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Antropologia - nutrição

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AULA 04: ANTROPOLOGIA DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Prof. Luan Lisboa
Elaboração do material Profa. Maria Lúcia Lima
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É uma ciência que se dedica ao estudo aprofundado do ser humano. 
É um termo de origem grega, formado por “anthropos” (homem, ser humano) e “logos” (conhecimento).
Conceito
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Antropologia (do grego ἄνθρωπος, transl. anthropos, "homem", e λόγος, logos, "razão"/"pensamento"/"discurso"/"estudo") é a ciência que tem como objeto o estudo sobre o homem e a humanidade de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia
Conceito
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A reflexão sobre as sociedades, o homem e o seu comportamento social é conhecida desde a Antiguidade Clássica através do pensamento de grandes filósofos, destacando-se o grego Heródoto que é considerado o pai da História e da Antropologia.
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Estudar o ser humano e a diversidade cultural, envolve a integração de diversas disciplinas que procuram refletir sobre as dimensões biológicas, sociais e culturais.
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A alimentação é um processo voluntário e consciente, influenciado por fatores culturais, econômicos e psicológicos, mediante o qual, cada indivíduo consome um elenco de alimentos para atender às suas necessidades biológicas de nutrição.
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Em situação de acesso insuficiente de energia e nutrientes providos pela alimentação, estabelecem-se condições para o aparecimento de doenças por carência de nutrientes. 
Insuficiência
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Excessos
Ao contrário, quando a oferta e o consumo de alimentos excedem as exigências biológicas, estabelecem-se condições para o aparecimento de doenças produzidas pelos excessos nutricionais, a exemplo da obesidade e suas consequências.
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Os comportamentos alimentares são adaptados:
1. À cultura de cada povo
2. À cultura de cada país
3. Às particularidades locais
4. Ao apego à sua própria identidade
As formas de adaptação do comportamento
alimentar
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A nossa cultura : crenças, tabus, religião, hábitos – influenciam diretamente a escolha dos nossos alimentos diários .
 A alimentação humana parece estar muito mais ligada a fatores Influência da cultura na alimentação espirituais e exigências tradicionais do que às necessidades fisiológicas.
 O homem pré histórico era onívoro (comia de tudo)
Influencia da cultura na alimentação
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A escolha, consumo e proibições do uso de certos alimentos dentre os grupos sociais são ditados por regras sociais diversas, carregadas de significados.
Aprender a especificidade cultural destas regras sociais é de extrema importância.
O comer não satisfaz apenas a necessidade biológica, mas preenche também funções simbólicas e sociais.
O caráter do alimento também se diferencia com a idade, situação social e outras variáveis
Aspectos sociais e culturais da alimentação
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Tradições
alimentares
Usos e costumes
alimentares
transmitidos de
geração a geração,
segundo a cultura
tradicional de
determinadas etnias ou
grupamentos
antropologicamente
homogêneos.
Banquete indígena
Tabus: 
Representam dogmas religiosos, ou seja, restrições vinculadas a fatores de ordem religiosa.
A relação entre a dimensão fisiológica e psicossocial da
alimentação determina o aparecimento de:
 Restrições Alimentares: Tabus, Preconceitos, Crenças
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Tabus Alimentares
São crenças que ouvimos desde a infância e geralmente se referem à
alimentação e à combinação de certos tipos de alimento que seriam
prejudiciais à saúde.
Se originam da cultura de um povo ou de uma região e acabam se
tornando "verdades". Exemplos:
Manga com leite mata?
Melancia com vinho empedra no estômago?
Banana: é muito "pesado" para ingerir à noite?
Melancia: é mesmo indigesta?
Cachaça com leite talha dentro da gente?
“Respostas culturais a problemas de adaptação ecológica".
(MARVIN HARRIS)
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A interdição não é motivada por justificativas explicáveis .Apresenta dois significados opostos:
SAGRADO: que não pode ser tocado sem ser manchado,
PERIGO: inquietante, perigoso, proibido ou impuro
Tabus Alimentares
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RAZÕES BÁSICAS DE UM TABU ALIMENTAR:
1º Preservar os indivíduos dos “perigos” resultantes da ingestão de certos alimentos.
2º Proteger as crianças que ainda vão nascer e recém-nascidas, dos
“perigos” que possam advir da ingestão, por parte dos pais e mães de certos
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Preconceitos
São decorrentes de impressões causadas pelas características organolépticas dos alimentos, ou seja, desuso de algum alimento devido a cor ou odor do mesmo, por exemplo:
“baba” de quiabo
“visgo” da jaca
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v
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Crenças: 
- Supostas ações nocivas de alimentos, as quais são passadas de geração a geração e tornam-se verdades culturalmente aceitas.
Ex: alimento “leve” e “pesado”,
“frio” e “quente”, “forte”,
“vinagre e limão corroem o estômago”.
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As práticas alimentares saudáveis devem ter
como enfoque prioritário o resgate de hábitos
alimentares regionais inerentes ao consumo
de alimentos in natura, produzidos em nível
local, culturalmente referenciados, e de
elevado valor nutritivo. Luís da Câmara Cascudo .
Antologia da alimentação no Brasil –
Livros Técnicos e Científicos ed., 1977
CHAVES, GUTA. Larousse da Cozinha brasileira: raízes culturais da nossa terra /Guta Chaves, Dolores
FERNANDES,Caloca. Viagem gastronômica através do Brasil. 2ª ed., Editora Estúdio Sônia Robatto. 2001.
GOMENSORO, M.L. Pequeno dicionário de gastronomia. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1999.
FLANDRIN E MONTANARI, Jean-Louis. História da alimentação. São Paulo: Estação Liberdade, 1998.
FISBERG, Mauro – Um, dois, feijão com arroz: a alimentação no Brasil de norte a sul. São Paulo: Atheneu,
2002.
FRANCO, Ariovaldo. De caçador a gourmet: uma história da gastronomia. São Paulo: Senac, 200
SENAC. DN. À Mesa com Gilberto Freyre. Raul Giovanni da Motta Lody (Org.) Rio de Janeiro: Ed Senac
Nacional, 2004.
SENAC DN. A história da gastronomia./ Maria Leonor de Macedo Soares Leal. Rio de Janeiro: Ed. SENAC
Nacional, 2008.
ROMIO, Eda. Brasil 1500/200: 500 Anos de Sabor /Eda Romio. São Paulo: ER Comunicações,2000.
TABUS alimentares: superstições que sobrevivem ao tempo?
Disponível em: <http://www.educacional.com.br/falecom/nutricionista_bd.asp?codtexto=262> Acesso em: 19 jan. 2005
TABUS e crendices sobre a mesa. Disponível em: http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_noticias/boca_livre/id120901.htm >. Acesso em: 7 dez. 2005.
Referências
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