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ALIENAÇAO PARENTAL

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ALIENAÇÃO PARENTAL: O NOVO MAL DO SÉCULO 
 
Glaucia Regina Bueno Mota - mota_glaucia@yahoo.com.br 
Vera Lucia de Faveri F. e Silva - vera.faveri@gmail.com 
 
 
A alienação pode ser considerada o novo mal do século, causada por aquele que detém a guarda 
da criança ou adolescente. O objetivo deste trabalho é mostrar como na relação dos pais, quando 
não bem-sucedida e resulta em separação, deve haver o bom senso de se manter o convívio 
entre estes e filhos, pois o que se finda é a relação conjugal. Além de pesquisas bibliográficas, 
foi utilizado como referência o Art.2º, (Lei nº 12.318, 26 de agosto de 2010) “Considera-se ato 
de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente 
promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou 
adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause 
prejuízo ao estabelecimento ou manutenção de vínculo com este”. A alienação origina-se do 
fim de uma relação familiar tumultuada em que se tem a disputa não só dos bens materiais 
constituídos pelo casal, caso haja, mas também da guarda do filho. Segundo Lago e Bandeira 
(2009, p.294), “ O alienador caracteriza-se como uma figura superprotetora, que pode ficar cego 
de raiva ou animar-se por um espírito de vingança provocado pela inveja ou pela cólera. 
Geralmente, coloca-se como vítima de um tratamento injusto e cruel por parte do outro genitor, 
que tenta vingar-se fazendo crer aos filhos que aquele não é merecedor de nenhum afeto,” 
passando a utilizar o filho como “moeda de troca”. Gardner, 2002, define a Síndrome da 
Alienação Parental (SAP) como processo que consiste em programar “lavagem cerebral” uma 
criança para que odeie um de seus genitores sem justificativa, causando o afastamento físico e 
emocional entre os dois. A exemplo de alienação, conforme Lima, 2013, pode-se citar a 
desqualificação da conduta do genitor; dificuldade no contato da criança ou adolescente; 
complicação na convivência familiar; omissão nas informações pessoais relevantes sobre a 
criança ou adolescente, tais como escola, médico, alteração de endereço, além de condutas 
inadequadas. Porém, essa prática de alienação fere direitos fundamentais da criança de acordo 
com a Constituição Federal de 1988. Diante disso, propõe-se a reflexão aos pais, que, no fim 
de um relacionamento, não modifiquem a imagem do outro genitor, pois acima de todos os 
interesses deve prevalecer o do filho. A consequência dessa conduta pode causar profundos 
conflitos psicológicos e comportamentais, tais como depressão, ansiedade, pânico, suicídio, uso 
de drogas e álcool, levando a criança ou o adolescente a ter acompanhamento psiquiátrico e 
psicológico, entre outros tratamentos. 
Palavras Chaves: Genitor; Alienação Parental; Criança e Adolescente 
 
Referências 
BRASIL. Lei n. 12.318, de 26 de ago. de 2010. Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 
236 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 
Brasília DF, 27 ago.2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l123218.htm 
CLAWA, S.S.; RIVIN, B.V. Children Held Hostage: Dealing with Programmed and 
Brainwashed Children. Chicago, American Bar Association, 1991. 
 
GARDNER. R. A. Parental Alienation Syndrome vs. Parental Alienation: Which Diagnosis 
Should Evaluators Use in Child-Custody Disputes?. American Journal of Family Therapy. 
March 2002;30(2):93-115. 
LAGO, V.M. e BANDEIRA, D.R. A Psicologia e as Demandas Atuais do Direito de Família. 
Periódico Eletrônico em Psicologia – Psicologia Ciência e Profissão 2009, 29 (2), 290-305, 
Rio Grande do Sul, p. 294-295. Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pcp/v29n2/v29n2a07.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2018. 
LIMA, B.C. Alienação Parental. Jornal da Fundação – UNIVEM, 2013, Marilia. Disponível 
em: <https://www.univem.edu.br/jornal/materia.php?id=299>. Acesso em: 08 jul. 2018. 
SAP. O que é Síndrome de Alienação Parental. Disponível em: 
<www.alienacaoparental.com.br/o-que-e>. Acesso em: 08 jul. 2018.

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