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Profª Maria Lucia Araujo Lipídios no Exercício Físico Compreendem uma família muito vasta, de estrutura química bastante variada; São insolúveis em água; Diferentemente das proteínas e carboidratos, não são repetições de uma unidade básica; Basicamente, são formados por ácidos graxos e glicerol. Funções: Fonte energética; Componente estrutural das membranas celulares; Isolamento e proteção dos órgãos; Transporte de vitaminas lipossolúveis. Lipídeos simples (neutros) Ácidos graxos e triacilgliceróis Lipídios compostos: Lipídio neutro + outra substância química Glicolipídios, esfingolipídios, fosfolipídios, lipoproteínas Lipídios derivados: Substâncias derivadas de lipídios simples e compostos Colesterol Fontes alimentares: Fosfolipídios: formam a estrutura básica das membranas células; Colesterol: precursor dos hormônios esteróides, dos ácidos biliares e da vitamina D, e é constituinte das membranas celulares. Lipídios mais relevantes do ponto de vista clínico e fisiológico: Triglicerídeos: são formados por três ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol, sendo uma das formas de armazenamento mais importantes do organismo, depositados no tecido adiposo e muscular; Ácidos graxos: saturados, mono ou poli-insaturados. Ácidos graxos: São ácidos monocarboxílicos, que se classificam de acordo com a sua cadeia, presença e localização de insaturações, e necessidade na dieta. -Cadeia curta: menos que 6 carbonos Produzidos pela microbiota intestinal. -Cadeia média: 6 a 12 carbonos Os triglicérides de cadeia média são ricos nesse tipo de ácidos graxos, sendo considerados uma fonte rápida de energia devido a sua absorção e metabolismo. -Cadeia longa: 12 a 18 carbonos -Cadeia muito longa: mais que 18 carbonos Tamanho da cadeia: Nomenclatura: Posicionamento da primeira dupla ligação a partir do lado oposto ao grupo carboxila. Grupo carboxila ω -6 ou n6 ω -3 ou n3 Ácidos graxos essenciais: aqueles que o corpo humano NÃO é capaz de produzir, devendo ser ingeridos por meio da alimentação Linoléico (18:2 n6) Alfa-linolênico (18:3 n3) Ácidos graxos saturados: láurico, mirístico, palmítico e esteárico (12 a 18C); Ácidos graxos monoinsaturados: oléico (18C); Ácidos graxos poliinsaturados: Ômega 3 eicosapentanóico, docosahexanóico e α –linolênico (linhaça, soja, canola); Ômega 6 linoleico. Digestão: Lipases gástrica (menor quantidade em adultos) e pancreática. Controle hormonal: - Colecistoquinina (CCK) Atua sobre a vesícula biliar e células exócrinas do pâncreas (lipase) Diminui a motilidade gástrica - Secretina Atua no pâncreas solução aquosa rica em bicarbonato Digestão: Degradação dos triglicerídeos: Triacilglicerol Lipase pancreática 2 monoacilglicerol 2H2O 2 ácidos graxos Degradação dos ésteres de colesterila: Éster de colesteril Colesterol Colesterol esterase H2O Ácido graxo Degradação dos fosfolipídios: Fosfatidilcolina Lisofosfatidilcolina Glicerilfosforilcolina H2O H2O Ácido graxo Ácido graxo Fosfolipase A2 Fosfolipase Absorção de lipídios por células da mucosa intestinal: Ácidos graxos livres Colesterol livre 2-monoacilglicerol Sais biliares Ácidos graxos de cadeia curta e média não requerem a assistência de uma micela; Ocorre ressíntese de TG e ésteres de colesterila pela mucosa intestinal. Absorção: Nos músculos, os ácidos graxos são oxidados para a obtenção de energia; no tecido adiposo, eles são reesterificados e armazenados como TG Lipoproteínas: Síntese de ácidos graxos: Dieta; Sintetizados a partir de carboidratos e proteínas. Corpos cetônicos: Acetona, acetoacetato, B-hidroxibutirato; Produção elevada quando ocorre um aumento substancial da degradação de TG sem ser acompanhada por uma degradação proporcional de CH (jejum ou restrição de carboidratos). Mobilização (lipólise) x Oxidação Não são sinônimos!!!!!! Os AG depositados no tecido adiposo na forma de TG servem como a principal reserva de combustível do corpo; Os TG fornecem depósitos concentrados de energia metabólica pois são altamente reduzidos e anidros; O produto da oxidação completa de AG até CO2 e H2O é 9Kcal/g de gordura. Metabolismo: Fontes energéticas para o catabolismo da gordura: TG armazenado diretamente dentro da fibra muscular em proximidade às mitocôndrias (maior abundância nas fibras de contração lenta); TG circulante em complexos lipoproteicos, que é hidrolisado na superfície do endotélio dos capilares teciduais em uma reação catalisada pela lipase lipoproteica; AGL circulantes mobilizados a partir do TG no tecido adiposo. Antes que a energia seja liberada da gordura, a hidrólise (lipólise) separa a molécula de triglicerídeo em seus componentes glicerol e três moléculas de ácidos graxos. Mobilização e utilização: Todas as células armazenam um pouco de gordura; entretanto, o tecido adiposo age como principal e mais ativo fornecedor de moléculas de ácidos graxos. Lipase hormônio sensível: estimula a difusão dos ácidos graxos a partir dos adipócitos para a circulação sanguínea, praticamente todos eles se ligam à albumina e são transportados para os tecidos Nos músculos, os ácidos graxos são liberados do complexo albumina e são transportados através da membrana plasmática Dentro da célula muscular, os AG ou são reesterificados para a formação de TG intracelulares ou se ligam a proteínas intramusculares e entram na mitocôndria para serem utilizados no metabolismo energético. O glicerol se difunde a partir do adipócito e entra na circulação. Quando chega ao fígado, age como precursor da gliconeogênese. Vai para o fígado onde pode ser utilizado na gliconeogênese ou servir como intermediário na glicólise, na forma de gliceraldeído-3-fosfato Destinos do glicerol e dos AG: Se ligam à albumina e vão ser oxidados no músculo esquelético Perilipinas: proteínas que restringem o acesso aos lipídios; Quando hormônios sinalizam que o organismo necessita de energia metabólica, os TG são mobilizados; A lipase hormônio sensível começa a hidrolisar os TG. Um mediador intracelular, o AMP cíclico, ativa a lipase hormônio sensível, e desse modo, regula a quebra de gordura; Vários hormônios mobilizadores de gordura, adrenalina, noradrenalina, glucagon e hormônio do crescimento, ativam o AMC cíclico tanto nos adipócitos como nas células musculares. Lipase hormônio sensível: etapa limitante na liberação de ácidos graxos do tecido adiposo Aumento do nível de atividade das lipases do músculo esquelético e do tecido adiposo, incluindo adaptações bioquímicas e vasculares nos músculos, que incrementam o uso de gordura para a geração de energia durante o exercício moderado. Exercício físico Enzimas: - Lipase pancreática: Degrada os TG vindos da dieta - Lipase lipoprotéica: Degrada os TG nos capilares - Lipase hormônio sensível: Mobiliza os lipídeos estocados no tecido adiposo As enzimas de oxidação dos ácidos graxos estão localizadas na matriz mitocondrial. Oxidação dos ácidos graxos: Β-oxidação B-oxidação: O primeiro passo de transferência de energia de um ácido graxo para o ATP é a remoção de fragmentos acetil contendo 2 carbonos; Condições aeróbicas. Colesterol Destinos da Acetil-CoA: Acetil-CoA Ciclo de Krebs Corpos Cetônicos O destino metabólico da acetil-CoA originada da oxidação de ácidos graxos depende do momento metabólico e do tecido O acetil-CoA só entra no ciclo de Krebs se a degradação dos lipídios e de carboidratos estiverem equilibradas; A entrada do acetil CoA depende da disponibilidade de oxalacetato para fomar citrato; No jejum ou diabetes descompensado, o oxalacetato é usado para formar glicose pela gliconeogênese e não está disponível para condensação com acetil CoA; Acetil CoA é desviado para a formação de corpos cetônicos. As gorduras queimam em uma chama de carboidratos; Nos tecidos metabolicamente ativos, o fracionamento dos ácidos graxos depende em parte dos níveis basais contínuos do catabolismo dos carboidratos.
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