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Aspectos Fundamentais da Psicopedagogia - VANESSA APARECIDA ORTIZ

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FCV – FACULDADE CIDADE VERDE
Disciplina: Introdução a Psicopedagogia
Curso: Psicopedagogia Clinica e Institucional
Aluno(a): Vanessa Aparecida Ortiz
Data: 05/10/2018
ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA PSICOPEDAGOGIA
A psicopedagogia surgiu no século XIX na Europa, com atuação na área da saúde com deficiências, e na educação com crianças com comportamentos inadequados e dificuldades de aprendizagem, Sua atuação foi caracterizada pela reeducação. 
A psicopedagogia era baseada na visão organicista sobre os problemas de desenvolvimento e aprendizagem, portanto, uma visão patológica doente da aprendizagem. 
É importante ressaltar que antes da psicopedagogia chegar no Brasil, chegou na Argentina na década 1970, tendo sido criados em Buenos Aires os primeiros formação e atendimento psicopedagógico que eram centro de saúde mental, pelas mesmas razões de sua origem na Europa, a grande demanda social com problemas de aprendizagem. 
Nessa mesma década de 1970 a influência Argentina impulsionou e influenciou a chegada da psicopedagogia no Brasil considerando-se fator geográfico, proximidade e autores argentinos que já se dedicavam ao estudo e registro sobre aprendizagem. No Brasil a disfunção cerebral mínima apresentava uma semana preocupante quanto as dificuldades. 
Assim, nesta década de 1970 surgiu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o centro de estudos psicopedagógicos que inicialmente utilizavam os princípios europeus, ou seja, o método terapêutico da pedagogia curativa. A atuação se dava no campo clínico e se denominava pedagogia terapêutica.
Em 1979 foi fundada e criado o curso de formação Clínica e institucional de psicopedagogia por um grupo de profissionais educadores, pedagogos e psicólogos. Nessa época de acordo com Bonatto e Maluf era grande à procura de alternativas criativas para avaliações e intervenções educacionais eficazes, diante dos problemas aprendizagem que se acumulavam nas escolas, às alterações políticas e socioeducacionais vigentes da época, intensificando o quadro das dificuldades. 
Neste contexto não tem como falar sobre psicopedagogia sem falar em fracasso escolar que apesar de complexo e demandar uma discussão ampla deve ser objeto de estudo e permanente reflexão, pois muitos dos casos encaminhados aos consultórios médicos, aos psicólogos e pedagogos não tem diagnóstico patológico, e sim, sujeito/pessoas, frutos do fracasso escolar. 
Nesta mesma época muitos apelidos que tiveram origem na concepção organicista segundo a qual tudo provêm do organismo levaram a visão patológica a respeito das dificuldades de aprendizagem, Surgiram, então, na escola os rótulo,os estigmas à qual pensou, muitas vezes e, ainda pensa, que estava apta a fazer diagnósticos. 
Assim, a cada tempo novo rótulo vem caracterizando o sujeito que estão fora dos padrões adequados esperados pela instituição de educação. 
Os rótulos mais comuns observados era: "problema", "retardado", "débil mental", "autista" ou "tolo". Hoje o rótulo é "hiperativo", "o diferente", o mesmo que anormal, patológico, e que é igual exclusão. 
Convém evidenciar que o índice observado quanto ao rótulo de hiperativo, não representa de forma alguma, a criança ou jovem com Transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade (TDH), na verdade é preciso entender que o sujeito aprendente deixou de ser sujeito passivo da aprendizagem. 
Ele é ativo, pensa, questiona, constrói, aprende, ensina. Existe muita diferença entre os transtornos, os comportamentos sem limite e um sujeito m movimento. 
Esta questão é importante e perpassa pela concepção de educação presente em nossa sociedade e nossas reflexões. Dessa forma, essas questões acabam servindo para mais uma vez justificar o fracasso escolar.
Afinal, pessoas, ensinantes e aprendentes, são diferentes, e há ritmos e modalidades diferentes para aprender. 
Convém ressaltar que a definição dicionarizada para psicopedagogia não corresponde ao que ela realmente é, pois ela não é a junção de áreas do conhecimento, e sim, psicopedagogia é inter e transdisciplinar, pois para a psicopedagogia são importantes os conhecimentos específicos das demais áreas do conhecimento como a psicanálise, psicologia social, linguística, fundamentos da neuropsicologia, neurociência, sociologia, antropologia, e etc. 
Assim, ela constrói seu referencial teórico próprio e tem clareza do seu objeto de estudo. Então para efetivamente poder conceituar psicopedagogia e entender esse conceito foi necessário recorrer ao seu objeto de estudo. 
A tentativa de elucidar melhor o termo psicopedagogia, vejamos qual é o objeto de estudo da Psicopedagogia segundo alguns psicopedagogos brasileiros. 
Para Kiguel, apud Bossa (2000, p.8) “o objeto central de estudo da Psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos, bem como a influência do meio (família, escola e sociedade) no seu desenvolvimento”. 
De acordo com Neves apud Bossa (2000), 
[...] a Psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades interna e externa da aprendizagem, tomadas em conjunto. E mais, procurando estudar a construção do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos. 
Segundo Scoz, in Bossa (2000), “a Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, e numa ação profissional deve englobar vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os”. 
Do ponto de vista de Weiss (1992), “a Psicopedagogia busca a melhoria das relações com a aprendizagem, assim como a melhor qualidade na construção da própria aprendizagem de alunos e educadores”. 
Em suma, o objeto de estudo da psicopedagogia é, portanto, um sujeito a ser estudado por outro sujeito. Esse estudo pode ser através de um trabalho clínico ou preventivo. 
Portanto, os aspectos cognitivos afetivos e sociais que estão implícitos na psicopedagogia é uma área do conhecimento que estuda a aprendizagem humana, o ensinar e o aprender em sua totalidade 
Quanto as matrizes epistemológicas que fundamentam e constituem um referencial próprio da psicopedagogia, entre elas estão a concepção histórico-cultural, a epistemologia genética de Piaget, a psicanálise, a Epistemologia Convergente de Visca, e a Psicologia Social de Pichon. 
Podemos dizer que, considerando a condição inter e transdisciplinaridade, reúne os aspectos físicos observáveis e o psíquico, a consciência, do ser aprendente e de seu movimento do contexto histórico social no qual está inserido. 
A psicopedagogia é dividida em clínica e institucional 
Como vimos a psicopedagogia é, portanto, uma área de conhecimento que estuda as aprendizagens humanas, considerando o sujeito que aprende em sua totalidade, ou seja, um ser cognitivo, afetivo e social. 
Assim sendo. o ponto de partida é de que todo o ser humano aprende sempre, e que a aprendizagem é um processo infinito ocorrendo durante todo o tempo da existência e em todos os lugares. 
Nesse sentido aprendizagem não pode ser limitada aos espaços escolares da educação formal tão pouco da escolarização. Também é importante entender que o termo Clínica não se refere apenas a uma modalidade específica de atuação. O psicopedagogo deve ter uma formação por inteira e seu saber deve ser alicerçada no conhecimento sobre ser humano e sua aprendizagem. 
Obviamente que atuação apresenta especificidades e aplicação instrumental nesse sentido Fernandes afirma que a singularidade da psicopedagogia Clínica é construída a partir das singularidades do objeto, os espaços de autoria o pensamento.Tal objeto poderá ser trabalhado não apenas e nem principalmente no consultório, mas no seio da família, nos meios de comunicação, nas escolas, nas universidades, nos hospitais, no cinema, na arte, nas relações de amizade, nas relações entre mulher em marido, terapeuta e paciente. 
Em todos e em cada um dos espaços cabe uma leitura psicopedagógica. 
A modalidade de atuaçãoclínica e institucional assume caráter preventivo e terapêutico. Isso é, uma vez identificado o objeto-aprendizagem, se desenvolve ações para que outros fatores não some a este, desencadeando novos problemas, ao mesmo tempo que desenvolve uma ação para prevenir também pode tratar.
Na Clínica o sintoma parte do sujeito, de sua história e de seu contexto histórico social, São feitas as investigações e a intervenção, procurando compreender a modalidade de aprendizagem do sujeito, bem como identificar e eliminar obstáculos possibilitando, assim, um prazer em aprender. 
Dessa forma, é possível destacar neste campo com suas principais funções, onde o atendimento se é realizado pelo espaço de consultório particular como também consultório em clínicas. São utilizadas técnicas e instrumentos próprios da psicopedagogia em sua especificidade clínica.
A Institucional parte do sintoma do grupo, em seu contexto histórico social, realiza investigação e diagnóstico psicopedagógico institucional atuando na prevenção, identificando os sintomas bloqueadores do processo ensino-aprendizagem redimensionando-os por meio de estratégias que possibilitem a aquisição do conhecimento. 
A psicopedagogia escolar tem se caracterizado como um espaço que acontece a educação formal como um grande campo de atuação institucional, um universo significativo: a escola. 
Nesse Campo o papel da psicopedagogia consiste em analisar e assinalar os fatores que favorecem, intervém ou prejudicam a aprendizagem. Assim, a aprendizagem deve ser observada como atividade de indivíduos ou grupos humanos que, mediante a apropriação de informações e o desenvolvimento de experiências possam transformar a realidade e propiciar a construção e a reconstrução do conhecimento.

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