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AVC isquêmico e Hemorrágico

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Segundo o Ministério da Saúde, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou Acidente Vascular Encefálico (AVE) (CID 10: I64) é “uma das principais causas de morte, incapacidade adquirida e internações em todo o mundo”. Nacionalmente, é a doença que mais mata e a âmbito mundial, é a que mais causa incapacidade.
Nos últimos anos, o termo AVC tem sido substituído por AVE, em decorrência do entendimento que este não ocorre somente no cérebro, mas sim em todo encéfalo (cérebro, tronco encefálico e cerebelo).
Esta patologia ocorre quando há bloqueio ou rompimento dos vasos que carreiam sangue para o cérebro, provocando paralisia da área cerebral afetada, ou seja, aquela que ficou sem suprimento sanguíneo. 
Os fatores de risco incluem sedentarismo, tabagismo, descontrole do colesterol e triglicerídeos (taxas altas) e doenças no sistema cardiovascular, como hipertensão e arritmias. Pessoas hipertensas têm as chances de ter um AVC multiplicadas de quatro a seis vezes, por conta do enrijecimento dos vasos e aterosclerose, que levam a obstrução. Pacientes diabéticos têm duas vezes mais chances de sofrer um AVC quando comparado às pessoas não diabéticas, por isso a importância de controle das taxas glicêmicas.
Podem ser classificados em dois grupos: AVC Isquêmico e AVC Hemorrágico.
O AVC Isquêmico, também conhecido por derrame ou isquemia cerebral, advém de uma obstrução arterial que impede o fluxo sanguíneo para determinada parte do cérebro e, consequentemente, interrompe a passagem de O2 e nutrientes para células cerebrais, que acabam morrendo em poucas horas. Tal obstrução pode ser ocasionada pela ocorrência de um trombo (trombose) ou de um êmbolo (embolia).
O grau da lesão isquêmica relaciona-se com a sua duração e grau de interrupção do fluxo sanguíneo. Caso a circulação cerebral esteja abaixo de 25% do normal, já nos primeiros minutos da obstrução começa-se a formar uma área de lesão focal permanente. Ao redor desta área, forma-se gradativamente uma área de penumbra isquêmica, com fluxo sanguíneo entre 25 a 50% do normal, que mantém o tecido vivo por poucas horas apenas (de seis a oito horas, normalmente). Ao mesmo tempo, há a perda de autorregulação do cérebro, o que torna a perfusão cerebral dependente da PA. Qualquer diminuição nesta, pode estender a área isquêmica e a área de necrose. Caso não haja reestabelecimento do fluxo sanguíneo, a área de penumbra vai se tornando uma área de infarto e a área de lesão focal (tecido inviável) aumenta. Quanto mais rápido o fluxo sanguíneo for reestabelecido, maior as chances de limitação da lesão isquêmica e diminuição do grau das sequelas.
É o tipo mais comum de acidente vascular, representando cerca de 85% dos casos.
Quando não provoca a morte, o AVCI deixa sequelas que podem ser breves ou graves e incapacitantes. As sequelas mais frequentes são paralisias em alguma parte ou membro do corpo e problemas de visão, memória e/ou fala.
Os fatores de risco mais presentes neste caso de AVC são a idade, histórico familiar de AVC, ser do sexo masculino, hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo, diabete, etilismo exacerbado, obesidade, uso de contraceptivos hormonais, entre outros.
O AVC Hemorrágico é ocasionado por um rompimento total ou parcial de um vaso, que ocasiona o extravasamento de sangue, seja dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. 
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o AVC Hemorrágico mata cerca de cem mil pessoas por ano em nosso país, e um a cada seis brasileiros está suscetível a sofrer um AVC.
Estima-se que 15% dos AVCs sejam do tipo hemorrágico, contudo, podem ocasionar a morte com mais frequência que o AVCI. Dos AVCs hemorrágicos, 15% são do tipo subaracnoideo e cerca de 80% são do tipo intraparenquimatoso.
A frequência da incidência do AVC Hemorrágico varia conforme a idade. Em pessoas abaixo dos 45 anos, a maior causa decorre de má formação arteriovenosa. Até os 75, a hipertensão arterial é a causa mais comum, e após esta idade, é a angiopatia amiloidótica. 
Os AVCs Hemorrágicos podem ser de dois tipos: o intraparenquimatoso ou intracerebral, que como o próprio nome indica, ocorre no interior do tecido cerebral, ou subaracnoide, que acontece próximo a superfície, entre o cérebro e a meninge.
A Hemorragia subaracnoidea (HSA) decorre principalmente da ruptura de um aneurisma cerebral e/ou a trauma craniencefálico. Como próprio nome diz, origina-se pela difusão sanguínea para o espaço subaracnoideo. Outras causas são hemorragias perimesencefálica, mal formações arteriovenosas e distúrbios hematológicos, por exemplo.
Ocorre geralmente em adultos jovens, afetando mais mulheres do que homens e mais negros que brancos, aumentado a incidência com a idade. Sua mortalidade é de cerca de 51%. 
Já a Hemorragia intracerebral (HIC) ou intraparenquimatosa, é o tipo mais comum de sangramento no SNC. Ocorre geralmente na profundidade dos hemisférios cerebrais, com menor incidência nos lóbulos. 
A maior cauda do HIC advém da hipertensão arterial sistêmica (HAS) má controlada. Outras causas incluem trauma e certos tipos de drogas de abuso. A cocaína é a causa mais importante na juventude, a idade avançada e etilismo aumentam o risco. 
Além de apresentar maior mortalidade, também gera maior incidência de incapacidade. A ocorrência é mais alta entre asiáticos e afro americanos. Afeta mais negros que brancos e é mais frequente nos homens que nas mulheres.
Conclusão
Com este trabalho, podemos observar que o AVC pode ocorrer de duas formas, seja por entupimento arterial, caracterizando o AVC isquêmico, ou por rompimento, o que caracteriza o AVC hemorrágico. Suas causas são variadas, bem como os fatores de risco e a população pré disponível, mas observa-se que hábitos de vida saudáveis podem minimizar as chances de ocorrência.
Vimos também que uma vez que ocorre o acidente vascular, gera uma sequela no indivíduo, podendo esta ser de grau baixo ou alto, podendo até mesmo incapacitar a pessoa para suas atividades cotidianas. O rápido socorro ajuda a minimizar as sequelas, faz-se então necessário o conhecimento dos sinais iniciais. 
Referências:
	MARTINS, Sheila Cristina Ouriques; BRONDANI, Rosane. AVC isquêmico. Rotinas em Neurologia e Neurocirurgia, p. 97-111, 2008. 
	AVC: o que é, causas, sintomas, tratamentos, diagnóstico e prevenção. Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/acidente-vascular-cerebral-avc. Acesso em: 30 mai. 2019.
	Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Disponível em: https://www.einstein.br/doencas-sintomas/avc/avc-isquemico . Acesso em: 30 mai. 2019
	Quais os sinais e sintomas do avc hemorrágico. Disponível em: http://saudenocorpo.com/quais-os-sinais-e-sintomas-do-avc-hemorragico/ . Acesso em: 01 jun. 2019.

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