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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DE BRASÍLIA/DF LUAN DOS SANTOS, já qualificado nos autos em epígrafe, por sua advogada que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar MEMORIAIS Nos termos do artigo 403, §3º do Código de Processo Penal, conforme as razões de fato e fundamento a seguir expostas: I- DOS FATOS O réu foi denunciado pela suposta prática delituosa tipificada no artigo 155, II do Código Penal (furto qualificado mediante fraude). Após a citação do réu, mesmo sem a apresentação de resposta à acusação, foi determinado o normal prosseguimento do feito. Ainda, durante toda a instrução, não houve provas suficientes de que o réu cometeu o delito que a ele fora imputado, sendo o único indício seus antecedentes. II- DO DIREITO Preliminarmente, é fundamental destacar que o presente processo é nulo. Isso porque, desde seu início faltou uma peça obrigatória, haja vista que não fora apresentada resposta à acusação. Nos termos do artigo 564, IV do CPP, ocorre nulidade se houver omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato. A nulidade encontra respaldo também no artigo 5º, LV da Constituição Federal, onde prevê que aos acusados são assegurados o contraditório e a ampla defesa. Ademais, no presente caso é necessária a absolvição do réu pela falta de provas, nos termos do artigo 386, VII. Durante toda a instrução nenhuma prova suficientemente concreta foi trazida aos autos, senão as testemunhas de acusação, que em suas oitivas deixaram claro não ter conhecimento de quem praticou o delito, tendo apenas uma suspeita em desfavor do réu. Ora, a suspeita acompanhada apenas pela mera apresentação de antecedentes criminais não é capaz de concluir que o réu seja o autor do fato, sendo sua absolvição a medida que se impõe. III- DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer seja declarada “ab initio” a anulação do processo pelo cerceamento da defesa, com fundamento no artigo 564, IV do CPP. Requer, ainda, a absolvição do réu pela falta de provas, com fulcro no artigo 386, VII do CPP. Termos em que, Pede deferimento. Brasília/DF, 23 de julho de 2018. ___________________ Advogada – OAB ...
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