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Profa. Ms. Iramaia Bruno Silva Lustosa Aula 2 – Serviços de Gastronomia Hospitalar 1 Setor de Nutrição e dietética – serviço de alimentação e nutrição do hospital • Recuperação do paciente. • Apresentação/finalização dos pratos • Conforto e hospitalidade. • O que adianta ter ou desenvolver uma dieta absolutamente balanceada se esta não for atrativa, adaptada ao estilo de vida ou padrões culturais das pessoas, corretamente preparada e prazerosamente servida e degustada. (Hospital Samaritano São Paulo). 2 Setor de Nutrição e dietética – serviço de alimentação e nutrição do hospital • Gastronomia hospitalar - suporte ao tratamento na fase de internação, inovando cardápios que harmonizam os requisitos de boa nutrição clínica com a culinária de alto padrão. 3 Paradigmas • Comida de hospital é ruim, comida de doente, sem gosto e sem graça! • Falta sabor e apresentação! • É possível adaptar criativamente bons cardápios aos impedimentos nutricionais impostos pelas diversas patologias? 4 Aspectos interferentes • Hábito alimentar – comida do dia a dia - minimizar o sofrimento e alicerçar bases positivas à terapêutica. • Necessidades quantitativas do paciente • Segurança Alimentar • A relação positiva entre o momento de alimentação e a realidade do mundo extra hospital - ações sinérgicas ao tratamento. 5 Pouca aceitação da dieta • Consumo de remédios e drogas o paciente perde ou altera o paladar; • O estresse da internação; • Dietas especiais restritas temperos, molhos, a líquidos ou na consistência pastosa. 6 SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA HOSPITALAR 7 Conceitos gastronômicos nas dietas hospitalares Melhorar as características sensoriais das preparações em todos os seus aspectos, promovendo Nutrição e Saúde, humanização e respeito ao paciente. Concilia a prescrição dietética e as restrições alimentares à elaboração de refeições atrativas, saudáveis e nutritivas, promovendo a associação dos objetivos dietético, clínicos e sensoriais. 8 Serviço de Gastronomia Hospitalar 9 Implantação da Gastronomia Hospitalar 10 Implantação da Gastronomia Hospitalar 11 12 Padronização das dietas hospitalares • Objetivo principal – manter o atendimento seguro, eficiente e adequado ao estado de saúde do paciente. • As dietas - classificadas por modificações na consistência, composição e especificidade 13 Serviço de Gastronomia Hospitalar 14 Serviço de Gastronomia Hospitalar 15 Serviço de Gastronomia Hospitalar 16 Serviço de Gastronomia Hospitalar 17 A cozinha hospitalar • Área do setor de Serviço de Nutrição Hospitalar (SNH) – maior concentração de atividades: aquisição, • armazenamento de matérias- primas, • produção de distribuição de refeições • RT = Nutricionista. • Portaria CFN 380/2005 18 Organização da cozinha hospitalar A base para aspectos organizacionais, processos, fluxos, equipamentos, recursos humanos, levam em conta: Tipo de hospital (geral X especialidades; público X privado) Tipo de paciente ( adulto, criança, idoso, etc) Tipos de especialidades tratadas (clínicas ou cirúrgicas) Número de leitos Média de permanência dos pacientes Número e horário das refeições Sistema de distribuição das refeições Política de compras Área física disponível 19 Sub-áreas da Cozinha Hospitalar • Recebimento e armazenamento; • Pré-preparo de alimentos; • Preparo de alimentos; • Preparo de Nutrição Enteral – montagem e envase de dietas a serem administradas por sonda; • Lactário – local destinado à montagem e envase de fórmulas lácteas; • Distribuição de alimentos – local no qual os alimentos preparados na Cozinha Hospitalar são porcionados, acondicionados e transportados para as unidades de internação, cujas características variam de acordo com o sistema adotado; 20 Sub-áreas da Cozinha Hospitalar • Higienização – lavagem de utensílios utilizados no preparo das refeições destinadas aos pacientes e outros comensais; • Refeitório ou restaurante – local destinado à alimentação de funcionários, acompanhantes de pacientes; • Conforto médico – local destinado a pequenos lanches e/ou refeições da equipe de saúde 21 Sistema de Distribuição • A partir da planta física – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO - é o primeiro planejamento do SNH. São três os sistemas de distribuição de refeições para pacientes: I – SISTEMA CENTRALIZADO: as refeições são preparadas e porcionadas na cozinha. Permite melhor controle do porcionamento, melhor supervisão, melhor controle higiênico- sanitário e menor desperdício, pois possibilita melhor acompanhamento das sobras. Ideal = esteira rolante. II – SISTEMA DESCENTRALIZADO – refeições preparadas na cozinha e transportadas para as unidades de internação, onde são porcionadas e servidas aos pacientes; MAIOR dificuldade de supervisão do processo – ocorrência de erros de porcionamento, risco de contaminação devido à maior manipulação e queda de temperatura dos alimentos quentes; maior desperdício por desvios e falta de controle de sobras. 22 Sistema de Distribuição • III – SISTEMA MISTO – as refeições principais são porcionadas na cozinha e alguns itens são porcionados nas unidades ou copas de apoio (geralmente líquidos como leite, chá, café, lanches e alguns detalhes da refeição). • É o sistema mais usado nos hospitais. 23 Tipos de dietas Cardápios - padronizados das dietas oferecidas • Dietas de rotina • Modificadas quanto à consistência, composição nutricional • Dietas infantis • Dietas para preparo de exames diagnósticos • Dietas enterais • Fórmulas lácteas Dieta Padronizada por situações clínicas especiais • Hipertensão • Diabetes • Dislipidemias • Doença Celíaca • Intolerância a lactose • Obstipação • Diarréia • Doença Celíaca • Obesidade 24 Inovação dos serviços de nutrição hospitalar • Objetivo: satisfazer às necessidades dos pacientes/clientes Hospitais • Hospital Samaritano – São Paulo • Hospital Aliança – Salvador • Hospital São Mateus • H. Monte Clínikum 25 Tipos de Serviços de Gastronomia • O tipo de serviço estabelece de que maneira a refeição irá chegar até o comensal. Importante: conhecimento do perfil de cliente, o tipo de refeição, o tempo destinado à realização da refeição. Os tipos de serviço mais difundidos, são: Serviço à Inglesa Direto Serviço à inglesa Indireto (guéridon) Serviço à Francesa Serviço Empratado Serviço à Russa À americana Americano 26 À francesa • Em matéria de etiqueta à mesa, é o mais requintado, deve ser realizado somente em festas especiais O garçom deve estar impecável (com uniforme e luvas). O mesmo começa servindo a mulher sentada ao lado direito do anfitrião (a convidada de honra), em seguida todas as mulheres, por último o anfitrião. • Deve trazer a bandeja à esquerda do convidado, para que ele mesmo se sirva. • Os lugares à mesa são marcados com porta cartões (placement), onde consta o nome de cada um à frente do local onde deve se sentar. 27 À inglesa direta • O serviço à inglesa também é um serviço requintado, porém o que o diferencia é que neste serviço o convidado não precisa pegar os talheres da bandeja para se servir, pois é o garçom que o fará. • O serviço a inglesa directo caracteriza-se por dar ao cliente a possibilidade de ser servido. 28 À inglesa indireto - guéridon • O empregado de mesa coloca os pratos quentes no lado direito do guéridon e uma placa rechaud no lado esquerdo deste. • De seguida transporta a travessa com as iguariasda cozinha para a sala e coloca- la em cima da placa rechaud. • A travessa é apresentada ao cliente e após a aprovação deste o empregado de mesa começa a servir as iguarias da travessa para o prato, seguindo sempre as regras de empratamento. 29 Serviço à americana - buffet • Qualquer refeição, do café da manhã à ceia, pode ser servida à americana, isto é em forma de buffet. • Este tipo de recepção é indicado para reuniões com um número grande de pessoas, para que as pessoas fiquem mais à vontade para se servirem. • A mesa - os pratos e talheres ficam empilhados num dos lados da mesa, um arranjo deve vir ao centro, e do outro lado as travessas com seus respectivos talheres. 30 Serviço americano - Empratado • É o serviço mais fácil de se efetuar, pois as iguarias já vêm empratadas da cozinha e daí seguem diretamente para o cliente. • Efetua-se da seguinte forma: As iguarias são empratadas na cozinha e devem ser sempre apresentadas da mesma forma. O empregado de mesa transporta os pratos aos clientes (2 a 3 de cada vez) e coloca-os pela direita do cliente (para os canhotos, coloca-se pelo lado esquerdo), tendo sempre o cuidado de colocar a iguaria principal (carne ou peixe…) mais próxima do cliente. • O serviço é efetuado no sentido dos ponteiros do relógio. • Os pratos são geralmente maiores (27 a32 cm) e cobertos com uma cloche. 31 Empratados • O Empratado é um serviço onde os convidados também devem ser acomodados à mesa e ele segue o estilo "nouvelle cuisine". • Os pratos vêm todos montados da cozinha, decorados e elaborados e são servidos pelos garçons pelo lado esquerdo do convidado. • Como este serviço é "mais especial" podem ser colocados menus descritivos (cardápios) em cada mesa explicando o que será servido. 32 Serviço à russa • Pouco utilizado atualmente; • O prato vem inteiro para a mesa (porco, aves, etc.) e este é cortado ou trinchado na presença do comensal; • Não se aplica ao serviço hospitalar. 33 Modalidades de serviços 34 Gastronomia Hospitalar • Sistema de serviço Serviço à la carte Serviço de banquete 35 Serviço à la carte • Cardápios com vários tipos de preparações • Descritos de forma sequenciada: entradas frias e quentes, • saladas, consomes, cremes, ovos e farináceos; • prato principal, opção ao prato principal; • guarnições; • acompanhamentos; • sobremesas; • líquidos. 36 Serviço de buffet • O tipo de serviço oferecido em um Buffet pode descrever-se como uma mescla sofisticada entre jantar e coquetel. • O Buffet tem como principal característica a adoção do self service como seu serviço principal de servir a comida. • A característica principal que distingue o Buffet de outras modalidades de servir a comida é que essa modalidade permite apresentar a comida de uma forma mais relaxada aos convidados no sentido de liberdade, o comensal tem a comida a sua disposição para comer a quantidade que deseja quando deseja. 37 Características dos Serviços • Serviço de quarto (Room Service) • Horário dos pedidos – aberto 24 horas? • Controle do nutricionista. • Horário das refeições 38 Estrutura necessárias para os serviços • Equipamentos disponíveis • Logística – abastecimento • Qualificação da mão-de-obra • Número de funcionários • Espaço e ambiente • Horário de distribuição • Disponibilidade financeira 39 Estrutura necessárias para os serviços • Vide arquivo na web aula 40 Sistema Cook - Chill • Os alimentos devem ser regenerados em fornos combinados. Neles é possível a mistura de ar quente e vapor simultaneamente e a umidade contribui para que os alimentos não ressequem. • O processo minimiza os riscos de contaminação, preserva as características nutricionais dos alimentos e não deixa o efeito de pasteurização no sabor e na consistência dos alimentos. • Significa cozer/resfriar e o processo consiste em cozinhar o alimento a uma temperatura de +74ºC por mais de 5 minutos e resfriar em equipamentos que baixam a temperatura do produto rapidamente até a temperatura de + 3ºC. • O processo reduz ao mínimo o risco de contaminação do alimento, pois a passagem pela zona de perigo (4ºC e 60ºC) é reduzida a um tempo mínimo. • Os resfriadores funcionam por circulação de água (ideal para produtos com um pós-vida de até 45 dias) ou ar (para alimentos que serão consumidos no prazo de 5 dias). 41 Sistema Cook - Chill • Refeições são produzidas em uma UAN (cozinha central). • Transportadas a outros locais (cozinhas satélites) e servidas em refeitórios. • Preparação prévia dos itens do cardápio - porcionamento - refrigeração em temperatura controladas. • Armazenamento sob refrigeração - reaquecimento antes da distribuição e consumo. 42 Sistema cook & chill • O Sistema Cook-Chill (Refeições Prontas) preparação e resfriamento dos alimentos - objetivo de prolongar seu armazenamento, distribuição e garantir consumo de forma segura e nutritiva. • As refeições são embaladas - processo exclusivo elaborado pela empresa, com receitas criadas por chefs de capacitação internacional e prontas para servir em poucos minutos, aumentando a flexibilidade dos serviços em alimentação. • A técnica engloba o cozimento total do alimento, seguido de rápido resfriamento, embalamento e armazenamento a temperaturas controladas. • Quando solicitada, a refeição pode ser regenerada e perfeitamente servida. 43 A tecnologia... • O frio inibe a multiplicação das bactérias e outros microorganismos, então, a temperatura normal de refrigeração para o sistema Cook-Chill é de 3ºC, inativando os microorganismos • Tecnologia de ponta - supera os processos de pasteurização. Esse procedimento impede que o alimento permaneça em uma temperatura identificada como zona de perigo, situada entre 4,4ºC e 60ºC, quando os microorganismos se reproduzem rapidamente. • A diminuição de temperatura impede, ainda, a formação de cristais oriundos do congelamento no interior dos alimentos, interferindo em suas qualidades nutritivas e sensoriais. 44 Sistema cook & chill 45 Recursos Humanos • Parceria entre nutricionista clínica, nutricionista de produção e chefe de cozinha. • Treinamento de equipe. • Divisão racional da equipe – preparações 46 Recurso Material • Pratos, talheres, panelas e utensílios diversos. 47 Recurso tecnológico • Cortes • Modo de preparo • Apresentação • Linha de montagem 48 Adequação estrutural • Quantitativo de leitos e a viabilidade do serviço. • Sistema de informação para a produção em tempo real. • Uso de equipamento eletrônico para pedido. • A interferência do padrão socioeconômico do paciente e a escolha do serviço pelo hospital. 49 Importância do nutricionista na implementação da gastronomia hospitalar • Implementação da cozinha de montagem. • Uso de produtos semiprocessados e/ou processados – otimização de pessoal, custos e meio-ambiente. • Investindo em recursos para a finalização de pratos. 50 Importância do nutricionista na implementação da gastronomia hospitalar • Implementação da variedade de produtos. • Implantação de diferentes serviços: • Eventos, • Carrinhos de hotelaria com produtos diferenciados, • Sistema de opções. • Testes experimentais de alimentos. • Treinamento de pessoal – decoração de pratos, técnica dietética. • Desenvolvimento de novos produtos. 51 Atividade para a próxima aula • Pesquisar sobre os tipos de serviços em gastronomia • Tipos • Características • Origem • Particularidades 52Referências Bibliográficas 53 iramaiabruno@gmail.com OBRIGADA! 54
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