. Gastrectomia. 
3. Desnutrição CDA. Sintomas Pos Gastrectomia. 2001;(4):272–5. 
4. Municipal C. Linhas de Consenso. 2010;1–2. 
5. Laffitte AM, PolakowskiCB, Kato M. Re-alimentação precoce via orla em pacientes oncológicos submetido a gastrectomia por 
cancro gástrico. Arq Bras Cir Cirúrgica. 2015;28(3):200–3. 
6. Gastrostomia e Jejunostomia. 
Nutrição Entérica e Parentérica
Caso Clínico
Coimbra, Junho de 2019