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DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA ULBRA Torres Curso de Fisioterapia Disciplina: Fisioterapia Hospital II Prof. Elenise Festinalli Vanessa Daltoé; Paola Campiol; Brenda Rosa; Ester Silva DEFINIÇÃO DPOC compreende um grupo de doenças pulmonares caracterizadas por limitação crônica ao fluxo expiratório irreversíveis (parcial ou totalmente) Essa obstrução é progressiva e está associada à resposta inflamatória anormal dos pulmões na inalação de partículas ou gases tóxicos principalmente o tabagismo Loivos LP . DPOC - definições e conceitos O QUE CAUSA DPOC? Fumaça do tabaco Poeira e produtos químicos ocupacionais (vapores, irritantes e gases) Poluição do ar proveniente da combustão de lenha Poluição extradomiciliar, através de partículas inaladas pelo pulmão Loivos LP . DPOC - definições e conceitos DOENÇAS Enfisema Pulmonar Condição caracterizada pela destruição dos septos alveolares e a redução do recolhimento elástico do tecido pulmonar. Loivos LP . DPOC - definições e conceitos Fisiopatologia do Enfisema Pulmonar Inflamação das VAS Destruicão do parênquima pulmonar Perda das paredes alveolares Formação de grandes espaços aéreos Diminuição da retração elástica Retenção de ar Colapso precoce da VA na expiração Loivos LP . DPOC - definições e conceitos Bronquite Crônica Manifesta-se clinicamente por tosse e expectoração crônica na maioria dos dias, por pelo menos 3 meses consecutivos durante dois anos ou mais seguidos Caracterizada por quadro hiper secretor e processo inflamatório brônquico crônico que levará à fibrose Loivos LP . DPOC - definições e conceitos Fisiopatologia da Bronquite Crônica Hipertrofia glândulas brônquicas Aumento da produção de muco Espessamento da parede bronquiolar = Edema Tosse produtiva crônica Alteração das grandes VAS estão presentes no início da doença Com a progressão da severidade, os bronquíolos também são afetados Loivos LP . DPOC - definições e conceitos Asma Doença inflamatória crônica das vias aéreas caracterizada por hiper reativação brônquica com limitação do fluxo aéreo reversível com ou sem o uso de medicações Loivos LP . DPOC - definições e conceitos Fisiopatologia da Asma Obstrução das vias aéreas Contração do músculo liso brônquico = REATIVIDADE BRÔNQUICA Hipertrofia das glândulas mucosas Inflamação e edema da parede Vasoconstrição dos bronquíolos = Broncoespasmo Aumento da resistência das vias aéreas Loivos LP . DPOC - definições e conceitos Bronquiectasia É definida como a dilatação anormal e permanente dos brônquios causada pela destruição dos componentes elásticos e musculares da parede brônquica. Tipos de Bronquiectasia Cilíndrica: Dilatação uniforme das VA Varicosa: Dilatação irregular (constrição e dilatação) Cística: Alargamento progressivo Loivos LP . DPOC - definições e conceitos Fisiopatologia da Bronquiectasia Dilatação das vias aéreas Alterações destrutivas e inflamatórias das paredes das VA Destruição do parênquima pulmonar Hipertrofia das glândulas mucosas Formação de cavidades que podem ser preenchidas com líquido purulento Loivos LP . DPOC - definições e conceitos Sintomas do DPOC Os sintomas mais encontrados nos pacientes com DPOC são : Tosse diária ou intermitente; Secreção; Dispineia , geralmente progressiva com a evolução da doença ; Sibilos ; 14 Diagnóstico por Espirometria A espirometria com obtenção da curva expiratória volume- tempo é obrigatória na suspeita clÍnica de DPOC , devendo ser realizada antes e após a administração de broncodilatador, de preferência em fase estável da doença . A espirometria permite a avaliação de CVF( capacidade vital forçada) , VEF (volume expiratório forçado após o primeiro segundo). A existência de limitação do fluxo aéreo é definida pela presença da relação VEF/CVF, abaixo de 0,70 pós- broncodilatadores. 15 Avaliação Radiológica e Gasometria Na DPOC são solicitados radiografia de tórax nas posições póstero-anterior e perfil, para descarte de possíveis outras doenças. Tomografia Computorizada em casos especiais como bronquiectasias com indicação cirúrgica. Avaliação gasométrica é feita inicialmente de forma não invasiva pela oximetria de pulso, se identificada saturação maior que 90% é indicada gasometria arterial. 16 FISIOTERAPIA HOSPITALAR Objetivos da Fisioterapia Pulmonar Hospitalar - Melhorar trocas gasosas - Mobilizar e eliminar secreções - Reexpandir os pulmões - Promover a desinsuflação pulmonar - Controlar a respiração com o mínimo esforço - Auxiliar a eficiência da tosse - Aumentar a tolerância e o desempenho nos exercícios - Reduzir os sintomas - Amenizar a progressão da doença e evitar complicações - Melhorar a qualidade de vida e reduzir a mortalidade - Promover um padrão normal relaxado da respiração - Mobilizar a caixa torácica - Aumentar volume corrente e promover relaxamento - Desenvolver a funcionalidade do paciente com DPOC com as técnicas de conservação de energia FISIOTERAPIA HOSPITALAR Condutas da Fisioterapia Pulmonar Hospitalar - Técnicas de Desobstrução Brônquica: A terapia de higiene brônquica utiliza-se de técnicas que visam auxiliar a mobilização e a eliminação de secreções, melhorando as trocas gasosas. - Expiração Lenta Total com Glote Aberta em Infralateral (ELTGOL) - Aceleração do Fluxo Expiratório (AFE) - Técnica de Expiração Forçada (TEF): - Técnica Expiratória Manual Passiva (TEMP): - Drenagem Postural (DP): - Vibração e vibrocompressão - Tosse assistida: - Tosse estimulada: FISIOTERAPIA HOSPITALAR - Aspiração É utilizada para manter vias aéreas limpas, observando a presença de secreção nas vias aéreas, uma vez que o paciente não apresenta tosse eficaz para expectorar. Utilizam-se os seguintes materiais: Aspirador, água destilada ou soro fisiológico, ressuscitador manual (AMBU), oxímetro, monitor multiparâmetro, bala de oxigênio (O2), cateter tipo óculos nasal, máscara de O2, luvas estéreis, sonda de aspiração de números 06 a 14 (o tamanho da sonda utilizada depende se o paciente é adulto ou criança), máscara, óculos de proteção, avental, estetoscópio, gaze e compressa estéreis. - Aspiração Nasotraqueal: deverá ser feita apenas quando for extremamente necessária, pois, é uma técnica asséptica. - Aspiração Endotraqueal: os pacientes que necessitam desse procedimento encontram-se traqueostomizados e utilizam sonda metálica em fase de desmame ou sonda traqueal definitiva. FISIOTERAPIA AMBULATORIAL Em relação à parte respiratória, muito se fala em reabilitação pulmonar a nível hospitalar, no entanto após a alta, ainda é de extrema importância a continuidade da fisioterapia para fins de manutenção dos índices de dispneia e condicionamento cardiovascular, para melhorar o desempenho e consequentemente a qualidade de vida dos portadores. FISIOTERAPIA AMBULATORIAL FISIOTERAPIA AMBULATORIAL 4 a 6 semanas iniciais - adaptação do paciente à atividade física regular e a criação de hábitos para uma respiração adequada 6 a 20 semanas - melhora da capacidade vital, resistência e força dos músculos respiratórios, redução da sintomatologia, aumento de condicionamento físico, prevenção de complicações 20 a 24 semanas - climatoterapia e treinamento físico geral para fortalecimento e resistência Dimitrova et al,2017 FISIOTERAPIA AMBULATORIAL Condutas utilizadas ensinar a respiração fisiológica correta, treinar a respiração diafragmática, respirar nas porções inferior, média e superior dos pulmões, pelo nariz e pela boca em repouso e durante os exercícios exercícios em diferentes posturas respiratórias específicas em sedestação; inalações; respiração lenta com ênfase na expiração; automassagem da musculatura intercostais e do pescoço Dimitrova et al,2017FISIOTERAPIA AMBULATORIAL exercícios de expiração e tosse forçada; exalação pronunciando as sílabas, exercícios para inalação prolongada e expiração de curta duração, combinados com exercícios de ginástica para os músculos peitorais, abdominais e dorsais. climatoterapia que consiste em exposição ao sol, hidroterapia em água quente e saunas exercícios aeróbicos com resistência moderada, como caminhadas, corridas leves e ciclismo terapia lúdica, exercícios de propriocepção, resistência e exercícios calistênicos em grupo Dimitrova et al,2017 FISIOTERAPIA AMBULATORIAL FISIOTERAPIA AMBULATORIAL Treino de caminhada com resistência em intensidade de 80% da capacidade observada no TC6min. Exercícios resistidos para membros inferiores, incluindo resistência apenas contra a gravidade e trocas de postura Exercícios resistidos para membros superiores com tiras elásticas Exercícios respiratórios incluindo freno labial, flutter, reeducação de postura e respiração diafragmática Terapia manual incluindo massagem e mobilizações de tecidos moles. Kubincova et al, 2018 FISIOTERAPIA AMBULATORIAL Hidroterapia Climatoterapia Orientações e educação para a adoção de atividade física Intervenção multidisciplinar e informações acerca de hábitos saudáveis como a cessação do tabagismo, alimentação, promoção da saúde, oxigenoterapia e inalações Educação para gerenciamento de sintomas Intervenção psicológica relacionada a ansiedade, depressão e outros transtornos envolvidos Kubincova et al, 2018 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA ULBRA Torres Curso de Fisioterapia Disciplina: Fisioterapia Hospital II Prof. Elenise Festinalli Vanessa Daltoé; Paola Campiol; Brenda Rosa; Ester Silva
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